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Descrição osteológica e análise filogenética de um novo material de Rauisuchia (Archosauria, Crurotarsi) da formação Santa Maria, triássico médio Sul-Rio-Grandense, Brasil

Raugust, Tiago January 2014 (has links)
Os rauissúquios constituem um grupo relacionado à linhagem pró-crocodiliana e apresentam um registro amplamente distribuído pelo mundo, com exceção da Austrália e Antártida. No Brasil, ocorrem apenas na Formação Santa Maria, Mesotriássico do Rio Grande do Sul. O material em estudo (UFRGS-PV-0152-T) constitui-se de elementos cranianos e póscranianos que foram coletados no Município de Vale Verde, em níveis bioestratigráficos correspondentes à Z. A. de Dinodontosaurus, embora não existam registros do local exato do afloramento ou os dados de sua coleta. Após a descrição anatômica e um estudo comparativo com os demais rauissúquios, incluímos os dados morfológicos de UFRGS-PV-0152-T na matriz de dados de Butler et al. (2011), para testar suas relações filogenéticas. Um total de 32 táxons tiveram 149 estados de caracteres recodificados e, como resultado, a árvore de consenso estrito mostrou UFRGS-PV-0152-T como um rauissúquio que expressa uma relação de grupo-irmão com o espécime BSPHG AS 1933L (holótipo de Prestosuchus chiniquensis) com base na presença de uma crista supra-acetabular do ílio que é ântero-dorsalmente inclinada. A análise revelou também duas autapomorfias para UFRGS-PV-0152-T: 1) o astrágalo exibe uma lâmina óssea separando a faceta tibial da margem posterior (sendo este caráter, porém, homoplásico com diversos integrantes do clado Pseudosuchia); 2) presença, na porção rostro-lateral do maxilar, de uma superfície tubercular sobresaliente, com aspecto de carretel, que serve para articulação com o processo póstero-dorsal do pré-maxilar. O exemplar diferencia-se de BSPHG AS 1933L por “possuir um o tubérculo calcaneal com um comprimento (ântero-posterior) um pouco maior do que a largura/espessura de sua base”. Difere dos demais espécimes de Prestosuchus chiniquensis (UFRGS-PV-0156-T e UFRGSPV- 0629-T) por 6 características da caixa craniana e 3 maxilares, e de todos os espécimes (publicados) já atribuídos a Prestosuchus chiniquensis por uma característica do ísquio e outra femural. Tais diferenças parecem não ter um significado tafonômico – devido ao excelente estado preservacional - ou ontogenético, pois apesar do menor tamanho, UFRGSPV- 0152-T não exibe suturas soltas em seu esqueleto. Logo, tais diferenças podem ter um significado taxonômico, possibilitando uma denominação taxonômica distinta para UFRGSPV- 0152-T. Além disso, o estudo comparativo do exemplar em questão com demais exemplares atribuídos a Prestosuchus revela uma grande diversidade anatômica nas formas reunidas sob esta denominação. / Rauisuchia is a group related to the pro-crocodilian lineage and present a record widely distributed throughout the world except Australia and Antarctica. In Brazil, it only occurs in the Santa Maria Formation, Mesotriassic of Rio Grande do Sul. The material under study (UFRGS-PV-0152-T) consists of cranial and post-cranial elements that were collected in the municipality of Vale Verde, in the corresponding biostratigraphic levels of Dinodontosaurus AZ, although there is no record of the exact location of the outcrop or data about your collection. After the anatomical description and a comparative study with other rauisuchians, we include morphological data of UFRGS-PV-0152-T on the Butler et al. (2011) data matrix, to test its phylogenetic relationships. A total of 32 taxa had 149 states of characters recoded and as a result, the strict consensus tree showed UFRGS-PV-0152-T as a rauisuchian that expresses a sister-group relationship with the specimen BSPHG AS 1933L (holotype of Prestosuchus chiniquensis) based on the presence of a crest dorsal to the supraacetabular crest/rim anterodorsally inclined. The analysis also revealed two autapomorphies for UFRGS-PV-0152-T: 1) astragalus with a thin lamina separating the tibial facet from the posterior edge (being this character, however, homoplasic with several members of the Pseudosuchia clade); 2) rostrolateral surface of maxilla with a salient tubercular surface (spool like surface) for the articulation with the posterodorsal process of the premaxilla. UFRGS-PV-0152-T differs from BSPHG AS 1933L by having "the calcaneal tuber longer (anteroposteriorly) than broad” and differs from other specimens of Prestosuchus chiniquensis (UFRGS-PV-0156-T and UFRGS-PV-0629-T) in 6 features of the skull and 3 of jaws. It also differs from all specimens published as Prestosuchus chiniquensis (UFRGS-PV- 0156-T e UFRGS-PV-0629-T) by a feature of the ischium and other of the femur. Such differences do not seem to have a taphonomic significance - due to the excellent preservacional state - or ontogenetic because despite the smaller size, UFRGS-PV-0152-T does not display loose sutures in its skeleton. Therefore, such differences may have a taxonomic meaning, allowing a distinct taxonomic designation for UFRGS-PV-0152-T. Moreover, the comparative study of the exemplar in question with other specimens assigned to Prestosuchus reveals a great diversity in anatomical forms united under this name.
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Estudo da biomecânica craniana de um Rauissuquídeo a partir de tomografias computadorizadas e técnicas de imagens digitais em 3 dimensões

Liparini, Alexandre January 2008 (has links)
Um esqueleto parcialmente completo e semi-articulado de um rauissuquídeo, proveniente de níveis pertencentes à Cenozona de Therapsida (Mesotriássico) da Formação Santa Maria, foi coletado em 2003, no município de Dona Francisca, RS, Brasil. Neste espécime, os ossos do crânio e mandíbula estavam quase todos desarticulados e puderam ser retirados isoladamente da rocha. Tal forma de preservação possivelmente seria uma evidência de que os ossos do crânio deste animal poderiam apresentar mobilidades entre si. Para verificar tal hipótese, foram utilizadas como metodologias tomografias computadorizadas e programas específicos de manipulação digital em três dimensões com o objetivo de criar modelos animados que permitissem o estudo das possibilidades de movimento entre os ossos do crânio deste exemplar de maneira isolada e integrada em todo o crânio. Como resultado, vídeos animados, simulando as possibilidades de movimento entre os ossos do crânio foram gerados e, para cada elemento craniano tomografado, um arquivo em 3D contendo o modelo de sua superfície foi elaborado. Este material foi preparado para publicação em uma revista eletrônica (i.e. Palaeontologia electronica) que permite a exposição e divulgação de conteúdos digitais animados. Os resultados apresentados neste estudo indicaram um número maior de evidências que favorecem um tipo passivo de cinetismo craniano, sendo elas: - movimentos restritos, porém possíveis, entre vários ossos intracranianos; e, - a presença de contatos frouxamente ligados, incapazes de realizar movimentos amplos ou incapazes de realizar qualquer tipo de movimento quando o crânio como um todo é considerado. Apesar disso, mais estudos referentes à reconstrução de tecidos moles e ao desenvolvimento ontogenético de rauissuquídeos são necessários para se testar ou falsear a hipótese de um possível modelo de cinetismo craniano ativo. / Partially disarticulated skull bones of an unidentified rauisuchid were found in Dona Francisca, south Brazil (Therapsid Cenozone, Mesotriassic). The skull bones and mandible of this specimen were almost all disarticulated and could be isolated from the rock separately. This peculiar type of preservation may probably be an evidence of possible intracranial mobility. To verify this hypothesis, computer tomography (CT) scan and specific 3D software methodologies were used to analyse suture morphology and articulation areas of each individual pair of adjacent bones and for an integrated mechanical model, which considered all bones that comprises the skull of the studied specimen. As results, illustrative 3D animations for each discussed videos that simulated possible mobility between skull bones were generated and, a 3D surface model of each CT scanned skull element. Illustrative 3D animations for each discussed movements were created and 3D surface model files for each CT scanned skull element are presented. This material was prepared to be submitted in an electronic journal (i.e. Palaeontologia Electronica), where animated digital documents could be published. As results, this study presented more evidences in favour of passive cranial kinesis, which includes: -restricted, but possible mobility between a considerable number of bones; and, -presence of loosely contacts that would not be able to do extensive movements or would present no mobility at all when the integrated model is considered. Though, more studies on soft tissue reconstructions and ontogenetic development of rauisuchids are needed to testify or falsify the hypothesis of an active cranial kinesis.
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Descrição osteológica e análise filogenética de um novo material de Rauisuchia (Archosauria, Crurotarsi) da formação Santa Maria, triássico médio Sul-Rio-Grandense, Brasil

Raugust, Tiago January 2014 (has links)
Os rauissúquios constituem um grupo relacionado à linhagem pró-crocodiliana e apresentam um registro amplamente distribuído pelo mundo, com exceção da Austrália e Antártida. No Brasil, ocorrem apenas na Formação Santa Maria, Mesotriássico do Rio Grande do Sul. O material em estudo (UFRGS-PV-0152-T) constitui-se de elementos cranianos e póscranianos que foram coletados no Município de Vale Verde, em níveis bioestratigráficos correspondentes à Z. A. de Dinodontosaurus, embora não existam registros do local exato do afloramento ou os dados de sua coleta. Após a descrição anatômica e um estudo comparativo com os demais rauissúquios, incluímos os dados morfológicos de UFRGS-PV-0152-T na matriz de dados de Butler et al. (2011), para testar suas relações filogenéticas. Um total de 32 táxons tiveram 149 estados de caracteres recodificados e, como resultado, a árvore de consenso estrito mostrou UFRGS-PV-0152-T como um rauissúquio que expressa uma relação de grupo-irmão com o espécime BSPHG AS 1933L (holótipo de Prestosuchus chiniquensis) com base na presença de uma crista supra-acetabular do ílio que é ântero-dorsalmente inclinada. A análise revelou também duas autapomorfias para UFRGS-PV-0152-T: 1) o astrágalo exibe uma lâmina óssea separando a faceta tibial da margem posterior (sendo este caráter, porém, homoplásico com diversos integrantes do clado Pseudosuchia); 2) presença, na porção rostro-lateral do maxilar, de uma superfície tubercular sobresaliente, com aspecto de carretel, que serve para articulação com o processo póstero-dorsal do pré-maxilar. O exemplar diferencia-se de BSPHG AS 1933L por “possuir um o tubérculo calcaneal com um comprimento (ântero-posterior) um pouco maior do que a largura/espessura de sua base”. Difere dos demais espécimes de Prestosuchus chiniquensis (UFRGS-PV-0156-T e UFRGSPV- 0629-T) por 6 características da caixa craniana e 3 maxilares, e de todos os espécimes (publicados) já atribuídos a Prestosuchus chiniquensis por uma característica do ísquio e outra femural. Tais diferenças parecem não ter um significado tafonômico – devido ao excelente estado preservacional - ou ontogenético, pois apesar do menor tamanho, UFRGSPV- 0152-T não exibe suturas soltas em seu esqueleto. Logo, tais diferenças podem ter um significado taxonômico, possibilitando uma denominação taxonômica distinta para UFRGSPV- 0152-T. Além disso, o estudo comparativo do exemplar em questão com demais exemplares atribuídos a Prestosuchus revela uma grande diversidade anatômica nas formas reunidas sob esta denominação. / Rauisuchia is a group related to the pro-crocodilian lineage and present a record widely distributed throughout the world except Australia and Antarctica. In Brazil, it only occurs in the Santa Maria Formation, Mesotriassic of Rio Grande do Sul. The material under study (UFRGS-PV-0152-T) consists of cranial and post-cranial elements that were collected in the municipality of Vale Verde, in the corresponding biostratigraphic levels of Dinodontosaurus AZ, although there is no record of the exact location of the outcrop or data about your collection. After the anatomical description and a comparative study with other rauisuchians, we include morphological data of UFRGS-PV-0152-T on the Butler et al. (2011) data matrix, to test its phylogenetic relationships. A total of 32 taxa had 149 states of characters recoded and as a result, the strict consensus tree showed UFRGS-PV-0152-T as a rauisuchian that expresses a sister-group relationship with the specimen BSPHG AS 1933L (holotype of Prestosuchus chiniquensis) based on the presence of a crest dorsal to the supraacetabular crest/rim anterodorsally inclined. The analysis also revealed two autapomorphies for UFRGS-PV-0152-T: 1) astragalus with a thin lamina separating the tibial facet from the posterior edge (being this character, however, homoplasic with several members of the Pseudosuchia clade); 2) rostrolateral surface of maxilla with a salient tubercular surface (spool like surface) for the articulation with the posterodorsal process of the premaxilla. UFRGS-PV-0152-T differs from BSPHG AS 1933L by having "the calcaneal tuber longer (anteroposteriorly) than broad” and differs from other specimens of Prestosuchus chiniquensis (UFRGS-PV-0156-T and UFRGS-PV-0629-T) in 6 features of the skull and 3 of jaws. It also differs from all specimens published as Prestosuchus chiniquensis (UFRGS-PV- 0156-T e UFRGS-PV-0629-T) by a feature of the ischium and other of the femur. Such differences do not seem to have a taphonomic significance - due to the excellent preservacional state - or ontogenetic because despite the smaller size, UFRGS-PV-0152-T does not display loose sutures in its skeleton. Therefore, such differences may have a taxonomic meaning, allowing a distinct taxonomic designation for UFRGS-PV-0152-T. Moreover, the comparative study of the exemplar in question with other specimens assigned to Prestosuchus reveals a great diversity in anatomical forms united under this name.
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Estudo da biomecânica craniana de um Rauissuquídeo a partir de tomografias computadorizadas e técnicas de imagens digitais em 3 dimensões

Liparini, Alexandre January 2008 (has links)
Um esqueleto parcialmente completo e semi-articulado de um rauissuquídeo, proveniente de níveis pertencentes à Cenozona de Therapsida (Mesotriássico) da Formação Santa Maria, foi coletado em 2003, no município de Dona Francisca, RS, Brasil. Neste espécime, os ossos do crânio e mandíbula estavam quase todos desarticulados e puderam ser retirados isoladamente da rocha. Tal forma de preservação possivelmente seria uma evidência de que os ossos do crânio deste animal poderiam apresentar mobilidades entre si. Para verificar tal hipótese, foram utilizadas como metodologias tomografias computadorizadas e programas específicos de manipulação digital em três dimensões com o objetivo de criar modelos animados que permitissem o estudo das possibilidades de movimento entre os ossos do crânio deste exemplar de maneira isolada e integrada em todo o crânio. Como resultado, vídeos animados, simulando as possibilidades de movimento entre os ossos do crânio foram gerados e, para cada elemento craniano tomografado, um arquivo em 3D contendo o modelo de sua superfície foi elaborado. Este material foi preparado para publicação em uma revista eletrônica (i.e. Palaeontologia electronica) que permite a exposição e divulgação de conteúdos digitais animados. Os resultados apresentados neste estudo indicaram um número maior de evidências que favorecem um tipo passivo de cinetismo craniano, sendo elas: - movimentos restritos, porém possíveis, entre vários ossos intracranianos; e, - a presença de contatos frouxamente ligados, incapazes de realizar movimentos amplos ou incapazes de realizar qualquer tipo de movimento quando o crânio como um todo é considerado. Apesar disso, mais estudos referentes à reconstrução de tecidos moles e ao desenvolvimento ontogenético de rauissuquídeos são necessários para se testar ou falsear a hipótese de um possível modelo de cinetismo craniano ativo. / Partially disarticulated skull bones of an unidentified rauisuchid were found in Dona Francisca, south Brazil (Therapsid Cenozone, Mesotriassic). The skull bones and mandible of this specimen were almost all disarticulated and could be isolated from the rock separately. This peculiar type of preservation may probably be an evidence of possible intracranial mobility. To verify this hypothesis, computer tomography (CT) scan and specific 3D software methodologies were used to analyse suture morphology and articulation areas of each individual pair of adjacent bones and for an integrated mechanical model, which considered all bones that comprises the skull of the studied specimen. As results, illustrative 3D animations for each discussed videos that simulated possible mobility between skull bones were generated and, a 3D surface model of each CT scanned skull element. Illustrative 3D animations for each discussed movements were created and 3D surface model files for each CT scanned skull element are presented. This material was prepared to be submitted in an electronic journal (i.e. Palaeontologia Electronica), where animated digital documents could be published. As results, this study presented more evidences in favour of passive cranial kinesis, which includes: -restricted, but possible mobility between a considerable number of bones; and, -presence of loosely contacts that would not be able to do extensive movements or would present no mobility at all when the integrated model is considered. Though, more studies on soft tissue reconstructions and ontogenetic development of rauisuchids are needed to testify or falsify the hypothesis of an active cranial kinesis.
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Descrição osteológica e análise filogenética de um novo material de Rauisuchia (Archosauria, Crurotarsi) da formação Santa Maria, triássico médio Sul-Rio-Grandense, Brasil

Raugust, Tiago January 2014 (has links)
Os rauissúquios constituem um grupo relacionado à linhagem pró-crocodiliana e apresentam um registro amplamente distribuído pelo mundo, com exceção da Austrália e Antártida. No Brasil, ocorrem apenas na Formação Santa Maria, Mesotriássico do Rio Grande do Sul. O material em estudo (UFRGS-PV-0152-T) constitui-se de elementos cranianos e póscranianos que foram coletados no Município de Vale Verde, em níveis bioestratigráficos correspondentes à Z. A. de Dinodontosaurus, embora não existam registros do local exato do afloramento ou os dados de sua coleta. Após a descrição anatômica e um estudo comparativo com os demais rauissúquios, incluímos os dados morfológicos de UFRGS-PV-0152-T na matriz de dados de Butler et al. (2011), para testar suas relações filogenéticas. Um total de 32 táxons tiveram 149 estados de caracteres recodificados e, como resultado, a árvore de consenso estrito mostrou UFRGS-PV-0152-T como um rauissúquio que expressa uma relação de grupo-irmão com o espécime BSPHG AS 1933L (holótipo de Prestosuchus chiniquensis) com base na presença de uma crista supra-acetabular do ílio que é ântero-dorsalmente inclinada. A análise revelou também duas autapomorfias para UFRGS-PV-0152-T: 1) o astrágalo exibe uma lâmina óssea separando a faceta tibial da margem posterior (sendo este caráter, porém, homoplásico com diversos integrantes do clado Pseudosuchia); 2) presença, na porção rostro-lateral do maxilar, de uma superfície tubercular sobresaliente, com aspecto de carretel, que serve para articulação com o processo póstero-dorsal do pré-maxilar. O exemplar diferencia-se de BSPHG AS 1933L por “possuir um o tubérculo calcaneal com um comprimento (ântero-posterior) um pouco maior do que a largura/espessura de sua base”. Difere dos demais espécimes de Prestosuchus chiniquensis (UFRGS-PV-0156-T e UFRGSPV- 0629-T) por 6 características da caixa craniana e 3 maxilares, e de todos os espécimes (publicados) já atribuídos a Prestosuchus chiniquensis por uma característica do ísquio e outra femural. Tais diferenças parecem não ter um significado tafonômico – devido ao excelente estado preservacional - ou ontogenético, pois apesar do menor tamanho, UFRGSPV- 0152-T não exibe suturas soltas em seu esqueleto. Logo, tais diferenças podem ter um significado taxonômico, possibilitando uma denominação taxonômica distinta para UFRGSPV- 0152-T. Além disso, o estudo comparativo do exemplar em questão com demais exemplares atribuídos a Prestosuchus revela uma grande diversidade anatômica nas formas reunidas sob esta denominação. / Rauisuchia is a group related to the pro-crocodilian lineage and present a record widely distributed throughout the world except Australia and Antarctica. In Brazil, it only occurs in the Santa Maria Formation, Mesotriassic of Rio Grande do Sul. The material under study (UFRGS-PV-0152-T) consists of cranial and post-cranial elements that were collected in the municipality of Vale Verde, in the corresponding biostratigraphic levels of Dinodontosaurus AZ, although there is no record of the exact location of the outcrop or data about your collection. After the anatomical description and a comparative study with other rauisuchians, we include morphological data of UFRGS-PV-0152-T on the Butler et al. (2011) data matrix, to test its phylogenetic relationships. A total of 32 taxa had 149 states of characters recoded and as a result, the strict consensus tree showed UFRGS-PV-0152-T as a rauisuchian that expresses a sister-group relationship with the specimen BSPHG AS 1933L (holotype of Prestosuchus chiniquensis) based on the presence of a crest dorsal to the supraacetabular crest/rim anterodorsally inclined. The analysis also revealed two autapomorphies for UFRGS-PV-0152-T: 1) astragalus with a thin lamina separating the tibial facet from the posterior edge (being this character, however, homoplasic with several members of the Pseudosuchia clade); 2) rostrolateral surface of maxilla with a salient tubercular surface (spool like surface) for the articulation with the posterodorsal process of the premaxilla. UFRGS-PV-0152-T differs from BSPHG AS 1933L by having "the calcaneal tuber longer (anteroposteriorly) than broad” and differs from other specimens of Prestosuchus chiniquensis (UFRGS-PV-0156-T and UFRGS-PV-0629-T) in 6 features of the skull and 3 of jaws. It also differs from all specimens published as Prestosuchus chiniquensis (UFRGS-PV- 0156-T e UFRGS-PV-0629-T) by a feature of the ischium and other of the femur. Such differences do not seem to have a taphonomic significance - due to the excellent preservacional state - or ontogenetic because despite the smaller size, UFRGS-PV-0152-T does not display loose sutures in its skeleton. Therefore, such differences may have a taxonomic meaning, allowing a distinct taxonomic designation for UFRGS-PV-0152-T. Moreover, the comparative study of the exemplar in question with other specimens assigned to Prestosuchus reveals a great diversity in anatomical forms united under this name.
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Estudo da biomecânica craniana de um Rauissuquídeo a partir de tomografias computadorizadas e técnicas de imagens digitais em 3 dimensões

Liparini, Alexandre January 2008 (has links)
Um esqueleto parcialmente completo e semi-articulado de um rauissuquídeo, proveniente de níveis pertencentes à Cenozona de Therapsida (Mesotriássico) da Formação Santa Maria, foi coletado em 2003, no município de Dona Francisca, RS, Brasil. Neste espécime, os ossos do crânio e mandíbula estavam quase todos desarticulados e puderam ser retirados isoladamente da rocha. Tal forma de preservação possivelmente seria uma evidência de que os ossos do crânio deste animal poderiam apresentar mobilidades entre si. Para verificar tal hipótese, foram utilizadas como metodologias tomografias computadorizadas e programas específicos de manipulação digital em três dimensões com o objetivo de criar modelos animados que permitissem o estudo das possibilidades de movimento entre os ossos do crânio deste exemplar de maneira isolada e integrada em todo o crânio. Como resultado, vídeos animados, simulando as possibilidades de movimento entre os ossos do crânio foram gerados e, para cada elemento craniano tomografado, um arquivo em 3D contendo o modelo de sua superfície foi elaborado. Este material foi preparado para publicação em uma revista eletrônica (i.e. Palaeontologia electronica) que permite a exposição e divulgação de conteúdos digitais animados. Os resultados apresentados neste estudo indicaram um número maior de evidências que favorecem um tipo passivo de cinetismo craniano, sendo elas: - movimentos restritos, porém possíveis, entre vários ossos intracranianos; e, - a presença de contatos frouxamente ligados, incapazes de realizar movimentos amplos ou incapazes de realizar qualquer tipo de movimento quando o crânio como um todo é considerado. Apesar disso, mais estudos referentes à reconstrução de tecidos moles e ao desenvolvimento ontogenético de rauissuquídeos são necessários para se testar ou falsear a hipótese de um possível modelo de cinetismo craniano ativo. / Partially disarticulated skull bones of an unidentified rauisuchid were found in Dona Francisca, south Brazil (Therapsid Cenozone, Mesotriassic). The skull bones and mandible of this specimen were almost all disarticulated and could be isolated from the rock separately. This peculiar type of preservation may probably be an evidence of possible intracranial mobility. To verify this hypothesis, computer tomography (CT) scan and specific 3D software methodologies were used to analyse suture morphology and articulation areas of each individual pair of adjacent bones and for an integrated mechanical model, which considered all bones that comprises the skull of the studied specimen. As results, illustrative 3D animations for each discussed videos that simulated possible mobility between skull bones were generated and, a 3D surface model of each CT scanned skull element. Illustrative 3D animations for each discussed movements were created and 3D surface model files for each CT scanned skull element are presented. This material was prepared to be submitted in an electronic journal (i.e. Palaeontologia Electronica), where animated digital documents could be published. As results, this study presented more evidences in favour of passive cranial kinesis, which includes: -restricted, but possible mobility between a considerable number of bones; and, -presence of loosely contacts that would not be able to do extensive movements or would present no mobility at all when the integrated model is considered. Though, more studies on soft tissue reconstructions and ontogenetic development of rauisuchids are needed to testify or falsify the hypothesis of an active cranial kinesis.

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