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Anticorpos contra vírus do grupo da língua azul em caprinos e ovinos do sertão de Pernambuco e inferências sobre sua epidemiologia em regiões semi-áridas

MOTA, Iagmar Oliveira da 11 February 2009 (has links)
Submitted by (edna.saturno@ufrpe.br) on 2016-10-11T16:07:20Z No. of bitstreams: 1 Iagmar Oliveira da Mota.pdf: 349531 bytes, checksum: c6a35db709ead17915cddfd33e74214e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-11T16:07:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Iagmar Oliveira da Mota.pdf: 349531 bytes, checksum: c6a35db709ead17915cddfd33e74214e (MD5) Previous issue date: 2009-02-11 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The Bluetongue is a non-contagious, infectious disease of ruminants, caused by the Bluetongue virus (BTV), transmitted by insects of the Culicoides genus. The gravity of the clinical signs of the Bluetongue varies according to the species, being the ovine the most severely affected. Serological survey carried out in Brazil indicate that the BT virus is widely diffused among bovine and bubaline; in caprine and ovine, there are few reports of serological survey and two outbreaks with clinical cases. Most publications discuss the epidemiology of the BT in temperate areas that suffer periodic outbreaks. This work was conducted with the objective of estimating the prevalence of antibodies against the BTV in caprine and ovine in the semi-arid region in the State of Pernambuco and to evaluate, preliminarily, the conditions for the maintenance of the Culicoides in semi-arid tropical environments. The serological survey was conducted by probabilistic sampling in two mesoregions of the State of Pernambuco (Semi-arid of Pernambuco and the São Francisco Semi-arid), where sampleswere collected from 41 caprine (n=410) and 40 (n=400) herds. Besides this, information was acquired about the main climate variables (pluviometric precipitation, maximum and minimum temperatures) which interfere in the dynamics of the population and competence of Culicoides to transmit the BTV. Seropositive animals to immunodiffusion in agar gel (IDGA) for the BT were found in 24.39% (11.25≤p≤37.54) of the caprine herds and in 27.5% (13.66≤p≤41.34) of ovines distributed in the mesoregions of Semi-arid region of Pernambuco, which presented 4.84% (2.53≤p≤7.47) of caprine and 4.14% (1.85≤p≤6.43) of seropositive ovine and of the São Francisco of Pernambuco area, 1.00% (0.00≤p≤2.95) of caprine and 4.55% (0.65≤p≤8.44) of seropositive ovine. The estimated prevalence was of 3.90% (2.03≤p≤5.78) and 4,25% (2.27≤p≤6.23) for caprine and ovine, respectively. It was observed that among caprine, positive results were registered in 4.18% (1.87≤p≤6.50) of the sources, 4.88% (0≤p≤11.47) of the reproducers and 2.44% (0≤p≤5.78) of the young animals, while among the ovine 4.29% (1.91≤p≤6.66) of the sources, 5.00% (0≤p≤11.75) of the reproducersand 3.75% (0≤p≤7.91) of the young animals presented positive serology for the BT. No significant differences were reported between positivity for the BT and the mesoregion, species and animal category (χ2; P>0.05). Based on the climatic variables, a rainy period waswell characterized, from December to May, and a dry period, from June to November. The evidence of the presence of antibodies for virus of the BT group distributed equally between herds and mesoregions, indicates that there are epidemiologic conditions for the maintenance of an arboviruses in the semi-arid region, which are discussed in this article. / A língua azul (LA) é uma doença infecciosa, não contagiosa, de ruminantes, causada pelo vírus da LA (VLA), transmitido por insetos do gênero Culicoides. A gravidade dos sinais clínicos da LA varia de acordo com a espécie, sendo os ovinos os mais gravemente afetados. Inquéritos sorológicos realizados no Brasil indicam que o vírus da LA está amplamente difundido entre bovinos e bubalinos; em caprinos e ovinos há poucos relatos de inquéritos sorológicos e descrição apenas de dois surtos com casos clínicos. A maioria das publicações discute a epidemiologia da LA em áreas temperadas que sofrem surtos periódicos. Este trabalho foi conduzido com o objetivo de estimar a prevalência de anticorpos contra o VLA em caprinos e ovinos do sertão do Estado de Pernambuco e de avaliar, preliminarmente, as condições para a manutenção dos Culicoides em ambientes tropicais semiáridos. O inquérito sorológico foi conduzido por amostragem probabilística em duas mesorregiões do Estado de Pernambuco (Sertão Pernambucano e Sertão do São Francisco), onde foram colhidas amostras de 41 criações de caprinos (n=410) e 40 (n=400) de ovinos. Além disso, foram obtidasinformações sobre as principais variáveis climáticas (precipitação pluviométrica, temperaturas máxima e mínima) que interferem na dinâmica da população e competência dos Culicoides para transmitir o VLA. Animais soropositivos à imunodifusão em ágar gel (IDGA) para LA foram encontrados em 24,39% (11,25≤p≤) das criações de caprinos e em 27,5% (13,66≤p≤41,34) de ovinos distribuídas nas mesorregiões do Sertão Pernambucano, que apresentou 4,84%(2,53≤p≤7,47) de caprinos e 4,14% (1,85≤p≤6,43) de ovinos soropositivos e do São Francisco Pernambucano, 1,00% (0,00≤p≤2,95) de caprinos e 4,55% (0,65≤p≤8,44) de ovinos soropositivos. A prevalência estimada foi de 3,90% (2,03≤p≤5,78) e 4,25% (2,27≤p≤6,23) para caprinos e ovinos, respectivamente. Observou-se que dentre os caprinos, foram registrados resultados positivos em 4,18% (1,87≤p≤6,50) das matrizes, 4,88% (0≤p≤11,47) dos reprodutores e 2,44% (0≤p≤5,78) dos animais jovens, enquanto que entre os ovinos 4,29% (1,91≤p≤6,66) das matrizes, 5,00% (0≤p≤11,75) dos reprodutores e 3,75% (0≤p≤7,91) dos animais jovens apresentaram sorologia positiva para LA. Não foram registradas diferenças significativas entre positividade para LA e mesorregião, espécie e categoria animal (χ2; P>0,05). Com base nas variáveis climáticas ficou bem caracterizado um período de chuvas, distribuído nos meses de dezembro a maio, e um seco, de junho a novembro. A constatação da presença de anticorpos para vírus do grupo da LA distribuídos homogeneamente entre os rebanhos e mesorregiões evidencia que existem condiçõesepidemiológicas para manutenção de uma arbovirose no semiárido, que são discutidas no artigo.

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