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Maracatu e maracatuzeiros: desconstruindo certezas, batendo afayas e fazendo histórias

Marcino de França Lima, Ivaldo 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:29:52Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3291_1.pdf: 2011866 bytes, checksum: 062df2ad945df5e55a9af6595a7e171d (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este trabalho objetivou mostrar que muito de se afirma sobre os maracatuzeiros e os seus maracatus-nação não se sustenta mediante uma pesquisa documental. Idéias generalizantes, a exemplo de que estes maracatus constituem uma continuidade linear das coroações dos reis do Congo, ou de que todo maracatuzeiro possui ligações com o xangô não são possíveis de serem mantidas diante da contemporaneidade que existiu entre os Reis do Congo no Recife, e das relações explicitas mantidas por muitos maracatuzeiros do passado (assim como da contemporaneidade!) com outras religiões afro-descendentes, sobretudo o catimbó e a jurema sagrada. Outra questão importante discutida nesse trabalho foi mostrar que a incansável perseguição das origens dos maracatus, feita por praticamente todos os que escreveram sobre os maracatus, é fruto de uma teia confeccionada pelos primeiros intelectuais que pesquisaram sobre o assunto, a exemplo de Pereira da Costa e Nina Rodrigues. Ambos remeteram aos que lhes sucederam a um infindável debate sobre as origens. Estes intelectuais pioneiros imprimiram uma poderosa marca nos trabalhos dos estudiosos posteriores, a exemplo do conceito de sobrevivência totêmica, pensado por Nina Rodrigues; e da representação do maracatu como algo africano, melancólico, saudosista e irremediavelmente ligado ao passado, feito por Pereira da Costa. No primeiro capítulo estabeleci uma discussão mostrando como os autores caíram nas malhas construídas por Nina Rodrigues e Pereira da Costa, e de como as interpretações eram diversas em torno dos conceitos destes dois intelectuais. No segundo capítulo procurei mostrar que entre as coroações dos reis do Congo e os maracatus existiu uma grande diversidade de manifestações, aparentadas aos maracatus-nação e que estes eram fruto de várias composições, cisões e diálogos com o quotidiano, mostrando que os maracatuzeiros fazem e refazem os seus maracatus ao sabor das necessidades e adaptações a realidade. Também discorri sobre a historicidade do conceito criado por Guerra Peixe acerca da distinção entre os dois tipos de maracatu, mostrando que antes dele as fronteiras entre ambos não estavam muito claras, e que haviam elementos de um e outro juntos. Os autores que sucederam Guerra Peixe também caíram na armadilha, e pensaram na distinção dos maracatus (baque virado e orquestra) como algo que existia desde os tempos imemoriais. Essas questõediscutidas nos capítulos anteriores foram confrontadas, no terceiro capítulo, com a história de quatro maracatuzeiros: Adama, Maroca Gorda, Pedro Alcântara e Cocó. Percorrer a vida dessas pessoas, ainda que de forma fragmentária, permitiu perceber ao mesmo tempo suas singularidades, algumas de suas escolhas, bem como os aspectos que propiciaram seu destaque como líderes em suas comunidades. Ao mesmo tempo, esta pesquisa permitiu reforçar a quebra das generalizações construídas em torno dos maracatuzeiros, a exemplo de sua filiação exclusiva à religião dos orixás, ou a predominância de um modelo matriarcal/patriarcal enquanto forma de organização e liderança. Por outro lado, as pessoas aqui abordadas fizeram suas escolhas em determinadas circunstâncias, que tentei delinear para o leitor, os contextos e conjunturas que conformavam suas opções. Acredito que é no jogo dessas forças que se faz história, em meio a alegrias e tristezas, perseguições policiais, mas também com muita batucada e toada sendo cantadas pelas ruas

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