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Uso do espaço do marsupial Caluromys philander (Didelphimorphia, Didelphidae) no Parque Nacional da Serra dos Órgãos - Rio de Janeiro, Brasil / Space use by Woolly opossum Caluromys philander (Didelphimorphia; Didelphidae) in Serra dos Órgãos Nacional Park - Rio de Janeiro, BrasilBernardo Silveira Papi 21 February 2011 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Uso do espaço é um padrão bem estudado em ecologia. Entretanto, formação de área de vida e posição relativa dos abrigos com área de uso são pouco estudados, principalmente para marsupiais didelfídeos. Dentre estes animais, podemos destacar Caluromys philander, devido ao seu baixo registro em armadilhas na Mata Atlântica e características peculiares dentro do grupo, como seu desenvolvimento, longevidade e hábito alimentar. Neste estudo foram investigadas as formações das áreas de uso destes animais através da comparação com seus movimentos diários, e a posição dos seus abrigos dentro das suas áreas de uso. Para isso foram monitorados seis indivíduos de C. philander através de colares rádio transmissores. Estes indivíduos se deslocaram em média 534 153 m por noite. Além disso, apresentaram área diária de 9548 3591 m e área de vida de 2,8 0,4 ha. Noventa e sete por cento das áreas diárias apresentaram sobreposição entre si, com média de 19,4% de sobreposição. Não houve diferença nos locais dos abrigos dos indivíduos monitorados, dentro dos seus Mínimos Polígonos Convexos. Entretanto, estes mesmos abrigos não estiveram localizados nas áreas de maior intensidade de uso. A média de abrigos utilizados por indivíduo foi de 6,3 (3-10) com utilização média de 2,9 (1-17) vezes em cada abrigo, sendo que 48% das vezes os animais só possuíram um registro em cada abrigo, demonstrando baixa fidelidade. Entretanto, dois indivíduos apresentaram diferença de utilização entre seus abrigos, com três destes sendo mais utilizados que os outros.
O trabalho sugere que os indivíduos de C. philander monitorados apresentam área de vida propriamente dita (restrita), onde ocorrem as sobreposições entre suas áreas diárias. C. philander utilizam mais de um abrigo em suas vidas, trocando com frequência de abrigos, apesar de alguns destes abrigos poderem ser mais utilizados que outros. Além disso, os abrigos destes animais não são localizados nas suas áreas de maior intensidade de uso. / Use of space is a well studied topic in ecology. However, the structuring of the home range and shelters position, have not received enough attention, especially for didelphid marsupials. One of these, Caluromys philander, is an interesting species because of its low record in traps studies in the Atlantic Forest and its unique characteristics among marsupials related to development, longevity and feeding habits. The present study analyses how daily movements can contribute to the home range formation and how the shelters are positioned within the home range of these animals. Six individuals of C. philander were equipped with radio transmitters necklaces and followed during the night. These individuals moved 534 153 m in average per night. They also had daily ranges of 9548 3591 m and home ranges of 2.8 0.4 ha. There was a 97% overlap between days, with an average of 19.4%. There was no difference in shelters positions and Minimum Convex Polygon areas, although these same shelters were not located in the areas with the greatest use intensity. The average number of shelters used per individual was 6.3 (3-10), with an average of 2.9 (1-17) records per shelter, where shelters were used only one time in 47% of the cases, suggesting low shelter fidelity of these animals. However, two individuals showed difference of shelters use, with three of those being used more than the others.
Therefore, I conclude that these individuals of C. philander have real home ranges, where they concentrate their daily movements. C. philander uses more than one shelter in its life, changing shelters frequently, although some shelters can be more used than others. Forthermore, shelters were not located in the areas with the greatest use intensity.
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Uso do espaço do marsupial Caluromys philander (Didelphimorphia, Didelphidae) no Parque Nacional da Serra dos Órgãos - Rio de Janeiro, Brasil / Space use by Woolly opossum Caluromys philander (Didelphimorphia; Didelphidae) in Serra dos Órgãos Nacional Park - Rio de Janeiro, BrasilBernardo Silveira Papi 21 February 2011 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Uso do espaço é um padrão bem estudado em ecologia. Entretanto, formação de área de vida e posição relativa dos abrigos com área de uso são pouco estudados, principalmente para marsupiais didelfídeos. Dentre estes animais, podemos destacar Caluromys philander, devido ao seu baixo registro em armadilhas na Mata Atlântica e características peculiares dentro do grupo, como seu desenvolvimento, longevidade e hábito alimentar. Neste estudo foram investigadas as formações das áreas de uso destes animais através da comparação com seus movimentos diários, e a posição dos seus abrigos dentro das suas áreas de uso. Para isso foram monitorados seis indivíduos de C. philander através de colares rádio transmissores. Estes indivíduos se deslocaram em média 534 153 m por noite. Além disso, apresentaram área diária de 9548 3591 m e área de vida de 2,8 0,4 ha. Noventa e sete por cento das áreas diárias apresentaram sobreposição entre si, com média de 19,4% de sobreposição. Não houve diferença nos locais dos abrigos dos indivíduos monitorados, dentro dos seus Mínimos Polígonos Convexos. Entretanto, estes mesmos abrigos não estiveram localizados nas áreas de maior intensidade de uso. A média de abrigos utilizados por indivíduo foi de 6,3 (3-10) com utilização média de 2,9 (1-17) vezes em cada abrigo, sendo que 48% das vezes os animais só possuíram um registro em cada abrigo, demonstrando baixa fidelidade. Entretanto, dois indivíduos apresentaram diferença de utilização entre seus abrigos, com três destes sendo mais utilizados que os outros.
O trabalho sugere que os indivíduos de C. philander monitorados apresentam área de vida propriamente dita (restrita), onde ocorrem as sobreposições entre suas áreas diárias. C. philander utilizam mais de um abrigo em suas vidas, trocando com frequência de abrigos, apesar de alguns destes abrigos poderem ser mais utilizados que outros. Além disso, os abrigos destes animais não são localizados nas suas áreas de maior intensidade de uso. / Use of space is a well studied topic in ecology. However, the structuring of the home range and shelters position, have not received enough attention, especially for didelphid marsupials. One of these, Caluromys philander, is an interesting species because of its low record in traps studies in the Atlantic Forest and its unique characteristics among marsupials related to development, longevity and feeding habits. The present study analyses how daily movements can contribute to the home range formation and how the shelters are positioned within the home range of these animals. Six individuals of C. philander were equipped with radio transmitters necklaces and followed during the night. These individuals moved 534 153 m in average per night. They also had daily ranges of 9548 3591 m and home ranges of 2.8 0.4 ha. There was a 97% overlap between days, with an average of 19.4%. There was no difference in shelters positions and Minimum Convex Polygon areas, although these same shelters were not located in the areas with the greatest use intensity. The average number of shelters used per individual was 6.3 (3-10), with an average of 2.9 (1-17) records per shelter, where shelters were used only one time in 47% of the cases, suggesting low shelter fidelity of these animals. However, two individuals showed difference of shelters use, with three of those being used more than the others.
Therefore, I conclude that these individuals of C. philander have real home ranges, where they concentrate their daily movements. C. philander uses more than one shelter in its life, changing shelters frequently, although some shelters can be more used than others. Forthermore, shelters were not located in the areas with the greatest use intensity.
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