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Discurso e identificação : o migrante brasileiro clandestino deportado / Speech and identification : the deported ilegal Brazilian migrant

Barbai, Marcos Aurelio, 1976- 28 April 2008 (has links)
Orientador: Eni de Lourdes Pulcinelli Orlandi / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-11T10:17:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Barbai_MarcosAurelio_D.pdf: 2813874 bytes, checksum: 308d0509de9d8d0c7648e9d3511813df (MD5) Previous issue date: 2008 / Resumo: Este trabalho toma como lugar de reflexão e de estudo os processos discursivos de identificação do sujeito brasileiro imigrante clandestino deportado. Através de entrevistas realizadas no Aeroporto Internacional de São Paulo (Guarulhos), no momento em que os brasileiros retornavam de vários países via deportação, às fronteiras do Brasil, estabelecemos nosso corpus de pesquisa e empreendemos um gesto de leitura. A imigração clandestina, uma prática que burla os circuitos e sistemas legais da mobilidade humana, produz o sujeito imigrante como um transgressor das fronteiras visíveis no mundo. Nesta posição, o imigrante clandestino é aquele que, ao falar de si mesmo, está identificado como um sujeito indefinido no espaço. Ele é um sujeito despessoalizado: juridicamente e subjetivamente. O corpo material do sujeito, no acontecimento da imigração clandestina, transforma-se em um corpo anormal, já que ser indefinido e despessoalizado implica um sujeito em um tipo de mobilidade negativa, produzindo o estrangeiro como um tipo de monstro. Desse modo, cabe ao transgressor de fronteiras delimitadas a deportação: uma tecnologia política e social de aprisionamento, sofrimento e humilhação. Os jogos que se inscrevem para definir juridicamente e subjetivamente o imigrante clandestino, mostra que viver indefinido e invisível é um suplício identitário. A deportação, o envio compulsório do estrangeiro para as fronteiras de seu Estado/Nação, torna-se uma ferramenta jurídica que criminaliza a mobilidade humana e humilha o sujeito. Ser humilhado não é apenas viver o sentimento que expõe o homem à impotência de gestos, a uma violência simbólica e política. A humilhação é a política dos sentidos contra os estrangeiros indesejáveis. Escutar o processo discursivo da posição sujeito brasileiro imigrante clandestino deportado, através das identificações, é acolher os equívocos da relação entre ideologia e inconsciente, nos processos de constituição do sujeito e do sentido / Abstract: Ce travail prend comme espace de réflexion et d¿étude les processus discursifs d¿identification du sujet Brésilien immigrant reconduit à la frontière. Au moyen d¿entrevues effectuées à l¿Aéroport International de São Paulo (Guarulhos), au moment où lês Brésiliens revenaient au Brésil de plusieurs pays suite à une reconduite à la frontière, nous avons établi notre corpus de recherche et entrepris un geste de lecture. L¿immigration clandestine, une pratique qui trompe les circuits et systèmes légaux de la mobilité humaine, construit le sujet immigrant comme un transgresseur des frontières visibles du monde. Dans cette position, l¿immigrant clandestin est celui qui, en parlant de lui-même, s¿identifie comme un sujet indéfini dans l¿espace. C¿est un sujet dépersonnalisé, juridiquement et subjectivement. Le corps matériel du sujet, dans le processus de l¿immigration clandestine, se transforme en un corps anormal, car être indéfini et dépersonnalisé implique un sujet dans un type de mobilité négative, en produisant (construisant) l¿étranger comme une sorte de monstre. C¿est ainsi que le transgresseur des frontières délimitées se heurte à la reconduction: une technologie politique et sociale d¿emprisonnement, de souffrance et d¿humiliation. Les enjeux qui apparaissent pour définir juridiquement et subjectivement l¿immigrant clandestin, nous montrent que vivre indéfini et imperceptible est un supplice identitaire. La reconduction à la frontière, quand on envoie obligatoirement les étrangers aux frontières de leur État-Nation, devient un outil juridique qui criminalise la mobilité humaine et humilie le sujet. Être humilié n¿est pas seulement vivre le sentiment qui expose l¿homme à l¿impuissance des gestes, à une violence symbolique et politique. L¿humiliation est la politique des sens contre les étrangers indésirables. Écouter le processus discursif de la position sujet Brésilien immigrant reconduit à la frontière, à travers des identifications, c¿est accueillir les équivoques de la relation entre l¿idéologie et l¿inconscient, dans le processus d¿organisation du sujet et du sens / Doutorado / Doutor em Linguística

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