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Escrita e sobrevivência em Cartas da prisão (Frei Betto): o absurdo como origem e deslimiteGodoi, Marcílio Ribeiro de 19 June 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-06-19 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This master's thesis represents the search for a narrative. We aim to demonstrate that there is a story behind a set of apparently unrelated stories and that what bundles these stories is not only the symbolic description or records of an important period of the history of Brazil, but also, despite its incipient literary load, the path a man must necessarily follow in order to accomplish his journey under the absurdity of the world. When we think about writing and surviving in Cartas da prisão [Letters from prison], by Frei Betto, we try to identify, in this tug-‐of-‐war, in what measure would there be a movement of dynamic balance of the origin of the author in the denial of death. For the high degree of subjectivity we aim for here, Roland Barthes' concept of Neutral has proved to be an efficient methodology, having provided us with the attribute of the impasse and, therefore, the right to news paths, the access to surprising answers and, above all, a sparkling creative-‐critical-‐aesthetic experience, to use an expression of Barthes himself. The lucidity that ties Sisyphus to his destiny under the huge rock of his condemnation or Camus to his human rebellion in face of the race condemnation is of the same order of the one that connects Betto to literature and which represents his only real possibility of achieving true freedom: through consciousness / A
presente
dissertação
representa
a
busca
por
uma
narrativa.
O
que
propomos
demonstrar
aqui
é
que
há
uma
história
por
detrás
de
um
conjunto
de
histórias
aparentemente
desconexas.
E
que
o
feixe
dessas
histórias
não
se
refere
unicamente
à
descrição
simbólica
ou
ao
registro
de
um
importante
período
histórico
brasileiro,
mas,
também,
a
despeito
de
sua
incipiente
carga
literária,
à
trajetória
que
obrigatoriamente
um
homem
deve
traçar
em
sua
travessia
sobre
o
absurdo
do
mundo.
Quando
imaginamos
escrita
e
sobrevivência
em
Cartas
da
prisão,
de
Frei
Betto,
procuramos
identificar
em
que
medida
se
dava,
nesse
jogo
de
forças,
o
movimento
de
equilíbrio
dinâmico
da
origem
do
autor
na
negação
da
morte.
Pelo
alto
grau
de
subjetividade
da
proposta,
o
conceito
de
Neutro,
de
Roland
Barthes,
mostrou-‐se
metodologia
efetiva,
pois
que
nos
forneceu
o
atributo
do
impasse
e,
em
consequência
disso,
o
direito
a
novos
caminhos,
o
acesso
a
respostas
surpreendentes
e,
sobretudo,
a
experiência
estético-‐crítico-‐criativa
cintilante ,
para
aplicar
a
expressão
do
próprio
Barthes.
A
lucidez
que
prende
Sísifo
ao
seu
destino
sob
a
pedra
imensa
de
sua
condenação
ou
Camus
à
sua
humana
revolta
pela
condenação
da
espécie
é
da
mesma
ordem
da
que
liga
Betto
à
literatura,
representando
sua
única
possibilidade
real
de
conquista
da
verdadeira
liberdade:
pela
consciência
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