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REPETIÇÃO E SINGULARIDADE EM KALAHARI (LUIS SERGUILHA)

Deus, Deise Araújo de 09 March 2017 (has links)
Submitted by admin tede (tede@pucgoias.edu.br) on 2017-04-27T12:34:28Z No. of bitstreams: 1 DEISE ARAUJO DE DEUS.pdf: 1515545 bytes, checksum: 616577a1a1a25cc802e0752d55d46a49 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-27T12:34:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DEISE ARAUJO DE DEUS.pdf: 1515545 bytes, checksum: 616577a1a1a25cc802e0752d55d46a49 (MD5) Previous issue date: 2017-03-09 / The present work aims to analyze the Portuguese poet Luis Serguilha‟s work The Kalahari, observing aspects related to repetition and uniqueness as part of the autopoetic performance; knowing that the work is situated in a zone of no bondaries of postmodern or contemporary, seeking to examine the literary composition procedures and the writing that make it a war machine in the Deleuze - Guattari sayings. The contemporary work is rhizomatic, desiring machine, boddy whithout organs, deterritoriality in flux. As this machine‟s assumptions, we have the decentralization, the desubjectivity, the dereference and the nonsense. In this work, nothing else will hold us back to the meaning and significant‟s meshes.Knowledge known only by those who mobilize affections and who vibrate through madness, from emptiness and animality: the art‟s signs. The work of art here is an uniqueness instance and repetition; subjectivation artifice. Uniqueness is an affirmative because it is also becoming (devir); Becoming (Devir) as a process connected to repetition that decentralizes the being, through a disjunctive synthesis, in a way that it will not be spoken about the totality of the being and the work, but in totalities. There is no more paternity, neither origin, nor destiny because in this work, the sign-art becomes a nomad in the desert. Cartographing this nomadism in the Kalahari‟s autopoiesis is to walk as a wanderer, by Blanchotiano‟s „outside‟, being deterritorialized and reterritorialized; becoming a writer-reader for himself, for the world, for life. / O presente trabalho tem por objeto analisar a obra Kalahari, do poeta português Luis Serguilha, observando aspectos relacionados à repetição e à singularidade como parte da performance autopoiética; sabendo que a obra se situa numa zona de deslimites do pósmoderno ou contemporâneo, buscamos examinar os procedimentos de composição literária e da escritura que a tornam uma máquina de guerra nos dizeres deleuze-guattarianos. A obra contemporânea é rizomática, máquina desejante, corpo sem órgãos, desterritorialidade em fluxo. Como pressupostos dessa máquina, temos o descentramento, a dessubjetividade, a desreferencialização e o nonsense. Nela, nada mais nos prenderá às malhas do significado ou significante. Saberes somente aqueles que mobilizem os afectos e que fazem vibrar por meio da loucura, do vazio e da animalidade: os signos da arte. A obra de arte aqui é uma instância de singularidade e de repetição; artifício de subjetivações. Singularidade é uma afirmatividade porque é também devir; devir como processo ligado à repetição que descentraliza o ser, por meio de uma síntese disjuntiva, de maneira que não se falará mais em totalidade do ser e da obra, e sim, em totalidades. Não há mais paternidade, nem origem, nem destino porque nela (obra) o signo-arte torna-se um nômade no deserto. Cartografar este nomadismo na autopoiese Kalahari é caminhar como errante, pelo ―fora‖ blanchotiano, sendo desterritorializado e se reterriorializando; tornando-se um excri-leitor para si, para o mundo, para vida.

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