Made available in DSpace on 2014-06-11T19:29:33Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2009-10-23Bitstream added on 2014-06-13T20:19:25Z : No. of bitstreams: 1 faria_mlvc_me_botfm.pdf: 1185934 bytes, checksum: 4bb33f2f589bd619c63c31dc300156d7 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O problema que motivou esse trabalho foi a dificuldade, por parte dos profissionais da saúde, em acolher o sofrimento psíquico nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas unidades da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Neste trabalho investigamos se esta dificuldade se deve a inadequação epistemológica do paradigma vigente na medicina para lidar com estas questões. Usando uma metodologia baseada em revisão de literatura tradicional, analisamos a utilização do termo paradigma na produção científica brasileira dos últimos dez anos, armazenada na base de dados SciELO. Após busca pelas palavraschave paradigma e medicina e seleção prévia, 17 textos foram escolhidos. Realizamos então análises linguísticas e um levantamento da temática emergente. A análise linguística foi realizada através do levantamento da frequência de uso de termos relevantes nos textos e do grafo de co-ocorrências construído utilizando estes termos. Posteriormente os artigos foram organizados conforme seu foco principal, em três grupos: teórico, ensino médico e prática médica. Levantou-se então a temática emergente de cada grupo. Os textos discutiram algumas das ideias de Kuhn, enfatizando características do paradigma médico hegemônico, sinais de crise desse paradigma e a necessidade de um novo paradigma para lidar com as demandas da atenção primária. Vários artigos apresentaram experiências inovadoras implantadas em Unidades de Saúde e exemplos de mudanças nos currículos de cursos de medicina. O sofrimento psíquico é reconhecido como anomalia paradigmática e a integralidade é caracterizada como um problema epistemológico para o paradigma vigente. As bases teóricas do SUS podem ser consideradas como uma revolução científica, no acepção de Kuhn. A promoção da saúde é um novo e promissor paradigma pois enfatiza a integralidade do cuidado, a prevenção... / The motivation for this work was the difficulties faced by health professionals to treat patients with psychic suffering in Health Basic Units (HBU) and in Strategies for Family Health. In this work, we investigate if these difficulties were due to epistemological deficiencies of the present medicine paradigm. Using a methodology based on bibliographic review, we analyzed the use of the word paradigm in Brazilian scientific articles in SciELO database on the last ten years. Initially we browsed for the keywords: paradigm and medicine and selected 17 texts. We then performed some computational linguistic analyses: we measured the words frequency and constructed the co-occurrences graph of the 50 most commonly used words. Afterwards we organized the articles according to their focus in three classes: theoretical, medical education, and medical practice. We then determined the emerging themes for each class. The texts discussed some of Kuhn’s ideas and emphasized characteristics of the hegemonic paradigm for medicine, crisis signs for this paradigm and the need of a paradigm shift to deal with primary care. Several articles presented innovative experiences carried out on Health Units and examples of changes on the curricula of medicine courses. The psychic suffering is considered a paradigmatic anomaly and integrality is characterized as an epistemological problem to the present paradigm. The Unified Health System (UHS) theoretical basis can be considered a scientific revolution in Kuhn perspective. Health promotion is a new and promising paradigm since it emphasizes integrality in the medical care, prevention, and commitment with quality of life and stimulates the community participation. Our analysis shows that the authors are of the opinion that many of the challenges faced by Brazilian health system are originated from epistemological questions. Although UHS is a theoretical breakthro... (Complete abstract click electronic access below)

Orientador: Ivan Amaral Guerrini / Banca: Alfredo Pereira Junior / Banca: Gilberto Luppi dos Anjos / Resumo: O problema que motivou esse trabalho foi a dificuldade, por parte dos profissionais da saúde, em acolher o sofrimento psíquico nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas unidades da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Neste trabalho investigamos se esta dificuldade se deve a inadequação epistemológica do paradigma vigente na medicina para lidar com estas questões. Usando uma metodologia baseada em revisão de literatura tradicional, analisamos a utilização do termo paradigma na produção científica brasileira dos últimos dez anos, armazenada na base de dados SciELO. Após busca pelas palavraschave paradigma e medicina e seleção prévia, 17 textos foram escolhidos. Realizamos então análises linguísticas e um levantamento da temática emergente. A análise linguística foi realizada através do levantamento da frequência de uso de termos relevantes nos textos e do grafo de co-ocorrências construído utilizando estes termos. Posteriormente os artigos foram organizados conforme seu foco principal, em três grupos: teórico, ensino médico e prática médica. Levantou-se então a temática emergente de cada grupo. Os textos discutiram algumas das ideias de Kuhn, enfatizando características do paradigma médico hegemônico, sinais de crise desse paradigma e a necessidade de um novo paradigma para lidar com as demandas da atenção primária. Vários artigos apresentaram experiências inovadoras implantadas em Unidades de Saúde e exemplos de mudanças nos currículos de cursos de medicina. O sofrimento psíquico é reconhecido como anomalia paradigmática e a integralidade é caracterizada como um problema epistemológico para o paradigma vigente. As bases teóricas do SUS podem ser consideradas como uma revolução científica, no acepção de Kuhn. A promoção da saúde é um novo e promissor paradigma pois enfatiza a integralidade do cuidado, a prevenção... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The motivation for this work was the difficulties faced by health professionals to treat patients with psychic suffering in Health Basic Units (HBU) and in Strategies for Family Health. In this work, we investigate if these difficulties were due to epistemological deficiencies of the present medicine paradigm. Using a methodology based on bibliographic review, we analyzed the use of the word paradigm in Brazilian scientific articles in SciELO database on the last ten years. Initially we browsed for the keywords: paradigm and medicine and selected 17 texts. We then performed some computational linguistic analyses: we measured the words frequency and constructed the co-occurrences graph of the 50 most commonly used words. Afterwards we organized the articles according to their focus in three classes: theoretical, medical education, and medical practice. We then determined the emerging themes for each class. The texts discussed some of Kuhn's ideas and emphasized characteristics of the hegemonic paradigm for medicine, crisis signs for this paradigm and the need of a paradigm shift to deal with primary care. Several articles presented innovative experiences carried out on Health Units and examples of changes on the curricula of medicine courses. The psychic suffering is considered a paradigmatic anomaly and integrality is characterized as an epistemological problem to the present paradigm. The Unified Health System (UHS) theoretical basis can be considered a scientific revolution in Kuhn perspective. Health promotion is a new and promising paradigm since it emphasizes integrality in the medical care, prevention, and commitment with quality of life and stimulates the community participation. Our analysis shows that the authors are of the opinion that many of the challenges faced by Brazilian health system are originated from epistemological questions. Although UHS is a theoretical breakthro... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre