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Diálogo não oficial no conflito israelo-palestino: os desafios do movimento pela paz após o colapso das negociações de Oslo / Unofficial dialogue in the Israeli-Palestinian conflict: the challenges of the peace movement after the collapse of the Oslo negotiationsBonan, Eliceli Katia 22 November 2017 (has links)
Este trabalho analisa a criação e manutenção dos espaços de diálogo não oficial entre as sociedades israelense e palestina após o fracasso do Processo de Paz de Oslo. Sendo que a atuação da sociedade civil foi considerada fator fundamental para o início das negociações na década de 1990, a pesquisa investiga como a falência das conversas oficiais afetou o movimento pela paz. Em particular, foca nos desafios enfrentados por organizações da sociedade civil - OSCs, que promovem diálogo em vistas à resolução do conflito e nas estratégias que usam para lidar com eles. Os resultados apresentados são produto de uma pesquisa qualitativa, conduzida durante dez semanas em Israel e na Cisjordânia, com oito organizações locais. Os desafios levantados pela pesquisa são: 1) senso de desesperança de que o conflito ainda possa ser resolvido leva a um alcance mínimo de pessoas pelo movimento pela paz; 2) barreiras físicas e psicossociais tornam escassos os espaços compartilhados e os indivíduos mais resistentes ao diálogo; 3) debate sobre antinormalização na sociedade palestina vê diálogo como normalização e ativistas pela paz como \"agentes do inimigo\"; 4) pressão a OSCs e ativistas pela paz em Israel por meio de leis e propostas de leis, desacreditando-os e rotulando-os como \"agentes estrangeiros\", trabalhando por interesses contrários aos do Estado. Diante das dificuldades, conclui-se que o papel do diálogo não oficial é marginal e praticamente irrelevante para a retomada de negociações. No entanto, as estratégias usadas pelas OSCs mostram que o diálogo possui enorme potencial diante do atual impasse político, como espaço derradeiro em que as sociedades podem se encontrar e estabelecer relações de confiança, tolerância e respeito mútuo, primordiais para qualquer processo de paz. / The present study analyzes the creation and maintenance of spaces for unofficial dialogue between Israeli and Palestinian societies after the failure of the Oslo Peace Process. Civil society was considered a key factor in starting negotiations in the 1990s. From that, the research investigates how the crash of official talks affected the peace movement. In particular, it focuses on the challenges faced by civil society organizations - CSOs, promoting dialogue in order to solve the conflict and the strategies they use to deal with them. The findings are the result of a qualitative research conducted over 10 weeks in Israel and the West Bank with eight local organizations. The main challenges pointed by the research are: 1) a sense of hopelessness that the conflict can still be solved leads to a minimum reach of people by the peace movement; 2) physical and psychosocial barriers make shared spaces scarce and individuals more resistant to dialogue; 3) the anti-normalization debate in Palestinian society sees dialogue as normalization and peace activists as \"agents of the enemy\"; 4) pressure on CSOs and peace activists in Israel through laws and bills, delegitimizing them and labeling them as \"foreign agents\", working for interests contrary to the State. In the face of difficulties, it is concluded that the role of unofficial dialogue is marginal and practically irrelevant for the resumption of negotiations. However, the strategies used by the CSOs shows that dialogue has enormous potential in the face of the current political impasse, as the ultimate space in which societies can meet and establish relationships of trust, tolerance and mutual respect, which are paramount to any peace process.
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Diálogo não oficial no conflito israelo-palestino: os desafios do movimento pela paz após o colapso das negociações de Oslo / Unofficial dialogue in the Israeli-Palestinian conflict: the challenges of the peace movement after the collapse of the Oslo negotiationsEliceli Katia Bonan 22 November 2017 (has links)
Este trabalho analisa a criação e manutenção dos espaços de diálogo não oficial entre as sociedades israelense e palestina após o fracasso do Processo de Paz de Oslo. Sendo que a atuação da sociedade civil foi considerada fator fundamental para o início das negociações na década de 1990, a pesquisa investiga como a falência das conversas oficiais afetou o movimento pela paz. Em particular, foca nos desafios enfrentados por organizações da sociedade civil - OSCs, que promovem diálogo em vistas à resolução do conflito e nas estratégias que usam para lidar com eles. Os resultados apresentados são produto de uma pesquisa qualitativa, conduzida durante dez semanas em Israel e na Cisjordânia, com oito organizações locais. Os desafios levantados pela pesquisa são: 1) senso de desesperança de que o conflito ainda possa ser resolvido leva a um alcance mínimo de pessoas pelo movimento pela paz; 2) barreiras físicas e psicossociais tornam escassos os espaços compartilhados e os indivíduos mais resistentes ao diálogo; 3) debate sobre antinormalização na sociedade palestina vê diálogo como normalização e ativistas pela paz como \"agentes do inimigo\"; 4) pressão a OSCs e ativistas pela paz em Israel por meio de leis e propostas de leis, desacreditando-os e rotulando-os como \"agentes estrangeiros\", trabalhando por interesses contrários aos do Estado. Diante das dificuldades, conclui-se que o papel do diálogo não oficial é marginal e praticamente irrelevante para a retomada de negociações. No entanto, as estratégias usadas pelas OSCs mostram que o diálogo possui enorme potencial diante do atual impasse político, como espaço derradeiro em que as sociedades podem se encontrar e estabelecer relações de confiança, tolerância e respeito mútuo, primordiais para qualquer processo de paz. / The present study analyzes the creation and maintenance of spaces for unofficial dialogue between Israeli and Palestinian societies after the failure of the Oslo Peace Process. Civil society was considered a key factor in starting negotiations in the 1990s. From that, the research investigates how the crash of official talks affected the peace movement. In particular, it focuses on the challenges faced by civil society organizations - CSOs, promoting dialogue in order to solve the conflict and the strategies they use to deal with them. The findings are the result of a qualitative research conducted over 10 weeks in Israel and the West Bank with eight local organizations. The main challenges pointed by the research are: 1) a sense of hopelessness that the conflict can still be solved leads to a minimum reach of people by the peace movement; 2) physical and psychosocial barriers make shared spaces scarce and individuals more resistant to dialogue; 3) the anti-normalization debate in Palestinian society sees dialogue as normalization and peace activists as \"agents of the enemy\"; 4) pressure on CSOs and peace activists in Israel through laws and bills, delegitimizing them and labeling them as \"foreign agents\", working for interests contrary to the State. In the face of difficulties, it is concluded that the role of unofficial dialogue is marginal and practically irrelevant for the resumption of negotiations. However, the strategies used by the CSOs shows that dialogue has enormous potential in the face of the current political impasse, as the ultimate space in which societies can meet and establish relationships of trust, tolerance and mutual respect, which are paramount to any peace process.
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