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Juventudes, cultura de paz e escola: transformando possibilidades em realidade / Youth, culture of peace education: transforming possibilities into reality

MACEDO, Rosa Maria de Almeida January 2012 (has links)
MACEDO, Rosa Maria de Almeida. Juventudes, cultura de paz e escola: transformando possibilidades em realidade. 2012. 196f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2012. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-03-11T14:47:28Z No. of bitstreams: 1 2012-TESE-RMAMACEDO.pdf: 2896913 bytes, checksum: f599f7c9957a7390f3a9890d5d70a330 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo(marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-03-11T17:31:21Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012-TESE-RMAMACEDO.pdf: 2896913 bytes, checksum: f599f7c9957a7390f3a9890d5d70a330 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-03-11T17:31:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012-TESE-RMAMACEDO.pdf: 2896913 bytes, checksum: f599f7c9957a7390f3a9890d5d70a330 (MD5) Previous issue date: 2012 / This research was conducted between June 2010 and June 2011, in the School Maria Melo, Teresina-Piauí, in order to contribute to building a Culture of Peace in the school environment. The study, in the form research-intervention, involved 71 students from 6th to 9th of elementary school, the management team, staff and teachers. In accord to this type of research, was built the field of analysis, formed by all the theoretical contributions that deal with: the process of institutionalization, research-intervention, youth and Culture of Peace. As a field of intervention, chose a public school, where there was the demand and voluntary compliance of the community school. The devices of analysis or action strategies were varied: focus groups, meetings, thematic workshops and questionnaires. The results show that young people are seen by most teachers as being uninterested in studies, undisciplined, and in some cases violent. The blame for the existence of these problems is attributed to the family, they say, does not educate or impose limits. In contrast, young people are perceived positively, recognize the difficulties and obstacles they face in everyday life, show value for studies and see themselves as people who can contribute to improving the environment where they live. While living the ambiguity and vagueness in relation to what they are, considered youth a moment "wonderful", "passenger" where the errors are "allowed". Relative to peace, I realized, by part of members of the school community, the predominance of negative conception, in which peace is associated with tranquility and harmony, the absence of conflicts and as individual attribute. As a result, it is difficult to think of peace as intersubjective reality and as a process that takes place collectively. I checked also the pedagogical School proposes and could note its focus is on the transmission of content, with no time and space for approach of essential and constitute aspects of human life. From this we can infer that the understanding of peace, violence, youth, school and culture of peace, explained by the research shows that these institutions have typifications of actions with a controller character of behaviors, attitudes and discourse, which may explain the resistance of some members of the school community to change their daily practices, even after a process of reflection. Importantly, however, that the research-intervention represented a breakthrough in this direction, particularly as regards the revision of the concept of peace, that after the debates and concerns, was closest to the positive sense, which can signal the first step in building a Culture of Peace in this school. / A presente investigação foi realizada de junho de 2010 a junho de 2011, na Escola Maria Melo em Teresina-Piauí, com o objetivo de contribuir na construção de uma Cultura de Paz neste ambiente escolar. O estudo, na modalidade pesquisa-intervenção, envolveu 71 alunos de 6º ao 9º do ensino fundamental, a equipe gestora, funcionários e professores. Em conformidade com este tipo de pesquisa, construí o campo de análise, formado pelo conjunto dos aportes teóricos que tratam sobre: processo de institucionalização; pesquisa-intervenção; juventude e Cultura de Paz. Como campo de intervenção, escolhi uma escola pública, onde houvesse demanda e a adesão voluntária da comunidade escolar. Os dispositivos de análise ou estratégias de ação foram variados: grupos focais, encontros, oficinas temáticas e questionários. Os resultados mostram que os jovens são vistos pela maioria dos professores como desinteressados pelos estudos, indisciplinados e em algumas situações violentos. A culpa pela existência desses problemas é atribuída à família que, segundo eles, não educa nem impõe limites. Em contraste, os jovens se percebem positivamente, reconhecem as dificuldades e os obstáculos que enfrentam no dia a dia, demonstram valorizar os estudos e se vêem como pessoas capazes de contribuir para melhorar o contexto onde vivem. Ao mesmo tempo em que vivem a ambiguidade e a imprecisão em relação ao que são, consideram a juventude um momento “maravilhoso”, “passageiro”, onde os erros são “permitidos”. Quanto à paz, percebi, por parte dos membros da comunidade escolar, a predominância da concepção negativa, na qual a paz é associada à quietude e harmonia, a não existência de conflitos e como atributo individual. Em decorrência disso, há uma dificuldade para pensar a paz como realidade intersubjetiva e como processo que se realiza coletivamente. Verifiquei, também, que a proposta pedagógica da Escola tem como foco a transmissão dos conteúdos, não havendo tempo e espaço para a abordagem de aspectos essenciais e constitutivos da vida humana. A partir disso, é possível inferir que a compreensão de paz, violência, juventude, escola e cultura de paz, explicitada pelos participantes da pesquisa, mostra que estas instituições apresentam tipificações de ações com caráter controlador de condutas, atitudes e discursos, fato que pode explicar a resistência apresentada por alguns membros da comunidade escolar para mudar suas práticas cotidianas, mesmo após um processo de reflexão. É importante ressaltar, porém, que a realização da pesquisa-intervenção representou um avanço nesse sentido, particularmente no que se refere à revisão da noção de paz, que após os debates e problematizações, mostrou-se mais próxima da acepção positiva, o que pode sinalizar o passo inicial na construção de uma Cultura de Paz nesta Escola.

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