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Aproximação e distanciamento: processos de construção de identificações culturais do professor de língua alemãAmato, Laura Janaina Dias January 2012 (has links)
Tese apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Letras, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de Doutora em Letras Orientadora: Profa. Dra. Clarissa Menezes Jordão. / Submitted by Nilson Junior (nilson.junior@unila.edu.br) on 2016-07-12T18:41:10Z
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Previous issue date: 2012 / Este trabalho trata da identidade do professor de língua estrangeira, especificamente do professor de língua alemã. Essa tese observa como o contato com a língua e com o universo do Outro faz com que o professor de língua estrangeira constantemente reformule e compartilhe sua visão deste outro universo, deste outro linguajar. A pesquisa desenvolvida, que possui base etnográfica e utiliza técnicas de história oral, parte de conversas realizadas com o grupo de professores de língua alemã que lecionava no Centro de Línguas e Interculturalidade (CELIN) da Universidade Federal do Paraná em 2007. A análise dessa pesquisa é referenciada em teorias pós-coloniais sobre a constituição do sujeito e sobre concepções de língua, discurso e cultura, utilizando principalmente conceitos abordados por Mignolo, Foucault, Hall e Bhabha. Considerando-se que os processos identitários dos professores de alemão participantes da pesquisa se formam a partir de um questionamento
constante, de formações discursivas e do paradoxo entre a aproximação e a recusa pelo Outro, essa tese se estrutura em torno de três aspectos concernentes à identidade do professor de língua: (i) suas concepções sobre língua, (ii) sua identificação com o estrangeiro e (iii) sua visão sobre o papel do professor de língua. Assim, a pesquisa apresenta possibilidades interpretativas sobre como e por que se dá a identificação com o estranho/estrangeiro, e sobre como, a partir dessa identificação, os professores colaboradores se aproximam ou se afastam deste estranho/estrangeiro. Com tais elementos, a pesquisa aponta também alguns aspectos que parecem contribuir para a formação de um professor de língua na pós-modernidade. Observou-se que a formação identitária desses professores é constituída por meio de deslocamentos constantes e ressignificações, apesar de muitos deles proferirem ecos discursivos da modernidade, atuam em um terceiro espaço, apropriando-se de sua constituição híbrida de sujeito. Ademais, considerando o espaço de formação universitária como um dos espaços de reflexão crítica e produtiva na formação do sujeito professor, vê-se a necessidade de se
repensar a formação destes professores visando uma concepção pós-moderna de sujeito, uma vez que esta se apresenta como mais adequada para lidar com as contingências da contemporaneidade, especialmente no contato com o
Outro e nas construções identitárias do professor que ensina uma língua estrangeira e assim vive num espaço múltiplo e de identidade instável. Com isso, conclui-se que há uma necessidade de se pensar na formação de professores sob a luz de teorias pós-modernas e pós-coloniais que contribuem para uma visão mais produtiva do sujeito professor de línguas
estrangeiras.
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