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Desempenho motor, desempenho acadêmico e senso de auto-eficácia de escolares do ensino fundamental / Motor performance, academic performance, and sense of self-efficiency among elementary school students

Silva, Juliana da 05 June 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-06T17:07:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JULIANA DA SILVA.pdf: 1367802 bytes, checksum: 1f86afc96b973f5dce0615d49b9f9ff9 (MD5) Previous issue date: 2009-06-05 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The objective of this study was to investigate motor performance, academic performance, and the sense of self-efficiency among elementary school students in a public school in São José, Santa Catarina, Brazil. The sample consisted of 406 children enrolled in the 2nd to 4th grades, aged 7 to 10 years (8.75 years; ±1.00), with 231 girls (8.74 years; ±1.02) and 175 boys (8.77 years; ± 0.99). Data was collected through three measurement instruments: Movement Assessment Batery for Children (MABC; HENDERSON & SUGDEN, 1992); Teste de Desempenho Escolar (TDE; STEIN, 1994) and Roteiro para Avaliação do Senso de Auto-eficácia (RASAE; MEDEIROS & LOUREIRO, 1999). The participants were characterized through consultation of their Scholastic Registry Files, made available by the school. For data analysis, descriptive and inferential statistics were used. Based on normality tests, only non-parametric statistics were used: Mann-Witney s U, Kruskal-Wallis, Chi-Squared (X2), Cramer s V, Gamma (_), and Spearman s p. In all analyses, a 5% (p<0.05) significance was adopted. We verified that the most frequent learning difficulties among participants were in writing (n=178, 43.8%), followed by arithmetic (n=146; 36%); and reading (n=101; 24.9%). The indicative incidence for general learning difficulty was 31.3% (n=127). No statistically significant associations between sexes were found concerning writing, arithmetic, and/or reading. However, in the general performance, girls obtained better results. The total values of the TDE point out a greater prevalence of difficulties among males; however, this was not shown statistically. Upon comparing motor abilities in both genders, we verified that girls showed better performances in the tasks which required balance, while the boys did better in activities involving a ball. The results were also verified in age groups. The 7-8 year old girls presented better balance, similar to the total sample results, as well as demonstrated better manual dexterities. On the other hand, boys in both age groups did better in ball abilities, when compared to the opposite sex. In what concerns motor performance classification, while the majority of the children had presented normal motor abilities, we verified that a percentage of the motor problems defined surpasses the levels pointed out in literature (4-6% incidence). There was co-occurrence of learning difficulties and motor problems, with statistically significant associations found in arithmetic, reading, and general learning. Concerning self-efficiency, one can attest that in this study, the greater the motor and academic performance demonstrated, the greater the self-efficiency. Based upon the high number of schools identified as having academic and motor difficulties, as well as the influence of self-efficiency in these factors, we suggest further study be undertaken, albeit with a probabilistic focus, seeking to present official estimates of the number of children in Brazilian schools affected with such problems, as well as means for subsequent intervention. / Este estudo objetivou investigar o desempenho motor, desempenho acadêmico e o senso de auto-eficácia de escolares das séries iniciais do ensino fundamental, de uma escola básica e municipal da cidade de São José/SC. Os participantes da pesquisa foram 406 crianças, matriculadas de segundas a quartas-séries do ensino fundamental, com idades entre 7 e 10 anos (8,75 anos; ±1,00), sendo 231 meninas (8,74 anos; ±1,02) e 175 meninos (8,77 anos; ± 0.99). Para coleta dos dados foram utilizados três instrumentos de medida: Bateria para Avaliação do Movimento da Criança (MABC; HENDERSON e SUGDEN, 1992); Teste de Desempenho Escolar (TDE; STEIN, 1994) e o Roteiro para Avaliação do Senso de Auto-Eficácia (RASAE; MEDEIROS e LOUREIRO, 1999). A caracterização dos participantes foi realizada por meio de consulta a Ficha de Registro dos Escolares, disponibilizada pela escola. Para análise dos dados, utilizou-se estatística descritiva e inferencial. Com base nos testes de normalidade, optou-se por utilizar somente estatística não parametrica: U de Mann-Witney, Kruskal-Wallis, Qui-Quadrado (X2), V de Cramer, Gamma (_) e o _ de Spearman. Em todas as análises foi adotado um índice de significância de 5% (p<0,05). Verificou-se que o tipo de dificuldades de aprendizagem mais freqüente entre os participantes, foi em escrita (n=178, 43,8%), seguida, das dificuldades em aritmética (n=146; 36%) e leitura (n=101; 24,9%). A incidência de indicativo de dificuldades de aprendizagem geral foi de 31,3% (n=127). Não foram encontradas associações estatisticamente significativas entre os sexos, quanto ao desempenho em escrita, aritmética e leitura, porém, no desempenho geral as meninas obtiveram melhores resultados. Os valores totais do TDE apontam para uma maior prevalência de dificuldade por parte do sexo masculino, porém, não comprovada estatisticamente. Ao comparar o desempenho nas habilidades motoras entre os sexos, verificou-se que as meninas mostraram melhor desempenho nas tarefas que avaliaram o equilíbrio, enquanto que os meninos saíram-se melhor nas habilidades com bola. Estes resultados puderam ser verificados também, na análise por faixas etárias. As meninas com 7 e 8 anos apresentaram melhor equilíbrio, semelhante ao resultado total da amostra, além de se saírem melhor, também nas destrezas manuais. Os meninos, por sua vez em ambas as faixas etárias foram melhores nas habilidades com bola, em comparação com o sexo oposto. Referente à classificação do desempenho motor, embora a maior parte das crianças tenha apresentado habilidades motoras normais, verificou-se que o percentual de problemas motores definidos ultrapassou o índice apontado pela literatura (4-6% de incidência). Houve co-ocorrência de dificuldades de aprendizagem e problemas motores, sendo encontradas associações estatisticamente significativas nas dificuldades de aritmética, leitura e geral. Referente a auto-eficácia, pode-se dizer que neste estudo, quanto melhor o desempenho motor e acadêmico, melhor foi o senso de auto eficácia. Com base no alto número de escolares identificados com dificuldades acadêmicas e motoras, bem como a influência da auto-eficácia nestes fatores, sugere-se a realização de outros estudos, porém com cunho probabilístico, visando apresentar estimativas oficiais do número de afetados com estes problemas, em escolares brasileiros, bem como, meios para intervenção destes transtornos.

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