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Evolução clínica da doença de Crohn no cenário de um hospital de referência brasileiroBarros, Kátia Simone Cezário de January 2013 (has links)
Introdução: A evolução clínica da Doença de Crohn (DC) é variável e influenciada por fatores genéticos e ambientais. Há escassez de estudos no Brasil analisando a evolução e complicações desta doença. Objetivos: Descrever a evolução dos pacientes com DC em relação ao fenótipo clínico, necessidade de cirurgia, hospitalização, tipo de medicamentos utilizados e mortalidade. Método: Cento e setente e nove pacientes consecutivos foram seguidos no Ambulatório de Doença Inflamatória Intestinal (DII) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com coleta de dados históricos e contemporâneos. Dados demográficos, manifestações extraintestinais (MEI), fenótipo de acordo com a Classificação de Montreal (CM), cirurgias, medicamentos utilizadas, hospitalização e mortalidade foram analisados. Análise estatística: variáveis qualitativas foram expressas em porcentagens absoluta e relativa e comparações com teste X2 de Pearson; dados contínuos como média (± DP), e comparações com ANOVA ou Kruskal-Wallis. O método de Kaplan-Meier foi utilizado para estimar a probabilidade cumulativa de desenvolvimento de complicações, necessidade de cirurgia e sobrevida em 5, 10 e 20 anos. Análise multivariada de Regressão de Cox foi usada para controle dos fatores de confusão. O nível de significância estatística foi α=0,05 (p< 0,05). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Institucional. Resultados: Houve predominância de mulheres (54,2%), indivíduos brancos (85,5%) e baixo percentual de tabagismo ativo (19,8%). História familiar de DII foi relatada por 11,4% dos pacientes. O tempo de seguimento foi 73,0 meses (32,5-118,7) e 10% dos pacientes perderam o seguimento. O tempo de doença foi 92,3 meses (48,7-160,3). Média de idade no diagnóstico foi 32,7 (DP ±13,7) anos. O fenótipo no diagnóstico segundo a CM mostrou uma predominância de pacientes com A2 (60,3%), L3 (37,4%) e B1 (60,3%), havendo elevado percentual de doença perianal (34,1%). O comportamento clínico dos pacientes evoluiu ao longo do período de seguimento, com mudança observada principalmente em direção à complicação estenosante (26,8%). Evolução para complicação penetrante foi uma ocorrência rara (2,8%). Probabilidade cumulativa livre de uma complicação foi 88,4%, 65,0% e 47,3% em 5, 10 e 20 anos, respectivamente. L1 (HR= 6,95), L4 (HR= 7,04) e A1 (HR= 5,31) foram significativamente associados ao desenvolvimento de doença com complicação. Os fatores associados a comportamento estenosante foram L1 (HR= 4,73) e L4 (HR= 5,73). Granuloma foi um fator de proteção para complicação estenosante (HR= 0,41). Uso de terapia biológica foi associado à doença complicada (HR= 2,39) e comportamento estenosante (HR= 3,64). Houve elevado percentual de doença perianal (46,4%), sendo fístula (34%) e fissura (20,7%) as mais frequentes. A1 (RR= 4,18) e uso de terapia imunossupressora (IMS) (RR= 9,02) foram fatores associados a este último desfecho. O percentual de MEI foi 58,7%, com predominância da artropatia periférica (29,9%). MEI foi mais frequente em mulheres (61,3%, p=0,031). Corticoide foi utilizado por 65,4% dos pacientes no diagnóstico, corticodependência ocorreu em 38,5% e corticorresistência em 2,2%. Uso de terapia IMS ocorreu em 80,4% e terapia biológica em 29,6%. Cirurgia abdominal foi realizada em 34,1% dos pacientes, sendo que metade ocorreu no diagnóstico (50,8%). Tempo de evolução para cirurgia foi 44,2 meses (13,7-91,1). Treze pacientes (21,2%) se submeteram a mais de uma cirurgia. A probabilidade cumulativa livre de cirurgia em 5, 10 e 20 anos foi 87,3%, 79,2% e 64,1%, respectivamente. L1 (HR= 2,76), B2 (HR= 7,62), B3 (HR= 25,2) e presença de MEI (HR= 2,95) foram fatores preditivos para a ocorrência de cirurgia. Mais da metade dos pacientes necessitou de internação hospitalar no primeiro ano do diagnóstico (54,9%). A mortalidade foi de 3,4% e a probabilidade cumulativa de sobrevida em 5, 10 e 20 anos foi de 97,8%, 96,7%, 91,9%, respectivamente. Conclusão: Nossa população diferiu dos pacientes europeus e norte-americanos quanto à apresentação clínica da doença e comportamento evolutivo. O fenótipo clínico evoluiu predominantemente para a forma estenosante, permanecendo o padrão penetrante estável ao longo do seguimento. Localização da doença foi um fator determinante desta evolução. Foi observado elevado percentual de doença perianal, principalmente no diagnóstico. Cirurgia abdominal ocorreu principalmente nos primeiros anos da doença. Diferenças encontradas no fenótipo da doença em comparação a outros estudos podem ser devido à organização do serviço de saúde local, bem como influência de variáveis ambientais ou genéticas. Estudos futuros são necessários para confirmar estas hipóteses. / Introduction: The clinical outcome of Crohn's disease (CD) is variable and influenced by genetic and environmental factors. There are few studies in Brazil analyzing the evolution and complications of this disease. Aims: To describe patient outcome in terms of clinical phenotype, need for abdominal surgery, hospitalization, type of medication used and mortality. Methods: One hundred and seventy-nine consecutive patients were followed in the Inflammatory Bowel Disease (IBD) Center of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre, with collection of historical and contemporary data. Demographics, extraintestinal manifestations (EIM), phenotype according to the Montreal Classification (MC), surgery, hospitalization, medications used and mortality were assessed. Statistical analysis: qualitative variables expressed in absolute and relative percentages and comparisons with Pearson X2 test; continuous data as mean (±SD), and comparisons with ANOVA or Kruskal-Wallis. Kaplan-Meier method was used to estimate the cumulative probability of developing a complication, requiring surgery and survival in 5, 10 and 20 years. Multivariate Cox regression analysis was used to control for confounding factors. The level of statistical significance was α= 0.05 (p< 0.05). The research was approved by the Institutional Review Board. Results: There was a predominance of female (54.2%), Caucasians (85.5%) and low percentage of current smokers (19.8%). Family history of IBD was report by 11.4% of patients. The median follow-up time was 73.0 months (32.5-118.7) and 10.0% of patients missed the follow-up. The median disease duration was 92.3 months (48.7-160.3). Mean age at diagnosis was 32.7 (±13.7) yr. The phenotype at diagnosis according to the MC showed a predominance of patients with A2(60.3%), L3 (26.8%) and B1 (42.5%), having a high percentage of perianal disease (34.1%). The clinic behavior of patients changed over the course of the disease with progression observed mainly towards stricturing complication (26.8%). Progression to penetrating complication was a rare occurrence (2.8%). Cumulative probability of being complication-free was 88.4%, 65.0% and 47.3% in 5, 10 and 20 years, respectively. L1 (HR= 6.95), L4 (HR= 7.04) and A1 (HR= 5.31) were significantly associated with the development of complicated disease. Factors associated with progression to stricturing disease were L1 (HR= 4.73) and L4 (HR= 5.73). Granuloma was a protective factor for stricturing complication (HR= 0.41). Use of biological therapy was associated with complicated disease (HR= 2.39) and stricturing behavior (HR= 3.64).There was a high percentage of perianal disease (46.4%) and fistula (34.0%) and fissure (20.7%) were the most frequent. A1 (RR= 4.18) and use of immunosuppressive (IMS) therapy (RR= 9.02) were factors associated with the latter outcome. The percentage of EIM was 58.7% with predominance of peripheral arthropathy (29.9%). EIM were more frequent in women (61.3%, p= 0.031). Corticosteroids were used for 65.4% of patients at diagnosis; corticosteroid dependent occurred in 38.5% and corticosteroid refractory in 2.2%. Use of IMS therapy occurred in 80.4% and biological therapy in 29.6%. Abdominal surgery was performed in 34.1% of patients and half of which occurred at diagnosis (50.8%). Evolution time for surgery was 44.2 months (13.7-91.1). Thirteen patients (21.2%) had undergone more than one surgery. The cumulative probability of being operation-free at 5, 10 and 20 years was 87.3%, 79.2% and 64.1%, respectively. L1 (HR= 2.76), B2 (HR= 7.62), B3 (HR= 25.2) and EIM (HR= 2.95) were predictive factors to the occurrence of surgery. More than half of the patients were hospitalized during the first year of diagnosis (59.4%). The mortality was 3.4% and the cumulative probability of survival at 5, 10 and 20 years was 97.8%, 96.7% and 91.9%, respectively. Conclusion: our population differed of patients in Europe and North America as the clinical presentation of the disease and evolutionary behavior. The clinic phenotype of disease progressed to predominantly stricturing standard, remaining the standard penetrating almost stable throughout follow-up. Location of the disease was a determinant of clinical behavior modification. Perianal disease occurred in a high percentage, especially at diagnosis. Abdominal surgery occurred mainly in the first years of the disease. Differences in disease phenotype compared to other studies may be due to the organization of the local health system, as well as to environmental or genetic variables. Further studies are necessary to confirm these hypotheses.
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Evolução clínica da doença de Crohn no cenário de um hospital de referência brasileiroBarros, Kátia Simone Cezário de January 2013 (has links)
Introdução: A evolução clínica da Doença de Crohn (DC) é variável e influenciada por fatores genéticos e ambientais. Há escassez de estudos no Brasil analisando a evolução e complicações desta doença. Objetivos: Descrever a evolução dos pacientes com DC em relação ao fenótipo clínico, necessidade de cirurgia, hospitalização, tipo de medicamentos utilizados e mortalidade. Método: Cento e setente e nove pacientes consecutivos foram seguidos no Ambulatório de Doença Inflamatória Intestinal (DII) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com coleta de dados históricos e contemporâneos. Dados demográficos, manifestações extraintestinais (MEI), fenótipo de acordo com a Classificação de Montreal (CM), cirurgias, medicamentos utilizadas, hospitalização e mortalidade foram analisados. Análise estatística: variáveis qualitativas foram expressas em porcentagens absoluta e relativa e comparações com teste X2 de Pearson; dados contínuos como média (± DP), e comparações com ANOVA ou Kruskal-Wallis. O método de Kaplan-Meier foi utilizado para estimar a probabilidade cumulativa de desenvolvimento de complicações, necessidade de cirurgia e sobrevida em 5, 10 e 20 anos. Análise multivariada de Regressão de Cox foi usada para controle dos fatores de confusão. O nível de significância estatística foi α=0,05 (p< 0,05). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Institucional. Resultados: Houve predominância de mulheres (54,2%), indivíduos brancos (85,5%) e baixo percentual de tabagismo ativo (19,8%). História familiar de DII foi relatada por 11,4% dos pacientes. O tempo de seguimento foi 73,0 meses (32,5-118,7) e 10% dos pacientes perderam o seguimento. O tempo de doença foi 92,3 meses (48,7-160,3). Média de idade no diagnóstico foi 32,7 (DP ±13,7) anos. O fenótipo no diagnóstico segundo a CM mostrou uma predominância de pacientes com A2 (60,3%), L3 (37,4%) e B1 (60,3%), havendo elevado percentual de doença perianal (34,1%). O comportamento clínico dos pacientes evoluiu ao longo do período de seguimento, com mudança observada principalmente em direção à complicação estenosante (26,8%). Evolução para complicação penetrante foi uma ocorrência rara (2,8%). Probabilidade cumulativa livre de uma complicação foi 88,4%, 65,0% e 47,3% em 5, 10 e 20 anos, respectivamente. L1 (HR= 6,95), L4 (HR= 7,04) e A1 (HR= 5,31) foram significativamente associados ao desenvolvimento de doença com complicação. Os fatores associados a comportamento estenosante foram L1 (HR= 4,73) e L4 (HR= 5,73). Granuloma foi um fator de proteção para complicação estenosante (HR= 0,41). Uso de terapia biológica foi associado à doença complicada (HR= 2,39) e comportamento estenosante (HR= 3,64). Houve elevado percentual de doença perianal (46,4%), sendo fístula (34%) e fissura (20,7%) as mais frequentes. A1 (RR= 4,18) e uso de terapia imunossupressora (IMS) (RR= 9,02) foram fatores associados a este último desfecho. O percentual de MEI foi 58,7%, com predominância da artropatia periférica (29,9%). MEI foi mais frequente em mulheres (61,3%, p=0,031). Corticoide foi utilizado por 65,4% dos pacientes no diagnóstico, corticodependência ocorreu em 38,5% e corticorresistência em 2,2%. Uso de terapia IMS ocorreu em 80,4% e terapia biológica em 29,6%. Cirurgia abdominal foi realizada em 34,1% dos pacientes, sendo que metade ocorreu no diagnóstico (50,8%). Tempo de evolução para cirurgia foi 44,2 meses (13,7-91,1). Treze pacientes (21,2%) se submeteram a mais de uma cirurgia. A probabilidade cumulativa livre de cirurgia em 5, 10 e 20 anos foi 87,3%, 79,2% e 64,1%, respectivamente. L1 (HR= 2,76), B2 (HR= 7,62), B3 (HR= 25,2) e presença de MEI (HR= 2,95) foram fatores preditivos para a ocorrência de cirurgia. Mais da metade dos pacientes necessitou de internação hospitalar no primeiro ano do diagnóstico (54,9%). A mortalidade foi de 3,4% e a probabilidade cumulativa de sobrevida em 5, 10 e 20 anos foi de 97,8%, 96,7%, 91,9%, respectivamente. Conclusão: Nossa população diferiu dos pacientes europeus e norte-americanos quanto à apresentação clínica da doença e comportamento evolutivo. O fenótipo clínico evoluiu predominantemente para a forma estenosante, permanecendo o padrão penetrante estável ao longo do seguimento. Localização da doença foi um fator determinante desta evolução. Foi observado elevado percentual de doença perianal, principalmente no diagnóstico. Cirurgia abdominal ocorreu principalmente nos primeiros anos da doença. Diferenças encontradas no fenótipo da doença em comparação a outros estudos podem ser devido à organização do serviço de saúde local, bem como influência de variáveis ambientais ou genéticas. Estudos futuros são necessários para confirmar estas hipóteses. / Introduction: The clinical outcome of Crohn's disease (CD) is variable and influenced by genetic and environmental factors. There are few studies in Brazil analyzing the evolution and complications of this disease. Aims: To describe patient outcome in terms of clinical phenotype, need for abdominal surgery, hospitalization, type of medication used and mortality. Methods: One hundred and seventy-nine consecutive patients were followed in the Inflammatory Bowel Disease (IBD) Center of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre, with collection of historical and contemporary data. Demographics, extraintestinal manifestations (EIM), phenotype according to the Montreal Classification (MC), surgery, hospitalization, medications used and mortality were assessed. Statistical analysis: qualitative variables expressed in absolute and relative percentages and comparisons with Pearson X2 test; continuous data as mean (±SD), and comparisons with ANOVA or Kruskal-Wallis. Kaplan-Meier method was used to estimate the cumulative probability of developing a complication, requiring surgery and survival in 5, 10 and 20 years. Multivariate Cox regression analysis was used to control for confounding factors. The level of statistical significance was α= 0.05 (p< 0.05). The research was approved by the Institutional Review Board. Results: There was a predominance of female (54.2%), Caucasians (85.5%) and low percentage of current smokers (19.8%). Family history of IBD was report by 11.4% of patients. The median follow-up time was 73.0 months (32.5-118.7) and 10.0% of patients missed the follow-up. The median disease duration was 92.3 months (48.7-160.3). Mean age at diagnosis was 32.7 (±13.7) yr. The phenotype at diagnosis according to the MC showed a predominance of patients with A2(60.3%), L3 (26.8%) and B1 (42.5%), having a high percentage of perianal disease (34.1%). The clinic behavior of patients changed over the course of the disease with progression observed mainly towards stricturing complication (26.8%). Progression to penetrating complication was a rare occurrence (2.8%). Cumulative probability of being complication-free was 88.4%, 65.0% and 47.3% in 5, 10 and 20 years, respectively. L1 (HR= 6.95), L4 (HR= 7.04) and A1 (HR= 5.31) were significantly associated with the development of complicated disease. Factors associated with progression to stricturing disease were L1 (HR= 4.73) and L4 (HR= 5.73). Granuloma was a protective factor for stricturing complication (HR= 0.41). Use of biological therapy was associated with complicated disease (HR= 2.39) and stricturing behavior (HR= 3.64).There was a high percentage of perianal disease (46.4%) and fistula (34.0%) and fissure (20.7%) were the most frequent. A1 (RR= 4.18) and use of immunosuppressive (IMS) therapy (RR= 9.02) were factors associated with the latter outcome. The percentage of EIM was 58.7% with predominance of peripheral arthropathy (29.9%). EIM were more frequent in women (61.3%, p= 0.031). Corticosteroids were used for 65.4% of patients at diagnosis; corticosteroid dependent occurred in 38.5% and corticosteroid refractory in 2.2%. Use of IMS therapy occurred in 80.4% and biological therapy in 29.6%. Abdominal surgery was performed in 34.1% of patients and half of which occurred at diagnosis (50.8%). Evolution time for surgery was 44.2 months (13.7-91.1). Thirteen patients (21.2%) had undergone more than one surgery. The cumulative probability of being operation-free at 5, 10 and 20 years was 87.3%, 79.2% and 64.1%, respectively. L1 (HR= 2.76), B2 (HR= 7.62), B3 (HR= 25.2) and EIM (HR= 2.95) were predictive factors to the occurrence of surgery. More than half of the patients were hospitalized during the first year of diagnosis (59.4%). The mortality was 3.4% and the cumulative probability of survival at 5, 10 and 20 years was 97.8%, 96.7% and 91.9%, respectively. Conclusion: our population differed of patients in Europe and North America as the clinical presentation of the disease and evolutionary behavior. The clinic phenotype of disease progressed to predominantly stricturing standard, remaining the standard penetrating almost stable throughout follow-up. Location of the disease was a determinant of clinical behavior modification. Perianal disease occurred in a high percentage, especially at diagnosis. Abdominal surgery occurred mainly in the first years of the disease. Differences in disease phenotype compared to other studies may be due to the organization of the local health system, as well as to environmental or genetic variables. Further studies are necessary to confirm these hypotheses.
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Evolução clínica da doença de Crohn no cenário de um hospital de referência brasileiroBarros, Kátia Simone Cezário de January 2013 (has links)
Introdução: A evolução clínica da Doença de Crohn (DC) é variável e influenciada por fatores genéticos e ambientais. Há escassez de estudos no Brasil analisando a evolução e complicações desta doença. Objetivos: Descrever a evolução dos pacientes com DC em relação ao fenótipo clínico, necessidade de cirurgia, hospitalização, tipo de medicamentos utilizados e mortalidade. Método: Cento e setente e nove pacientes consecutivos foram seguidos no Ambulatório de Doença Inflamatória Intestinal (DII) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com coleta de dados históricos e contemporâneos. Dados demográficos, manifestações extraintestinais (MEI), fenótipo de acordo com a Classificação de Montreal (CM), cirurgias, medicamentos utilizadas, hospitalização e mortalidade foram analisados. Análise estatística: variáveis qualitativas foram expressas em porcentagens absoluta e relativa e comparações com teste X2 de Pearson; dados contínuos como média (± DP), e comparações com ANOVA ou Kruskal-Wallis. O método de Kaplan-Meier foi utilizado para estimar a probabilidade cumulativa de desenvolvimento de complicações, necessidade de cirurgia e sobrevida em 5, 10 e 20 anos. Análise multivariada de Regressão de Cox foi usada para controle dos fatores de confusão. O nível de significância estatística foi α=0,05 (p< 0,05). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Institucional. Resultados: Houve predominância de mulheres (54,2%), indivíduos brancos (85,5%) e baixo percentual de tabagismo ativo (19,8%). História familiar de DII foi relatada por 11,4% dos pacientes. O tempo de seguimento foi 73,0 meses (32,5-118,7) e 10% dos pacientes perderam o seguimento. O tempo de doença foi 92,3 meses (48,7-160,3). Média de idade no diagnóstico foi 32,7 (DP ±13,7) anos. O fenótipo no diagnóstico segundo a CM mostrou uma predominância de pacientes com A2 (60,3%), L3 (37,4%) e B1 (60,3%), havendo elevado percentual de doença perianal (34,1%). O comportamento clínico dos pacientes evoluiu ao longo do período de seguimento, com mudança observada principalmente em direção à complicação estenosante (26,8%). Evolução para complicação penetrante foi uma ocorrência rara (2,8%). Probabilidade cumulativa livre de uma complicação foi 88,4%, 65,0% e 47,3% em 5, 10 e 20 anos, respectivamente. L1 (HR= 6,95), L4 (HR= 7,04) e A1 (HR= 5,31) foram significativamente associados ao desenvolvimento de doença com complicação. Os fatores associados a comportamento estenosante foram L1 (HR= 4,73) e L4 (HR= 5,73). Granuloma foi um fator de proteção para complicação estenosante (HR= 0,41). Uso de terapia biológica foi associado à doença complicada (HR= 2,39) e comportamento estenosante (HR= 3,64). Houve elevado percentual de doença perianal (46,4%), sendo fístula (34%) e fissura (20,7%) as mais frequentes. A1 (RR= 4,18) e uso de terapia imunossupressora (IMS) (RR= 9,02) foram fatores associados a este último desfecho. O percentual de MEI foi 58,7%, com predominância da artropatia periférica (29,9%). MEI foi mais frequente em mulheres (61,3%, p=0,031). Corticoide foi utilizado por 65,4% dos pacientes no diagnóstico, corticodependência ocorreu em 38,5% e corticorresistência em 2,2%. Uso de terapia IMS ocorreu em 80,4% e terapia biológica em 29,6%. Cirurgia abdominal foi realizada em 34,1% dos pacientes, sendo que metade ocorreu no diagnóstico (50,8%). Tempo de evolução para cirurgia foi 44,2 meses (13,7-91,1). Treze pacientes (21,2%) se submeteram a mais de uma cirurgia. A probabilidade cumulativa livre de cirurgia em 5, 10 e 20 anos foi 87,3%, 79,2% e 64,1%, respectivamente. L1 (HR= 2,76), B2 (HR= 7,62), B3 (HR= 25,2) e presença de MEI (HR= 2,95) foram fatores preditivos para a ocorrência de cirurgia. Mais da metade dos pacientes necessitou de internação hospitalar no primeiro ano do diagnóstico (54,9%). A mortalidade foi de 3,4% e a probabilidade cumulativa de sobrevida em 5, 10 e 20 anos foi de 97,8%, 96,7%, 91,9%, respectivamente. Conclusão: Nossa população diferiu dos pacientes europeus e norte-americanos quanto à apresentação clínica da doença e comportamento evolutivo. O fenótipo clínico evoluiu predominantemente para a forma estenosante, permanecendo o padrão penetrante estável ao longo do seguimento. Localização da doença foi um fator determinante desta evolução. Foi observado elevado percentual de doença perianal, principalmente no diagnóstico. Cirurgia abdominal ocorreu principalmente nos primeiros anos da doença. Diferenças encontradas no fenótipo da doença em comparação a outros estudos podem ser devido à organização do serviço de saúde local, bem como influência de variáveis ambientais ou genéticas. Estudos futuros são necessários para confirmar estas hipóteses. / Introduction: The clinical outcome of Crohn's disease (CD) is variable and influenced by genetic and environmental factors. There are few studies in Brazil analyzing the evolution and complications of this disease. Aims: To describe patient outcome in terms of clinical phenotype, need for abdominal surgery, hospitalization, type of medication used and mortality. Methods: One hundred and seventy-nine consecutive patients were followed in the Inflammatory Bowel Disease (IBD) Center of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre, with collection of historical and contemporary data. Demographics, extraintestinal manifestations (EIM), phenotype according to the Montreal Classification (MC), surgery, hospitalization, medications used and mortality were assessed. Statistical analysis: qualitative variables expressed in absolute and relative percentages and comparisons with Pearson X2 test; continuous data as mean (±SD), and comparisons with ANOVA or Kruskal-Wallis. Kaplan-Meier method was used to estimate the cumulative probability of developing a complication, requiring surgery and survival in 5, 10 and 20 years. Multivariate Cox regression analysis was used to control for confounding factors. The level of statistical significance was α= 0.05 (p< 0.05). The research was approved by the Institutional Review Board. Results: There was a predominance of female (54.2%), Caucasians (85.5%) and low percentage of current smokers (19.8%). Family history of IBD was report by 11.4% of patients. The median follow-up time was 73.0 months (32.5-118.7) and 10.0% of patients missed the follow-up. The median disease duration was 92.3 months (48.7-160.3). Mean age at diagnosis was 32.7 (±13.7) yr. The phenotype at diagnosis according to the MC showed a predominance of patients with A2(60.3%), L3 (26.8%) and B1 (42.5%), having a high percentage of perianal disease (34.1%). The clinic behavior of patients changed over the course of the disease with progression observed mainly towards stricturing complication (26.8%). Progression to penetrating complication was a rare occurrence (2.8%). Cumulative probability of being complication-free was 88.4%, 65.0% and 47.3% in 5, 10 and 20 years, respectively. L1 (HR= 6.95), L4 (HR= 7.04) and A1 (HR= 5.31) were significantly associated with the development of complicated disease. Factors associated with progression to stricturing disease were L1 (HR= 4.73) and L4 (HR= 5.73). Granuloma was a protective factor for stricturing complication (HR= 0.41). Use of biological therapy was associated with complicated disease (HR= 2.39) and stricturing behavior (HR= 3.64).There was a high percentage of perianal disease (46.4%) and fistula (34.0%) and fissure (20.7%) were the most frequent. A1 (RR= 4.18) and use of immunosuppressive (IMS) therapy (RR= 9.02) were factors associated with the latter outcome. The percentage of EIM was 58.7% with predominance of peripheral arthropathy (29.9%). EIM were more frequent in women (61.3%, p= 0.031). Corticosteroids were used for 65.4% of patients at diagnosis; corticosteroid dependent occurred in 38.5% and corticosteroid refractory in 2.2%. Use of IMS therapy occurred in 80.4% and biological therapy in 29.6%. Abdominal surgery was performed in 34.1% of patients and half of which occurred at diagnosis (50.8%). Evolution time for surgery was 44.2 months (13.7-91.1). Thirteen patients (21.2%) had undergone more than one surgery. The cumulative probability of being operation-free at 5, 10 and 20 years was 87.3%, 79.2% and 64.1%, respectively. L1 (HR= 2.76), B2 (HR= 7.62), B3 (HR= 25.2) and EIM (HR= 2.95) were predictive factors to the occurrence of surgery. More than half of the patients were hospitalized during the first year of diagnosis (59.4%). The mortality was 3.4% and the cumulative probability of survival at 5, 10 and 20 years was 97.8%, 96.7% and 91.9%, respectively. Conclusion: our population differed of patients in Europe and North America as the clinical presentation of the disease and evolutionary behavior. The clinic phenotype of disease progressed to predominantly stricturing standard, remaining the standard penetrating almost stable throughout follow-up. Location of the disease was a determinant of clinical behavior modification. Perianal disease occurred in a high percentage, especially at diagnosis. Abdominal surgery occurred mainly in the first years of the disease. Differences in disease phenotype compared to other studies may be due to the organization of the local health system, as well as to environmental or genetic variables. Further studies are necessary to confirm these hypotheses.
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Sintomas dispépticos e retardo do esvaziamento gástrico de sólidos em pacientes com doença de Crohn em remissão / Dispeptic symptoms and delayed solid gastric emptying in patients with inactive Crohn’s diseaseNóbrega, Ana Carolina Mello January 2011 (has links)
NÓBREGA, Ana Carolina Mello. Sintomas dispépticos e retardo do esvaziamento gástrico de sólidos em pacientes com doença de Crohn em remissão. 2011. 118 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2011. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2014-12-22T13:07:36Z
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Previous issue date: 2011 / Patients with Crohn’s disease have been shown to present dyspeptic symptoms more frequently than the general population. Some of these symptoms could be related to some degree of motility disorders. Our objectives were to investigate whether gastric emptying of solids in patients with inactive Crohn’s disease is delayed and to determine the relationships between gastric emptying and dyspeptic symptoms in inactive Crohn’s disease. Twenty-six patients with inactive Crohn’s disease, as defined by a Crohn’s Disease Activity Index (CDAI) < 150, underwent a gastric emptying test by breath test using 13C octanoic acid coupled to a solid meal and answered a validated questionnaire (The Porto Alegre Dyspeptic Symptoms Questionnaire) to assess dyspeptic symptoms. Patients were divided in two groups: without dyspepsia (total score < 6) and with dyspepsia (total score ≥ 6). The control group was composed by 14 healthy volunteers age and sex matched. Patients with Crohn’s disease had a significantly longer t 1/2 and t lag (p<0.05) than the controls. Crohn’s disease patients with dyspepsia had significantly (p<0.05) delayed gastric emptying when compared to patients without dyspeptic symptoms. When the individual symptom patterns were analyzed, only vomiting was significantly associated with delayed gastric emptying (p<0.05). There was no difference between the subgroups of patients with respect to gender, CDAI scores, disease location, clinical behavior (obstructive/obstructive) or previous gastrointestinal surgery. However, it was observed that patients in the group without dyspepsia were treated with immunosuppressants (azatioprina/6-MP) in a proportion significantly higher (p <0.05) than patients in the group with dyspepsia. In conclusion, delayed gastric emptying in inactive Crohn’s disease patients seems to be associated with dyspeptic symptoms, particularly vomiting, even without any evidence of gastrointestinal obstruction. / Estudos demonstraram que pacientes com doença de Crohn apresentam sintomas dispépticos com mais freqüência do que a população geral. Alguns desses sintomas podem estar relacionados a algum grau de distúrbio de motilidade. Nossos objetivos foram investigar se há retardo no esvaziamento gástrico de sólidos em pacientes com doença de Crohn em remissão e determinar se há correlações entre esvaziamento gástrico e sintomas dispépticos nesta patologia. Vinte e seis pacientes com doença de Crohn em remissão, ou seja, com índice de atividade de doença de Crohn (Crohn’s Disease Activity Index – CDAI)<150 foram submetidos a um teste de esvaziamento gástrico por teste respiratório usando o 13C-ácido octanóico ligado a uma refeição sólida e responderam a um questionário (Questionário Porto Alegre de Sintomas Dispépticos) que avalia quantitativamente os sintomas dispépticos. A partir daí os pacientes foram divididos em dois grupos: sem dispepsia (total de escores < 6) e com dispepsia (total de escores ≥ 6). O grupo controle foi composto por 14 voluntários saudáveis, que também realizaram teste de esvaziamento. Pacientes com doença de Crohn apresentaram t 1/2 e t lag significativamente mais prolongados (p<0,05) do que os controles. Além disso, pacientes com doença de Crohn e dispepsia tiveram significativo retardo esvaziamento gástrico (p<0,05), quando comparados aos pacientes sem sintomas dispépticos. Quando o padrão de sintomas individuais foi analisado, somente o sintoma vômito foi significativamente associado com o retardo no esvaziamento gástrico (p<0,05). Quanto à presença de retardo no esvaziamento gástrico de sólidos, não houve diferença entre os subgrupos de pacientes em relação ao gênero, ao escore CDAI, localização da doença, comportamento da doença (obstrutivo/não-obstrutivo) ou cirurgia gastrointestinal anterior. Porém, foi observado que os pacientes do grupo sem dispepsia fizeram uso de imunossupressores numa proporção significativamente maior (p <0,05) que os pacientes do grupo com dispepsia. Em conclusão, a presença de retardo no esvaziamento gástrico de sólidos em pacientes com doença de Crohn em remissão parece estar associada com sintomas dispépticos, particularmente com o sintoma vômito, mesmo sem evidência de obstrução gastrointestinal.
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Manifestações neurológicas em pacientes com doença de Crohn e retocolite ulcerativa / Neurological manifestations in patientes with Crohn´s disease and ulcerative colitisOliveira, Gisele Ramos de January 2008 (has links)
OLIVEIRA, Gisele Ramos de. Manifestações neurológicas em pacientes com doença de Crohn e retocolite ulcerativa. 2008. 144 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2008. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-06-11T11:43:12Z
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Previous issue date: 2008 / Several neurological disorders have been described in inflammatory bowel disease (IBD) patients, but their exact prevalence is unknown. We prospectively studied the prevalence and incidence of neurological disorders in a cohort of 82 patients with IBD (protocol 1) and the presence and severity of tremor in patients with IBD or healthy volunteers (Protocol 2). Patients from protocol 1 were evaluated at the IBD Clinic from the Hospital Walter Cantídio for at least one year, with complete periodic neurological evaluations. The second protocol consisted in quantifying the amount of tremor in Archimedes spirals from patients with Crohn´s disease (CD, N=31), ulcerative colitis (UC, N=63) and healthy volunteers (N=41) by a neurologist specialized in movement disorders (Dr. Elan Louis, Columbia University, New York City). Sensory or sensorimotor large-fiber polyneuropathy was observed in 16.1% of the patients with CD and 19.6% of the patients with UC. Neuropathy was usually mild, predominantly distal, symmetric, and axonal. Carpal tunnel syndrome was more commonly observed in women with UC. Sensory complaints without electrodiagnostic (EMG) abnormalities suggestive of small fiber neuropathy or subclinical myelopathy were observed in 29% of the patients with CD and 11.8% of the patients with UC. After excluding other etiological or contributory factors for the development of neuropathy, still 13.4% of the IBD patients had large or small fiber neuropathy (7.3% had large-fiber polyneuropathy). Non-debilitating headache was the most common neurological complaint, 3 patients had strokes, 5 were diagnosed with epilepsy and one had transient chorea. Patients with IBD had lower scores of tremor in the Archimedes spiral assessment due to decreased caffeine intake. In patients with CD, there was a significant correlation between tremor grade, use of medications with effect on the central nervous system, use and amount of caffeine intake and presence of other neurological conditions. In patients with UC, there was only a significant correlation between tremor grade, age and use and the amount of caffeine intake prior to the evaluation. In summary, patients with CD and UC exhibit a wide range of neurological manifestations that are frequently neglected clinically. / Vários distúrbios neurológicos foram observados em pacientes com doença inflamatória intestinal (DII), porém sua prevalência exata é desconhecida. Estudamos prospectivamente a incidência e a prevalência das manifestações neurológicas em uma coorte de 82 pacientes com DII (protocolo 1) e a presença e gravidade de tremor em pacientes com DII e voluntários sadios (Protocolo 2). Os pacientes do protocolo 1 foram avaliados no ambulatório de DII do Hospital Walter Cantídio por um período de pelo menos 1 ano, realizando avaliações neurológicas completas periódicas. O segundo protocolo consistiu na quantificação de tremor em espirais de Arquimedes realizadas por pacientes com doença de Crohn (DC, N=31), retocolite ulcerativa (RCU, N=63) e voluntários sadios (N=41) por um neurologista especializado em distúrbios de movimento (Dr. Elan Louis, Columbia University, Nova Iorque). Polineuropatia de fibras grossas sensitivas ou sensitivo-motoras foi observada em 16,1% dos pacientes com DC e 19,6% dos pacientes com RCU, sendo usualmente leve, predominantemente simétrica, distal e axonal. Síndrome do túnel do carpo foi observada comumente em mulheres com RCU. Sintomas sensitivos sem anormalidades eletromiográficas, sugestivos de neuropatia de pequenas fibras ou mielopatia subclínica, foram observados em 29% dos pacientes com DC e 11,8% com RCU. Após excluir outros fatores etiológicos ou contributórios para polineuropatia, 13,4% dos pacientes com doença inflamatória intestinal apresentaram polineuropatia de fibras grossas ou fibras finas (7,3% com polineuropatia de fibras grossas sensitivo-motoras). Cefaléia não debilitante foi a queixa neurológica mais comum, 3 pacientes apresentaram acidente vascular cerebral isquêmico, 5 epilepsia e 1 coréia transitória. Pacientes com DII apresentaram menor quantidade de tremor que os voluntários sadios devido ao menor uso de cafeína. Nos pacientes com DC, houve correlação significativa entre a nota do tremor, uso de medicações com ação sobre o sistema nervoso central, uso e quantidade de cafeína e presença de doenças neurológicas. Em pacientes com RCU, só houve correlação significativa entre a nota do tremor e idade ou uso/quantidade de cafeína ingerida. Em resumo, pacientes com RCU e DC apresentam uma vasta gama de manifestações neurológicas que são com freqüência clinicamente negligenciadas.
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Alterações autonômicas e da sensibilidade somática em pacientes com doença de Crohn e retocolite ulcerativaCoelho, Liana Santos de Melo January 2012 (has links)
COELHO, Liana Santos de Melo. Alterações autonômicas e da sensibilidade somática em pacientes com doença de Crohn e retocolite ulcerativa. 2012. 106 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2012. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-02-07T16:18:30Z
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Previous issue date: 2012 / Many studies have demonstrated the involvement of the peripheral nervous system in inflammatory bowel disease (IBD). By quantitative sensation testing (QST) to search for the vibration and cold sensitive thresholds (evaluates thick and small fibres respectively) (protocol I) we assessed 29 patients with ulcerative colitis (UC), 30 patients with Crohn’s disease (CD) and 28 control patients. Questionnaires were applied to sensory complaints (protocol II) in 27 patients with CD, 24 patients with UC and 25 control patients. The same patients underwent stimulated skin wrinkling induced by water (SSW) (protocol III), which evaluates small fibre of the autonomic nervous system. The Fisher test and hypothesis test chi-square comparing the three groups (UC, CD and control) used in analysis of QST revealed more prone to peripheral neuropathy or sensory changes in patients suffering from UC and IBD (UC and CD) when evaluated respectively vibration and cold thermal sensitivity. Results of electromyography (EMG) was abnormal in 39,1% of UC and 38,4% CD patients. The questionnaire of sensory complaints (protocol II) showed prevalence of sensory complaints in 51,8% UC and 50% CD patients. There were several types of complaints, the most common, numbness in hands and feet. Three patients (two UC and one CD) presented with symptoms suggestive of “restless leg syndrome” and six patients had reported dizziness (autonomic dysfunction). Of the 14 UC and 12 CD patients with sensory complaints, 57,1% and 25% respectively had change in SSW. Of UC and CD patients who underwent SSW (protoco III), 48,1% and 41,7% had abnormal results, while the EMG was abnormal in 30% and 41,2 % respectively. We emphasize that TEC and QST seem better than EMG for diagnosis of sensory changes in patients with IBD, as many of these changes may correspond to small fibre neuropathy. / Muitas pesquisas evidenciaram o comprometimento do sistema nervoso periférico na doença inflamatória intestinal (DII). Através do teste de quantificação sensitiva (QST) para pesquisa de limiares de sensibilidade a vibração ( fibras nervosas grossas) e frio (fibras nervosas finas), (protocolo I) avaliamos 29 pacientes portadores de retocolite ulcerativa (RCU), 30 pacientes portadores de doença de Crohn (DC) e 28 pacientes-controle. Foram aplicados questionários de queixas sensitivas (protocolo II) em 27 pacientes portadores de RCU, 24 pacientes portadores de DC e 25 pacientes-controle. Esses mesmos pacientes realizaram o teste de enrugamento cutâneo a água (TEC) (protocolo III), o qual avalia fibras finas do sistema nervoso autônomo. O teste de Fisher e teste de hipótese qui-quadrado comparando os 3 grupos (RCU, DC e Controle), utilizado na análise do QST revelou maior propensão a neuropatia periférica ou alteração sensitiva em pacientes RCU e portadores de DII (RCU e DC) quando avaliados respectivamente sensibilidade vibratória e térmica ao frio. Resultado de eletroneuromiografia (ENMG) foi anormal em 39,1% dos pacientes RCU e 38,4% pacientes DC. O questionário de queixas sensitivas (protocolo II) revelou prevalência de 51,8 % de queixas sensitivas em pacientes RCU e 50% em pacientes DC. Houve vários tipos de queixas, sendo a mais comum, dormência em mãos e pés. Três pacientes (2 RCU e 1 DC) apresentaram sintomas sugestivos da “síndrome das pernas inquietas” e seis pacientes tinham relatos de tonturas (disfunção autonômica). Dos 14 pacientes RCU e 12 pacientes DC com queixas sensitivas, 57,1% e 25% respectivamente tinham alteração em TEC. Dos pacientes RCU e DC que realizaram TEC (protocolo III), 48,1% e 41,7% respectivamente tinham resultado anormal, enquanto a ENMG foi anormal em 30% e 41,2% respectivamente. Podemos enfatizar que o QST e TEC parecem melhores que ENMG para diagnóstico de alterações sensitivas em pacientes com DII, visto que muitas destas alterações podem corresponder a neuropatia de fibras finas.
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Avaliação da apoptose na mucosa intestinal e tecido adiposo mesenterial de pacientes com doença de Crohn = Apoptosis evaluation in mucosa intestinal and mesenteric adipose tissue of Crohn disease patients / Apoptosis evaluation in mucosa intestinal and mesenteric adipose tissue of Crohn disease patientsDias, Cilene Bicca, 1982- 10 August 2014 (has links)
Orientadores: Raquel Franco Leal, Luciana Rodrigues de Meirelles / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-26T15:37:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: A doença de Crohn (DC) está associada com as vias patogênicas complexas envolvendo alterações nos mecanismos de apoptose. Recentemente, o tecido adiposo mesenterial (TAM) tem sido associado com a etiopatogenia DC, uma vez que é verificado um aumento da espessura do tecido adiposo mesenterial e envolvimento circunferencial da alça intestinal próximo à área intestinal afetada. Entretanto, não há estudos do mecanismo de apoptose no TAM na DC. Desta forma, o objetivo desse estudo foi avaliar apoptose na mucosa intestinal e no TAM de pacientes com DC, além de correlacionar estes achados com o estudo morfométrico dos adipócitos neste tecido. Casuística e Métodos: Foram estudadas amostras de mucosa intestinal e TAM de 10 pacientes com DC ileocecal e de 8 pacientes sem doenças inflamatórias intestinais (controles). A apoptose foi avaliada pelo ensaio de TUNEL e correlacionada com a análise histológica e morfométrica dos adipócitos. Determinou-se a análise transcripcional e proteica de uma seleção de genes e proteínas relacionadas com o mecanismo de apoptose. Resultados: O ensaio de TUNEL mostrou menor número de células em apoptose na DC, quando comparado com os grupos controles, tanto na mucosa intestinal quanto no TAM. Além disso, o número de adipócitos em apoptose (TUNEL) correlacionou significativamente com a área e perímetro destas células. A análise transcripcional e proteica revelaram níveis de transcritos e de proteína Bax significativamente mais baixos na mucosa intestinal de DC, em comparação com os respectivos controles; sendo que os baixos níveis de Bax foram encontrados na lâmina própria e não no epitélio intestinal; não houve diferença na expressão de Bax no TAM. Além disso, maior nível de Bcl-2 e baixo nível de Caspase 3 foram vistos no TAM de pacientes com DC. Conclusão: A alteração da apoptose no TAM pode explicar as características morfológicas singulares deste tecido na DC, que podem estar implicadas na fisiopatologia da doença / Abstract: Crohn¿s disease (CD) is associated with complex pathogenic pathways involving defects in apoptosis mechanisms. Recently, mesenteric adipose tissue (MAT) has been associated with CD ethiopathology, since adipose thickening is detected close to the affected intestinal area. However, there are no studies concern apoptosis pathways in MAT of CD. Therefore, the aim of this study was to evaluate apoptosis in the intestinal mucosa and MAT of patients with CD, besides to correlate these findings with the morphometricstudy of the adipocytes from MAT.Patients and Methods: Samples of intestinal mucosa and MAT from 10 patients with ileocecal CD and from 8 non-inflammatory bowel diseases patients (controls) were studied. Apoptosis was assessed by TUNEL assay and correlated with the adipocytes histological morphometric analysis. The transcriptional and protein analysis of selected genes and proteins related to apoptosis were determined. Results: TUNEL assay showed fewer apoptotic cells in CD, when compared to the control groups, both in the intestinal mucosa and in MAT. In addition, the number of apoptotic cells (TUNEL) correlated significantly with the area and perimeter of the adipose cells in MAT. Transcriptomic and proteomic analysis reveal a significantly lower transcript and protein levels of Bax in the intestinal mucosa of CD, compared to the controls; low protein levels of Bax were found localized in the lamina propria and not in the epithelium of this tissue. Furthermore, higher level of Bcl-2 and low level of Caspase 3 were seen in the MAT of CD patients. Conclusion: The defective apoptosis in MAT may explain the singular morphological characteristics of this tissue in CD, which may be implicated in the pathophysiology of the disease / Doutorado / Fisiopatologia Cirúrgica / Doutora em Ciências
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Condição oral em pacientes com doença inflamatória intestinal / Oral condition in patients with inflamatory bowel diseaseFabiana Cervo de Barros 07 December 2007 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de periodontite e a presença de lesões cariosas, restauradas e elementos perdidos por cárie em pacientes com Doença de Crohn (DC) e Retocolite Ulcerativa (RCUI), comparado-os a pacientes saudáveis sistemicamente. Como objetivo secundário, avaliamos a condição clínica da mucosa oral nos três grupos. Foram examinados 99 pacientes com DC (39.0 DP 12.9 anos), 80 com RCUI (43.3 13.2 anos) e 74 no grupo C (40.3 12.9 anos). A condição periodontal foi avaliada através do índice de placa visível, do sangramento gengival à sondagem, da profundidade de bolsa à sondagem (PBS) e do nível de inserção à sondagem (NIS). Indivíduos que apresentavam pelo menos quatro sítios com NIS ≥3 forma considerados como portadores de periodontite. As condições dentárias foram avaliadas pelo índice de dentes com lesões cariosas, restaurados e perdidos por cárie (CPOD). A condição clínica da mucosa oral foi investigada através da presença de lesões no tecido mole. A porcentagem de placa foi significativamente menor no grupo DC (44.0 30.5) que no C (54.1 26.4), p= 0.017. O sangramento gengival a sondagem era significativamente menor nos pacientes com DC (22.5 18.0) comparado ao grupo C (29.2 22.1), p= 0.038. A quantidade total de sítios com PBS ≥ 4mm foi significativamente menor no grupo DC (5.4 6.6), comparado ao grupo C (12.9 17.7), p= 0.02. A porcentagem de pacientes portadores de periodontite foi significativamente maior nos grupos RCUI (92.6%, p= 0.004) e DC (91.9%, p=0.019), comparado ao grupo C (79.7%). O índice de CPOD foi significativamente maior nos grupos RCUI (16.4 6.6; p< 0.0001) e no DC (15.1 7.3; p= 0.016) quando comparados ao C (12.5 6.8). Foram observadas significativamente mais lesões bucais nos grupos DC (17.2%; p= 0.0041) e RCUI (28.7%; p < 0.0001) quando comparadas ao grupo C (6.7%). Assim, conclui-se que os pacientes com Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa apresentam maior prevalência de periodontite, e maior índice de CPOD quando comparados aos indivíduos do grupo controle. A perda de inserção foi significativamente maior no grupo da Retocolite Ulcerativa quando comparado a Doença de Crohn. Além disso, os pacientes com comprometimento intestinal apresentam significativamente mais lesões bucais que os pacientes do grupo controle. / The aim of this study was to appraise the prevalence of periodontitis and the presence of decayed, filled, missed teeth in patients with Crohns Disease (CD) and Ulcerative Colite (UC) and compare them with healthy patients (C). As a secondary aim, we evaluated the oral mucosa in the three groups. Ninety nine CD (39.0 DP 12.9 years), eighty UC (43.3 13.2 years) patients and seventy four C subjects (40,3 12,9 years) were used in the study. The periodontal conditions were examined using the plaque visible index, gingival bleeding on probing, the probing depth on probing (PDP) and the attachment level (AL). The patients that showed at least four sites with AL ≥3 were considered having periodontitis. The dental conditions were investigated using the DMFT index (decayed, missing and filled teeth index). The oral mucosa conditions were evaluated by the presence of the oral lesions. The percentage of plaque was significantly lower in CD group (44.0 30.49) than in C group (54.1 26.4), p= 0.017. The gingival bleeding on probing was significantly lower in CD group (22.5 18.0) compared with C group (29.2 22.1), p= 0.038. The number of sites with PDP ≥ 4mm was significantly lower in CD group (5.4 6.6) compared with C group (12.9 17.7), p= 0.02. The percentage of patients with periodontitis was significantly higher in UC (92.6%, p= 0.004) and DC (91.9%, p=0.019) groups, compared with C group (79.7%). The DMFT index was significantly higher in UC (16.4 6.6; p< 0.0001) and CD (15.1 7.3; p= 0.016) groups when compared with C group (12.5 6.8). They observed significantly more oral lesions in UC (28.7%; p < 0.0001) and CD (17.2%; p= 0.0041) when compared to C group (6.7%). Thus, it was concluded that Crohns Disease and Ulcerative Colitis patients show a higher prevalence of periodontitis and higher DMFT index than the controls. There is an increased attachment loss in Ulcerative Colitis group compared to DC group. Furthermore, the patients with Bowel disease show more oral lesions than the control group.
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Condição oral em pacientes com doença inflamatória intestinal / Oral condition in patients with inflamatory bowel diseaseFabiana Cervo de Barros 07 December 2007 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de periodontite e a presença de lesões cariosas, restauradas e elementos perdidos por cárie em pacientes com Doença de Crohn (DC) e Retocolite Ulcerativa (RCUI), comparado-os a pacientes saudáveis sistemicamente. Como objetivo secundário, avaliamos a condição clínica da mucosa oral nos três grupos. Foram examinados 99 pacientes com DC (39.0 DP 12.9 anos), 80 com RCUI (43.3 13.2 anos) e 74 no grupo C (40.3 12.9 anos). A condição periodontal foi avaliada através do índice de placa visível, do sangramento gengival à sondagem, da profundidade de bolsa à sondagem (PBS) e do nível de inserção à sondagem (NIS). Indivíduos que apresentavam pelo menos quatro sítios com NIS ≥3 forma considerados como portadores de periodontite. As condições dentárias foram avaliadas pelo índice de dentes com lesões cariosas, restaurados e perdidos por cárie (CPOD). A condição clínica da mucosa oral foi investigada através da presença de lesões no tecido mole. A porcentagem de placa foi significativamente menor no grupo DC (44.0 30.5) que no C (54.1 26.4), p= 0.017. O sangramento gengival a sondagem era significativamente menor nos pacientes com DC (22.5 18.0) comparado ao grupo C (29.2 22.1), p= 0.038. A quantidade total de sítios com PBS ≥ 4mm foi significativamente menor no grupo DC (5.4 6.6), comparado ao grupo C (12.9 17.7), p= 0.02. A porcentagem de pacientes portadores de periodontite foi significativamente maior nos grupos RCUI (92.6%, p= 0.004) e DC (91.9%, p=0.019), comparado ao grupo C (79.7%). O índice de CPOD foi significativamente maior nos grupos RCUI (16.4 6.6; p< 0.0001) e no DC (15.1 7.3; p= 0.016) quando comparados ao C (12.5 6.8). Foram observadas significativamente mais lesões bucais nos grupos DC (17.2%; p= 0.0041) e RCUI (28.7%; p < 0.0001) quando comparadas ao grupo C (6.7%). Assim, conclui-se que os pacientes com Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa apresentam maior prevalência de periodontite, e maior índice de CPOD quando comparados aos indivíduos do grupo controle. A perda de inserção foi significativamente maior no grupo da Retocolite Ulcerativa quando comparado a Doença de Crohn. Além disso, os pacientes com comprometimento intestinal apresentam significativamente mais lesões bucais que os pacientes do grupo controle. / The aim of this study was to appraise the prevalence of periodontitis and the presence of decayed, filled, missed teeth in patients with Crohns Disease (CD) and Ulcerative Colite (UC) and compare them with healthy patients (C). As a secondary aim, we evaluated the oral mucosa in the three groups. Ninety nine CD (39.0 DP 12.9 years), eighty UC (43.3 13.2 years) patients and seventy four C subjects (40,3 12,9 years) were used in the study. The periodontal conditions were examined using the plaque visible index, gingival bleeding on probing, the probing depth on probing (PDP) and the attachment level (AL). The patients that showed at least four sites with AL ≥3 were considered having periodontitis. The dental conditions were investigated using the DMFT index (decayed, missing and filled teeth index). The oral mucosa conditions were evaluated by the presence of the oral lesions. The percentage of plaque was significantly lower in CD group (44.0 30.49) than in C group (54.1 26.4), p= 0.017. The gingival bleeding on probing was significantly lower in CD group (22.5 18.0) compared with C group (29.2 22.1), p= 0.038. The number of sites with PDP ≥ 4mm was significantly lower in CD group (5.4 6.6) compared with C group (12.9 17.7), p= 0.02. The percentage of patients with periodontitis was significantly higher in UC (92.6%, p= 0.004) and DC (91.9%, p=0.019) groups, compared with C group (79.7%). The DMFT index was significantly higher in UC (16.4 6.6; p< 0.0001) and CD (15.1 7.3; p= 0.016) groups when compared with C group (12.5 6.8). They observed significantly more oral lesions in UC (28.7%; p < 0.0001) and CD (17.2%; p= 0.0041) when compared to C group (6.7%). Thus, it was concluded that Crohns Disease and Ulcerative Colitis patients show a higher prevalence of periodontitis and higher DMFT index than the controls. There is an increased attachment loss in Ulcerative Colitis group compared to DC group. Furthermore, the patients with Bowel disease show more oral lesions than the control group.
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Perfil de expressão de microRNAs em pacientes com Doença Inflamatória Intestinal / Expression profile of microRNAs in patients with Inflammatory Bowel DiseaseSíbia, Carina de Fátima de [UNESP] 31 January 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-01-31 / Introdução: A doença de Crohn (DC) e a retocolite ulcerativa (RCU) são as duas principais doenças que compõem a doença inflamatória intestinal (DII). Estudos indicam que vários genes estão diferencialmente expressos em DC. vs. RCU. Entretanto, os mecanismos moleculares de desenvolvimento e progressão das diferentes formas da DII ainda não foram elucidados. Considerando que os microRNAs (miRNAs) são potentes reguladores da expressão gênica e têm papel importante em várias doenças humanas, estes podem constituir biomarcadores com potencial diagnóstico, prognóstico e terapêutico em DII. Objetivos: Identificar miRNAs desregulados em DII, distinguindo DC e RCU; identificar genes-alvo dos miRNAs alterados e redes de interação entre miRNAs e genes-alvo em DII. Materiais e Métodos: Foi utilizada estratégia de meta-análise para identificação de dados de expressão de miRNAs em DII. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 10 estudos para extração dos dados. Desses estudos, foram identificados miRNAs significativamente desregulados (nível de alteração ou FC>=2 e p<0,05) e coletadas informações sobre o tipo e o número de amostras analisadas (soro, plasma ou tecido) de pacientes com DC ou RCU, plataformas utilizadas para análise de expressão de miRNAs e validação dos dados, entre outras. A seguir, foram aplicadas as ferramentas de bioinformática mirwalk 2.0 para predição de genes-alvo regulados pelos miRNAs e STRING e BiNGO para identificação de redes de interação entre miRNAs e genes-alvo e funções biológicas, respectivamente. Resultados: Entre os miRNAs com expressão aumentada, foram identificados 17 em DC e 62 em RCU. Entre os miRNAs com expressão diminuída, foram identificados 18 em DC e 31 em RCU. Os miRNAs que mostraram o maior número de interações com genes-alvo na DC foram: let-7a-5p, let-7b-5p, miR-199a-5p, miR-150-5p, miR-362-3p e miR-224-5p. Em RCU, os miRNAs desregulados e com maior número de interações foram miR-155-5p, miR-24-5p, miR-335-5p e miR-16-5p. Conclusões e Perspectivas Futuras: Foram identificadas redes de interação entre miRNAs e genes-alvo associados a processos biológicos de inflamação e resposta imune. Os miRNAs identificados modulam vias moleculares potencialmente envolvidas na patogênese da DII. Estudos como esse podem contribuir para a melhoria do diagnóstico e no desenvolvimento de tratamentos direcionados e mais precisos para pacientes com DC e RCU.
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