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Propagação vegetativa do camu-camu (Myrciaria dubia (HBK) McVaugh) por meio da garfagem em diferentes porta-enxertos da família Myrtaceae. / Vegetative propagation of camu-camu (Myrciaria dubia (hbk) McVaugh) by grafting in different understocks from plants of the family Myrtaceae.

Suguino, Eduardo 11 July 2002 (has links)
A cultura do camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh) tem despertado grande interesse comercial e sido alvo das indústrias que visam explorar a comercialização agroindustrial de sua polpa e suas potenciais aplicações farmacológicas. Devido à carência de informações sobre seu manejo em locais diferentes de seu ambiente natural, caracterizados pelas áreas inundáveis da região amazônica durante o período das chuvas, não existem grandes áreas cultivadas com a finalidade de atender a demanda exigida pela sua utilização em escala industrial. Este experimento tem por objetivo avaliar quais os melhores métodos de enxertia, por garfagem, e tipos de porta-enxertos que podem ser utilizados para propagar esta planta em terrenos não inundáveis. Utilizou-se o delineamento estatístico inteiramente ao acaso, onde foram selecionadas duzentas e quarenta plantas, de camu-camu, de goiabeira (Psidium guajava L.) e de pitangueira (Eugenia uniflora L.), que receberam quatro diferentes tipos de enxertia (fenda cheia, fenda lateral, inglês simples e fenda de colo) originando doze tratamentos. Cada tratamento era composto de sessenta plantas da mesma espécie, divididas em unidades experimentais de doze plantas com cinco repetições. Estes tratamentos foram avaliados, mensalmente, durante um período de oito meses. Durante o período de avaliação, tanto o porta-enxerto goiabeira como o de pitangueira, apresentaram problemas de incompatibilidade com os garfos de camu-camu. A análise estatística foi realizada através do teste qui-quadrado, ao nível de 5% de significância, com os dados referentes aos diferentes tipos garfagem em porta-enxertos de camu-camu, durante os oito meses de avaliações. As análises demonstraram que o melhor método foi a enxertia em fenda lateral com 78,96% de pegamento, diferente estatisticamente dos demais. As enxertias realizadas em fenda de colo (53,96%) e em fenda cheia (47,71%) demonstraram pegamento intermediário e não diferiram estatisticamente entre si. A enxertia inglês simples apresentou a menor porcentagem estatística de plantas formadas (25,83%). Lâminas com o material vegetativo, de camu-camu, goiabeira e pitangueira utilizados, foram preparadas para estudos microscópicos, a fim de que se pudesse avaliar os aspectos anatômicos relacionados ao processo de incompatibilidade. O estudo destas, permitiu a observação de que houve proliferação celular com estabelecimento de conexão vascular no material compatível (camu-camu), enquanto que o não surgimento de indícios de divisão celular, que pudessem sugerir a formação do calo, e o acúmulo de substâncias fenólicas foram observados no material vegetal que apresentou incompatibilidade (goiabeira e pitangueira). Todos os quatro tipos de garfagem avaliados podem ser utilizados no processo de formação de mudas, sendo que a enxertia em fenda lateral apresentou a maior porcentagem de pegamento para enxertos e porta-enxertos de camu-camu. Devido à problemas de incompatibilidade, a propagação vegetativa do camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh) não é recomendada em porta-enxertos de goiabeira (Psidium guajava L.) e pitangueira (Eugenia uniflora L.). / The camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh) culture raises a great commercial interest and has been the target of industries that want to explore the agroindustrial aspects of the fruit pulp, as well as its potential pharmacological applications. Due to the lack of knowledge about its management in places far from its natural environment, characterized by areas of Amazon region, flooded during rain season, there is not enough cultivated areas to support a industrial scale exploration. The objective of this experiment is evaluate which kind of grafting and understock are suitable to be used for the plant propagation in dry land. It was used the completely randomized design, where two hundred and forty plants, of camu-camu, guava (Psidium guajava L.) and surinam cherry (Eugenia uniflora L.) were selected as undestocks and received different kind of camu-camu grafting (cleft graft, side cleft graft, splice graft and colon cleft graft) producing twelve treatments. Each treatment was formed using sixty plants of the same understock specie, divided in experimental units of twelve plants with five repetitions. These treatments were evaluated monthly during a period of eight months. During the evaluation period, both guava and surinam cherry understocks showed incompatibility with camu-camu grafts. The statistic analisys were done by ki-square test with 5% of significance level, referring to the grafting method in camu-camu understocks. The analisys showed that the side cleft graft method resulted in 78,96% that was statistically different from others. Graftings with cleft colon graft (53,96%) and cleft graft (47,71%) were intermediate and not statistically different. The splice graft, presented statistically lower percentage of formed plants (25,83%). Laminas with the vegetative material of camu-camu, guava and surinam cherry used, were prepared for microscopic studies, in order to evaluate the anatomic aspects related with incompatibility process. The studies have allowed the observation of cellular proliferation and established vascular connection in the compatible material (camu-camu), while no indication of cellular division, indicative of the callus formation, and also the accumulation of phenolics substances were observed in incompatible material (guava and surinam cherry). All four kinds of grafting methods evaluated can be used, however the side cleft graft method presented higher percentage of satisfactory union using grafts and unsderstocks of camu-camu. Due to incompatibility problems, the vegetative propagation of camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh) is not recommended in understocks of guava (Psidium guajava L.) and surinam cherry (Eugenia uniflora L.).
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Propagação vegetativa do camu-camu (Myrciaria dubia (HBK) McVaugh) por meio da garfagem em diferentes porta-enxertos da família Myrtaceae. / Vegetative propagation of camu-camu (Myrciaria dubia (hbk) McVaugh) by grafting in different understocks from plants of the family Myrtaceae.

Eduardo Suguino 11 July 2002 (has links)
A cultura do camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh) tem despertado grande interesse comercial e sido alvo das indústrias que visam explorar a comercialização agroindustrial de sua polpa e suas potenciais aplicações farmacológicas. Devido à carência de informações sobre seu manejo em locais diferentes de seu ambiente natural, caracterizados pelas áreas inundáveis da região amazônica durante o período das chuvas, não existem grandes áreas cultivadas com a finalidade de atender a demanda exigida pela sua utilização em escala industrial. Este experimento tem por objetivo avaliar quais os melhores métodos de enxertia, por garfagem, e tipos de porta-enxertos que podem ser utilizados para propagar esta planta em terrenos não inundáveis. Utilizou-se o delineamento estatístico inteiramente ao acaso, onde foram selecionadas duzentas e quarenta plantas, de camu-camu, de goiabeira (Psidium guajava L.) e de pitangueira (Eugenia uniflora L.), que receberam quatro diferentes tipos de enxertia (fenda cheia, fenda lateral, inglês simples e fenda de colo) originando doze tratamentos. Cada tratamento era composto de sessenta plantas da mesma espécie, divididas em unidades experimentais de doze plantas com cinco repetições. Estes tratamentos foram avaliados, mensalmente, durante um período de oito meses. Durante o período de avaliação, tanto o porta-enxerto goiabeira como o de pitangueira, apresentaram problemas de incompatibilidade com os garfos de camu-camu. A análise estatística foi realizada através do teste qui-quadrado, ao nível de 5% de significância, com os dados referentes aos diferentes tipos garfagem em porta-enxertos de camu-camu, durante os oito meses de avaliações. As análises demonstraram que o melhor método foi a enxertia em fenda lateral com 78,96% de pegamento, diferente estatisticamente dos demais. As enxertias realizadas em fenda de colo (53,96%) e em fenda cheia (47,71%) demonstraram pegamento intermediário e não diferiram estatisticamente entre si. A enxertia inglês simples apresentou a menor porcentagem estatística de plantas formadas (25,83%). Lâminas com o material vegetativo, de camu-camu, goiabeira e pitangueira utilizados, foram preparadas para estudos microscópicos, a fim de que se pudesse avaliar os aspectos anatômicos relacionados ao processo de incompatibilidade. O estudo destas, permitiu a observação de que houve proliferação celular com estabelecimento de conexão vascular no material compatível (camu-camu), enquanto que o não surgimento de indícios de divisão celular, que pudessem sugerir a formação do calo, e o acúmulo de substâncias fenólicas foram observados no material vegetal que apresentou incompatibilidade (goiabeira e pitangueira). Todos os quatro tipos de garfagem avaliados podem ser utilizados no processo de formação de mudas, sendo que a enxertia em fenda lateral apresentou a maior porcentagem de pegamento para enxertos e porta-enxertos de camu-camu. Devido à problemas de incompatibilidade, a propagação vegetativa do camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh) não é recomendada em porta-enxertos de goiabeira (Psidium guajava L.) e pitangueira (Eugenia uniflora L.). / The camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh) culture raises a great commercial interest and has been the target of industries that want to explore the agroindustrial aspects of the fruit pulp, as well as its potential pharmacological applications. Due to the lack of knowledge about its management in places far from its natural environment, characterized by areas of Amazon region, flooded during rain season, there is not enough cultivated areas to support a industrial scale exploration. The objective of this experiment is evaluate which kind of grafting and understock are suitable to be used for the plant propagation in dry land. It was used the completely randomized design, where two hundred and forty plants, of camu-camu, guava (Psidium guajava L.) and surinam cherry (Eugenia uniflora L.) were selected as undestocks and received different kind of camu-camu grafting (cleft graft, side cleft graft, splice graft and colon cleft graft) producing twelve treatments. Each treatment was formed using sixty plants of the same understock specie, divided in experimental units of twelve plants with five repetitions. These treatments were evaluated monthly during a period of eight months. During the evaluation period, both guava and surinam cherry understocks showed incompatibility with camu-camu grafts. The statistic analisys were done by ki-square test with 5% of significance level, referring to the grafting method in camu-camu understocks. The analisys showed that the side cleft graft method resulted in 78,96% that was statistically different from others. Graftings with cleft colon graft (53,96%) and cleft graft (47,71%) were intermediate and not statistically different. The splice graft, presented statistically lower percentage of formed plants (25,83%). Laminas with the vegetative material of camu-camu, guava and surinam cherry used, were prepared for microscopic studies, in order to evaluate the anatomic aspects related with incompatibility process. The studies have allowed the observation of cellular proliferation and established vascular connection in the compatible material (camu-camu), while no indication of cellular division, indicative of the callus formation, and also the accumulation of phenolics substances were observed in incompatible material (guava and surinam cherry). All four kinds of grafting methods evaluated can be used, however the side cleft graft method presented higher percentage of satisfactory union using grafts and unsderstocks of camu-camu. Due to incompatibility problems, the vegetative propagation of camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh) is not recommended in understocks of guava (Psidium guajava L.) and surinam cherry (Eugenia uniflora L.).

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