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Análise da atividade eletromiográfica e força em pacientes com migrânea após um programa de treinamento dos flexores e extensores cervicais / Analysis of electromyographic activity and strength in migraine patients after a training program of cervical extensors and flexorsSamuel Straceri Lodovichi 25 October 2018 (has links)
Introdução: Embora a migrânea seja considerada uma desordem primariamente da função cerebral, seu quadro é frequentemente acompanhado de dor e disfunções cervicais associadas, como diminuição da amplitude de movimento, pontos-gatilhos em cabeça e pescoço, diminuição do limiar de dor à pressão, bem como diminuição da força muscular e padrões alterados de atividade dos músculos da cervical. Um protocolo de fortalecimento para os flexores e extensores da cervical demonstra resultados positivos para a dor cervical crônica e melhora da atividade eletromiográfica, porém não está estabelecido se este mesmo protocolo teria efeitos em pacientes com migrânea. Objetivo: Investigar os efeitos de um protocolo de exercícios específicos para os músculos flexores e extensores da coluna cervical na força e atividade eletromiográfica em indivíduos com migrânea. Materiais e Métodos: 23 indivíduos do sexo feminino, entre 18 a 55 anos, com diagnóstico de migrânea passaram por um avaliação inicial contendo os questionários Neck Disability Index (NDI), 12 itemAllodynia Symptom Checklist (ASC-12), TAMPA questionário de Cinesiofobia e Migraine Disability Assesment (MIDAS). Após os questionários, foi avaliada a força da contração isométrica voluntária máxima (CIVM) dos flexores e extensores cervicais, tempo de pico necessário para atingir a contração, e concomitantemente, avaliada as variáveis eletromiográficas para os músculos esternocleidomastóideo, escaleno anterior, esplênio da cabeça e trapézio superior de frequência mediana e slope, além da coativação dos antagonistas. Os pacientes realizaram um protocolo de fortalecimento de oito semanas para os flexores e extensores cervicais e na nona semana, foram reavaliados.. Resultados: Não houve diferença na pontuação dos questionários NDI, ASC-12/Brasil e TAMPA pré e pós intervenção, porém houve diminuição da incapacidade gerada pela migrânea avaliado pelo questionário MIDAS (p=0,017). Foi observado aumento da força dos músculos extensores cervicais (p=0,001) e não houve diferença na força dos músculos flexores e no pico da força pré e pós intervenção. Em relação às variáveis eletromiográficas, os valores da frequência mediana foram diferentes apenas no músculo escaleno anterior pós intervenção na atividade de flexão(p=0,004). Não houve diferença para o slope em ambas as atividades de flexão e10 extensão, porém houve diminuição da coativação antagonista na tarefa de flexão (p=0,001). Conclusão: Um protocolo de fortalecimento dos flexores e extensores cervicais de oito semanas parece ter efeito na diminuição da incapacidade gerada pela migrânea, no ganho de força dos músculos extensores cervicais e na diminuição da coativação antagonista em flexão, resultando em menor atividade antagonista pós treinamento. / Introduction: Although migraine is considered a disorder primarily of brain function, its condition is often accompanied by pain and associated cervical dysfunctions, such as decreased range of motion, trigger points in the head and neck, decreased pressure pain threshold, and such as decreased muscle strength and altered patterns of cervical muscle activity. A strengthening protocol for cervical flexors and extensors demonstrates positive results for chronic neck pain and improved electromyographic activity, but it is not established whether this protocol would have effects in patients with migraine. Objective: To investigate the effects of a specific exercise protocol for the cervical spine flexor and extensor muscles on the force and electromyographic activity in individuals with migraine. Materials and methods: Twenty-three female subjects aged 18 to 55 years with a diagnosis of migraine underwent an initial evaluation containing the Neck Disability Index (NDI) questionnaire, 12 item-Allodynia Symptom Checklist (ASC-12), TAMPA questionnaire Kinesiophobia and Migraine Disability Assesment (MIDAS). After the questionnaires, the strength of the maximal voluntary isometric contraction (MVIC) of the cervical flexors and extensors, the peak time required to achieve the contraction, and the electromyographic variables for the sternocleidomastoid, anterior scalene, splenius and upper trapezoid of medium frequency and slope, besides the coactivation of the antagonists. The patients underwent an eight-week strengthening protocol for flexors and cervical extensors and in the ninth week, they were reevaluated. Results: There was no difference in the scores of the NDI, ASC-12/Brasil and TAMPA questionnaires before and after intervention, but there was a decrease in disability generated by the MIDAS questionnaire (p = 0.017). Increased cervical extensor muscle strength (p = 0.001) was observed and there was no difference in flexor muscle strength and peak pre and post intervention force. Regarding the electromyographic variables, the median frequency values were different only in the anterior scalene muscle post intervention in the flexion activity (p = 0.004). There was no difference for the slope in both flexion and extension activities, but there was decrease of the antagonistic coactivation in the flexion task (p = 0.001). Conclusion: An eight-week protocol for strengthening cervical flexors and12 extensors seems to have an effect on the decrease in the disability generated by migraine, on increase in strenght of the cervical extensor muscles and on the decrease of the antagonist coactivation in flexion, resulting in less antagonist activity post-intervention.
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Análise da atividade eletromiográfica e força em pacientes com migrânea após um programa de treinamento dos flexores e extensores cervicais / Analysis of electromyographic activity and strength in migraine patients after a training program of cervical extensors and flexorsLodovichi, Samuel Straceri 25 October 2018 (has links)
Introdução: Embora a migrânea seja considerada uma desordem primariamente da função cerebral, seu quadro é frequentemente acompanhado de dor e disfunções cervicais associadas, como diminuição da amplitude de movimento, pontos-gatilhos em cabeça e pescoço, diminuição do limiar de dor à pressão, bem como diminuição da força muscular e padrões alterados de atividade dos músculos da cervical. Um protocolo de fortalecimento para os flexores e extensores da cervical demonstra resultados positivos para a dor cervical crônica e melhora da atividade eletromiográfica, porém não está estabelecido se este mesmo protocolo teria efeitos em pacientes com migrânea. Objetivo: Investigar os efeitos de um protocolo de exercícios específicos para os músculos flexores e extensores da coluna cervical na força e atividade eletromiográfica em indivíduos com migrânea. Materiais e Métodos: 23 indivíduos do sexo feminino, entre 18 a 55 anos, com diagnóstico de migrânea passaram por um avaliação inicial contendo os questionários Neck Disability Index (NDI), 12 itemAllodynia Symptom Checklist (ASC-12), TAMPA questionário de Cinesiofobia e Migraine Disability Assesment (MIDAS). Após os questionários, foi avaliada a força da contração isométrica voluntária máxima (CIVM) dos flexores e extensores cervicais, tempo de pico necessário para atingir a contração, e concomitantemente, avaliada as variáveis eletromiográficas para os músculos esternocleidomastóideo, escaleno anterior, esplênio da cabeça e trapézio superior de frequência mediana e slope, além da coativação dos antagonistas. Os pacientes realizaram um protocolo de fortalecimento de oito semanas para os flexores e extensores cervicais e na nona semana, foram reavaliados.. Resultados: Não houve diferença na pontuação dos questionários NDI, ASC-12/Brasil e TAMPA pré e pós intervenção, porém houve diminuição da incapacidade gerada pela migrânea avaliado pelo questionário MIDAS (p=0,017). Foi observado aumento da força dos músculos extensores cervicais (p=0,001) e não houve diferença na força dos músculos flexores e no pico da força pré e pós intervenção. Em relação às variáveis eletromiográficas, os valores da frequência mediana foram diferentes apenas no músculo escaleno anterior pós intervenção na atividade de flexão(p=0,004). Não houve diferença para o slope em ambas as atividades de flexão e10 extensão, porém houve diminuição da coativação antagonista na tarefa de flexão (p=0,001). Conclusão: Um protocolo de fortalecimento dos flexores e extensores cervicais de oito semanas parece ter efeito na diminuição da incapacidade gerada pela migrânea, no ganho de força dos músculos extensores cervicais e na diminuição da coativação antagonista em flexão, resultando em menor atividade antagonista pós treinamento. / Introduction: Although migraine is considered a disorder primarily of brain function, its condition is often accompanied by pain and associated cervical dysfunctions, such as decreased range of motion, trigger points in the head and neck, decreased pressure pain threshold, and such as decreased muscle strength and altered patterns of cervical muscle activity. A strengthening protocol for cervical flexors and extensors demonstrates positive results for chronic neck pain and improved electromyographic activity, but it is not established whether this protocol would have effects in patients with migraine. Objective: To investigate the effects of a specific exercise protocol for the cervical spine flexor and extensor muscles on the force and electromyographic activity in individuals with migraine. Materials and methods: Twenty-three female subjects aged 18 to 55 years with a diagnosis of migraine underwent an initial evaluation containing the Neck Disability Index (NDI) questionnaire, 12 item-Allodynia Symptom Checklist (ASC-12), TAMPA questionnaire Kinesiophobia and Migraine Disability Assesment (MIDAS). After the questionnaires, the strength of the maximal voluntary isometric contraction (MVIC) of the cervical flexors and extensors, the peak time required to achieve the contraction, and the electromyographic variables for the sternocleidomastoid, anterior scalene, splenius and upper trapezoid of medium frequency and slope, besides the coactivation of the antagonists. The patients underwent an eight-week strengthening protocol for flexors and cervical extensors and in the ninth week, they were reevaluated. Results: There was no difference in the scores of the NDI, ASC-12/Brasil and TAMPA questionnaires before and after intervention, but there was a decrease in disability generated by the MIDAS questionnaire (p = 0.017). Increased cervical extensor muscle strength (p = 0.001) was observed and there was no difference in flexor muscle strength and peak pre and post intervention force. Regarding the electromyographic variables, the median frequency values were different only in the anterior scalene muscle post intervention in the flexion activity (p = 0.004). There was no difference for the slope in both flexion and extension activities, but there was decrease of the antagonistic coactivation in the flexion task (p = 0.001). Conclusion: An eight-week protocol for strengthening cervical flexors and12 extensors seems to have an effect on the decrease in the disability generated by migraine, on increase in strenght of the cervical extensor muscles and on the decrease of the antagonist coactivation in flexion, resulting in less antagonist activity post-intervention.
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Registros de movimentos do pescoço: estado da arte, validação e aplicação e avaliação durante o trabalho de técnicos de enfermagemCarnaz, Letícia 09 June 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-06-09 / Universidade Federal de Minas Gerais / Neck pain has been highly prevalent among workers. In occupational settings physical risk factors, especially posture, are considered fundamental in neck pain development. However, neck posture and movements have not been properly evaluated at workplace due to the use of not reliable measurement methods. Furthermore, most of the studies that evaluate posture during occupational activities have focused on the wrist and hand assessment. Thus, in order to contribute with information about neck movements recording in occupational settings, three related studies were developed. The aim of the first study was to investigate the applications and limitations of the systems for direct measurement of neck movement in the workplace. The results of this study showed that in most of the articles the three axes of neck movement were not simultaneously recorded. Deficiencies in available equipment explain this flaw, demonstrating that sensors and systems need to be improved so that a true understanding of real occupational exposure can be achieved. Further studies are also needed to assess neck movement in those who perform heavy‐duty work, such as nurses and electricians, since no report about such jobs was identified. Based on these results, an option to record three‐dimensional neck movements in occupational settings is the use of flexible electrogoniometers. But neither electrogoniometers, nor inclinometers (direct measurement most commonly used) were compared with a system considered more accurate and precise. Then, the objective of the second study was to assess concurrent validity between flexible electrogoniometers (EGM), inclinometers (INC) and a three‐dimensional analysis system based on video recording (IMG) in simultaneous and synchronized data collection. EGM presented high differences when compared with INC and IMG. Moreover, the EGM sensors physically restricted the full neck flexion‐extension range of motion. Inclinometers, which cannot record rotation movement, presented good concurrent validity in relation to IMG, except for flexion‐extension movement. Due to non‐optimal conditions during flexion‐extension movement, IMG underestimated these movements. The results of the studies described above designed the third study that aimed to quantify the head, upper back and upper arm postures of practical nurses while performing their occupational activities and to verify if there are differences between the postures of professionals with and without symptoms. The results showed that most of the activities of practical nurses involve considerable postural risk for the head, upper back and upper arms. The postural risk varied among tasks: there was more exposure for the neck region when separating medication and keeping medical records. In general, workers with symptoms in the neck and upper arm region presented greater amplitude of movement and a higher fraction of time spent in awkward postures than asymptomatic workers, but with no significant difference between these two groups. / A dor no pescoço tem sido altamente prevalece entre trabalhadores. Em ambiente ocupacional, fatores de risco físico, particularmente a postura, são considerados preponderantes no desenvolvimento de dor no pescoço. Contudo, as posturas e os movimentos dessa região não têm sido adequadamente avaliados no ambiente de trabalho, devido ao uso de métodos de medida não confiáveis. Além disso, a maioria dos estudos que avaliam a postura durante as atividades ocupacionais tem focado na avaliação do punho e da mão. Assim, para contribuir com o entendimento do registro dos movimentos do pescoço em ambiente de trabalho, três estudos foram desenvolvidos. O objetivo do primeiro estudo foi investigar as aplicações e limitações dos sistemas de medidas diretas para registro do movimento do pescoço em ambiente de trabalho. Os resultados desse estudo revelaram que na maioria dos artigos, os três eixos de movimento do pescoço não foram registrados simultaneamente. Deficiências nos equipamentos disponíveis explicam esta falha, demonstrando que os sensores e os sistemas precisam ser melhorados para que um entendimento da real exposição ocupacional do pescoço possa ser alcançado. Mais estudos também são necessários para avaliar os movimentos do pescoço em profissionais que realizam trabalho pesado, tais como enfermeiros e eletricistas, já que nenhum artigo avaliando essas ocupações foi identificado. Baseado nesses resultados, uma alternativa para o registro tridimensional dos movimentos do pescoço em ambiente ocupacional seria o uso de eletrogoniômetros flexíveis. Mas nem os eletrogoniômetros, nem os inclinômetros (medida direta mais comumente usada) foram comparados com um sistema considerado mais preciso e confiável. Assim, o objetivo do segundo estudo foi avaliar a validade concorrente entre eletrogoniômetros flexíveis (EGM), inclinômetros (INC) e um sistema de análise tridimensional baseado em registro de vídeo (IMG) numa coleta de dados simultânea e sincronizada. O EGM apresentou grandes diferenças quando comparado com o INC e com a IMG. Além disso, os sensores do EGM restringiram fisicamente a amplitude de movimento completa de flexo‐extensão do pescoço. Inclinômetros, os quais não podem registrar o movimento de rotação, apresentaram boa validade concorrente em relação à IMG, exceto para o movimento de flexo‐extensão. Devido a condições não‐ótimas durante o movimento de fluxo‐extensão, a IMG subestimou esses movimentos. Os resultados dos estudos descritos acima delinearam o terceiro estudo cujo objetivo foi quantificar as posturas da cabeça, tronco superior e braços de técnicos de enfermagem durante a realização de suas atividades ocupacionais e verificar se há diferenças entre as posturas dos profissionais com e sem sintomas. Os resultados mostraram que a maioria das atividades dos técnicos de enfermagem envolve considerável risco postural para a cabeça, tronco superior e braços. O risco postural variou entre as atividades: houve maior exposição para a região do pescoço nas tarefas de separar medicação e anotar em prontuário médico. Em geral, os trabalhadores com sintomas no pescoço e ombro apresentaram maior amplitude de movimento e maior fração do tempo gasto em posturas extremas do que os trabalhadores assintomáticos, mas sem diferença significativa entre esses dois grupos.
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