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How to build and irish artist : Joyce's first portraits of Dublin

Corrêa, Alan Noronha January 2012 (has links)
James Joyce é um dos escritores mais famosos do século 20, sendo sua obra muito comentada por leitores e acadêmicos, especialmente devido ao alto nível de complexidade de Ulisses e Finnegans Wake, os romances da fase madura. O foco da presente dissertação, todavia, são os primeiros livros de Joyce que, apesar de serem mais acessíveis ao público em geral, também contêm toda a elaboração linguística e simbólica que caracteriza o autor. Trato especificamente do volume de contos Dublinenses e do romance Um Retrato do Artista Quando Jovem, utilizando para análise deste o suporte oferecido pelo outro romance anterior, não publicado em vida, Stephen Hero. O objetivo da pesquisa é investigar aspectos presentes na prosa de Joyce que revelem a formulação e a aplicação de sua teoria estética. Como a cidade de Dublin surge como uma metáfora sobre as circunstâncias de ser irlandês, interessa ao leitor adquirir alguma familiaridade com a cultura e a história daquele país e com as relações existentes entre os irlandeses e sua terra natal, especialmente no que tange às questões sobre religiosidade e sobre a dominação inglesa. A dissertação vem estruturada em quatro capítulos. O primeiro apresenta James Joyce tanto como pessoa quanto como escritor em formação, nascendo e crescendo em Dublin na virada dos séculos XIX e XX. São analisadas as influências exercidas pelo contexto católico de sua criação e pela crise social e econômica enfrentadas tanto pelo país quanto pela família do autor. O segundo capítulo lida com Dublinenses, o conjunto de contos que apresenta a visão de Joyce sobre a cidade de Dublin. Esses contos podem ser lidos individualmente, mas a obra assume um significado maior quando considerada de forma unificada em termos de linguagem, simbologia, estratégias narrativas e objetivos, em um plano de evolução que abrange fases da infância, da adolescência, da maturidade e da vida pública. As personagens compartilham características comuns: paralisia, falta de perspectivas e incapacidade de entender ou de reagir aos fatores históricos e sociais que os colocam naquela posição. Entre tais fatores predominam três, a cultura católica, a dominação inglesa e a inabilidade das pessoas para reagir de maneira criativa e produtiva aos problemas que se apresentam. O terceiro capítulo analisa a evolução do fazer artístico de Joyce a partir do binômio Stephen Hero e Um Retrato do Artista Quando Jovem, tendo como elemento comum a ideia do Künstlerroman. No quarto e último capítulo, apresento um comentário sobre as marcas de individuação de Joyce em relação a alguns de seus contemporâneos que também tratam sobre questões envolvendo arte, história e tradição. Ao término do trabalho, espero que a minha percepção sobre o conjunto de fatores que propiciaram o surgimento de um autor como Joyce possa ser de utilidade para pessoas que, como eu, acreditam tanto na importância estética quanto na relevância política e social desses três primeiros livros, os primeiros retratos de Dublin que James Joyce produziu. / James Joyce is one of the most famous writers in the 20th century, whose work is very commented both by readers and scholars, especially because of the high level of complexity of Ulysses and Finnegans Wake, the two mature masterpieces. The focus of the present thesis, however, lies on the first books written by Joyce, because they are more manageable for reading, and yet bear all the linguistic and symbolic sophistication that marks Joyce’s production. The corpus of the research comprises the book of short stories Dubliners and the novel A Portrait of the Artist as a Young Man, using as support to the analysis of the latter, the previous novel, never published in life, Stephen Hero. The aim of this thesis is to investigate aspects of Joyce’s prose that expose the stages of construction and application of his aesthetic theory. The city of Dublin comes as a metaphor about the condition of being Irish. As a consequence, some familiarity with Irish history and culture is relevant for a better understanding of the books, and of the complex relations involving the Irish and their land, especially in matters concerning Catholicism and English domination. The thesis is divided in four chapters. The first draws on James Joyce, considered both as a person and as a writer in progress, born and raised in Dublin in the turn of the 19th into the 20th centuries. The chapter centres on the relations involving the influence of the Catholic context of his formation and the economic and social crises experienced by Ireland and by the Joyce family at the time. Chapter two is about Dubliners, the collection of short stories that presents Joyce’s view about the city of Dublin. These stories can be read independently from one another, but they acquire a finer meaning if considered as a unit in terms of language, symbolism, narrative strategies and goals, besides following a plan of evolution from childhood to adolescence, and to maturity, and public life. The characters share common characteristics: paralysis, lack of perspective, incapacity to understand or to react to the historical and social factors that put them in that position. Among those factors we have the Catholic tradition, the English domination and the inability of the people to react to circumstantial problems in a creative and productive way. Chapter three analyses the evolution of Joyce’s craftsmanship through the duo Stephen Hero/A Portrait of the Artist as a Young Man, using the notion of Künstlerroman as a starting point. In the last chapter I deal with the peculiarities in Joyce’s style, contrasting them to the practice of some other contemporary authors who also state their views about art, history and tradition. As an aftermath to this thesis, I hope that my comments about the body of elements that propitiated the rise of Joyce as the author he is may prove useful to other people like me, who believe in the relevance of his contribution to the aesthetics of literature and to the discussion about political and social issues related to Ireland, in the first portraits of Dublin displayed in Joyce’s three first books.
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How to build and irish artist : Joyce's first portraits of Dublin

Corrêa, Alan Noronha January 2012 (has links)
James Joyce é um dos escritores mais famosos do século 20, sendo sua obra muito comentada por leitores e acadêmicos, especialmente devido ao alto nível de complexidade de Ulisses e Finnegans Wake, os romances da fase madura. O foco da presente dissertação, todavia, são os primeiros livros de Joyce que, apesar de serem mais acessíveis ao público em geral, também contêm toda a elaboração linguística e simbólica que caracteriza o autor. Trato especificamente do volume de contos Dublinenses e do romance Um Retrato do Artista Quando Jovem, utilizando para análise deste o suporte oferecido pelo outro romance anterior, não publicado em vida, Stephen Hero. O objetivo da pesquisa é investigar aspectos presentes na prosa de Joyce que revelem a formulação e a aplicação de sua teoria estética. Como a cidade de Dublin surge como uma metáfora sobre as circunstâncias de ser irlandês, interessa ao leitor adquirir alguma familiaridade com a cultura e a história daquele país e com as relações existentes entre os irlandeses e sua terra natal, especialmente no que tange às questões sobre religiosidade e sobre a dominação inglesa. A dissertação vem estruturada em quatro capítulos. O primeiro apresenta James Joyce tanto como pessoa quanto como escritor em formação, nascendo e crescendo em Dublin na virada dos séculos XIX e XX. São analisadas as influências exercidas pelo contexto católico de sua criação e pela crise social e econômica enfrentadas tanto pelo país quanto pela família do autor. O segundo capítulo lida com Dublinenses, o conjunto de contos que apresenta a visão de Joyce sobre a cidade de Dublin. Esses contos podem ser lidos individualmente, mas a obra assume um significado maior quando considerada de forma unificada em termos de linguagem, simbologia, estratégias narrativas e objetivos, em um plano de evolução que abrange fases da infância, da adolescência, da maturidade e da vida pública. As personagens compartilham características comuns: paralisia, falta de perspectivas e incapacidade de entender ou de reagir aos fatores históricos e sociais que os colocam naquela posição. Entre tais fatores predominam três, a cultura católica, a dominação inglesa e a inabilidade das pessoas para reagir de maneira criativa e produtiva aos problemas que se apresentam. O terceiro capítulo analisa a evolução do fazer artístico de Joyce a partir do binômio Stephen Hero e Um Retrato do Artista Quando Jovem, tendo como elemento comum a ideia do Künstlerroman. No quarto e último capítulo, apresento um comentário sobre as marcas de individuação de Joyce em relação a alguns de seus contemporâneos que também tratam sobre questões envolvendo arte, história e tradição. Ao término do trabalho, espero que a minha percepção sobre o conjunto de fatores que propiciaram o surgimento de um autor como Joyce possa ser de utilidade para pessoas que, como eu, acreditam tanto na importância estética quanto na relevância política e social desses três primeiros livros, os primeiros retratos de Dublin que James Joyce produziu. / James Joyce is one of the most famous writers in the 20th century, whose work is very commented both by readers and scholars, especially because of the high level of complexity of Ulysses and Finnegans Wake, the two mature masterpieces. The focus of the present thesis, however, lies on the first books written by Joyce, because they are more manageable for reading, and yet bear all the linguistic and symbolic sophistication that marks Joyce’s production. The corpus of the research comprises the book of short stories Dubliners and the novel A Portrait of the Artist as a Young Man, using as support to the analysis of the latter, the previous novel, never published in life, Stephen Hero. The aim of this thesis is to investigate aspects of Joyce’s prose that expose the stages of construction and application of his aesthetic theory. The city of Dublin comes as a metaphor about the condition of being Irish. As a consequence, some familiarity with Irish history and culture is relevant for a better understanding of the books, and of the complex relations involving the Irish and their land, especially in matters concerning Catholicism and English domination. The thesis is divided in four chapters. The first draws on James Joyce, considered both as a person and as a writer in progress, born and raised in Dublin in the turn of the 19th into the 20th centuries. The chapter centres on the relations involving the influence of the Catholic context of his formation and the economic and social crises experienced by Ireland and by the Joyce family at the time. Chapter two is about Dubliners, the collection of short stories that presents Joyce’s view about the city of Dublin. These stories can be read independently from one another, but they acquire a finer meaning if considered as a unit in terms of language, symbolism, narrative strategies and goals, besides following a plan of evolution from childhood to adolescence, and to maturity, and public life. The characters share common characteristics: paralysis, lack of perspective, incapacity to understand or to react to the historical and social factors that put them in that position. Among those factors we have the Catholic tradition, the English domination and the inability of the people to react to circumstantial problems in a creative and productive way. Chapter three analyses the evolution of Joyce’s craftsmanship through the duo Stephen Hero/A Portrait of the Artist as a Young Man, using the notion of Künstlerroman as a starting point. In the last chapter I deal with the peculiarities in Joyce’s style, contrasting them to the practice of some other contemporary authors who also state their views about art, history and tradition. As an aftermath to this thesis, I hope that my comments about the body of elements that propitiated the rise of Joyce as the author he is may prove useful to other people like me, who believe in the relevance of his contribution to the aesthetics of literature and to the discussion about political and social issues related to Ireland, in the first portraits of Dublin displayed in Joyce’s three first books.
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How to build and irish artist : Joyce's first portraits of Dublin

Corrêa, Alan Noronha January 2012 (has links)
James Joyce é um dos escritores mais famosos do século 20, sendo sua obra muito comentada por leitores e acadêmicos, especialmente devido ao alto nível de complexidade de Ulisses e Finnegans Wake, os romances da fase madura. O foco da presente dissertação, todavia, são os primeiros livros de Joyce que, apesar de serem mais acessíveis ao público em geral, também contêm toda a elaboração linguística e simbólica que caracteriza o autor. Trato especificamente do volume de contos Dublinenses e do romance Um Retrato do Artista Quando Jovem, utilizando para análise deste o suporte oferecido pelo outro romance anterior, não publicado em vida, Stephen Hero. O objetivo da pesquisa é investigar aspectos presentes na prosa de Joyce que revelem a formulação e a aplicação de sua teoria estética. Como a cidade de Dublin surge como uma metáfora sobre as circunstâncias de ser irlandês, interessa ao leitor adquirir alguma familiaridade com a cultura e a história daquele país e com as relações existentes entre os irlandeses e sua terra natal, especialmente no que tange às questões sobre religiosidade e sobre a dominação inglesa. A dissertação vem estruturada em quatro capítulos. O primeiro apresenta James Joyce tanto como pessoa quanto como escritor em formação, nascendo e crescendo em Dublin na virada dos séculos XIX e XX. São analisadas as influências exercidas pelo contexto católico de sua criação e pela crise social e econômica enfrentadas tanto pelo país quanto pela família do autor. O segundo capítulo lida com Dublinenses, o conjunto de contos que apresenta a visão de Joyce sobre a cidade de Dublin. Esses contos podem ser lidos individualmente, mas a obra assume um significado maior quando considerada de forma unificada em termos de linguagem, simbologia, estratégias narrativas e objetivos, em um plano de evolução que abrange fases da infância, da adolescência, da maturidade e da vida pública. As personagens compartilham características comuns: paralisia, falta de perspectivas e incapacidade de entender ou de reagir aos fatores históricos e sociais que os colocam naquela posição. Entre tais fatores predominam três, a cultura católica, a dominação inglesa e a inabilidade das pessoas para reagir de maneira criativa e produtiva aos problemas que se apresentam. O terceiro capítulo analisa a evolução do fazer artístico de Joyce a partir do binômio Stephen Hero e Um Retrato do Artista Quando Jovem, tendo como elemento comum a ideia do Künstlerroman. No quarto e último capítulo, apresento um comentário sobre as marcas de individuação de Joyce em relação a alguns de seus contemporâneos que também tratam sobre questões envolvendo arte, história e tradição. Ao término do trabalho, espero que a minha percepção sobre o conjunto de fatores que propiciaram o surgimento de um autor como Joyce possa ser de utilidade para pessoas que, como eu, acreditam tanto na importância estética quanto na relevância política e social desses três primeiros livros, os primeiros retratos de Dublin que James Joyce produziu. / James Joyce is one of the most famous writers in the 20th century, whose work is very commented both by readers and scholars, especially because of the high level of complexity of Ulysses and Finnegans Wake, the two mature masterpieces. The focus of the present thesis, however, lies on the first books written by Joyce, because they are more manageable for reading, and yet bear all the linguistic and symbolic sophistication that marks Joyce’s production. The corpus of the research comprises the book of short stories Dubliners and the novel A Portrait of the Artist as a Young Man, using as support to the analysis of the latter, the previous novel, never published in life, Stephen Hero. The aim of this thesis is to investigate aspects of Joyce’s prose that expose the stages of construction and application of his aesthetic theory. The city of Dublin comes as a metaphor about the condition of being Irish. As a consequence, some familiarity with Irish history and culture is relevant for a better understanding of the books, and of the complex relations involving the Irish and their land, especially in matters concerning Catholicism and English domination. The thesis is divided in four chapters. The first draws on James Joyce, considered both as a person and as a writer in progress, born and raised in Dublin in the turn of the 19th into the 20th centuries. The chapter centres on the relations involving the influence of the Catholic context of his formation and the economic and social crises experienced by Ireland and by the Joyce family at the time. Chapter two is about Dubliners, the collection of short stories that presents Joyce’s view about the city of Dublin. These stories can be read independently from one another, but they acquire a finer meaning if considered as a unit in terms of language, symbolism, narrative strategies and goals, besides following a plan of evolution from childhood to adolescence, and to maturity, and public life. The characters share common characteristics: paralysis, lack of perspective, incapacity to understand or to react to the historical and social factors that put them in that position. Among those factors we have the Catholic tradition, the English domination and the inability of the people to react to circumstantial problems in a creative and productive way. Chapter three analyses the evolution of Joyce’s craftsmanship through the duo Stephen Hero/A Portrait of the Artist as a Young Man, using the notion of Künstlerroman as a starting point. In the last chapter I deal with the peculiarities in Joyce’s style, contrasting them to the practice of some other contemporary authors who also state their views about art, history and tradition. As an aftermath to this thesis, I hope that my comments about the body of elements that propitiated the rise of Joyce as the author he is may prove useful to other people like me, who believe in the relevance of his contribution to the aesthetics of literature and to the discussion about political and social issues related to Ireland, in the first portraits of Dublin displayed in Joyce’s three first books.

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