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A POLÍTICA LINGUÍSTICA DE COOFICIALIZAÇÃO DA LÍNGUA GUARANI EM TACURU/MS E SEUS DESDOBRAMENTOS POLÍTICOS, SOCIAIS E PEDAGÓGICOSMartines, Lilian Cristina do Amaral 30 June 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-06-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Currently in Brazil, according to Maher (2013), are spoken by around 222 indigenous languages. However, although this number represent a major linguistic diversity, "It is also estimated that since the arrival of the Portuguese there was the loss of 1,000 languages, representing 85% of the languages in Brazilian territory in the sixteenth century" (RODRIGUES, 2005), result of "an extremely violent and ongoing colonization process" (Rodrigues, 2005), the indigenous peoples were submitted. When the establishments of formal education, learning models were quite radical and mostly aimed at monolingual teaching in Portuguese, which since the Pombal reform was imposed as the most prestigious language throughout the national territory. Concerning this, in order to conduct a search that values and contribute to the work on Brazilian minority languages in the school context, this research aims to analyze the initiative of the language policy of officialisation the Guarani language, in Tacuru city in the state of Mato Grosso do Sul, trying to highlight, from the point of view of the school community, what the political and pedagogical implications of this initiative in the school studied. As theoretical perspectives to research is based on authors like Altenhofen (2004), Calvet (2007, 2002), Hamel (1988), Moserrat (2001, 2006), Oliveira (2003, 2005, 2009) and Tobias (2008), which supported our discussions on Linguistics policies in multilingual contexts. We used authors as Benites (2009), Cavalcanti (1999), Luciano (2006), Maher (2010), Miller (2003); Seki (1993); among others in order to support the discussions directly related to contexts in which indigenous communities are inserted. Regarding the methodology, this study was developed through methodological principles of qualitative perspective, understanding that we are dealing with sensitive issues that involve value judgments. We used also in qualitative perspective, the research mode of ethnographic to be working directly with students and teachers. This methodological choice, in turn, aims to support the work of observation and description of the cultural and linguistic aspects of these participants, so that a greater knowledge of the culture of the participants involved is essential for the research could bring contribution to its participants. The results obtained in this research suggest that: a) the Guarani language was implemented at School X in foreign language format, with a team of two professors who taught the language, both in the morning and in the evening; b) lack dialogue with members of the School X, regarding the implementation of the law, because according to participants the law "come from above"; c) lack Linguistic preparation of teachers and teaching materials to work with discipline Guarani language; d) it is designed little workload to Guarani language discipline; e) the school does not have a multidisciplinary team and teachers who work properly the issue of indigenous culture and diversity; f) except for the hospital, which has an interpreter to meet the indigenous population, according to the speech of participants, no major advances in the appreciation of indigenous culture in the municipality of Tacuru observed. / Atualmente, no Brasil, segundo Maher (2013), são faladas por volta de 222 línguas indígenas. No entanto, apesar de esse número representar uma grande diversidade linguística, “estima-se também que desde a chegada dos portugueses houve a perda de 1.000 línguas, o que representa 85% das línguas existentes no território brasileiro no século XVI” (RODRIGUES, 2005), resultado “de um processo colonizador extremamente violento e continuado” (RODRIGUES, 2005), a que os povos indígenas foram submetidos. Quando do estabelecimento do ensino formal, os modelos de aprendizagem eram bastante radicais e em sua maioria visavam ao ensino monolíngue em língua portuguesa, que desde a reforma pombalina foi imposta como a língua de maior prestígio em todo território nacional. Concernente a isso, a fim de realizar uma pesquisa que valorize e contribua com o trabalho sobre línguas minoritárias brasileiras no contexto escolar, essa pesquisa tem como objetivo analisar a iniciativa da política linguística de cooficialização da língua guarani, na cidade de Tacuru, no estado do Mato Grosso do Sul, a partir do ponto de vista da comunidade escolar, quais as repercussões políticas e pedagógicas dessa iniciativa na escola pesquisada. Como perspectivas teóricas a pesquisa está fundamentada em autores como Altenhofen (2004), Calvet (2007, 2002), Hamel (1988), Moserrat (2001, 2006), Oliveira (2003, 2005, 2009) e Tobias (2008), que subsidiaram nossas discussões relativas às políticas Linguísticas em contextos multilíngues. Utilizamos autores como Benites (2009), Cavalcanti (1999), Luciano (2006), Maher (2010), Monteiro (2003); Seki (1993); dentre outros, para amparar as discussões diretamente relacionadas a contextos em que as comunidades indígenas estão inseridas. Quanto à metodologia, esta pesquisa foi desenvolvida através dos princípios metodológicos da perspectiva qualitativa, por entender que estamos lidando com questões delicadas, que envolvem juízo de valor. Utilizamos, também, dentro da perspectiva qualitativa, a modalidade de pesquisa de cunho etnográfico, por estarmos trabalhando diretamente com alunos e professores. Essa escolha metodológica, por sua vez, objetiva subsidiar o trabalho de observação e descrição dos aspectos culturais e linguísticos desses participantes, de forma que um maior conhecimento da cultura dos participantes envolvidos é fundamental para que a pesquisa pudesse trazer contribuição para seus participantes. Os resultados obtidos na pesquisa sugerem que: a) a língua guarani foi implantada na Escola X, no formato de língua estrangeira, com a lotação de dois professores que lecionavam essa língua, tanto no período matutino como no vespertino; b) falta diálogo com os integrantes da Escola X, quanto à implementação da lei, pois segundo os participantes a lei “veio de cima para baixo; c) falta de preparo linguístico dos professores e material didático para o trabalho com disciplina língua guarani; d) pouca carga horária à disciplina de língua guarani; e) a escola não possui uma equipe multidisciplinar e professores que trabalhem adequadamente a questão da cultura indígena e da diversidade; f) com exceção do hospital, que possui um intérprete para atender a população indígena, de acordo com a fala dos participantes, não se observou maiores avanços quanto à valorização da cultura indígena no município de Tacuru.
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