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A contradição/conflito entre formação cultural e indústria cultural em Theodor W Adorno / The contradiction/conflict between cultural formation and cultural industry in Theodor W AdornoSchulz, Paulo Ricardo 05 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-08-05 / The paper seeks to analyze the contradiction/conflict that emerges between the cultural formation and the cultural industry, considering as a start TW Adorno thoughts, and it points to education as the one which can contribute to the autonomy of the individual conscience who lives inside the capitalist society, land where flourishes the conflict between the cultural formation and the cultural industry. It's inquired to describe the cultural formation as result of dialectic development of human civilization. It's shown that the period of mythic human thought already had some rationality, since this period, when giving names to the unknown and formulating explanatory stories to natural phenomenons already sought to control the line of nature. The period of logical and rational thought arises, therefore, on one side, as mythical thought overcoming, because the technique, which is the essence of this knowledge, takes refuge with the Mathematics, formulas, rule and probability to destitute all and every evidence of myth. This rational and technical moment also preserves in itself, however, something of mythological, cause it starts to enrapture the number, the formulas and the rule, mental creations which are the substitutes of the concepts that guided the mythical period. Men when expressing their subjectivity and with the desire of dominating the nature, created the divinities as in mythical period as in rational period and, in both of them, the periods turned to adore the work of their own hands. The reason that is described as the agent of cultural formation, acts dialectically in two levels: Virstand/subjective and Vernunft/objective, however, due to the reason instrumentation, this dialectic hasn't maintained itself, and this was one of the factors that has hindered the cultural formation and consequently the subject majority and autonomy. The support of mythological character in a time considered completely enlightened can be evidenced by cultural industry. It´s through it where everything gets to be submitted to market fetishism and its demands. This industry is analyzed like the union of radio, television, cinema and ideology. It pursues to standardize everything around itself, aiming to turn everything into merchant, even people´s will and the education. The leisure and recreation are also manipulated and became mere entertainment which obliterated the imagination and reason. The cultural and education reduction to a semi culture (H albbi ldung ) lent to the cultural industry a cultural formation appearance, but that, in fact, is only a so-called formation. The education, inside this quarrelsome context, however, can collaborate significantly to the awareness and emancipation insofar it reestablishes a proper dialectic between subjective and objective reason. A centric challenge is, therefore, to evince the artifices,veils, torches and magics that, in an absolute light age, daily obstruct the critical and autonomous individuals formation . This way, even when not requiring the overcoming of current society to inside its limits, the education can be designed as a space of resistance, a refuge of freedom , able to contribute to subjects formation who can really make choices, think and act in a free way. / O trabalho busca analisar a contradição/conflito que surge entre a formação cultural e a indústria cultural a partir do pensamento de T W Adorno e aponta a educação como aquela que pode contribuir para a autonomia da consciência do sujeito que vive na sociedade capitalista, solo no qual floresce o conflito entre a formação cultural e a indústria cultural. Busca-se descrever a formação cultural como resultado de um desenvolvimento dialético da civilização humana. Mostra-se que o período do pensamento mítico da humanidade já continha certa racionalidade, pois esse período, ao dar nomes ao desconhecido e formular histórias explicativas para os fenômenos naturais, já buscava controlar o curso da natureza. O período do pensamento lógico e racional surge, portanto, por um lado, como superação do pensamento mítico, porque a técnica, que é a essência desse saber, se vale da matemática, das fórmulas, da regra e da probabilidade para destituir todo e qualquer vestígio de mito. Esse momento racional e técnico também mantém, no entanto, em si algo de mitológico, porque passa a endeusar o número, as fórmulas e a regra, criações mentais que são os substitutos dos conceitos que regiam o período mítico. Os homens, ao expressarem sua subjetividade e no afã de dominar a natureza, criaram os deuses tanto do período mítico quanto do período racional e, em ambos os períodos, passaram a adorar a obra de suas próprias mãos. A razão, que é descrita como o agente da formação cultural, trabalha dialeticamente em dois níveis: Verstand/subjetiva e Vernunft/objetiva, no entanto, devido à instrumentalização da razão, essa dialética não se manteve, e esse foi um dos fatores que impediram a formação cultural e, consequentemente, a maioridade e a autonomia do sujeito. A manutenção do caráter mitológico em uma época que se considera plenamente esclarecida pode ser evidenciada pela indústria cultural. É através dela que tudo passa a ser submetido ao fetichismo do mercado e às suas exigências. Essa indústria é analisada como a união entre rádio, televisão, cinema e ideologia. Ela busca padronizar tudo à sua volta, a fim de transformar tudo em mercadorias, inclusive a vontade das pessoas e a educação. O lazer e a diversão também são instrumentalizados e se transformaram em meros entretenimentos que obliteram a imaginação e a razão. A redução da cultura e da educação a uma semicultura (Halbbildung) emprestou à indústria cultural uma aparência de formação cultural, mas que, na verdade, é apenas uma pseudoformação. A educação, dentro desse contexto conflituoso, no entanto, pode colaborar de modo significativo para a conscientização e a emancipação, isso na medida em que restabelece uma dialética adequada entre razão subjetiva e objetiva. Um desafio central é, pois, evidenciar as artimanhas, os véus, as teias e as magias que, em plena época das luzes, diariamente obstaculizam a formação de sujeitos autônomos e críticos. Assim, embora não requerendo a superação da sociedade atual para dentro de seus limites, a educação pode ser concebida como um espaço de resistência, um refúgio da liberdade , capaz de contribuir para a formação de sujeitos que possam de fato fazer escolhas, pensar e agir de forma livre.
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