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Prática Docente e Justiça: Educação em Valores Morais no Ensino Fundamental

COUTO, L. L. M. 20 December 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_5650_Dissertação - Couto 2013.pdf: 1184980 bytes, checksum: 6f48c35400b04c704e2ff1f39c51865e (MD5) Previous issue date: 2013-12-20 / Neste estudo, dedicamos-nos a investigar os juízos de professoras acerca do ensino do valor moral da justiça em suas práticas pedagógicas. Além disso, propomos-nos a verificar se tais práticas modificam-se em razão do ano escolar para o qual cada participante leciona. Para tanto, entrevistamos 23 professoras do ensino fundamental, sendo 11 docentes de 1º ano e 12 de 5º ano, de escolas públicas localizadas em bairros de classe baixa do município de Vitória, Espírito Santo. Realizamos entrevistas individuais, de acordo com o método clínico piagetiano. A análise dos dados foi realizada a partir da teoria piagetiana e da sistematização proposta por Delval. Analisamos as concepções de justiça das professoras, as motivações para o ensino da justiça e os procedimentos que as entrevistadas consideram que utilizam para ensinar esse valor moral. Os resultados obtidos permitem considerar que a concepção de justiça das docentes está, sobretudo, relacionada à temática dos direitos dos indivíduos. Com relação à justiça, todas as profissionais consideram que ensinam este valor moral em suas práticas pedagógicas. A respeito das motivações para esta prática, averiguamos que as professoras ensinam a justiça principalmente pelo fato de essa ser uma responsabilidade da escola. Por sua vez, quanto aos procedimentos de ensino da justiça, constatamos que a maioria deles trata de meios considerados como verbal impositivo e ação impositiva, isto é, estão embasados em práticas impositivas. Ademais, grande parte dos procedimentos está embasada exclusivamente na linguagem oral das docentes. A maioria das participantes justifica os procedimentos adotados no ensino da justiça tendo como foco o aluno, ou seja, tratam de práticas que possuem como embasamento os educandos. Porém, quando analisamos os métodos empregados pelas entrevistadas, constatamos que a maior parte deles diz respeito a métodos com o uso da imposição, o que pode não favorecer os procedimentos ditos ativos e, provavelmente, o desenvolvimento moral dos alunos. Com relação aos dados encontrados acerca dos anos escolares pesquisados, destacamos que as docentes que lecionam para o 5º ano mencionam mais procedimentos com base em práticas impositivas. Por fim, vale dizer que as participantes de 1º ano são as que mais justificaram os procedimentos com foco no aluno. De maneira geral, os dados de nossa pesquisa mostram que apesar de as concepções de justiça das participantes possuírem predominância de características da moral autônoma, a maior parte dos procedimentos utilizados por elas no ensino do aludido valor pode não favorecer o desenvolvimento da autonomia nos alunos, pois é embasada em práticas impositivas. Com este estudo, esperamos contribuir para que políticas públicas sejam implantadas visando à melhoria da qualidade da educação em valores morais no contexto escolar, notadamente no que diz respeito ao ensino da justiça. Assim, ressaltamos a necessidade de trabalhos contínuos de ensino da justiça, pensados e programados para desenvolver indivíduos autônomos.
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Prática docente e justiça : educação em valores morais no ensino fundamental / Teaching practice and justice: moral education in elementary school. Master s Thesis

Couto, Leandra Lúcia Moraes 20 December 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-23T14:37:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Leandra Lucia Moraes Couto.pdf: 1173359 bytes, checksum: 20b7021ec94c3a9a8e3e13a9ef335ee5 (MD5) Previous issue date: 2013-12-20 / Neste estudo, dedicamos-nos a investigar os juízos de professoras acerca do ensino do valor moral da justiça em suas práticas pedagógicas. Além disso, propomos-nos a verificar se tais práticas modificam-se em razão do ano escolar para o qual cada participante leciona. Para tanto, entrevistamos 23 professoras do ensino fundamental, sendo 11 docentes de 1º ano e 12 de 5º ano, de escolas públicas localizadas em bairros de classe baixa do município de Vitória, Espírito Santo. Realizamos entrevistas individuais, de acordo com o método clínico piagetiano. A análise dos dados foi realizada a partir da teoria piagetiana e da sistematização proposta por Delval. Analisamos as concepções de justiça das professoras, as motivações para o ensino da justiça e os procedimentos que as entrevistadas consideram que utilizam para ensinar esse valor moral. Os resultados obtidos permitem considerar que a concepção de justiça das docentes está, sobretudo, relacionada à temática dos direitos dos indivíduos. Com relação à justiça, todas as profissionais consideram que ensinam este valor moral em suas práticas pedagógicas. A respeito das motivações para esta prática, averiguamos que as professoras ensinam a justiça principalmente pelo fato de essa ser uma responsabilidade da escola. Por sua vez, quanto aos procedimentos de ensino da justiça, constatamos que a maioria deles trata de meios considerados como verbal impositivo e ação impositiva, isto é, estão embasados em práticas impositivas. Ademais, grande parte dos procedimentos está embasada exclusivamente na linguagem oral das docentes. A maioria das participantes justifica os procedimentos adotados no ensino da justiça tendo como foco o aluno, ou seja, tratam de práticas que possuem como embasamento os educandos. Porém, quando analisamos os métodos empregados pelas entrevistadas, constatamos que a maior parte deles diz respeito a métodos com o uso da imposição, o que pode não favorecer os procedimentos ditos ativos e, provavelmente, o desenvolvimento moral dos alunos. Com relação aos dados encontrados acerca dos anos escolares pesquisados, destacamos que as docentes que lecionam para o 5º ano mencionam mais procedimentos com base em práticas impositivas. Por fim, vale dizer que as participantes de 1º ano são as que mais justificaram os procedimentos com foco no aluno. De maneira geral, os dados de nossa pesquisa mostram que apesar de as concepções de justiça das participantes possuírem predominância de características da moral autônoma, a maior parte dos procedimentos utilizados por elas no ensino do aludido valor pode não favorecer o desenvolvimento da autonomia nos alunos, pois é embasada em práticas impositivas. Com este estudo, esperamos contribuir para que políticas públicas sejam implantadas visando à melhoria da qualidade da educação em valores morais no contexto escolar, notadamente no que diz respeito ao ensino da justiça. Assim, ressaltamos a necessidade de trabalhos contínuos de ensino da justiça, pensados e programados para desenvolver indivíduos autônomos / In this study, we dedicate ourselves to investigate the judgments of teachers on the teaching of the moral value of justice in their pedagogical practices. Furthermore, we propose to check whether such practices are modified due to the school year for which the participant teaches. To do so, we interviewed 23 elementary school teachers, 11 teachers of 1st year and 12 of the 5th year, from public schools located in lower-class neighborhoods in the city of Vitória, Espírito Santo. We conducted individual interviews, according to the Piagetian clinical method. Data analysis was performed based on the theory of Piaget and the systematization proposed by Delval. We analyze the conceptions of justice of the teachers, the motivations for teaching justice and the procedures that the respondents consider they use to teach this moral value. The results support the view that the conception of justice of the teachers is mainly related to the issue of individual s rights. Regarding justice, all the professionals believe they teach this moral value in their pedagogical practices. Regarding the motivations for this practice, we noticed that the teachers teach justice mainly because this is a responsibility of the school. Meanwhile, about the procedures for teaching justice, we noticed that most of them are means considered as authoritative, verbally and in action, i.e., are grounded in imposing practices. Moreover, most of the procedures are based solely on the oral language of the teachers. Most participants justify the procedures adopted in the teaching of justice as focusing the student, i.e., dealing with practices that have as their basis the students. However, when we analyzed the methods used by the interviewees, we found that most of them concerns methods with the use of imposition, which may not favor the said active procedures and, probably the moral development of students. Regarding the data found on the school years studied, we emphasize that the teachers who teach the 5th grade mention more procedures based on imposing practices. Finally, it is worth saying that the participants of the 1st year are the ones who justified the most procedures with a focus on the student. In general, the data from our research show that although the conceptions of justice of the participants have predominant characteristics of autonomous morality, most of the procedures used by them in teaching the alluded value can not foster the development of autonomy in students, as they are grounded in imposing practices. With this study, we hope to contribute so that public policies are implemented in order to improve the quality of education in moral values in schools, especially regarding the teaching about justice. Thus, we emphasize the need for continuous education on the teaching of justice, designed and programmed to develop autonomous individuals

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