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Alterações estruturais em folhas de Panicum maximum Jacq. submetidas à chuva simulada com flúor / Structural changes in the leaves of Panicum maximum Jacq. in response to fluoride dissolved in artificial rainHara, Suzana 29 June 2000 (has links)
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Previous issue date: 2000-06-29 / Plantas de Panicum maximum (colonião) foram submetidas a chuvas simuladas com soluções de flúor (15 μg.ml^-1), com o objetivo de identificar as alterações causadas pelo flúor na ultra-estrutura das superfícies epidérmicas e dos cloroplastos. Os sintomas visíveis, ao final do tratamento, foram clorose nas folhas em expansão e clorose e necrose nas folhas totalmente expandidas. Na microscopia eletrônica de varredura, a superfície adaxial não apresentou alterações na cera epicuticular entre os tratamentos e estádios foliares. Na superfície abaxial houve leve redução da cera epicuticular com o desenvolvimento foliar e com o tratamento com flúor. Em alguns casos, a face abaxial das folhas totalmente expandidas (com necrose) apresentava depressão da superfície com perda do contorno das células. Foi observado na varredura enrugamento em ambas as superfícies epidérmicas, nos diferentes estádios foliares e tratamentos, o que, provavelmente, não foi uma resposta ao flúor. Nos cortes transversais da região com clorose (folha em expansão) e abaixo da necrose (folhas totalmente expandidas), observaram-se as seguintes alterações nos cloroplastos das células da bainha: redução do tamanho; formato tendendo a lenticular, diferindo da forma irregular encontrada no controle; redução da quantidade e tamanho de grãos de amido; aumento do número e tamanho dos plastoglóbulos; e estroma mais denso e estrutura de grana e tilacóides mais evidentes. Nos cloroplastos das células do mesófilo houve leve aumento do retículo periférico, e o aumento do número e tamanho dos plastoglóbulos foi mais evidente na região abaixo da necrose. Na região da necrose, todas as células apresentavam-se plasmolisadas. Adjacentes à necrose, os sintomas foram semelhantes aos que ocorreram na região da clorose e abaixo da necrose, no entanto mais intensos e com início de desorganização da estrutura de grana e tilacóides. O conjunto de alterações causadas pelo flúor em P. maximum indicou que este poluente não tem uma ação específica sobre todas as espécies. Recomendam-se estudos mais detalhados para caracterizar melhor a injúria por flúor em P. maximum. / In order to identify ultrastructural changes in leaf surfaces and in the chloroplasts, species of Panicum maximum were treated under artificial rain with fluoride solution (15 μg.ml^-1). Visible symptons of chlorosis in expanding leaf blade and chlorosis and necrosis in totaly expanded leaf blade were observed. When observed in SEM, epicuticular wax on the adaxial surface did not change among treatments and leaf developmental stage. On the abaxial surface a slight reduction on epicuticular wax with development of leaf and with treatment with fluoride was observed. In some cases the adaxial surface of totaly expanded leaf with necrosis, presented surface depression with loss of regular cells borders. SEM observations showed wrinkled on both surfaces, leaves stages and treatments, which probably was not a fluoride response. Transversal section through chlorosis region (expanding leaf) and below of necrosis (totaly expanded leaf) showed the following changes in bundle sheath cells chloroplasts: size reduction; reduction in size and number of starch grain; increase in number and size of plastoglobulis; darkened stroma and more evident grana and thylakoids structure. A slight increase of peripheral reticulum and the increase of number and size of plastoglobulis were more evident in the region below necrosis in the mesophyll cells. The necrosis region showed plasmolisis of all cells. The symptoms aside the necrosis were similar to the chlorosis and below necrosis region, however, these necrosis symptoms were more severe and showed a begining of grana and thylakoids disorganization. The set of changes caused by fluoride in P. maximum suggested that these pollutant do not have specific action over all species. To better characterize the ultrastructural injuries caused by fluoride on P. maximum, it is suggested further studies.
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Aspectos do desenvolvimento morfológico, morfométrico e ultraestrutural do aparelho ungueal do cavalo Baixadeiro / Aspects of morphological development, morphometric and ultrastructural the nail apparatus horse BaixadeiroAnunciação, Adriana Raquel de Almeida da 15 March 2016 (has links)
O cavalo Baixadeiro é encontrado na Baixada Maranhense, região caracterizada por planície, podendo permanecer alagada por até seis meses. Ainda que diante destas condições, o cavalo Baixadeiro pode viver sem apresentar doenças da úngula, tais como, a laminite. Assim, propôs-se identificar elementos morfológicos da úngula desta raça específica de cavalo com o intuito de explicar tal resistência à umidade. Foram utilizadas amostras de úngula provenientes de 4 cavalos Baixadeiros (N=16) e de 4 cavalos Puro Sangue Inglês (N=16). Todas as úngulas foram analisadas por macroscopia, morfometria e por microscopia eletrônica de varredura e de luz. Macroscopicamente, a úngula do cavalo Baixadeiro era cuneiforme, com comprimento médio de 10.22 ± 1.3 cm, largura de 9.83 ± 1.01 cm e comprimento da parede medial de 5.67 ± 0.76 cm. A úngula do cavalo Puro Sangue Inglês teve um comprimento médio de 13.47 ± 0.8 cm, largura de 12.54 ± 0.49 cm e comprimento da parede medial de 7.77 ± 0.54 cm. Na microscopia de luz da camada interna, o tecido que conecta as lamelas epidérmicas primárias às secundárias e ao estrato médio foi visualmente mais espesso no Baixadeiro. Além disso, a região distal das lamelas era mais compacta do que as da região proximal, enquanto que no Puro Sangue Inglês não foram observadas diferenças. Na microscopia eletrônica de varredura, o espaço intertubular do estrato médio foi visualmente maior. A partir desta arquitetura nós sugerimos que existe maior adesão da cápsula da úngula à falange distal no cavalo Baixadeiro, provavelmente diminuindo a incidência de rotação da falange distal e, consequentemente, diminuindo a laminite / The Baixadeiro horse is found in Baixada Maranhense, region is characterized by a flat land that can be flooded during six months per year. In this region the Baixadeiro horse can live without ungula diseases, such as, laminitis. Thus, was proposed to identify morphological elements of the ungula from this specific breed to indicate this resistance to humidity. We used ungula samples from four Baixadeiro horse (N=16) and from four Thoroughbred horse (N=16). All ungulas were analyzed macroscopically, morphometrically and by light and scanning electronic microscopy. Macroscopically, the ungula of Baixadeiro horse was cuneiform, with average length 10.22 ± 1.3 cm, width of 9.83 ± 1.01 cm and medial wall lenght of 5.67 ± 0.76 cm. While the Thoroughbred horse ungula had average length 13.47 ± 0.8 cm, width 12.54 ± 0.49 cm and medial wall length 7.77 ± 0.54 cm. Under light microscopy, in the internal layer, the tissue that connects primary to secondary epidermal lamella and to middle stratum was visually thicker in the Baixadeiro. In addition, the distal region of lamellae was more compact than the proximal region, while in Thoroughbred no differences were observed. By scanning electron microscopy, the intertubular space of the middle stratum was visually bigger. From this architecture we suggested that there are greater adhesion of ugula capsule to distal phalanx in the Baixadeiro horse, probably decreasing incidence of distal phalanx rotation and consequently diminishing laminitis
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Aspectos do desenvolvimento morfológico, morfométrico e ultraestrutural do aparelho ungueal do cavalo Baixadeiro / Aspects of morphological development, morphometric and ultrastructural the nail apparatus horse BaixadeiroAdriana Raquel de Almeida da Anunciação 15 March 2016 (has links)
O cavalo Baixadeiro é encontrado na Baixada Maranhense, região caracterizada por planície, podendo permanecer alagada por até seis meses. Ainda que diante destas condições, o cavalo Baixadeiro pode viver sem apresentar doenças da úngula, tais como, a laminite. Assim, propôs-se identificar elementos morfológicos da úngula desta raça específica de cavalo com o intuito de explicar tal resistência à umidade. Foram utilizadas amostras de úngula provenientes de 4 cavalos Baixadeiros (N=16) e de 4 cavalos Puro Sangue Inglês (N=16). Todas as úngulas foram analisadas por macroscopia, morfometria e por microscopia eletrônica de varredura e de luz. Macroscopicamente, a úngula do cavalo Baixadeiro era cuneiforme, com comprimento médio de 10.22 ± 1.3 cm, largura de 9.83 ± 1.01 cm e comprimento da parede medial de 5.67 ± 0.76 cm. A úngula do cavalo Puro Sangue Inglês teve um comprimento médio de 13.47 ± 0.8 cm, largura de 12.54 ± 0.49 cm e comprimento da parede medial de 7.77 ± 0.54 cm. Na microscopia de luz da camada interna, o tecido que conecta as lamelas epidérmicas primárias às secundárias e ao estrato médio foi visualmente mais espesso no Baixadeiro. Além disso, a região distal das lamelas era mais compacta do que as da região proximal, enquanto que no Puro Sangue Inglês não foram observadas diferenças. Na microscopia eletrônica de varredura, o espaço intertubular do estrato médio foi visualmente maior. A partir desta arquitetura nós sugerimos que existe maior adesão da cápsula da úngula à falange distal no cavalo Baixadeiro, provavelmente diminuindo a incidência de rotação da falange distal e, consequentemente, diminuindo a laminite / The Baixadeiro horse is found in Baixada Maranhense, region is characterized by a flat land that can be flooded during six months per year. In this region the Baixadeiro horse can live without ungula diseases, such as, laminitis. Thus, was proposed to identify morphological elements of the ungula from this specific breed to indicate this resistance to humidity. We used ungula samples from four Baixadeiro horse (N=16) and from four Thoroughbred horse (N=16). All ungulas were analyzed macroscopically, morphometrically and by light and scanning electronic microscopy. Macroscopically, the ungula of Baixadeiro horse was cuneiform, with average length 10.22 ± 1.3 cm, width of 9.83 ± 1.01 cm and medial wall lenght of 5.67 ± 0.76 cm. While the Thoroughbred horse ungula had average length 13.47 ± 0.8 cm, width 12.54 ± 0.49 cm and medial wall length 7.77 ± 0.54 cm. Under light microscopy, in the internal layer, the tissue that connects primary to secondary epidermal lamella and to middle stratum was visually thicker in the Baixadeiro. In addition, the distal region of lamellae was more compact than the proximal region, while in Thoroughbred no differences were observed. By scanning electron microscopy, the intertubular space of the middle stratum was visually bigger. From this architecture we suggested that there are greater adhesion of ugula capsule to distal phalanx in the Baixadeiro horse, probably decreasing incidence of distal phalanx rotation and consequently diminishing laminitis
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Secreção epidérmica de Alouatta guariba clamitans (Primates: Atelidae) / Epidermic Secretion of Alouatta guariba clamitans (Primates, Atelidae)Hirano, Zelinda Maria Braga 30 January 2004 (has links)
Primatas da subespécie A. g. clamitans, popular bugio, possuem um dimorfismo sexual evidenciado na fase adulta com machos de cor ruiva e fêmeas de cor castanho com nuanças avermelhadas. Em estudos de cativeiro com esta subespécie descobriu-se uma secreção epidérmica avermelhada, semelhante à cor da pelagem dos MA. A partir desta constatação diferentes hipóteses têm sido levantadas sobre a função e a origem desta secreção. Assim, o presente estudo objetivou: 1- Analisar se esta secreção é responsável pela coloração do pêlo dos animais e se a água é capaz de descolorir os pêlos 2- Verificar se a liberação de secreção sofre influencia das temperaturas corpórea e ambiente; 3- Identificar através de microscopia óptica e eletrônica as características morfológicas das glândulas produtoras de secreção, 4- Mapear as regiões do corpo dos animais que possuem tal glândula, 5- Definir qual sexo e faixa etária possui a glândula; 6- Determinar se a secreção é capaz de corar o pêlo mesmo após estocada a -4C; 7- Avaliar a cor dos campos cromatogênicos, durante um ano em animais adultos, sub adultos e juvenis; 8- Analisar a composição da secreção; 9- Dosar o hormônio testosterona em animais de diferentes sexo e faixas etárias e 10- Verificar uma possível relação entre comportamento social em bugios silvestres e a cor observada. Constatou-se que MA, MSA, MJ , FA e FSA liberam secreção. A liberação em quase todas as regiões do corpo sofre influência da temperatura corpórea, diferindo apenas na região do hióide em MA e da mandíbula em MSA, regiões que a temperatura corpórea possuem maior influência. Verificou-se que pêlos de MSA quando mantidos em estufa, com a secreção fresca liberada por este animal, muda de cor, de escuro para ruivo, igualando a cor do pêlo de MA; uma vez pigmentado a água não muda a cor do pêlo,. A secreção estocada muda apenas à cor da região central do pêlo. Identificou-se a GPP (glândula produtora de secreção colorida), na região do osso hióide e mandíbula, em MA e MSA. Em FA e FSA identificou-se estrutura glandular menos desenvolvida, denominada de GPPi (glândula produtora de pigmento em fase intermediária) nas regiões do hióide, mandíbula, esterno e região inguinal. As GPPi estão também presentes na região inguinal e nuca de MA e MSA. Os animais juvenis e infantes apresentam somente glândulas sudoríparas normais em todas as regiões do corpo. Na secreção colorida não existem carotenóides. As secreções de MA, FA, MAS e MJ possuem diferentes concentrações de ferro. A secreção de MA apresentou maior concentração de ferro quando comparada às secreções dos animais de outro sexo e/ou idade. A microscopia eletrônica confirmou a característica secretora da GPP e evidenciou estruturas cristalinas dentro das células do ácino semelhantes as inclusões de ferro observadas no citoplasma de células de outros organismos. Os animais que sofreram maior variação de cor nos campos cromatogênicos foram os MSA, e foram os animais que tiveram maiores índices de esfregação, sugerindo um mecanismo de espalhamento da secreção Os níveis de testosterona, foram proporcionais ao sexo e idade dos animais, sendo os maiores valores encontrados em MA. O estudo do comportamento social mostrou que os MA ruivos possuem um elevado status hierárquico e desempenham um papel de guardião do grupo. Os resultados indicam que a secreção colorida, liberada na epiderme de A. g. clamitans, são as responsáveis pela coloração do pêlo de MA devido à concentração de ferro. Um cromóforo que contém ferro seria um dos agentes responsáveis pela coloração. A diferença de cor nesta subespécie é uma característica sexual secundária, e parece ocorrer por um mecanismo ativacional do hormônio testosterona, ativando o desenvolvimento das glândulas GPP. O nível de testosterona, a presença de GPP e a coloração ruiva intensa possuem uma forte correlação com o status hierárquico de MA. / Adult brown howler monkeys, Alouatta guariba clamitans, have a clear sexual dimorphism, with red-haired males and chestnut females with red nuances. Captivity studies with this subspecies revealed an epidermic secretion of red coloration, similar to the coat color of adult males. Different hypotheses have been proposed on the function and origin of this secretion. The present work aimed to: 1 analyze if fresh secretion is responsible for hair coloration in this animals and if water is capable to decolorize hair; 2 verify if secretion release is affected by body and atmospheric temperatures; 3 identify by optic and electronic microscopy the morphologic characteristics of the secretion-producing glands; 4 map the areas of the animal body that have such glands; 5 define which sex-age categories have this gland; 6 determine if secretion is able to color hair after stored at -4º C; 7 evaluate during one year the coloration of cromatogenic fields in adult, subadults and juvenile animals; 8 analyze the secretion composition; 9 measure testosterone levels in animals of different sex-age categories; 10 verify the possible relationship between the social behavior of wild animals and the observed coloration. It was found that adult, subadult and juvenile males and adult and subadult females release secretion. The release in almost all body areas is under influence of the corporal temperature that is greater in adult male hyoid and subadult male jaw areas. The hair of subadult males of A. g. clamitans maintained in a stove treated with fresh secretion changes from dark to reddish color, similar to the adult males hair color. The water does not change the color of the hair, once pigmented. The stored secretion changes only the color of the central area of hair. The gland producing colored secretion (GPP) was identified in the area of the hyoid bone and jaw in adult and subadult males. In adult and subadult females a less developed glandular structure was found, denominated GPPi in the hyoid, jaw, breastbone and inguinal areas. GPPi are also present in the inguinal area and nape of adult and subadult males. The juvenile and infant animals presented only normal sweat glands in all body areas. There are no carotenoids in the colored secretion. The secretions of adult, subadult and juvenile males and adult females have different concentrations of iron and adult males presented larger concentration of iron in their secretions when compared to other sex and age categories. The electronic microscopy confirmed the secretory features of GPP and evidenced crystalline structures inside the acinus cells that resemble iron-containing structures evidenced in other cellular structures. Subadult males suffered the greater degree in color variation in cromatogenic fields, and they were also the animals that presented larger rubbing index, suggesting that this would be the mechanism of secretion dispersal. The testosterone levels were proportional to the sex and age categories of the animals, with the largest values found in adult males. The study of the social behavior showed that the reddish adult males have a superior hierarchic status and play the role of group guardians. Our results indicate that the colored secretions, released in the epidermis of A. g. clamitans, are responsible for the hair coloration in adult males due to iron concentration. An iron-containing chromophore would be one of the agents promoting the coloration. The color difference in this subspecies is a secondary sexual trait that seems to occur through a testosterone-activated mechanism, promoting the development of GPP glands. Testosterone levels, the presences of GPP and the intense red-haired coloration have a strong correlation with the hierarchical status of adult males.
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Secreção epidérmica de Alouatta guariba clamitans (Primates: Atelidae) / Epidermic Secretion of Alouatta guariba clamitans (Primates, Atelidae)Zelinda Maria Braga Hirano 30 January 2004 (has links)
Primatas da subespécie A. g. clamitans, popular bugio, possuem um dimorfismo sexual evidenciado na fase adulta com machos de cor ruiva e fêmeas de cor castanho com nuanças avermelhadas. Em estudos de cativeiro com esta subespécie descobriu-se uma secreção epidérmica avermelhada, semelhante à cor da pelagem dos MA. A partir desta constatação diferentes hipóteses têm sido levantadas sobre a função e a origem desta secreção. Assim, o presente estudo objetivou: 1- Analisar se esta secreção é responsável pela coloração do pêlo dos animais e se a água é capaz de descolorir os pêlos 2- Verificar se a liberação de secreção sofre influencia das temperaturas corpórea e ambiente; 3- Identificar através de microscopia óptica e eletrônica as características morfológicas das glândulas produtoras de secreção, 4- Mapear as regiões do corpo dos animais que possuem tal glândula, 5- Definir qual sexo e faixa etária possui a glândula; 6- Determinar se a secreção é capaz de corar o pêlo mesmo após estocada a -4C; 7- Avaliar a cor dos campos cromatogênicos, durante um ano em animais adultos, sub adultos e juvenis; 8- Analisar a composição da secreção; 9- Dosar o hormônio testosterona em animais de diferentes sexo e faixas etárias e 10- Verificar uma possível relação entre comportamento social em bugios silvestres e a cor observada. Constatou-se que MA, MSA, MJ , FA e FSA liberam secreção. A liberação em quase todas as regiões do corpo sofre influência da temperatura corpórea, diferindo apenas na região do hióide em MA e da mandíbula em MSA, regiões que a temperatura corpórea possuem maior influência. Verificou-se que pêlos de MSA quando mantidos em estufa, com a secreção fresca liberada por este animal, muda de cor, de escuro para ruivo, igualando a cor do pêlo de MA; uma vez pigmentado a água não muda a cor do pêlo,. A secreção estocada muda apenas à cor da região central do pêlo. Identificou-se a GPP (glândula produtora de secreção colorida), na região do osso hióide e mandíbula, em MA e MSA. Em FA e FSA identificou-se estrutura glandular menos desenvolvida, denominada de GPPi (glândula produtora de pigmento em fase intermediária) nas regiões do hióide, mandíbula, esterno e região inguinal. As GPPi estão também presentes na região inguinal e nuca de MA e MSA. Os animais juvenis e infantes apresentam somente glândulas sudoríparas normais em todas as regiões do corpo. Na secreção colorida não existem carotenóides. As secreções de MA, FA, MAS e MJ possuem diferentes concentrações de ferro. A secreção de MA apresentou maior concentração de ferro quando comparada às secreções dos animais de outro sexo e/ou idade. A microscopia eletrônica confirmou a característica secretora da GPP e evidenciou estruturas cristalinas dentro das células do ácino semelhantes as inclusões de ferro observadas no citoplasma de células de outros organismos. Os animais que sofreram maior variação de cor nos campos cromatogênicos foram os MSA, e foram os animais que tiveram maiores índices de esfregação, sugerindo um mecanismo de espalhamento da secreção Os níveis de testosterona, foram proporcionais ao sexo e idade dos animais, sendo os maiores valores encontrados em MA. O estudo do comportamento social mostrou que os MA ruivos possuem um elevado status hierárquico e desempenham um papel de guardião do grupo. Os resultados indicam que a secreção colorida, liberada na epiderme de A. g. clamitans, são as responsáveis pela coloração do pêlo de MA devido à concentração de ferro. Um cromóforo que contém ferro seria um dos agentes responsáveis pela coloração. A diferença de cor nesta subespécie é uma característica sexual secundária, e parece ocorrer por um mecanismo ativacional do hormônio testosterona, ativando o desenvolvimento das glândulas GPP. O nível de testosterona, a presença de GPP e a coloração ruiva intensa possuem uma forte correlação com o status hierárquico de MA. / Adult brown howler monkeys, Alouatta guariba clamitans, have a clear sexual dimorphism, with red-haired males and chestnut females with red nuances. Captivity studies with this subspecies revealed an epidermic secretion of red coloration, similar to the coat color of adult males. Different hypotheses have been proposed on the function and origin of this secretion. The present work aimed to: 1 analyze if fresh secretion is responsible for hair coloration in this animals and if water is capable to decolorize hair; 2 verify if secretion release is affected by body and atmospheric temperatures; 3 identify by optic and electronic microscopy the morphologic characteristics of the secretion-producing glands; 4 map the areas of the animal body that have such glands; 5 define which sex-age categories have this gland; 6 determine if secretion is able to color hair after stored at -4º C; 7 evaluate during one year the coloration of cromatogenic fields in adult, subadults and juvenile animals; 8 analyze the secretion composition; 9 measure testosterone levels in animals of different sex-age categories; 10 verify the possible relationship between the social behavior of wild animals and the observed coloration. It was found that adult, subadult and juvenile males and adult and subadult females release secretion. The release in almost all body areas is under influence of the corporal temperature that is greater in adult male hyoid and subadult male jaw areas. The hair of subadult males of A. g. clamitans maintained in a stove treated with fresh secretion changes from dark to reddish color, similar to the adult males hair color. The water does not change the color of the hair, once pigmented. The stored secretion changes only the color of the central area of hair. The gland producing colored secretion (GPP) was identified in the area of the hyoid bone and jaw in adult and subadult males. In adult and subadult females a less developed glandular structure was found, denominated GPPi in the hyoid, jaw, breastbone and inguinal areas. GPPi are also present in the inguinal area and nape of adult and subadult males. The juvenile and infant animals presented only normal sweat glands in all body areas. There are no carotenoids in the colored secretion. The secretions of adult, subadult and juvenile males and adult females have different concentrations of iron and adult males presented larger concentration of iron in their secretions when compared to other sex and age categories. The electronic microscopy confirmed the secretory features of GPP and evidenced crystalline structures inside the acinus cells that resemble iron-containing structures evidenced in other cellular structures. Subadult males suffered the greater degree in color variation in cromatogenic fields, and they were also the animals that presented larger rubbing index, suggesting that this would be the mechanism of secretion dispersal. The testosterone levels were proportional to the sex and age categories of the animals, with the largest values found in adult males. The study of the social behavior showed that the reddish adult males have a superior hierarchic status and play the role of group guardians. Our results indicate that the colored secretions, released in the epidermis of A. g. clamitans, are responsible for the hair coloration in adult males due to iron concentration. An iron-containing chromophore would be one of the agents promoting the coloration. The color difference in this subspecies is a secondary sexual trait that seems to occur through a testosterone-activated mechanism, promoting the development of GPP glands. Testosterone levels, the presences of GPP and the intense red-haired coloration have a strong correlation with the hierarchical status of adult males.
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