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O uso de si e o saber fazer com o sintoma com o trabalho / L'usage de soi et le savoir y faire avec le symptôme au travail / The use of oneself and know-how to deal with the symptom with the work

Bonifácio Gomes Júnior, Admardo 30 August 2013 (has links)
L’objectif de cette thèse est d’aborder la problématique de la relation entre travail et santé mentale, à partir des notions ergologiques de l’usage de soi et de la psychanalytique du symptôme et ceci à des fins d’investigation et d’intervention clinique. Nous avons donc tenté de d’approximer les bases discursives qui étayent et soutiennent les pratiques dans les dispositifs analytique et ergologique pour en identifier les interfaces et les spécificités. Penser l’usage de soi dans les symptômes avec le travail propose de donner visibilité au mode singulier de fonctionnement de chaque sujet dans les dimensions de sens et de référence que le symptôme comporte face aux propositions du milieu de travail. Si c’est le symptôme qui enlace les registres du réel, du symbolique et de l’imaginaire, notre argumentation consiste à dire que la plainte symptomatique, que le sujet présente dans sa relation avec le travail, est le point de départ pour tisser la trame des dimensions symbolique et imaginaire qui comprennent le sens attribué au symptôme. Notre attention s’est également tournée vers la dimension réelle de la jouissance que le symptôme comporte et qui en constitue sa référence. Par la lecture, à la fois psychanalytique et ergologique, du symptôme comme usage de soi, nous avons tenté de reconnaître la détermination sociale des symptômes (l’usage de soi par les autres) tout comme la stratégie de l’action sur cette même détermination (dans l’usage de soi par soi, toujours présent). Nous avons concentré l’enjeu sur le sujet, sur la singularité de l’usage du symptôme afin de le faire émerger sous la force des déterminations sociales qui le réprimeraient. / This thesis objectives to address the relationship between work and mental health from ergological notion of the use of oneself and also the one from psychoanalytic symptom, aiming mainly to research and do clinical intervention. In order to do that, we tried to correlate the discursive bases which support and subsidize the practices in both analytical and ergological devices, finding their interfaces and specificities. To think of the use of oneself in the symptoms with work aims to make it clear the unique functioning way of each subject in both dimensions, meaning and reference, which comprise the symptom when facing the working environment. Since the symptom is what ties the real, symbolic and imaginary registers together, our argumentation is that the symptomatic complain which the subject presents in his relation with the work gives what is needed to understand the symbolic and imaginary dimensions that comprise the meaning given to symptom. It is also important to be attentive to the real dimension of the enjoyment that the symptom involves because it is its reference. In one reading of the symptom as the use of oneself, at the same time psychoanalytically and ergologically, we tried to recognize not only the social determination of the symptom (the use of oneself by the others) but also an action strategy over this determination (in the use of oneself by oneself, always present). It’s about wagering on the subject, in his singular use of the symptom as to make it emerge over the social determination that could overcome him. / O objetivo desta tese é abordar o problema da relação entre trabalho e saúde mental a partir das noções ergológica de uso de si e psicanalítica de sintoma, visando à investigação e à intervenção clínica. Para tanto, buscamos aproximar as bases discursivas que sustentam e subsidiam as práticas nos dispositivos analítico e ergológico, localizando suas interfaces e especificidades. Pensar o uso de si nos sintomas com o trabalho tem como propósito dar visibilidade ao modo singular de funcionamento de cada sujeito nas dimensões de sentido e referência que o sintoma comporta frente às proposições do meio de trabalho. Se o sintoma é o que enlaça os registros real, simbólico e imaginário, nossa argumentação é que a queixa sintomática que o sujeito apresenta em sua relação com o trabalho traz o fio de onde podemos partir para tecer a trama das dimensões simbólica e imaginária que comportam o sentido atribuído ao sintoma. Não deixamos de nos ater, também, à dimensão real de gozo que o sintoma comporta e que é sua referência. Em uma leitura do sintoma como uso de si, ao mesmo tempo psicanalítica e ergológica, buscamos reconhecer tanto a determinação social dos sintomas (o uso de si pelos outros) quanto uma estratégia de ação sobre essa mesma determinação (no uso de si por si, sempre presente). Trata-se de uma aposta no sujeito, na singularidade de seu uso do sintoma como forma de fazê-lo emergir ativamente sobre a força das determinações sociais que o sobrepujariam.

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