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Educação escolarizada : o que pensam os adolescentes?Souza, Milena Pimenta de 24 March 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2015. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2015-05-21T17:19:50Z
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2015_MilenaPimentadeSouza.pdf: 780598 bytes, checksum: 835ce8ab32fd20f892ff86d07ca1d0e9 (MD5) / Nesta pesquisa investigamos o que os adolescentes que cursam as séries finais do Ensino Fundamental pensam sobre escolarização. Hoje vivemos numa sociedade escolarizada. Essa tem por fundamento a racionalidade escolástica. Por essa razão, iniciamos o nosso estudo investigando as mudanças nos modos de organização relativos ao ensinar e ao aprender no momento da transição da era monástica para a era escolástica; tomamos como referência o estudo etológico e histórico dos hábitos de leitura medievais feito por Ivan Illich. No cotidiano da instituição escolar, normatizou-se a maneira de ensinar, regularam-se comportamentos e modificou-se a forma de compreender o conhecimento. Isso nos permite dizer que hoje refletimos aspectos sociais e de apreensão do conhecimento típicos do processo de escolarização ao mesmo tempo em que colaboramos com ele. Isso significa que a crise da educação escolarizada, apontada por alguns estudiosos da educação, envolve a todos indistintamente. Tomamos por referência teórica principal desse trabalho a obra de Illich “Sociedade sem escolas” e sua crítica à escolarização na sociedade moderna. Diversos outros autores, tais como Arendt e Vigotski também dialogaram conosco. Os dados coletados por meio dos questionários aplicados aos adolescentes e a sua disposição para participar da pesquisa mostraram que eles percebem-se implicados nas questões que dizem respeito à escolarização e que, embora eles ratifiquem a necessidade de um espaço educativo, explicitam o seu desagrado com a instituição escolar. Destacamos, por fim, que, mais do que tentar resgatar os fundamentos da escola ou do que tentar reformá-la, hoje é necessário criar novos caminhos de instrução que reflitam os valores e as tradições que estariam implicados na educação de jovens em qualquer tempo e em qualquer parte. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / In this study we investigated what teenagers attending the final years of elementary school think about schooling. We live today in an schooling society. This is based on Scholastic Rationality. For this reason, we began our study by investigating the changes in organization related to teaching and learning during the transition from the monastic to the scholastic age; we refer the ethological and historical study of medieval reading habits made by Ivan Illich. In the daily school routine, the teaching habits were standardized, behaviors were regulated and changes were made to the way knowledge is acquired. This allows us to establish that today, we replicate social aspects and knowledge grasp of the typical schooling process at the same time we collaborate with it. This means that the crisis of school education, indicated by some scholars of education, affects everyone equally. We took as our main theoretical work of reference, Illich's "Deschooling Society" and his criticism of education in our modern society. Several other authors, such as Arendt and Vygotsky also spoke to us. The data was collected through questionnaires applied to adolescents. Their willingness to participate in the study showed that they perceive themselves as affected by the issues relating to schooling and that, although they believe school is necessary, they also express their discontentment with this institution. Lastly, we emphasize that, rather than trying to rescue Education as an institution or to try to reform it, it is now necessary to create new educational paths. Paths that can reflect the values and traditions that should be involved in the education of young people at any time and anywhere in the world.
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A unidade dialética entre corpo e mente na obra de A. R. Luria : implicações para a educação escolar e para a compreensão dos problemas de escolarização /Tuleski, Silvana Calvo. January 2007 (has links)
Orientador: Newton Duarte / Banca: Marilene Rabelo Proença de Souza / Banca: Marilda Gonçalves Dias Facci / Banca: Lígia Márcia Martins / Banca: José Luis Vieira de Almeida / Resumo: A presente pesquisa, de natureza conceitual, procurou compreender a obra de A. R. Luria (1902-1977) como determinada pela concretude de seu contexto histórico, isto é, a Rússia pós-revolucionária como marco inicial de seus estudos e pesquisas e, posteriormente, a União Soviética sob o regime stalinista. Para isso, foi realizada uma extensiva pesquisa das publicações deste autor, evidenciando a crescente sistematização dos conceitos e método para a compreensão da constituição da consciência humana, tomando-se por base seus fundamentos filosóficos e epistemológicos. Os estudos de Luria foram organizados por etapas - antes de Vigotski, em conjunto com ele e após sua morte - devido ao aparente redirecionamento dado às suas pesquisas, durante o stalinismo, que o fez concentrar-se mais na área da neuropsicologia. Observou-se que suas obras mais conhecidas no Ocidente quando desligadas de seus fundamentos marxistas, vêm dando base a apropriações indevidas de seus conceitos e associações a autores cuja base epistemológica é contrária. Entende-se que apenas o resgate da obra luriana em seu conjunto, bem como de seus fundamentos marxistas possibilita compreender o funcionamento cerebral como materialização das funções psicológicas superiores, de origem cultural, opondo-se ao reducionismo biológico ou subjetivo, hegemônico na atualidade. Para esta empreita, foi demonstrado que Luria deu continuidade aos pressupostos vigotskianos em suas pesquisas sobre o funcionamento cerebral e suas patologias, a despeito do acirramento do "stalinismo" na União Soviética após a morte de Vigotski, em 1934, superando a compreensão do homem como mais uma espécie sujeita, em seu desenvolvimento, às condições de maturação de seu organismo biológico, e, portanto, limitada por tais condições que independem de aspectos sócio-culturais, em direção a uma... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The present research, of conceptual nature, aimed at understanding the work of A. R. Luria (1902 - 1977) as determined by the concreteness of its historical context, i.e., the postrevolutionary Russia as the initial mark for his studies and research and, subsequently, the Soviet Union under Stalinist regime. In order to do so, extensive research was done into this authors publications, evidencing the increasing systematization of concepts and method for the understanding of how the human conscience is constituted, having its philosophical and epistemological foundations as basis. Lurias studies were organized in stages - before Vigotski, along with him and after his death - due to the apparent redirection given to his research, during Stalinism, which made him focus more on the neuropsychological area. It was observed that his most renowned pieces in the West when disconnected of its Marxist foundations have been giving basis to improper appropriations of its concepts and associations to authors whose epistemological basis is contrary. It is understood that only the rescue of Lurias work in its whole, as well as its Marxist foundations, enables the understanding of the brain work as materialization of the superior psychological functions, of cultural origin, opposing to the biological or subjective reductionism, presently hegemonic. For this purpose, it was demonstrated that Luria continued with the Vigotskian postulations in his research on the brain work and its pathologies, despite the incitement of "Stalinism" in the Soviet Union after Vigotski's death in 1934, overcoming the comprehension of the human being as one more species subject, in its development, to the conditions of maturation in its biological organism, and, therefore, limited by such conditions which prevent the social-cultural aspects, towards a new way of understanding human... (Complete abstract, click electronic access below) / Doutor
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O valor do silêncio na atitude educativa do homem : uma ontologia do silêncio na escolaMorais, Jackelyne Ribeiro Cintra 02 1900 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, 2010. / Submitted by Fernanda Weschenfelder (nandaweschenfelder@gmail.com) on 2010-11-12T17:15:51Z
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2010_JackelyneRibeiroCintraMorais.pdf: 2339458 bytes, checksum: aae724225a2947f09095ef323e53bdc3 (MD5) / Approved for entry into archive by Daniel Ribeiro(daniel@bce.unb.br) on 2010-11-18T23:45:32Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2010_JackelyneRibeiroCintraMorais.pdf: 2339458 bytes, checksum: aae724225a2947f09095ef323e53bdc3 (MD5) / O presente estudo trata do silêncio na escola sob a perspectiva do inter-humano. Apoiandonos na presença-palavra de Martin Buber, tentamos ver o silêncio sob a perspectiva da dualidade da atitude do homem: como um silêncio dialógico ou como um silêncio que issifica a vida do homem. Realiza-se, portanto, uma espécie de antropologia do silêncio na escola, buscando compreender a atitude do homem face às ocorrências do silêncio na educação, identificando as formas de silêncio que a escola tem incorporado em suas atividades, bem como qual o valor do silêncio que o homem tem aprendido com a escolarização. Apresentando uma metodologia própria, dimensionada pelo propósito aqui buscado, pretendemos, por um lado, adentrar o universo de uma sala de aula, observando as atitudes educativas de professores e alunos, e, por outro, atentar para fatos decorridos nos bastidores da escola que nos permitiram também observar e, sobretudo, sentir o silêncio ali presentificado. Tais fatos observados e sentidos magicizaram-se em narrativas, compondo esteticamente textos literários inseridos no formato de um livro, cujas páginas permearam as linhas deste estudo. Na escola, tal como estruturada, constatou-se que o silêncio se perfaz na desresponsabilização pelo humano, apresentando-se impositivo, e, portanto, nos moldes do silenciamento. Mas, tomando o olhar por um segundo foco, incidindo numa situação nãoconvencional de ensino-aprendizagem, pode-se constatar que o silêncio dialógico pode acontecer, bem como apresentar um valor educativo, quando as pessoas se apresentam disponíveis para ir ao encontro autêntico com alteridades, quando se percebe o outro em sua inteireza, quando se apresenta vulneravelmente no reconhecimento das próprias finitudes e limitações, quando se escolhe renovar a resposta a alguém que se toma por um Tu e não por um Isso, quando se propiciam condições para uma verdadeira convivencialidade educativa. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This work deals with the silence at school from the point of view of the inter-human. Based on the presence-word of Martin Buber, we seek to understand the silence from the perspective of the duality of human actions: as a dialogic silence or as a silence in mode I-It. Therefore, a type of anthropology of silence in the school is accomplished with the aim of understanding the attitude of men when facing the occurrences of silence in the education, when recognizing the forms of silence that the school has incorporated in its activities, as well as which the value of the silence that the man has learned with the schooling. Presenting a methodology congruous with the intention here, it was intended, in one hand, to enter the universe of a classroom, being observed the educative attitudes of teachers and students, and, in the other hand, pay attention to facts outside the school, which also allowed us to observe and, especially, feel the silence made-present. These facts established narratives, aesthetically composing literary texts in the format of a book, whose pages permeated the lines of this study. At school, as it is structured, it was found that the silence makes the disclaimer for the human, presenting itself as imposing, and therefore, as similar to silencing. But, focusing on a situation of non-conventional teaching and learning, it can be perceived that the dialogic silence can happen, and can present educative value, when people make themselves available to genuinely meet otherness, when they perceive the other entirely, when they present themselves vulnerably in recognizing their finitude and limitations, when they choose to renew the answer to someone who is seen as You, and not as This, they propitiates conditions for a true educational conviviality.
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Desvelando os processos de escolarização de alunos surdos no cenário do EJA: um estudo de casoROCHA, M. L. 28 September 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-09-28 / As problematizações apresentadas neste trabalho dizem respeito à interface da modalidade da Educação Especial na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em particular, investiga os processos de escolarização de alunos surdos matriculados em salas comuns da EJA no contexto de uma unidade de ensino fundamental do Sistema Municipal de Ensino da cidade de Vitória/ES. A escola se constitui, desde a década de 1980, em um espaço singular para alunos surdos por oportunizar profissionais usuários da língua de sinais brasileira (libras) tanto na tradução/interpretação das aulas como no atendimento educacional especializado. Na busca por fundamentar o presente estudo, foi utilizado um conjunto de pesquisas e de trabalhos que versam sobre os processos de escolarização de alunos surdos em salas comuns de ensino, articulados aos pressupostos da Sociologia das Ausências e da Sociologia das Emergências, de Boaventura de Souza Santos. Para a construção e sistematização dos dados no campo de pesquisa utilizou-se a etnografia. O estudo está organizado em seis capítulos que, juntos, apresentam: o lugar da fala do pesquisador; as concepções teóricas adotada no estudo; o caminho metodológico da pesquisa; a política da educação de surdos implementada no município de Vitória; o cotidiano da escola pesquisada e as conclusões. Os resultados da pesquisa apontam para a importância de colocar em análise a interface da Educação Especial na Educação de Jovens e Adultos para que sejam problematizados os processos de escolarização desses sujeitos na matriculados em salas comuns da EJA no contexto do município de Vitória; a necessidade de pensar em alternativas que garantam aos jovens e adultos surdos os serviços e apoios previstos na política nacional e local de educação bilíngue, na perspectiva da inclusão escolar
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O Aluno Com Síndrome de Prader-willi na Escola Comum: Inclusão, Escolarização e Processos de SubjetivaçãoLELLIS, M. G. O. 28 April 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-04-28 / Este estudo intitulado ―O aluno com Síndrome de Prader-Willi na escola Comum: inclusão, escolarização e processos de subjetivação‖ apresenta levantamentos de dados coletados em uma pesquisa no curso de Mestrado em Educação do Programa de Pós-Graduação PPGE Universidade Federal do Espírito Santo -UFES. Tem por objetivo entender como se dá o processo de inclusão de um aluno subjetivado como tendo a Síndrome de Prader-Willi, no contexto do ensino fundamental, de uma escola pública municipal de Vitória-E.S. Especificamente, pretendeu-se: (i) investigar características comportamentais da Síndrome de Prader-Willi; (ii) conhecer o sujeito com Síndrome de Prader-Willi a partir da contextualização deste sujeito na sala comum; (iii) identificar se há articulação entre os panoramas legislativos da educação inclusiva e as práticas educativas perante ao contexto escolar; (iv) entender os processos de subjetivação do sujeito subjetivado como tendo síndrome; (v) conhecer as práticas educativas desenvolvidas como tal sujeito, no âmbito da escola comum e do atendimento educacional especializado (AEE), a partir das contribuições sócio-histórica. Na construção deste estudo, o referencial metodológico adotado, foi a abordagem qualitativa de pesquisa, do tipo etnográfico, a partir de um estudo de caso, que sinaliza uma tentativa de compreensão detalhada dos significados, comportamentos, ações e situações vivenciadas por Samuel, sujeito da pesquisa, no ínterim do seu cotidiano escolar. Por fim, concluiu-se que o sujeito foi além de um diagnóstico patologizante e que foi capaz de construir a partir dos seus diversos diálogos, processos de ensino e aprendizagem com outro, para além da subjetivação da Síndrome de Prader-Willi.
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A educação no horizonte do provável: dispositivos biopolíticos na escolarização de pessoas jovens e adultasLima, Janayna Silva Cavalcante de 17 July 2015 (has links)
Submitted by Isaac Francisco de Souza Dias (isaac.souzadias@ufpe.br) on 2016-01-15T19:20:14Z
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Previous issue date: 2015-07-17 / CAPES / A tese intitulada “A Educação no horizonte do provável: dispositivos biopolíticos na escolarização de pessoas jovens e adultas” tem como objeto as relações de poder que sustentam os dispositivos de governamentalidade desenvolvidos para a administração social das populações adultas no âmbito da escolarização. Tomando a Educação de Adultos como um discurso biopolítico, o estudo objetiva explicitar e discutir as linhas de visibilidade e enunciabilidade pelas quais esta modalidade educacional se produz enquanto fenômeno biopolítico no âmbito da educação escolar. Para proceder a este intento, analisa as estratégias enunciativas que se desdobram sobre os territórios discursivos dessa modalidade educacional, configurando os mecanismos que a fazem agir sobre sujeitos e populações. A partir das conceituações de biopolítica e governamentalidade em Foucault, o estudo enfoca os procedimentos do poder no processo de criação da população não alfabetizada como alvo das tecnologias do constrangimento e do abandono. Com o aporte das discussões de Giorgio Agamben sobre subjetivação e dessubjetivação, vida nua e estado de exceção é desenvolvida a análise sobre as posições de sujeitos presentes nos enunciados da metanoia e da vergonha como operadores do constrangimento, e da precariedade como operadora do abandono. O posicionamento metodológico da tese realiza-se numa síntese das abordagens genealógicas, dos estudos foucaultianos sobre o discurso e de suas análises biopolíticas, priorizando os processos de compreensão sobre a atualidade das relações de poder nos dispositivos analisados. São focalizados enunciados advindos do discurso parlamentar, do audiovisual e das campanhas de alfabetização, além do campo reflexivo da pedagogia, os quais participam da produção de diferentes modos de veridição da relação do sujeito com o projeto social da escolarização. Também são enfocados os enunciados presentes em históricos escolares, pelos quais são discutidas as temporalidades divergentes e os deslocamentos produzidos pela população não alfabetizada presente ao espaço complexo da escola e inserida no processo ambíguo da escolarização. A análise problematiza categorias estáveis a respeito dos benefícios da Educação Escolar para populações adultas, o valor da escrita na vida dessas populações, além das formulações subjetivantes encarregadas pela interpelação dos sujeitos a inserirem-se na ordem do discurso escolar.
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A ESCOLARIZAÇÃO OBRIGATÓRIA EM CONTEXTOS FEDERATIVOS: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE BRASIL E ARGENTINABRAHIM, C. B. 28 July 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-07-28 / O objetivo deste trabalho é analisar as políticas públicas que orientam a
escolarização obrigatória nos contextos federativos do Brasil e da Argentina,
com base em seus pressupostos legais. Para tanto, a temática foi abordada
numa perspectiva comparada, utilizando a pesquisa bibliográfica, que inclui
autores como Araujo (2005a, 2010, 2011), Cury (2000, 2002a, 2002b, 2007),
Rivas (2004, 2007, 2009) e Feldfeber (2009, 2011, 2014). Além disso, foi
realizada pesquisa documental, abarcando as legislações dos dois países. Do
Brasil, analisamos a Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB) 9.394/1996; a
Lei 11.114/2005; a Lei 11.274/2006 e a Emenda Constitucional nº. 59/2009. Em
relação à Argentina, foram analisadas a Lei Federal 24.195/1993 e a Lei de
Educação Nacional (LEN) 26.206/2006. A análise possibilitou constatarmos
que, no âmbito da legislação, os dois países avançaram no que se refere à
escolarização obrigatória, que foi ampliada para 13 anos, na Argentina, e para
14 anos, no Brasil. Identificamos também que, embora em sua origem esses
Estados tenham sido formados em cenários sociais, políticos e econômicos
díspares e que esses aspectos contribuíram para evidenciar as discrepâncias
educacionais com as quais ambos chegaram à década de 1990, o que se
observa atualmente é uma certa semelhança em seus quadros educacionais.
Atribuímos isso às políticas educacionais de homogeneização implementadas
na América Latina pelas reformas educacionais idealizadas dentro de uma
visão neoliberal, sob a influência de organismos internacionais. Por fim, ainda
que muitos passos tenham sido dados no caminho em direção à escolarização
obrigatória, muitos outros ainda são necessários.
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FLEXIBILIZAÇÃO ESCOLAR DOS ATLETAS EM FORMAÇÃO ALOJADOS EM CENTROS DE TREINAMENTO NO FUTEBOL: UM ESTUDO NA TOCA DA RAPOSA E NA CIDADE DO GALOBARRETO, P. H. G. 31 May 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-05-31 / Esse estudo teve como objetivo geral compreender como se dá a conciliação entre a formação esportiva e a escolarização dos atletas alojados em centros de treinamento de clubes de futebol que oferecem acesso à educação básica. Buscou-se entender como se desenvolve a relação entre essas agências formadoras, clube e escola. Foi aplicado um questionário a 93 atletas de categorias de base alojados nos centros de treinamento do Esporte Clube Cruzeiro e do Clube Atlético Mineiro, além de quatro entrevistas semi-estruturadas com profissionais diretamente ligados à formação desses atletas, bem como uma exegese jurídica da legislação voltada para crianças e jovens. Os resultados apontaram que os alunos/atletas gozam de privilégios nas escolas oferecidas pelo clube, sejam elas escolas regulares ou integrantes da estrutura do centro de treinamento. A escola flexibiliza suas normas para os atletas diante da agenda dos clubes formadores. Constatamos, ainda, a diminuição do interesse do atleta pela escola na medida em que se aproxima a assinatura do primeiro contrato profissional. Concluiu-se que família, clube, agentes e empresários, escola e o próprio atleta, formam um sistema flexível que traduz-se em uma via facilitadora de se alcançar o objetivo maior, que é o ingresso na carreira profissional no futebol. A educação do adolescente, por esse sistema, se torna um objetivo secundário, mas não descartável.
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Percepções e sentidos da política educacional de surdos em Uberlandia/MGAMORIM, Lucio Cruz Silveira January 2015 (has links)
Este é um estudo de mestrado, desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em
Educação da UFU. O estudo tem por objetivo analisar as políticas inclusivas no que se
refere aos processos de escolarização dos alunos surdos no município de Uberlândia,
percebendo como a rede municipal de educação tem se organizado para ofertar o ensino
regular a estes alunos, no período de 2002 a 2014. Questionamos, ainda, no referido
espaço temporal, como ocorre a formação continuada dos professores da rede municipal
para atuar nos processos de escolarização destes alunos e, em que condições está sendo
ofertada a acessibilidade a este grupo de alunos investigados. Para tanto, esta pesquisa é
um estudo de caráter qualitativo, cuja base teórica prima pelo enfoque sociocultural e
educacional, balizado por autores como Skliar (1998), Quadros (1997), Lacerda (2002) e
Silva (2012) e no que se refere a políticas de inclusão realiza-se análise de declarações e
documentos legais que respaldam a inserção do aluno surdo no ensino regular.
Posteriormente, foram realizadas entrevistas com os alunos surdos, professores e gestores
de duas escolas da Rede Municipal de Uberlândia, em Língua de Sinais, gravadas em
vídeo, a seguir transcritos em Língua Portuguesa. A partir das informações coletadas,
constatou-se que, atualmente, o ensino regular – educação inclusiva – apresenta aspectos
negativos tanto na formação de professores quando na organização curricular e estrutura
da escola para receber os alunos surdos, ressaltando dificuldades na implementação da
política de Educação Bilíngue para os surdos na região de Uberlândia. Apesar dos
avanços legais ocorrido nas últimas décadas, percebemos, por meio desta investigação,
que não basta uma legislação que garanta a matrícula do aluno surdo para o mesmo esteja
incluído, o processo de inserção deste aluno no ensino regular perpassa por barreiras
linguísticas, qualificação dos profissionais envolvidos no processo de escolarização,
material didático, currículos flexíveis e avaliações que contemplem as especificidades
destes alunos. Assim, sem as devidas condições de aprendizagem destes alunos, eles têm
sua permanência e sucesso escolar comprometidos.
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Experiências escolares de jovens-mães da periferia de Ijuí-RSRohr, Denise Raquel 04 November 2013 (has links)
Falar da gravidez na adolescência implica olhar este acontecimento de um modo particular: talvez não se trate nem de subversão nem de desejo. Talvez se possa pensar como um pedido de socorro e/ou amparo ao parceiro, idealização de um futuro melhor por meio do filho. Esta Dissertação discute a gravidez na juventude a partir das experiências escolares de jovens-mães da periferia, ancorada na seguinte pergunta: Essas jovens-mães abandonam a escola ou a escola as abandona? A investigação delineou-se a partir do estudo de campo com inspiração etnográfica e composição narrativa de histórias de vida. A pesquisa foi desenvolvida em duas escolas públicas da periferia de Ijuí-RS. Nas escolas localizei três jovens-mães ou ainda gestantes, que protagonizam as histórias que aqui serão apresentadas. Elas são jovens da periferia, mães do seu primeiro filho, moram atualmente com seus companheiros, geralmente alocadas à casa dos pais ou da sogra, e têm idades entre 15 e 17 anos. Nenhuma delas tem renda ou trabalha fora, e dependem da renda do companheiro para sobreviver. Para melhor compreender e analisar as trajetórias escolares das jovens-mães, problematizo acerca da escolarização no Brasil e do seu caráter público, estabelecendo reflexões sobre algumas políticas públicas de educação brasileiras, uma vez que o eixo escolarização é centralidade nesta Dissertação. Do movimento de análise visualiza-se que as histórias familiares das jovens refletem processos de escolarização precários, cheios de dificuldades. Se levar em conta a escolaridade das avós, mães e pais das jovens, percebe-se que nenhum deles completou o Ensino Fundamental, sendo a 6a. série o maior grau de escolaridade das mães e pais e, das avós, a 2a série do Ensino Fundamental. Então, nota-se que as jovens tiveram acesso a um grau maior de escolarização quando comparadas com seus familiares. As narrativas das jovens revelam que as três, em algum momento da gestação, deixaram de frequentar a escola em função da gravidez, e uma delas não retornou após o nascimento do filho; uma concluiu o Ensino Fundamental e a terceira voltou para a escola e frequenta cursos profissionalizantes. É possível visualizar-se, também, as novas reconfigurações familiares estabelecidas pelas jovens quando do acontecimento da gravidez, uma vez que passam a morar com o companheiro, assumindo um papel social de mulher e mãe –, conferido pela gravidez -, dentro desse novo núcleo familiar. Com isso, parece que as jovens dão continuidade à reprodução da pobreza econômica e social em que suas famílias já estavam inseridas. Destaca-se, ainda, que as jovens fazem o uso dos seus corpos como se estes fossem seu capital, ou seja, a capacidade de seduzir, gestar e parir, é uma forma de ganharem visibilidade na família e no seu grupo social. Esta visibilidade social de ser mãe colabora para a inscrição das identidades biológica colada à identidade materna. Quanto à escola, parece que ela é vista como um “não lugar” de barrigas, pois a gravidez de uma jovem aluna aponta para certo estranhamento, mesmo que in-visível, entre a gestante e a escola. A pesquisa evidenciou que nenhuma das escolas possui um projeto para o ano letivo que trabalhe com as questões da sexualidade, da gravidez, mas o que acontecem são ações isoladas dentro de uma ou outra disciplina. Além disso, pode-se perceber que quando as jovens deixam de frequentar a escola, esta tenta, de várias formas, trazê-las novamente para as aulas. Apesar de deixarem de frequentar a escola quando se descobrem grávidas, as jovens alimentam o sonho de, um dia retomar os estudos, para conseguir um bom emprego e poder dar uma vida melhor aos filhos, como elas mesmas afirmam. / 116 f.
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