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A invenção da praia e a produção do espaço: dinâmicas de uso e ocupação do litoral do ES.

RAMOS, D. R. 22 September 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T15:34:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_3648_Daniel Rocha.PDF: 10821812 bytes, checksum: 802e93594c03d5a53ce611ba9e111ad1 (MD5) Previous issue date: 2009-09-22 / Este estudo se propõe a analisar as formas de uso e ocupação impostas pelo homem aos espaços praiais. As sociedades ocidentais desenvolveram seus imaginários em relação ao mar e as praias de maneira distinta embora num determinado período da história a moda dos banhos de mar surgida na Europa tenha, por sua hegemonia, suprimido outros símbolos e códigos e se tornado a norma vigente. De norte a sul, de leste a oeste, onde há praia e temperatura minimamente agradável, o imaginário ocidental nascido a partir do século XVIII difunde-se e alastra-se, devendo muito ao desenvolvimento do capitalismo, as redes midiáticas e ao fenômeno do turismo, tornando as práticas à beira-mar pasteurizadas e previsíveis, mesmo para populações e viajantes de lados extremos do mundo. Conjunto ao desejo da vilegiatura marítima, nasce a arquitetura do mar e o processo de urbanização das orlas. Tal fenômeno, concomitante ao inchaço populacional mundial e cooptado pela lógica do capital imobiliário e turístico, fez com que grande parte das praias se tornasse palco de uma predatória forma de uso e ocupação, causando ao litoral inúmeros impactos, e tornando a situação no mínimo paradoxal. A paisagem que atrai, para o consumo, só está apta para ele após uma significativa modificação, para não dizer destruição. Sendo assim, a produção dos espaços praiais deve ser motivo de reflexão para que se possa fornecer insumos a novas formas de pensar e viver o litoral. Palavras-chave: espaços praiais, uso e ocupação, produção do espaço.

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