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(Des)apariÃÃes do rosto em Os olhos sem rosto / (Dis)appearances of the face in Eyes without a faceIsabel Paz Sales Ximenes Carmo 29 March 2017 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Os olhos sem rosto (Georges Franju, 1960) narra a histÃria de Christiane, cujo rosto foi gravemente desfigurado em um acidente de carro provocado pelo prÃprio pai, o mÃdico e professor GÃnessier. Na tentativa de recuperar o rosto da filha, GÃnessier e Louise â sua assistente e tambÃm antiga paciente â sequestram moÃas fisicamente semelhantes a Christiane para, em operaÃÃes ilegais, transplantar a pele do rosto das vÃtimas na jovem e, assim, reestabelecer sua vida. Nosso estudo, em sua segunda parte, parte do filme e de sua temÃtica para discutir a figuraÃÃo do rosto em algumas formas artÃsticas (principalmente no cinema) e a importÃncia dessas figuraÃÃes em nossa sociedade. Em seguida, convocamos autores da antropologia, filosofia, sociologia e literatura (AGAMBEN, 2015; BAKHTIN, 1987; BAQUÃ, 2007; BRETON, 1992, 1998, 2013; COURTINE; HAROCHE, 1988; TUCHERMAN, 2012) para esboÃarmos uma breve trajetÃria antropolÃgica do rosto em dois momentos histÃricos cruciais: a transiÃÃo entre a Idade MÃdia e a Moderna; e a virada do sÃculo XIX para o sÃculo XX. Na terceira parte, nosso objetivo foi traÃar o desenvolvimento do grande plano e das demais formas de enquadrar e figurar o rosto ao longo da histÃria do cinema. Esse percurso foi embasado por teÃricos, crÃticos e cineastas que abordaram o tema (AUMONT, 1992; BALÃZS, 2010; DELEUZE, 1983; EISENSTEIN, 2002; EPSTEIN, 1974). Por fim, Ã realizada a anÃlise de trÃs personagens do filme-objeto a partir de suas (des)apariÃÃes, no intuito de construir uma rede de interpretaÃÃes em torno da materializaÃÃo desses rostos, de suas ligaÃÃes no nÃvel da montagem e de suas relaÃÃes com categorias como a mÃscara, o olhar, o toque e a desfiguraÃÃo. / Eyes without a face (George Franju, 1960) tells the tale of Christiane, whose face was gravely disfigured by a car accident caused by her father, the professor and medical doctor GÃnessier. In an attempt to recover his daughterâs visage, GÃnessier and Louise, his assistant and former patient, start kidnapping young women who resemble Christiane in order to transplant their skin onto the girlâs face and reestablish her normal life. Our present study begins with the analysis of the film and its thematic as a way of reflecting on the figurative emergencies of the face in artistic form and its relevance in contemporary society. We then attempted to establish a dialogue with various authors from the fields of anthropology, philosophy, sociology and literature (AGAMBEN, 2015; BAKHTIN, 1987; BAQUÃ, 2007; BRETON, 1992, 1998, 2013; COURTINE; HAROCHE, 1988; TUCHERMAN, 2012) in order to outline a trajectory of the face in figurative forms. Our concern was particularly in two crucial historical axis, which at certain points overlap: the transition from the medieval depictions to the modern aesthetics; and the turn from the XIX to the XX century. In the third chapter, our goal was to trace the development of the close-up shot and other forms of framing the face throughout movie history, with the aid of theorists, film critics and moviemakers who approached the theme (AUMONT, 1992; BALÃZS, 2010; DELEUZE, 1983; EISENSTEIN, 2002; EPSTEIN, 1974). Finally, the final chapter conducts the analysis of the three main characters of Eyes without a face, with focus in their (dis)appearances in the reel. Our purpose was to construct a net of interpretations around the materialization of these countenances, their links with the general assembly of the movie and their relationships with categories such as mask, gaze, touch and disfiguration.
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(Des)aparições do rosto em Os olhos sem rosto / (Dis)appearances of the face in Eyes without a faceCarmo, Isabel Paz Sales Ximenes January 2017 (has links)
CARMO, Isabel Paz Sales Ximenes. (Des)aparições do rosto em Os olhos sem rosto. 2017. 115f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, Fortaleza (CE), 2017. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-05-03T12:07:17Z
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Previous issue date: 2017 / Eyes without a face (George Franju, 1960) tells the tale of Christiane, whose face was gravely disfigured by a car accident caused by her father, the professor and medical doctor Génessier. In an attempt to recover his daughter’s visage, Génessier and Louise, his assistant and former patient, start kidnapping young women who resemble Christiane in order to transplant their skin onto the girl’s face and reestablish her normal life. Our present study begins with the analysis of the film and its thematic as a way of reflecting on the figurative emergencies of the face in artistic form and its relevance in contemporary society. We then attempted to establish a dialogue with various authors from the fields of anthropology, philosophy, sociology and literature (AGAMBEN, 2015; BAKHTIN, 1987; BAQUÉ, 2007; BRETON, 1992, 1998, 2013; COURTINE; HAROCHE, 1988; TUCHERMAN, 2012) in order to outline a trajectory of the face in figurative forms. Our concern was particularly in two crucial historical axis, which at certain points overlap: the transition from the medieval depictions to the modern aesthetics; and the turn from the XIX to the XX century. In the third chapter, our goal was to trace the development of the close-up shot and other forms of framing the face throughout movie history, with the aid of theorists, film critics and moviemakers who approached the theme (AUMONT, 1992; BALÁZS, 2010; DELEUZE, 1983; EISENSTEIN, 2002; EPSTEIN, 1974). Finally, the final chapter conducts the analysis of the three main characters of Eyes without a face, with focus in their (dis)appearances in the reel. Our purpose was to construct a net of interpretations around the materialization of these countenances, their links with the general assembly of the movie and their relationships with categories such as mask, gaze, touch and disfiguration. / Os olhos sem rosto (Georges Franju, 1960) narra a história de Christiane, cujo rosto foi gravemente desfigurado em um acidente de carro provocado pelo próprio pai, o médico e professor Génessier. Na tentativa de recuperar o rosto da filha, Génessier e Louise – sua assistente e também antiga paciente – sequestram moças fisicamente semelhantes a Christiane para, em operações ilegais, transplantar a pele do rosto das vítimas na jovem e, assim, reestabelecer sua vida. Nosso estudo, em sua segunda parte, parte do filme e de sua temática para discutir a figuração do rosto em algumas formas artísticas (principalmente no cinema) e a importância dessas figurações em nossa sociedade. Em seguida, convocamos autores da antropologia, filosofia, sociologia e literatura (AGAMBEN, 2015; BAKHTIN, 1987; BAQUÉ, 2007; BRETON, 1992, 1998, 2013; COURTINE; HAROCHE, 1988; TUCHERMAN, 2012) para esboçarmos uma breve trajetória antropológica do rosto em dois momentos históricos cruciais: a transição entre a Idade Média e a Moderna; e a virada do século XIX para o século XX. Na terceira parte, nosso objetivo foi traçar o desenvolvimento do grande plano e das demais formas de enquadrar e figurar o rosto ao longo da história do cinema. Esse percurso foi embasado por teóricos, críticos e cineastas que abordaram o tema (AUMONT, 1992; BALÁZS, 2010; DELEUZE, 1983; EISENSTEIN, 2002; EPSTEIN, 1974). Por fim, é realizada a análise de três personagens do filme-objeto a partir de suas (des)aparições, no intuito de construir uma rede de interpretações em torno da materialização desses rostos, de suas ligações no nível da montagem e de suas relações com categorias como a máscara, o olhar, o toque e a desfiguração.
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