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Feiticeiros Negros no Grão-Pará (1755-1772)Maia, Glauciene da Costa, 92-98171-3434 21 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-21 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In the mid of the 18th century, the magical practices of blacks and creoles people
slaves in Grão Pará were present in daily life. These practitioners, whom were called
mandingueiros in Portugal and Africa and in Brazil colony were associated with
sorcerers, reframed their practices, giving them new meanings.
Under the Regiment of 1.640, inquisitorial officials were send to the Grão-Pará State,
among them Giraldo José de Abranches, as the one chosen to impose ̶ even that late
and with less force if compared to other parts of the State of Brazil ̶ a moral control,
determining the religious conduct to be followed by the new Christians and over
those who had any type of suspicious behavior of heresy. Slaves taken as witches
gave heed to every kind of requests, even for benefits or for harm, assigning letters
to its beneficiaries or customers. They made the most various kinds of spells, such
as: loving; to cure diseases and to make ill; to undo spells; tidying up husbands and
lovers; to guess loss and theft, superstitions, not desired pregnancy, among others. / Em meados do século XVIII, as práticas mágicas de negros e crioulos escravos no
Grão-Pará se faziam presentes no cotidiano. Esses praticantes, que em Portugal e
na África eram chamados de mandingueiros e no Brasil colônia eram associados
aos feiticeiros, resignificaram suas práticas, dando a elas novos significados. O
significado de feitiçaria na cultura africana difere-se muito da cultura do homem
letrado cristão, logo, o sistema escravocrata em vigor nesse período fez com que
negros crioulos e mulatos fossem perseguidos, vigiados, denunciados e
processados pelos funcionários do Santo Tribunal da Inquisição portuguesa.
Sob o Regimento de 1640, funcionários inquisitoriais foram enviados ao Estado do
Grão-Pará, dentre os quais Giraldo José de Abranches foi o escolhido para impor ̶
mesmo que tardiamente e com menos vigor se comparado às outras partes do
Estado do Brasil ̶ o controle sobre a moral, determinando a conduta religiosa a ser
seguida pelos novos cristãos e por aqueles que apresentassem algum tipo de
comportamento suspeito de heresia. Escravos tidos como feiticeiros atendiam a todo
tipo de pedidos, fossem para benefícios ou para malefícios, atribuindo ofícios aos
seus beneficiários ou clientes. Faziam os mais variados feitiços, tais como:
amorosos; para curar doenças e para fazer adoecer; para desfazer feitiços; arrumar
maridos e amantes; para adivinhar perdas e roubos, supertições, gravidez não
desejada, entre outros.
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