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Cardeal D. Henrique : um pensamento em acção (1539-1578)Moreira, Nuno Miguel Magarinho Bessa January 2004 (has links)
Esta investigação incide sobre o pensamento de D. Henrique, intitulando-se, "Cardeal D. Henrique: Um Pensamento em Acção (1539-1578)". O estudo centra-se no período da actividade inquisitorial daquele, tentando perceber se foi um humanista. Pensa-se que D. Henrique se evidenciou enquanto reformador católico, conforme atestam as sua "Meditações" e "Homilias(...)" e textos que mandou fazer como: "A Oração Contínua(...)" e "As Lembranças(...)"
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O que as palavras soam : vivências religiosas nas Capitanias de Pernambuco, Itamaracá e Paraíba em fins do século XVI.Detoni Santos da Costa, Leticia January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Em fins do século XVI as terras brasílicas receberam a primeira visitação do Santo Ofício (1591-1595). Uma comitiva liderada pelo inquisidor Heitor Furtado de Mendoça percorreu as capitanias da Bahia, Pernambuco, Itamaracá e Paraíba averiguando e apurando crenças e comportamentos condenados pela Igreja Católica. Nesta ocasião, as pessoas moradoras ou estantes nas capitanias supracitadas foram conclamadas a realizarem um minucioso exame de consciência com a finalidade de se lembrarem e relatarem delitos próprios e/ou alheios cometidos contra a ortodoxia católica. Deste modo, foram confessados e denunciados casos de bigamia, sodomia e fornicação, práticas judaizantes e gentílicas , blasfêmias e idéias subversivas em relação à confissão, culto dos santos, purgatório, castidade, entre outros crimes sde fé e de costumes. Os testemunhos destas pessoas foram registrados pelo notário Manoel Francisco e transformaram-se séculos mais tarde em fontes para as mais variadas investigações históricas. Na presente pesquisa, abordamos algumas destas opiniões e atitudes registradas como criminosas pela narrativa inquisitorial referente às capitanias de Pernambuco, Itamaracá e Paraíba por aparentemente se aproximarem do ideário protestante, considerado herético pela Igreja Católica, e definitivamente condenado por esta instituição no Concílio de Trento (1545-1563). A partir destes testemunhos, procuramos refletir sobre os possíveis significados destas crenças e comportamentos e sobre as múltiplas vivências religiosas na América portuguesa, que supostamente tinham as suas implicações políticas e econômicas, dado o lugar concedido à fé católica no projeto colonizador. Deste modo, inferimos que tais crenças e atitudes percebidas pela Inquisição como heréticas se relacionavam com a negação por parte de uma parcela dos leigos de uma inferioridade no âmbito religioso que lhes era imposta pela Igreja Católica. Por sua vez, tais idéias e atitudes possivelmente eram frutos tanto de reais contatos com o protestantismo, quanto da própria vivência do catolicismo na América portuguesa que, sob o regime do Padroado, ganhava contornos específicos
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Palavras torpes : Blasfêmia na primeira visitação do santo ofício às partes do Brasil (Pernambuco, 1593-1595).Goiana Novaes Menezes, Raul 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Faculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / Esta pesquisa discorre sobre o delito de blasfêmia no âmbito da Primeira Visitação do Santo Ofício às partes do Brasil, especificamente Pernambuco, entre os anos de 1593 a 1595. Investigando as legislações régias, canônicas e inquisitoriais, além dos manuais de confissão, buscamos elaborar uma genealogia das definições jurídicas e teológicas daquilo que se compreendia por blasfêmia a época em questão, visualizando assim, as concepções utilizadas pelos inquisidores para enquadrar os desviantes, no que diz respeito à pronúncia de palavras desrespeitosas para com pessoas e assuntos divinos. A partir da delimitação do conceito de blasfêmia, embasada nos dispositivos legislativos em vigor no Portugal quinhentista, nos voltamos para a análise do Livro de Denunciações e Confissões para apresentarmos casos do referido delito, registrados por ocasião da passagem da Visitação pela capitania Duartina. São casos que nos fornecem detalhes do cotidiano na colônia e nos remetem a questões relacionadas às interpretações, erros ou desrespeitos ao catolicismo em fins do século XVI
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Um estudo sobre a Inquisição de Lisboa : o Santo Ofício na Vila de Setúbal - 1536-1650Patriarca, Raquel January 2002 (has links)
A presente dissertação estuda a acção do tribunal Inquisitorial de Lisboa na Vila de Setúbal entre os anos de 1536 e 1650. Estabelece, em primeiro lugar, os contextos mental, temporal e geográfico que enquadram os factos estudados, bem como a conjuntura religiosa, política e social que constitui o seu pano de fundo. Com base nos processos inquisitoriais abertos aos moradores de Setúbal durante este período, e na Visitação do Santo Ofício à Vila em 1618, procura-se descrever em que moldes se efectiva a presença do Tribunal da Inquisição de Lisboa na Vila Setubalense. A máquina inquisitorial, os indíviduos processados em si, são alvo de profunda análise, bem como as estratégias utilizadas pelo tribunal do Santo Ofício de Lisboa nesta fracção do seu distrito inquisitorial.
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Modos de pensar, maneiras de viver: cristãos-novos em Pernambuco no século XVI.Guimarães da Fonseca e Silva, Janaina January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este trabalho visa analisar a presença dos cristãos-novos no Brasil durante o século XVI, a partir das relações entre os reconhecidos como cristãos-novos e os demais habitantes de Pernambuco nesse período. Para tanto, estudamos as condições em que se construiu o elemento cristão-novo, ainda na Península Ibérica e logo a chegada desses elementos em Pernambuco. Através das Denúncias e Confissões à Mesa do Visitador (1591-1595) reconstituímos as relações de casamento, compadrio e amizade que uniam cristãos-novos e velhos. Bem como a relação dos primeiros com índios e negros no processo de colonização. Analisamos também as redes formadas pelos cristãos-novos localizados em Pernambuco juntamente com outros cristãos-novos e judeus portugueses envolvidos no comércio em outros centros ligados à produção açucareira. Dedicamos-nos por fim à participação dos mesmos nos espaços de sociabilidade e o exercício de diversas atividades produtivas
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Mulheres bígamas e inquisição no recôncavo da Bahia colonial: casar e casar novamente (1695-1709)Souza, Thiago Melo de January 2017 (has links)
Submitted by Thiago Melo de Souza (asvezesnunca@hotmail.com) on 2018-08-05T18:31:54Z
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Dissertação REP..pdf: 1058715 bytes, checksum: d376a2b646d8eccd60d30ed8574a6a87 (MD5) / Fapesb / Esta dissertação analisa a prática da bigamia feminina no Recôncavo da Bahia, a partir
de dois caso de mulheres que foram processadas pelo Tribunal da Inquisição, sendo os
casos de Joana Rodrigues e Catarina Pereira. A primeira natural da Freguesia de Santo
Amaro de Itaparica e a segunda da Freguesia de São Bartolomeu de Itaparica. Com isso,
buscamos perceber como o matrimônio foi normatizado entre os sacramento depois do
concilio de Trento e como essas normas se fizeram presentes na América Portuguesa.
Dessa forma, observamos como os códigos legislativos e regimentais (re)produzem
hierarquias e assimetrias de gênero. Junto a isso, analisamos como o delito foi
enquadrado pelo Tribunal de Santo Ofício e como o mesmo combateu essa prática em
meio as disputas jurisdicionais, uma vez que essa transgressão tinha foro misto e era
partilhado pelas justiças civis, eclesiásticas e inquisitoriais. / This dissertation analyzes the practice of female bigamy in the Recôncavo
da Bahia, based on two cases of women who were prosecuted by the
Inquisition Court, with the cases of Joana Rodrigues and Catarina Pereira.
The first natural of the Parish of Santo Amaro de Itaparica and the second
of the Parish of St. Bartholomew of Itaparica. With this, we seek to
understand how marriage was normalized between the sacrament after the
Council of Trent and how these norms became present in Portuguese
America. In this way, we observe how legislative and regimental codes (re)
produce hierarchies and gender asymmetries. Along with this, we analyze
how the crime was framed by the Court of Holy Office and how it fought
this practice amid the jurisdictional disputes, since this transgression had a
mixed forum and was shared by civil, ecclesiastical and inquisitorial
justice.
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Dos manuais e regimentos do Santo Ofício Português : a longa duração de uma justiça que criminalizava o pecado (séc. XIV-XVIII)Fernandes, Alécio Nunes 14 April 2011 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, 2011. / Submitted by alcianira lima persch (alcyrpl@yahoo.com.br) on 2011-06-28T17:28:17Z
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2011_AlécioNunesFernandes.pdf: 2564047 bytes, checksum: 97b9b2a9bf641f22916bd222874a0c57 (MD5) / Approved for entry into archive by Elna Araújo(elna@bce.unb.br) on 2011-06-29T21:02:01Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2011_AlécioNunesFernandes.pdf: 2564047 bytes, checksum: 97b9b2a9bf641f22916bd222874a0c57 (MD5) / Tribunal religioso que devia sua criação mais ao rei português que à Igreja romana, foi como justiça criminal do foro externo do pecado que o Tribunal do Santo Ofício da
Inquisição portuguesa se afirmoupoliticamente perante os demais poderes constituídos em Portugal, alcançando autonomia relativa frente à Igreja e à Monarquia. Sem desconsiderar a natureza régia e religiosa da instituição, é como tribunal de justiça que o Santo Ofício português se mostra neste estudo: um tribunal que se dizia santo, mas que
pragmaticamente processava e julgava seus réus com base em indícios e provas judiciais
de condutas à época entendidas como crimes; tribunal de uma justiça de outros tempos,
em que o pecado era criminalizado por leis civis e religiosas. Importantes documentos
jurídicos negligenciados por parte considerável da historiografia, os manuais e
regimentos da Inquisição portuguesa eram a base do conjunto de normas que orientava
as práticas de justiça do Tribunal. Compreender a cultura jurídica luso-cristã presente nestes documentos foi o objetivo que conduziu a pesquisa histórica apresentada nesta dissertação. / Religious tribunal that owed its creation more to the portuguese king than to the roman
church, it was as criminal justice of the external forum of sin that the Tribunal of the Santo Ofício of the Inquisition established itself before the other powers in Portugal, achieving relative autonomy from the church and from the monarchy. Not disregarding the royal and religious nature of the institution, it is mainly as a justice tribunal that the portuguese Santo Ofício of the Inquisition appears in this study: a so-called holy tribunal, but that pragmatically processed and judged based in evidences and judicial proofs of practices deemed as crimes at that time. Justice tribunal of other times, when
sin was criminalized by civil and religious laws. Important juridical documents
neglected by a considerable part of the historiography, the handbooks and regiments of the portuguese Inquisition were the basis of legislation to guide the Tribunal practices of justice. The main goal of this work was to understand in a historical perspective the lusitanian-christian juridical culture offered by those documents.
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Seja declarado por convicto e confesso no crime de sodomia : uma microanálise do processo inquisitorial do artesão Manoel Fernandes dos Santos (1740-1753)SILVA, Ronaldo Manoel da 14 June 2018 (has links)
Submitted by Mario BC (mario@bc.ufrpe.br) on 2018-09-18T14:52:42Z
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Previous issue date: 2018-06-14 / The nefarious sin of sodomy was criminalized in Portugal from the Afonsine Ordinations in 1446. Considered a mixed-crime offense in 1613, it was recorded in the Regiments of the Portuguese Inquisition. In Portuguese America, the First Constitutions of the Archbishopric of Bahia (1707) determined that the Sodomites should be sent to the Kingdom for prosecution by the Court of the Holy Office. In this perspective, the objective of this study is to analyze the inquisitorial process of the craftsman Manoel Fernandes dos Santos, implicated in a crime of perfect sodomy in Recife (1740) and sentenced by the Inquisition of Lisbon in 1748. From a dual micro-historical approach, possible to investigate part of the defendant's life trajectory and the sociopolitical conjuncture in which he was inserted. Among the results, we highlight: the cooperation of the ecclesiastical Justice of Pernambuco in the supply of defendants to the Inquisition, in addition to the work of inquisitorial relatives and commissioners, but by initiative and determination of the ordinary; the circulation of ideas in eighteenth-century Recife that led the artisan to practice the crime of sodomy to transit civil justice to the inquisitorial; the tripartite course for the preparation of the sentence; the mapping of the liturgy of the auto de fé celebrated on October 20, 1748 and, finally, the insubordinate stance of the condemned person who sought in the punitive system "loopholes" that allowed him a new perspective of the future, different from the one imposed on him, get away from the galleys. As a conclusion, we emphasize the elaboration of a biographical fragment that brought to the fore the juridical networks of the Luso-Brazilian world of the Old Regime. / O pecado nefando de sodomia foi criminalizado em Portugal a partir das Ordenações Afonsinas em 1446. Considerado delito de foro misto, em 1613, passou a constar nos Regimentos da Inquisição lusa. Na América portuguesa, as Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia (1707) determinavam que os sodomitas fossem enviados ao Reino, para serem processados pelo Tribunal do Santo Ofício. Nessa perspectiva, o objetivo deste estudo é analisar o processo inquisitorial do artesão Manoel Fernandes dos Santos, implicado em crime de sodomia perfeita no Recife (1740) e sentenciado pela Inquisição de Lisboa em 1748. A partir de uma abordagem micro-histórica dual, foi possível investigar parte da trajetória de vida do réu e a conjuntura sociopolítica na qual ele estava inserido. Dentre os resultados, destacamos: a cooperação da Justiça eclesiástica de Pernambuco no fornecimento de réus à Inquisição, para além da atuação de familiares e comissários inquisitoriais, mas por iniciativa e determinação do ordinário; a circulação de ideias no Recife setecentista que levou o artesão a praticar o crime de sodomia para transitar da Justiça civil à inquisitorial; o percurso tripartite para a elaboração da sentença; o mapeamento da liturgia do auto de fé celebrado a 20 de outubro de 1748 e, por fim, a postura insubordinada do condenado que procurou no sistema punitivo “brechas” que lhe permitisse uma nova perspectiva de futuro, diferente da que lhe foi imposta, ao conseguir fugir das galés. À guisa de conclusão, enfatizamos a elaboração de um fragmento biográfico que trouxe à tona as redes jurídicas do mundo luso-brasileiro de Antigo Regime.
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Feiticeiros Negros no Grão-Pará (1755-1772)Maia, Glauciene da Costa, 92-98171-3434 21 February 2014 (has links)
Submitted by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2018-10-15T17:35:09Z
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Previous issue date: 2014-02-21 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In the mid of the 18th century, the magical practices of blacks and creoles people
slaves in Grão Pará were present in daily life. These practitioners, whom were called
mandingueiros in Portugal and Africa and in Brazil colony were associated with
sorcerers, reframed their practices, giving them new meanings.
Under the Regiment of 1.640, inquisitorial officials were send to the Grão-Pará State,
among them Giraldo José de Abranches, as the one chosen to impose ̶ even that late
and with less force if compared to other parts of the State of Brazil ̶ a moral control,
determining the religious conduct to be followed by the new Christians and over
those who had any type of suspicious behavior of heresy. Slaves taken as witches
gave heed to every kind of requests, even for benefits or for harm, assigning letters
to its beneficiaries or customers. They made the most various kinds of spells, such
as: loving; to cure diseases and to make ill; to undo spells; tidying up husbands and
lovers; to guess loss and theft, superstitions, not desired pregnancy, among others. / Em meados do século XVIII, as práticas mágicas de negros e crioulos escravos no
Grão-Pará se faziam presentes no cotidiano. Esses praticantes, que em Portugal e
na África eram chamados de mandingueiros e no Brasil colônia eram associados
aos feiticeiros, resignificaram suas práticas, dando a elas novos significados. O
significado de feitiçaria na cultura africana difere-se muito da cultura do homem
letrado cristão, logo, o sistema escravocrata em vigor nesse período fez com que
negros crioulos e mulatos fossem perseguidos, vigiados, denunciados e
processados pelos funcionários do Santo Tribunal da Inquisição portuguesa.
Sob o Regimento de 1640, funcionários inquisitoriais foram enviados ao Estado do
Grão-Pará, dentre os quais Giraldo José de Abranches foi o escolhido para impor ̶
mesmo que tardiamente e com menos vigor se comparado às outras partes do
Estado do Brasil ̶ o controle sobre a moral, determinando a conduta religiosa a ser
seguida pelos novos cristãos e por aqueles que apresentassem algum tipo de
comportamento suspeito de heresia. Escravos tidos como feiticeiros atendiam a todo
tipo de pedidos, fossem para benefícios ou para malefícios, atribuindo ofícios aos
seus beneficiários ou clientes. Faziam os mais variados feitiços, tais como:
amorosos; para curar doenças e para fazer adoecer; para desfazer feitiços; arrumar
maridos e amantes; para adivinhar perdas e roubos, supertições, gravidez não
desejada, entre outros.
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Da inquisição à ficção : as narrativas do inquérito e os processos da escrita em António Vieira e Lobo Antunes /Fernandes, Alexandre Claudius. January 2008 (has links)
Orientador: Maria de Lourdes Ortiz Gandini Baldan / Banca: Márcia Valéria Zamboni Gobbi / Banca: Fernando Segolin / Resumo: O elo estabelecido entre ficção e inquisição, nas narrativas de António Vieira e no romance de António Lobo Antunes, demonstra uma semelhança em seu processo, ainda que estes autores estejam separados no tempo por quase quatro séculos. Na História do Futuro, o jesuíta forma e transforma a narrativa condicionada ao Tribunal do Santo Ofício. Enquanto se defende das acusações, também redige sua narrativa, produzindo uma realidade paralela na qual acreditava, uma ficção profética, uma especulação (im)possível. Obviamente outros textos circundam a narrativa vieirina, como a Clavis Prophetarum e a Carta Esperanças de Portugal, este último pivô do processo e desencadeador, na retomada da escrita, da História do Futuro. Na outra margem do rio está o romancista contemporâneo António Lobo Antunes, em O Manual dos Inquisidores, que retoma a inquisição, não somente no título, mas, também, em sua forma narrativa. O romance é disposto por confissões e depoimentos e, desta forma, a ficção encontra a inquisição na pena do autor. Vieira e Lobo Antunes miram em vetores distintos, mas se aproximam do alvo partindo da inquisição à ficção. / Abstract: The association established between fiction and inquisition in António Vieira's narrative and António Lobo Antunes' novel, demonstrates a resemblance in their procedure, yet those authors are apart from each other for over four centuries. In História do Futuro, the priest forms and transforms the narrative under the Inquisition Tribunal. While he defends himself of accusations towards him, he also composed his narrative, producing a parallel reality which he truly believed, a prophetic fiction, and an unfeasible assumption. Clearly many other texts surrounded Vieira's production, such as Clavis Prophetarum and the letter Esperanças de Portugal, the last one had become the trial motive and trigger of História do Futuro start over. Quite the reverse it sets the contemporary novelist António Lobo Antunes, in The Inquisitors' Manual, which points toward the Inquisition, not only in its title, but besides, in its narrative arrangement. The novel is structured by confessions and statements. Thus Vieira and Lobo Antunes aimed at distinct object; nonetheless they come close to the target by setting off from the inquisition and the fiction. / Mestre
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