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Desenvolvimento local: adaptação ou contestação? as realidades de garapuá e barra dos carvalhos-baIcó, Iara January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / A partir da realidade empírica das localidades de Garapuá e Barra dos Carvalhos (Baixo
Sul baiano), esta dissertação discute as raízes, premissas e limitações dos novos modelos
de desenvolvimento local adotados no Brasil a partir dos anos 1990. Para tanto, retraça as
heranças históricas do modelo de desenvolvimento vigentes no Brasil no pós-Segunda
Guerra Mundial. Com a abertura democrática brasileira e a clara inserção do país nos
processos de globalização, o desenvolvimento adquire novos conteúdos buscando superar
o excessivo economicismo e dando ênfase às escalas locais de intervenção econômica e
política. O local passa, neste momento da história nacional, a ser definido como um espaço
capaz de reduzir os déficits democráticos e sociais do país e de constituir-se como a escala
de intervenção possível (e desejada, segundo alguns) para uma estratégia viável de
desenvolvimento no Brasil. O desenvolvimento local pode, porém, ser analisado,
paradoxalmente, sob duas facetas: o desenvolvimento local enquanto adaptação ao modo
de produção do capital ou enquanto contestação contra-hegemônica através de um outro
modo de desenvolvimento. Nesta dissertação, opta-se pela segunda construção teóricometodológica
do desenvolvimento local e se adota uma perspectiva crítica de
transformação social, reconhecendo, assim, os limites e os entraves postos ao
desenvolvimento local na resolução de desigualdades sociais e econômicas estruturais. Nas
duas comunidades pesqueiras analisadas, percebe-se a necessidade de definir uma
estratégia de desenvolvimento local que se consubstancie em um projeto político de
transformação social desde que também relacionado a um modo de desenvolvimento
nacional e endógeno. De fato, por mais que se reconheça a existência de um modo de vida
peculiar dos pescadores e marisqueiras, que define um processo de resistência frente às
ameaças do modo de produção capitalista, percebe-se que a concepção do
desenvolvimento como transformação social pressupõe a construção de trajetórias de
negação e contestação aos processos hegemônicos no campo da teoria e da prática do
desenvolvimento local. / Salvador
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