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Toxicity of neem (Azadirachta indica A. Juss.: Meliaceae) for Apis mellifera and its beekeeping importance in caatinga and coastal vegatations of CearÃ. / Toxidade do nim (Azadirachta indica A. Juss.: Meliaceae) para Apis melifera e sua importÃncia apÃcola na caatinga e mata litorÃnea cearense

Josà Everton Alves 12 March 2010 (has links)
nÃo hà / Neem (Azadirachta indica A. Juss.: Meliaceae) is a plant species originating in India introduced to Brazil mainly due to its insecticidal properties. However, the effect of such insecticidal properties on floral visitors, wild or reared, is not known. This study aimed to evaluate the toxicity of this plant species to Apis mellifera and its importance as a source of pollen and nectar for beekeeping. Experiments on the neem floral biology, floral visitors, A. mellifera colony development in areas with and without neem in the caatnga a coastal vegetations and larval and adult survivalship when fed with pollen or nectar of neem in controlled environment were carried out in the bee labs of the Universidade Federal do Cearà - UFC, Universidade Estadual Vale do Acaraà - UVA and private properties in the state of CearÃ, Brazil. Results showed that all neem individuals studied bore bissexual flowers, with anthesis occurring around 16:00h and most flower buds presenting receptive stigmas and releasing pollen, though still unviable, 24h before anthesis. The highest pollen viability was observed at anthesis. Flowers of A. indica produced nectar in diminute amounts that did not allow sampling with capilars. Apis mellifera workers were the only floral visitors registered showing higher frequency early in the morning, when searching for pollen and nectar, and pollinating neem flowers. The wind played no role in neem pollination. Results also showed that honeybee colonies placed in the area with neem produced significantly (p<0.05) larger brood area than those palcedwhere neem was absent, both in caatinga and coastal vegetations. This difference was significanlty (p<0.05) greater in caatinga, where there were less natural resources during the dry season than in the coastal vegetation. Regarding brood mortality, that in caatinga with neem was higher (p<0.05) than thaof coastal vegetation with neem, and when compared within the same biome, brood mortality in colonies placed in areas with neem was significantly (p<0.05) higher than that in colonies of areas without neem. Despite brood mortality be higher in areas with neem, such mortality percentual was less than 10%, and within normal mortality parameters for honeybee brood. Under controlled environment, adult A. mellifera fed exclusively on neem were the ones with the shortest lifespan, but as neem was progressively replaced in the diet for other food sources, the worker lifespan increased. Flower odor per si did not produce repelence nor affect bee lifespan. Honeybee brood reared in artificial cups in the lab receiving larval food + neem pollen presented 100% mortality, significantly (p<0.05) higher than the other treatments (larval food, larval food + 100% pollen from other sources, larval food + 50% pollen from other sources + 50% neem pollen). It was concluded that the use of neem in association with other sources of pollen and nectar seems to estimulate colony growth due to the augment in food availability compensating, in populational terms, the increase in brood mortality. This effect seems to be inversally proportional to the scarcity of other floral resources, being as higher as shorter becomes the availability of other sources of pollen and nectar. However, both neem pollen and neem nectar are toxic for adults and larvas of A. mellifera, and it is not advisable its use as exclusive food source to these bees. Regarding other floral vistors of caatinga and coastal vegetation fauna, apparently neem does not constitute any threat or food resource, because no native species was observed exploiting this plant species. There is a need for further studies to determine safety levels for use of neem in beekeeping, to learn about other possible effects on A. mellifera individuals and colony and to investigate better the relationship of this plant species with native floral visitors. / O nim (Azadirachta indica A. Juss.: Meliaceae) à uma planta de origem indiana introduzida no territÃrio brasileiro principalmente devido Ãs suas propriedades inseticidas. No entanto, nÃo se sabe ainda como essas propriedades afetam os visitantes florais e seus possÃveis efeitos sobre polinizadores silvestres e para a apicultura. O presente estudo objetivou, portanto, avaliar a toxicidade dessa espÃcie vegetal para Apis mellifera e sua importÃncia como planta apÃcola. Para tanto, experimentos sobre a biologia floral da espÃcie, visitantes florais, desenvolvimento de colÃnias de A. mellifera em Ãreas com e sem nim nos bioma caatinga e mata litorÃnea e sobrevivÃncia de larvas e adultos alimentados com pÃlen e/ou nÃctar de nim em ambiente controlado foram conduzidos no LaboratÃrio de Abelhas da Universidade Federal do Cearà - UFC, no LaboratÃrio de Apicultura da Universidade Estadual Vale do Acaraà - UVA e em propriedades particulares no Estado do CearÃ. Os resultados mostraram que todos os indivÃduos estudados de nim apresentaram flores bissexuadas, com antese por volta das 16 horas e que a maioria dos botÃes florais encontra-se com seus estigmas receptivos e suas anteras liberando pÃlen, ainda inviÃvel, 24 horas antes da antese. A maior viabilidade do pÃlen ocorre no momento da antese. Foi encontrado nÃctar nas flores de A. indica, porÃm em quantidades diminutas que nÃo permitiu a captura pelos tubos capilares. As abelhas Apis mellifera foram os Ãnicos visitantes florais, apresentando maior freqÃÃncia logo nas primeiras horas do amanhecer, onde procuraram coletar nÃctar e pÃlen, sendo as responsÃvÃis pela polinizaÃÃo do nim. O vento nÃo apresentou influÃncia na polinizaÃÃo. Os resultados mostraram que as colÃnias distribuÃdas na Ãrea com nim apresentaram uma populaÃÃo de crias significativamente maior (p<0,05) do que as dispostas na Ãrea sem nim, tanto na caatinga como na mata litorÃnea. Essa diferenÃa foi siginificativamente maior (p<0,05) na caatinga, onde havia menos recursos naturais no perÃodo seco do ano, do que na mata litorÃnea. Quanto à mortalidade de larvas das colÃnias, a da caatinga com nim foi mais elevada (p<0,05) do que a da mata litorÃnea com nim, e quando comparadas dentro do mesmo bioma, a mortalidade das larvas das colÃnias nas Ãreas com nim foi significativamente superior (p<0,05) Ãs das colÃnias colocadas nas Ãreas sem nim. Apesar da mortalidade das crias ter sido mais elevada em Ãreas com nim, este percentual de mortalidade geralmente foi inferior a 10%, valor limite considerado aceitÃvel. Em ambinete controlado, adultos de A. mellifera que se alimentaram exclusivamente dos recursos florais de A. indica foram os que apresentaram menor tempo mÃdio de vida. Verificou-se que na medida em que os recursos florais de A. indica eram substituÃdos por outras fontes alimentares na dieta, o tempo mÃdio de vida aumentava. O simples odor das flores nÃo apresentou efeito de repelÃncia e nÃo afetou a longevidade das operÃrias. As larvas de operÃrias de A. mellifera criadas em cÃpulas artificiais, sob condiÃÃes de laboratÃrio, que receberam alimento larval juntamente com pÃlen exclusivo de A. indica tiveram mortalidade de 100%, sendo significativamente superior (p<0,05) à mortalidade das demais dietas (alimento larval, alimento larval + 100 % pÃlen diverso, alimento larval + 50% pÃlen diverso + 50% pÃlen de nim). Conclui-se entÃo que o uso do nim associado à outras fontes de pÃlen e nÃctar parece estimular o desenvolvimento das colÃnias pelo acrÃscimo da oferta de alimento, compensando, em termos populacionais, o aumento da mortalidade larval. Esse efeito parece ser inversamente proporcional à escassez de outros recursos florais, sendo tÃo maior quanto menor for a disponibilidade de outras fontes de pÃlen e nÃctar. No entanto, tanto o nÃctar quanto o pÃlen do nim sÃo tÃxicos para adultos e larvas de A. mellifera, nÃo sendo aconselhÃvel o seu uso como fonte exclusiva de alimento para essas abelhas. No que se refere a outros visitantes florais da fauna da caatinga e mata litorÃnea cearense, aparententemente o nim nÃo constitui ameaÃa ou recurso alimentar, haja vista que nÃo foi verificada visitaÃÃo por parte de qualquer espÃcie nativa. Hà a necessidade de maiores estudos para determinar nÃveis seguros de utilizaÃÃo do nim na apicultura, conhecer outros possÃveis efeitos sobre os indivÃduos e colÃnia de A. mellifera e aprofundar o conhecimento da relaÃÃo dessa planta com os visitantes florais nativos.

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