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Voltaire a l'ouvrage : une etude de ses traces de lecture et de ses notes marginales

Pink, Gillian January 2014 (has links)
The aim of the present study is to paint an overall picture of how Voltaire interacted with the books that made up his personal library. Situated at the crossroads between history of the book, literary history and literary studies in the standard meaning of the term, it seeks to deepen our understanding of the ways in which Voltaire used his books and of the different types of notes that he left in them. These notes are of course texts in themselves – short ones, to be sure, but texts all the same – and their material, literary and polemical significance have never before been studied in depth. We begin by classifying the marginalia according to the function they seem to have played for Voltaire and, based on their material characteristics, by developing methodologies to analyse these short manuscripts, along with the non-verbal markings that accompany them. An analysis follows of the ways in which Voltaire used the white spaces in his books, then of the links that can be established between the signs of his reading and the genesis of his published works. Finally, we study the poetics of the marginal notes as well as the dynamics at work in the annotated library as a whole. Throughout, Voltaire’s notes and reading habits are placed in the context of the critical literature that has grown up around the subject of marginalia. Along the way, we compare his marginal notes to those of other literary figures of the period, for the subject of this study is clearly the marginalia of a writer, which are necessarily inextricably linked to his principal activity – writing. Indeed, one might speak of an interpenetration, of a blurring of boundaries between reading and writing. Beyond the marks of Voltaire's reading, the study of marginalia raises questions that are relevant for other non-canonical and paratextual materials. To place them in the spotlight transforms their status, and a note that was 'marginal' comes to be considered a text in its own right.
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Crítica da razão acadêmica: campo das ciências sociais livres e a psicologia social francesa no fim do século XIX / Critic of the academical reason: the field of free social sciences and the french social psychology at the end of the nineteenth century.

Marcia Cristina Consolim 29 October 2007 (has links)
Este trabalho analisa o surgimento da \"psicologia social\" francesa na última década do século XIX, através de seus representantes mais conhecidos, Gabriel Tarde (1843-1904) e Gustave Le Bon (1841-1931), mas também de autores que, pertencentes ao mesmo meio, mantiveram com eles afinidades intelectuais, sociais e teóricas. Parto do princípio de que o estudo de um determinado tema, mesmo que não institucionalizado, como é o caso da \"psicologia social\", deve ser compreendido a partir da estrutura do campo intelectual no período, no caso, em processo de autonomização e profissionalização a partir dos anos 80. Isso significa que, no campo disciplinar, a grande referência é o corte entre o pólo universitário e o pólo \"livre\", o que predispôs a disputas diversas por cadeiras e cursos por parte dos representantes das várias matérias ainda não institucionalizadas. A \"psicologia social\" é uma dessas matérias que têm vigência e legitimidade restritas a um determinado grupo e período da história do campo, ou seja, é uma matéria típica de posições intelectualmente dominadas, não universitárias, e cujo fim era o combate pela ascensão à universidade contra o seu principal concorrente, a sociologia durkheimiana. Dado o caráter fluido das definições disciplinares, defino o campo das \"ciências sociais\" pelo combate entre as disciplinas novas - a economia, a psicologia e a sociologia - e delas com as antigas disciplinas - a história e a filosofia - e identifico duas grandes correntes e práticas nas ciências sociais \"livres\": a que pertence ao poder social e a que pertence ao poder intelectual. Em segundo lugar, mostro como essas posições extra-universitárias correspondem a estratégias no campo editorial, tendo em vista que as editoras, revistas e coleções congregaram os grupos interessados nesse combate. Concluo que a \"psicologia social\", por não ter conseguido se instituir como disciplina universitária nesse período, teve sua sobrevivência condicionada à constituição de um público não universitário, através de coleções, de revistas ou de instituições \"livres\" de ensino. Dada a falta de credenciais acadêmicas, a sobrevivência desses grupos no campo intelectual exigiu um investimento brutal em relações sociais. Como corolário desse processo, as representações tenderam a valorizar seja a função técnica seja a missão cultural das ciências sociais em detrimento de sua autonomização no campo científico. É por essa razão que a \"psicologia social\" hipostasiou o papel das elites e da liberdade individual contra as multidões e as determinações coletivas, elaborando uma representação invertida da posição que esses autores ocuparam no campo intelectual. / This thesis analyses the emergency of the French \"social psychology\" in the last decade of the XIXth century, particularly through the work of its most renewed authors, Gabriel Tarde (1843-1904) and Gustave Le Bon (1841-1931), but also through the work of authors who, belonging to the same network, had with them intellectual, social and theoretical identities. I suppose that the study of a theme, even if it is not institucionalized, as it is the case in \"social psychology\", has to be based on the structure of the French intellectual field, which means, from the process of autonomization and profissionalization starting in the 80ies. This implies that, in the disciplinary field, there is a main polarization between the university positions and the \"free\" positions, the last ones fighting for chairs and carreers at the university. The \"social psychology\" is one of those subjects that had legitimity limited to a determined group and period of the history of the field, that means, is a typical subject of intellectual dominated positions, non universitarian, and whose purpose was to win positions against durkheimian sociology. Considering the undefined character of these disciplines, I call \"social sciences\" the battles between the new disciplines - economy, psychology and sociology - and between them and the old and institucionalized ones - history and philosophy - and I identify two main groups and practices in the \"free\" social sciences: the one who belongs to the social power and the one who belongs to the intellectual one. Besides, I show that these extra-universitarian positions correspond to strategies in the editorial field, because the editeurs, reviews and collections have aggregated the same two groups and fights. I concluded that \"social psychology\", for the reason it could not be institucionalized, had to survive in the intellectual field by constructing a public non universitarian through collections, reviews and \"free\" schools. Considering the lack of academic credencials, the surviving of these groups in the intellectual field demanded a brutal investment in social relationships. As a consequence, their representations tended to emphasize the technical function or the cultural mission in social sciences against their autonomization in the scientific field. The result is that \"social psychology\" gave too much value to the role of the elites and of the individual freedom against the crowds and the collective determinations, producing a reversed representation of the position these authors occupied in the intellectual field.
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Crítica da razão acadêmica: campo das ciências sociais livres e a psicologia social francesa no fim do século XIX / Critic of the academical reason: the field of free social sciences and the french social psychology at the end of the nineteenth century.

Consolim, Marcia Cristina 29 October 2007 (has links)
Este trabalho analisa o surgimento da \"psicologia social\" francesa na última década do século XIX, através de seus representantes mais conhecidos, Gabriel Tarde (1843-1904) e Gustave Le Bon (1841-1931), mas também de autores que, pertencentes ao mesmo meio, mantiveram com eles afinidades intelectuais, sociais e teóricas. Parto do princípio de que o estudo de um determinado tema, mesmo que não institucionalizado, como é o caso da \"psicologia social\", deve ser compreendido a partir da estrutura do campo intelectual no período, no caso, em processo de autonomização e profissionalização a partir dos anos 80. Isso significa que, no campo disciplinar, a grande referência é o corte entre o pólo universitário e o pólo \"livre\", o que predispôs a disputas diversas por cadeiras e cursos por parte dos representantes das várias matérias ainda não institucionalizadas. A \"psicologia social\" é uma dessas matérias que têm vigência e legitimidade restritas a um determinado grupo e período da história do campo, ou seja, é uma matéria típica de posições intelectualmente dominadas, não universitárias, e cujo fim era o combate pela ascensão à universidade contra o seu principal concorrente, a sociologia durkheimiana. Dado o caráter fluido das definições disciplinares, defino o campo das \"ciências sociais\" pelo combate entre as disciplinas novas - a economia, a psicologia e a sociologia - e delas com as antigas disciplinas - a história e a filosofia - e identifico duas grandes correntes e práticas nas ciências sociais \"livres\": a que pertence ao poder social e a que pertence ao poder intelectual. Em segundo lugar, mostro como essas posições extra-universitárias correspondem a estratégias no campo editorial, tendo em vista que as editoras, revistas e coleções congregaram os grupos interessados nesse combate. Concluo que a \"psicologia social\", por não ter conseguido se instituir como disciplina universitária nesse período, teve sua sobrevivência condicionada à constituição de um público não universitário, através de coleções, de revistas ou de instituições \"livres\" de ensino. Dada a falta de credenciais acadêmicas, a sobrevivência desses grupos no campo intelectual exigiu um investimento brutal em relações sociais. Como corolário desse processo, as representações tenderam a valorizar seja a função técnica seja a missão cultural das ciências sociais em detrimento de sua autonomização no campo científico. É por essa razão que a \"psicologia social\" hipostasiou o papel das elites e da liberdade individual contra as multidões e as determinações coletivas, elaborando uma representação invertida da posição que esses autores ocuparam no campo intelectual. / This thesis analyses the emergency of the French \"social psychology\" in the last decade of the XIXth century, particularly through the work of its most renewed authors, Gabriel Tarde (1843-1904) and Gustave Le Bon (1841-1931), but also through the work of authors who, belonging to the same network, had with them intellectual, social and theoretical identities. I suppose that the study of a theme, even if it is not institucionalized, as it is the case in \"social psychology\", has to be based on the structure of the French intellectual field, which means, from the process of autonomization and profissionalization starting in the 80ies. This implies that, in the disciplinary field, there is a main polarization between the university positions and the \"free\" positions, the last ones fighting for chairs and carreers at the university. The \"social psychology\" is one of those subjects that had legitimity limited to a determined group and period of the history of the field, that means, is a typical subject of intellectual dominated positions, non universitarian, and whose purpose was to win positions against durkheimian sociology. Considering the undefined character of these disciplines, I call \"social sciences\" the battles between the new disciplines - economy, psychology and sociology - and between them and the old and institucionalized ones - history and philosophy - and I identify two main groups and practices in the \"free\" social sciences: the one who belongs to the social power and the one who belongs to the intellectual one. Besides, I show that these extra-universitarian positions correspond to strategies in the editorial field, because the editeurs, reviews and collections have aggregated the same two groups and fights. I concluded that \"social psychology\", for the reason it could not be institucionalized, had to survive in the intellectual field by constructing a public non universitarian through collections, reviews and \"free\" schools. Considering the lack of academic credencials, the surviving of these groups in the intellectual field demanded a brutal investment in social relationships. As a consequence, their representations tended to emphasize the technical function or the cultural mission in social sciences against their autonomization in the scientific field. The result is that \"social psychology\" gave too much value to the role of the elites and of the individual freedom against the crowds and the collective determinations, producing a reversed representation of the position these authors occupied in the intellectual field.

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