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IMIQUIMOD NO TRATAMENTO DA CONDILOMATOSE GENITAL EXTERNA: REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE

Bicca, Guilherme Lucas de Oliveira 25 April 2003 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-22T17:27:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Bicca.pdf: 636249 bytes, checksum: 0209e0422a9004599d5a2a8bf4706dea (MD5) Previous issue date: 2003-04-25 / BACKGROUND: Genital warts are the commonest sexually transmitted infection, affecting mainly younger people, and usually caused by the human papilloma virus genotypes 6 and 11. A very wide range of local treatments are currently available. OBJECTIVES: To assess the efficacy and acceptability of Imiquimod in different concentrations for the treatment of genital warts. SEARCH STRATEGY: We searched the several electronic databases, including Cochrane Controlled Trials Register (July 2002), the Skin Group trials register (July 2002), MEDLINE (1966 to July 2002), EMBASE (1980 to July 2002), LILACS (July 2002), STD Group trials register (July 2002), conferences abstracts and pharmaceutical industry. In addition the references of all identified trials and key review articles were searched looking for further studies. SELECTION CRITERIA: Randomized controlled trials of Imiquimod treatment for genital warts in immunocompetent human hosts were included. DATA COLLECTION AND ANALYSIS: Study selection and assessment of methodological quality were carried out by two independent reviewers. Data were analyzed on an intention-to-treat basis. Relative risk (RR) and 95% confidence intervals (CI) of dichotomous data were calculated with the random model. Publication bias was not assessed using funnel plots and the number needed to treat (NNT) and the number needed to harm (NNH) with confidence interval values were only calculated when the relative risk was considered to be statistically significant. MAIN RESULTS: Eight trials which fulfilled the criteria for inclusion in this review were identified, all of them with quality scores 2 or 3 (out of 5). Imiquimod 5% and 2% were effective comparing to placebo regarding the complete clearance of warts (RR 0.57; 95% confidence interval 0.50 to 0.64 and RR 0.26; 95% confidence interval 0.13 to 0.19, respectively). Imiquimod 1% was not effective in the complete clearance of warts when compared to placebo (RR 0.94; 95% confidence interval 0.83 to 1.06). There was a clear concentration-response, relationship with 5% Imiquimod consistently achieving higher clearance rates and lowers NNTs than 1%. The frequency of local application of Imiquimod 5% was assessed and no differences rates of cure were found. (RR 0.89 95% confidence interval 0.62 to 1.29). However, the 3 times/week regimen was better tolerated with lower incidence of local skin reactions. Local adverse events reported were generally inflammatory reactions. In the majority of patients local skin reactions were of mild to moderate severity. The more frequently symptom related by patients was erythema. In the 5% group when compared to placebo the NNH found was 1.82 (95% confidence interval 1.56 to 2.13). REVIEWERS' CONCLUSIONS: Imiquimod is effective in the self-treatment of genital warts at home, when used in both 5% and 2% concentrations. Adverse effects were associated with enhanced inflammatory reactions. There is a considerable lack of evidence that Imiquimod prevents recurrence of genital warts. More trials are needed in order to assess the value of Imiquimod when compared to other active treatments. / Introdução: A condilomatose genital externa é um importante problema de saúde pública, consistindo-se em uma doença sexualmente transmissível que afeta principalmente os jovens sendo causada principalmente pelo Papilomavírus Humano tipos seis e onze. Diversas terapêuticas são utilizadas no tratamento da condilomatose genital, a maioria apresentando a característica de destruição da lesão condilomatosa, não apresentando atividade antiviral direta. Imiquimod é uma droga cuja ação consiste em modificar a resposta imune possibilitando o tratamento da condilomatose através da ativação do sistema imune individual. Objetivos: Avaliar a eficácia e tolerabilidade do uso tópico de imiquimod em diferentes concentrações e posologias no tratamento da condilomatose genital externa. Métodos: Revisão sistemática da literatura e meta-análise de ensaios clínicos randomizados (ECR). Foi realizada uma ampla busca por estudos relevantes em bases de dados eletrônicas (Cochrane Library, MEDLINE, EMBASE, LILACS) através da verificação manual de referencias e do contato com autores. Os resultados foram analisados em intenção de tratar, sendo que para dados dicotômicos o risco relativo (RR) com 95% de intervalo de confiança foi calculado usando-se o modelo randômico. Para resultados estatisticamente significativos foram calculados o número necessário para tratar (NNT) e o número necessário para causar dano (NNH). Resultados: Oito ECR foram incluídos, num total de 1040 indivíduos. Os resultados demonstraram que as concentrações de Imiquimod 5% e 2% foram eficazes quando comparadas com placebo no clareamento total da condilomatose (RR 0.57; 95% IC 0.50 - 0.64 e RR 0.26; 95% IC 0.13 - 0.19, respectivamente). Já Imiquimod 1% não apresentou eficácia na comparação ao placebo neste desfecho (RR 0.94; 95% IC 0.83 -1.06). A maior freqüência de aplicação de imiquimod 5% (3x dia) não apresentou diferenças significantes no clareamento completo da condilomatose quando comparada com a posologia usual (3x semana) (RR 0.89 95% IC 0.62 - 1.29), porém apresentou uma maior freqüência de reações adversas locais. Efeitos adversos sistêmicos são raros e geralmente autolimitados, já as reações adversas locais são geralmente de caráter inflamatório, sendo na maior parte leves a moderadas. O principal sinal relatado pelas pacientes foi o de eritema. O número necessário para causar este sintoma NNH foi 1.82 (95% IC 1.56 - 2.13). Conclusões: Imiquimod é efetivo no tratamento tópico da condilomatose genital externa quando utilizado nas concentrações de 5% e 2%. A posologia de três aplicações semanais demonstrou-se como a mais segura. Os Efeitos são geralmente locais e associados com reação inflamatória. Não foi encontrada evidência de que o uso de imiquimod diminua a chance de recidiva da condilomatose genital. Uma maior quantidade de estudos são necessários para avaliar o uso de imiquimod em comparação as outras terapêuticas para condilomatose genital externa.

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