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A geograficidade dos habitantes do rio Cuieiras: percepções de um mundo vivido

Cardoso, Ricardo de Jesus 18 December 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-11T13:57:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ricardo de jesus.pdf: 6603222 bytes, checksum: 16b21a49ca20c2839d297e5dcf8b5884 (MD5) Previous issue date: 2010-12-18 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas / In the vicinity of urban space in the city of Manaus-AM, enrolls a significant number of riverain communities and indigenous, it reveals also a rich and complex socio-cultural reality and specific forms of relationship with nature. This research aimed principally at understanding the dynamics of life for inhabitants of riverain communities bordering the river Cuieiras, rural area in Manaus, from their socio-cultural relations, environmental and emotional with the place. The starting point for the unveiling of the world lived for the inhabitants of the river Cuieiras was the phenomenological view, the discussion in the Geography supported by the cultural humanistic current that has among its goals to interrogate the subject regarding how it builds its world view and sets out specific ways of relationship with nature from the world experienced and lived every day, key elements for the construction of geograficities of being and, on another scale, by all social groups, understand the different ways of living in each place in an existential meaning. In this meaning, we prioritize the perceptions and experiences of these inhabitants as true at first about the place. Regarding the results, we highlight the stories, the socio-cultural and environmental dynamics of the inhabitants of the riverain communities of the river Cuieiras that reveals specific ways of inhabit the place in its autonomy, creativity, diversity and complexity. This is a whole set of knowledge and acquisition of affective values, built over the time, about the place which is reflected in geograficity, should be taken into account by social and environmental policies, aiming at achievement of a balance between conservation of nature and the right to inhabit for the inhabitants of riverain communities and indigenous of river Cuieiras. / No entorno do espaço urbano do município de Manaus-AM, registra-se um número expressivo de comunidades ribeirinhas e indígenas, revelando também uma rica e complexa realidade sociocultural e formas específicas de relacionamento com a natureza. Esta pesquisa teve como objetivo central compreender a dinâmica de vida dos habitantes das comunidades ribeirinhas do rio Cuieiras, área rural do município de Manaus, a partir de suas relações socioculturais, ambientais e afetivas com o lugar. O ponto de partida para o desvendamento do mundo vivido dos habitantes do rio Cuieiras foi o olhar fenomenológico, discussão na Geografia respaldada na corrente humanística-cultural que tem entre seus objetivos interrogar o sujeito a respeito de como este constrói sua visão de mundo e estabelece formas específicas de relacionamento com a natureza a partir do mundo experienciado e vivido a cada dia, elementos fundamentais para a construção das geograficidades do ser e, numa outra escala, pelo conjunto dos grupos sociais, compreender as diversas formas de habitar cada lugar num sentido existencial. Nesse sentido, priorizamos as percepções e as experiências destes habitantes como verdade primeira sobre o lugar. Em relação aos resultados, destacamos as histórias, a dinamicidade sociocultural e ambiental dos habitantes das comunidades ribeirinhas do rio Cuieiras que revela formas específicas de habitar o lugar em sua autonomia, criatividade, diversidade e complexidade. Trata-se de todo um conjunto de saber e aquisição de valores afetivos, construído ao longo do tempo, sobre o lugar que se traduz em geograficidade, que deveria ser levado em conta pelas políticas públicas sociais e ambientais, visando a busca do equilíbrio entre a conservação da natureza e o direito de habitar dos moradores das comunidades ribeirinhas e indígenas do rio Cuieiras.
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As territorialidades da juventude na comunidade quilombola Barra de Aroeira, em Santa Tereza do Tocantins - TO

Amaral, Gláucia Bastos do 29 August 2017 (has links)
Procura-se enfocar as territorialidades da juventude na comunidade quilombola Barra de Aroeira, a partir da identidade quilombola em interação com as transformações geográficas presentes no território. Busca-se compreender a identidade étnica vinculada ao território, analisar a relação da juventude na constituição da comunidade e interpretar a rede de itinerários dos jovens através das territorialidades. Par tal, seguimos pelos caminhos metodológicos através do levantamento bibliográfico, seguido das vivências geográficas com a observação participante, a história oral, as entrevistas semiestruturadas que foram gravadas e os registros fotográficos. Ainda lançamos mão da análise documental. Os jovens quilombolas vivem os dilemas entre permanecer na comunidade ou sair dela. O motor impulsor dos jovens que saem é a busca por outras oportunidades, principalmente no trabalho e também em poucos casos para continuação dos estudos. Entende-se que a categoria jovem faz parte de uma construção social e, portanto, é necessário se referir a juventudes no plural, uma vez que ela representa a diversidade de situações nas quais os jovens estão imersos, como: classes sociais, etnias, religião, gênero, geograficidade. Os jovens quilombolas de Barra de Aroeira vivem uma geograficidade voltada para o universo rural, com vínculo étnico ancorado no território. Os jovens quilombolas possuem desejos e sonhos, vivem as possibilidades que a realidade geográfica os impõe. Os conflitos inerentes entre diferentes gerações que fazem parte do cotidiano, onde para alguns os jovens estão distante e para outros eles estão sem oportunidades. Tem o processo histórico - que levou a redução territorial - a consequência no distanciamento das atividades agrícolas. Mesmo assim, todos os jovens quilombolas entrevistados se identificam como quilombolas e reconhecem a história da comunidade, com seus locais importantes e suas tradições. Entendemos que, apesar da presença do pensamento hegemônico colonial, cabe a juventude ressignificar os saberes repassados entre gerações e viver as potencialidades que o território permite. / It seeks to focus the territorialities of youth in the quilombola community Barra de Aroeira, based on the quilombola identity in interaction with the geographic transformations present in the territory. It seeks to understand the ethnic identity linked to the territory, to analyze the relation of the youth in the constitution of the community and to interpret the network of itineraries of the young people through the territorialities. For such, we followed the methodological paths through the bibliographical survey, followed by the geographical experiences with the participant observation, the oral history, the semistructured interviews that were recorded and the photographic records. We still use documentary analysis. Young quilombolas live the dilemmas between staying in or leaving the community. The driving force of young people leaving is the search for other opportunities, especially at work and also in a few cases to continue their studies. It is understood that the young category is part of a social construction and therefore it is necessary to refer to youth in the plural, since it represents the diversity of situations in which young people are immersed, such as: social classes, ethnicities, religion, Gender, geography. The young quilombolas of Barra de Aroeira live a geography geared towards the rural universe, with an ethnic bond anchored in the territory. The young quilombolas have desires and dreams, live the possibilities that the geographical reality imposes them. The inherent conflicts between different generations are part of daily life, where for some young people are distant and for others they are without opportunities. There is the historical process - which led to territorial reduction - the consequence of the distancing of agricultural activities. Even so, all the young quilombolas interviewed identify themselves as quilombolas and recognize the history of the community, with its important places and its traditions. We understand that, despite the presence of colonial hegemonic thinking, it is up to the youth to re-signify the knowledge handed down between generations and to live the potential that the territory allows.

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