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Reconstituindo Histórias Sobre o Feminismo Brasileiro na Esfera do Governo: Um olhar sobre as décadas de 1970 e 1980Oliveira, Adelaide Suely de 27 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-27 / Esta dissertação de mestrado tem como objetivo analisar as condições materiais e simbólicas que levaram grupos organizados de mulheres feministas à institucionalização no âmbito do Estado e/ou governo no Brasil nas décadas de 1970 e 1980. Adotamos como base o entendimento do feminismo como uma prática e pensamento crítico – é uma prática política e um pensamento com suas ideias, teorias e posições políticas – que critica a ordem como o mundo está organizado (ÁVILA, 2013). Argumentamos que o movimento feminista brasileiro não somente propôs, criou, idealizou organismos, serviços e equipamentos públicos. Ele foi, paulatinamente, para dentro dos três níveis de governo, a partir dos anos oitenta, passando a partícipe e a executar, ele mesmo, as políticas públicas. Metodologia - Trata-se de um estudo de base qualitativa, no qual foram realizadas seis entrevistas semi-estruturadas com mulheres feministas: a) Que vivenciaram os primeiros momentos de institucionalização nos governos; b) Que entraram nos governos (ou defenderam que as feministas tomassem parte nos governos); feministas que estiveram contra por um determinado período e depois entraram nos governos. A caracterização inicial do problema é feita a partir do marco conceitual de gênero que dialoga com teóricas feministas e se organiza em três eixos, a saber: 1) o conceito de patriarcado; 2) o sistema sexo-gênero e, 3) o conceito de feminismo de Estado. Como metodologia de análise nos inspiramos na técnica de análise de conteúdo temático-categorial de Laurence Bardin (2000). Resultados - Em linhas gerais, as análises do material apontam que o que inaugura a relação institucionalizada do movimento feminista com o Estado é a criação dos conselhos de direitos para as mulheres; que o feminismo está influenciando transformações no aparelho do Estado, ainda que seja no contexto de um Estado patriarcal. / This mastership dissertation aims to analyse the material and symbolic contidions that lead organized groups of feminist women to institutionalisation in the scope of the State and/or governments in 1970´s and 1980´s Brazil. We adopted as basis the understanding of feminism as a praxis and a critical thinking - it is a political praxis and a thought with its ideas, theories and political positions - which criticizes the disposition the world is organized (ÁVILA, 2013). We maintain that the brazilian feminist movement not only proposed, created, idealized organisms, services and public equipament. It went slowly within the three levels of government, from the 1980´s on, becoming a main participant and executing, the movement itself, the public policies. Methodology - this is a study of qualitative basis, in which six semi-structured interviews have been carried through with feminist women: a) That have experienced the first moments of government institutionalisation; b) That took part in governments (or that deffended that feminists should take part on the governments); feminists that were against their participation but later took part in governments. The initial characterization of the problem is held on the conceptual mark of gender that dialogues with feminists theorists and that is organized in three axis, namely: 1) the concept of patriarchate; 2) the system sex-gender and, 3) the concept of State feminism. As methodology of analysis we were inspired by Laurence Bardin´s (2000) technique of analysis of the thematic-categorial content. Results - Conscisely, the analysis of the material indicates that the creation of the council for women´s rights has inaugurated the institutionalised relationship between the feminist movement and the State; that feminism is influencing transformations in the State institutions, although it is still the context of a patriarchal State.
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