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Reprodutibilidade da avaliação Doppler do istmo aórtico fetal entre 32 e 36+6 semanas de gestação / Reproducibility of Doppler assessment of the fetal aortic isthmus at 32-36+6 weeks\' gestation

Campos, Victor Paranaiba 20 December 2018 (has links)
Introdução: O istmo aórtico (IAo) fetal é um pequeno segmento vascular localizado entre a origem da artéria subclávia esquerda e a extremidade aórtica do canal arterial, que reflete o equilíbrio entre a impedância ao fluxo no território cerebral e na circulação fetal periférica. Considerado o único shunt arterial verdadeiro entre os sistemas vasculares direito e esquerdo, seu fluxo alterado se associa a resultados perinatais adversos, incluindo aumento da mortalidade fetal e morbidade neurológica, especialmente em fetos com insuficiência placentária e restrição de crescimento. Justificativa: Não há protocolo mundial estabelecido definindo conduta clínica baseada na avaliação Doppler do istmo aórtico fetal, havendo espaço para que sua análise seja incorporada como justificativa para indicação do parto e proteção contra injúrias perinatais. Entretanto, implementar novas medidas à prática clínica requer a demonstração de quão confiáveis e reprodutíveis são os resultados obtidos, o que contribui para a garantia de qualidade em sua utilização. Objetivos: Estimar a reprodutibilidade intra e interobservador do índice de pulsatilidade do istmo da aorta fetal (IAo-IP) no terceiro trimestre de gestação (32 a 36+6 semanas), e determinar qual das aquisições, longitudinal ou transversal, produz medidas com melhores confiabilidade e concordância. Métodos: Estudo observacional (transversal) para o qual foram convidadas a participar gestantes no terceiro trimestre de gestação (32 a 36+6 semanas) que preenchiam os critérios de elegibilidade. O IAo-IP foi obtido por dois observadores, que utilizaram os planos longitudinal e transversal para as aquisições, realizadas de forma completamente independente, sem que tivessem conhecimento dos valores das próprias medidas, tampouco das medidas do outro observador. Os dados foram apresentados como média ± DP (desvio-padrão), mediana, mínimo e máximo; A reprodutibilidade foi avaliada pelo coeficiente de correlação intraclasse (ICC). Resultados: As principais características das 49 gestantes foram: média de idade de 26.3 ± 4.7 anos, variando entre 18 e 40 anos, com média da idade gestacional de 33.6 ± 1.5 semanas e índice de massa corporal de 27.9 ± 4.5 Kg/m2. Os resultados dos IP obtidos do estudo Doppler espectral do istmo aórtico fetal pela via longitudinal, demonstraram uma média de 2.75 ± 0.46 para o observador A, 2.53 ± 0.38 para o observador B, e 2.74 ± 0.58 para a segunda medida do observador A. Para a via transversal, as médias foram de 2.75 ± 0.46 para o observador A, 2.53 ± 0.38 para o observador B, e 2.74 ± 0.58 para a segunda medida do observador A. A avaliação Doppler do istmo aórtico fetal no plano longitudinal apresentou ICC de 0.25 na comparação entre os observadores (interobservador), e de 0.42 para a análise intraobservador. No plano transversal, os coeficientes obtidos foram de 0.18 e 0.43 respectivamente para as análises inter-observador e intraobservador. Conclusões: Embora o papel do istmo aórtico na hemodinâmica fetal esteja bem estabelecido, o presente estudo demonstrou que sua reprodutibilidade no terceirotrimestre (32 a 36+6 semanas) é fraca, logo, a medida do IAo-IP deve ser interpretada com cautela, desencorajando seu emprego na prática clínica. Os estudos que examinam aperfeiçoamentos técnicos para melhorar a sua reprodutibilidade devem ser incentivados / Introduction: The fetal aortic isthmus (AoI) is a small vessel located between the origin of the left subclavian artery and the aortic extremity of the arterial ductus, which reflects the balance between the impedance of the brain and systemic circulation of the fetus. Known as the only arterial shunt regarding both right and left vascular systems, its abnormal flow is associated to adverse perinatal outcomes, including high fetal mortality and neurological morbidity, especially among placental insufficiency and growth-restricted fetuses. Rationale: There is no established global protocol defining clinical management based on the Doppler evaluation of the fetal aortic isthmus, allowing its analysis to be incorporated as a reason to indicate delivery and protection against perinatal injury. However, implementation of new methods to clinical practice requires demonstration of how reliable and reproducible the results are, which contributes to quality assurance in their use. Objectives: To estimate the intra and interobserver reproducibility of the fetal aortic isthmus pulsatility index (IAo-PI) in the third trimester of gestation (32 to 36+6 weeks), and to determine which of both longitudinal and transversal acquisitions show better reliability and agreement. Methods: Observational (cross-sectional) study in which were invited to participate pregnant women in the third trimester of gestation (32 to 36+6 weeks) who met the eligibility criteria. The AoI-PI was obtained by two observers, who used the longitudinal and transverse plans for the acquisitions, performing independent acquisitions and blinded analysis. Data were presented as mean ± SD (standard deviation), median, minimum and maximum. The reproducibility was evaluated by the intraclass correlation coefficient (ICC). Results: The main characteristics of the 49 pregnant women were: mean age of 26.3 ± 4.7 years, ranging from 18 to 40 years, with mean gestational age of 33.6 ± 1.5 weeks and body mass index of 27.9 ± 4.5 kg/m2. The results of the PI obtained from the spectral Doppler evaluation of the fetal aortic isthmus, regarding the longitudinal plane, have demonstrated an average of 2.75 ± 0.46 for observer A, 2.53 ± 0.38 for observer B, and 2.74 ± 0.58 for the second measurement of observer A. For the transversal plane the mean values were 2.75 ± 0.46 for the observer A, 2.53 ± 0.38 for the observer B, and 2.74 ± 0.58 for the second measurement of the observer A. The Doppler evaluation of the fetal aortic isthmus in the longitudinal plane has shown a ICC of 0.25 in the comparison between the observers (interobserver), and 0.42 for the intraobserver analysis. In the transversal plane, the coefficients obtained were 0.18 and 0.43 respectively for the interobserver and intraobserver analysis. Conclusions: Although the role of the aortic isthmus in fetal hemodynamics is well established, the present study have reported that its reproducibility in the third trimester (32 to 36+6 weeks) is very poor, so the measurement of the AoI-PI should be interpreted with caution, discouraging its use in clinical practice. Studiesexamining technical amendments to improve its reproducibility should be encouraged
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Avaliação da vascularização renal fetal em gestações de fetos com restrição de crescimento fetal / Assessment of renal vascularization in fetuses with intrauterine gowth restriction

Giovana Farina Doro 13 October 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: A associação entre restrição do crescimento fetal (RCF) e alterações renais envolvem questões como a relação entre a redução da vascularização renal nesses fetos e a hemodinâmica fetal durante a gestação que, até o momento, não estão suficientemente exploradas. Considerando que a causa primária da redução nefrônica nesses fetos seria o hipofluxo renal causado pela redistribuição da hemodinâmica fetal frente a estímulos hipoxêmicos, seria de esperar que a gravidade do acometimento fetal levasse a menor vascularização renal em fetos com RCF. OBJETIVOS: Este estudo objetivou avaliar fetos com restrição de crescimento fetal e, assim, (1) descrever o índice de pulsatilidade das artérias renais, o volume renal e os índices de vascularização renal, bem como (2) verificar correlações entre os achados dopplervelocimétricos das artérias umbilicais, da artéria cerebral média e do ducto venoso e o índice de pulsatilidade das artérias renais, o volume renal e os índices de vascularização renal (IV, IF, IVF) e entre o índice de pulsatilidade das artérias renais, o volume renal, os índices de vascularização e o índice de líquido amniótico. MÉTODOS: Oitenta e um fetos com RCF foram avaliados por Power Doppler tridimensional, no sentido de se determinarem dados relativos ao índice de pulsatilidade das artérias renais, o volume renal, os índices de vascularização renal, os índices de pulsatilidade das artérias umbilicais, da artéria cerebral média e do ducto venoso, e o índice de líquido amniótico. Os valores identificados foram submetidos a análises estatísticas com o intuito de se determinarem eventuais correlações entre os parâmetros renais avaliados. RESULTADOS: O índice de pulsatilidade das artérias renais variou entre 1,50 e 3,44, com mediana de 2,39 + 0,41; o volume renal variou de 1,90 a 18,90, com mediana de 8,54 + 3,43; o IV renal variou de 0,05 a 7,75, com mediana de 1,57 + 1,58; o IF variou de 19,04 a 40,0, com mediana de 28,29 + 5,06; e o IVF variou de 0,03 a 5,18, com mediana de 0,96 + 1,3. Não houve correlação entre o índice de pulsatilidade das artérias renais e o índice de pulsatilidade das artérias umbilicais, da artéria cerebral média e do ducto venoso; tampouco foi observada correlação entre o volume renal e o índice de pulsatilidade das artérias umbilicais, da artéria cerebral média e do ducto venoso. O IV renal e o IVF renal foram negativamente correlacionados com o índice de pulsatilidade do ducto venoso, e positivamente correlacionados com o índice de líquido amniótico. Não houve correlação entre os índices de vascularização e os achados dopplervelocimétricos das artérias umbilicais e da artéria cerebral média, nem entre o índice de pulsatilidade das artérias renais, do volume renal e do IF renal com o ILA. CONCLUSÕES: O índice de pulsatilidade do ducto venoso se mostrou melhor preditor de alterações nos índices de vascularização renal, indicando que essas alterações se tornam mais evidentes em fetos com RCF com maior comprometimento hemodinâmico / INTRODUCTION: The association between intrauterine growth restriction (IUGR) and renal alterations refers to issues such as the relation between reduced renal vascularization in these fetuses and the fetal hemodynamics during pregnancy, which were not sufficiently investigated so far. Considering that the primary cause of nefrons reduction in these fetuses would be the renal hypoflow caused by the redistribution of the fetal hemodynamics resulting from hypoxic stimuli, it would be expected that the severety of the fetal impairment could result in worse renal vascularization in IUGR fetuses. OBJECTIVES: This study aimed at evaluating IUGR fetuses in order to (1) describe the pulsatility index of renal arteries, the renal volume and the renal vascularization indexes, as well as (2) verify correlations of the doppler findings in the umbilical arteries, middle cerebral artery, and venous duct with the pulsatility index of the renal arteries, the renal volume, and the renal vascularization indexes (VI, FI, VFI), and of the pulsatility index of the renal arteries, the renal volume, and the renal vascularization indexes with the amniotic liquid index. METHODS: 81 fetuses with IUGR were assessed with tridimentional power doppler in order to determine data regarding the pulsatility index of the renal arteries, the renal volume, the renal vascularization indexes, the pulsatility indexes of umbilical arteries, middle cerebral artery and venous duct, and the amniotic liquid index. Data were undertaken to statistical analysis for establishing eventual correlations among such assessed parameters. RESULTS: Pulsatility index of renal arteries ranged from 1.50 to 3.44 (median of 2.39 + 0.41); renal volume ranged from 1.90 to 18.90 (median of 8.54 + 3.43); renal VI ranged from 0.05 to 7.75 (median of 1.57 + 1.58); renal FI ranged from 19.04 to 40.0 (median of 28.29 + 5.06); and renal VFI ranged from 0.03 to 5.18 (median of 0.96 + 1.3. There was no correlation between the pulsatility index of renal arteries and the pulsatility indexes of the umbilical arteries, middle cerebral artery, and venous duct; correlations were not observed as well between the renal volume and the pulsatility indexes of the umbilical arteries, middle cerebral artery, and venous duct. Renal VI and VFI correlated negatively with the pulsatility index of the venous duct, and positively with the amniotic liquid index. There was no correlation betweem renal vascularization indexes and doppler findings in umbilical arteries and in middle cerebral artery, neither between pulsatility index of renal arteries, renal volume and renal FI and the amniotic liquid index. CONCLUSION: The pulsatility index of the venous duct was better predictive of alterations in renal vascularization index, suggesting that such alterations are more evident in IUGR fetuses with more severe hemodynamic impairments
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Avaliação da vascularização renal fetal em gestações de fetos com restrição de crescimento fetal / Assessment of renal vascularization in fetuses with intrauterine gowth restriction

Doro, Giovana Farina 13 October 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: A associação entre restrição do crescimento fetal (RCF) e alterações renais envolvem questões como a relação entre a redução da vascularização renal nesses fetos e a hemodinâmica fetal durante a gestação que, até o momento, não estão suficientemente exploradas. Considerando que a causa primária da redução nefrônica nesses fetos seria o hipofluxo renal causado pela redistribuição da hemodinâmica fetal frente a estímulos hipoxêmicos, seria de esperar que a gravidade do acometimento fetal levasse a menor vascularização renal em fetos com RCF. OBJETIVOS: Este estudo objetivou avaliar fetos com restrição de crescimento fetal e, assim, (1) descrever o índice de pulsatilidade das artérias renais, o volume renal e os índices de vascularização renal, bem como (2) verificar correlações entre os achados dopplervelocimétricos das artérias umbilicais, da artéria cerebral média e do ducto venoso e o índice de pulsatilidade das artérias renais, o volume renal e os índices de vascularização renal (IV, IF, IVF) e entre o índice de pulsatilidade das artérias renais, o volume renal, os índices de vascularização e o índice de líquido amniótico. MÉTODOS: Oitenta e um fetos com RCF foram avaliados por Power Doppler tridimensional, no sentido de se determinarem dados relativos ao índice de pulsatilidade das artérias renais, o volume renal, os índices de vascularização renal, os índices de pulsatilidade das artérias umbilicais, da artéria cerebral média e do ducto venoso, e o índice de líquido amniótico. Os valores identificados foram submetidos a análises estatísticas com o intuito de se determinarem eventuais correlações entre os parâmetros renais avaliados. RESULTADOS: O índice de pulsatilidade das artérias renais variou entre 1,50 e 3,44, com mediana de 2,39 + 0,41; o volume renal variou de 1,90 a 18,90, com mediana de 8,54 + 3,43; o IV renal variou de 0,05 a 7,75, com mediana de 1,57 + 1,58; o IF variou de 19,04 a 40,0, com mediana de 28,29 + 5,06; e o IVF variou de 0,03 a 5,18, com mediana de 0,96 + 1,3. Não houve correlação entre o índice de pulsatilidade das artérias renais e o índice de pulsatilidade das artérias umbilicais, da artéria cerebral média e do ducto venoso; tampouco foi observada correlação entre o volume renal e o índice de pulsatilidade das artérias umbilicais, da artéria cerebral média e do ducto venoso. O IV renal e o IVF renal foram negativamente correlacionados com o índice de pulsatilidade do ducto venoso, e positivamente correlacionados com o índice de líquido amniótico. Não houve correlação entre os índices de vascularização e os achados dopplervelocimétricos das artérias umbilicais e da artéria cerebral média, nem entre o índice de pulsatilidade das artérias renais, do volume renal e do IF renal com o ILA. CONCLUSÕES: O índice de pulsatilidade do ducto venoso se mostrou melhor preditor de alterações nos índices de vascularização renal, indicando que essas alterações se tornam mais evidentes em fetos com RCF com maior comprometimento hemodinâmico / INTRODUCTION: The association between intrauterine growth restriction (IUGR) and renal alterations refers to issues such as the relation between reduced renal vascularization in these fetuses and the fetal hemodynamics during pregnancy, which were not sufficiently investigated so far. Considering that the primary cause of nefrons reduction in these fetuses would be the renal hypoflow caused by the redistribution of the fetal hemodynamics resulting from hypoxic stimuli, it would be expected that the severety of the fetal impairment could result in worse renal vascularization in IUGR fetuses. OBJECTIVES: This study aimed at evaluating IUGR fetuses in order to (1) describe the pulsatility index of renal arteries, the renal volume and the renal vascularization indexes, as well as (2) verify correlations of the doppler findings in the umbilical arteries, middle cerebral artery, and venous duct with the pulsatility index of the renal arteries, the renal volume, and the renal vascularization indexes (VI, FI, VFI), and of the pulsatility index of the renal arteries, the renal volume, and the renal vascularization indexes with the amniotic liquid index. METHODS: 81 fetuses with IUGR were assessed with tridimentional power doppler in order to determine data regarding the pulsatility index of the renal arteries, the renal volume, the renal vascularization indexes, the pulsatility indexes of umbilical arteries, middle cerebral artery and venous duct, and the amniotic liquid index. Data were undertaken to statistical analysis for establishing eventual correlations among such assessed parameters. RESULTS: Pulsatility index of renal arteries ranged from 1.50 to 3.44 (median of 2.39 + 0.41); renal volume ranged from 1.90 to 18.90 (median of 8.54 + 3.43); renal VI ranged from 0.05 to 7.75 (median of 1.57 + 1.58); renal FI ranged from 19.04 to 40.0 (median of 28.29 + 5.06); and renal VFI ranged from 0.03 to 5.18 (median of 0.96 + 1.3. There was no correlation between the pulsatility index of renal arteries and the pulsatility indexes of the umbilical arteries, middle cerebral artery, and venous duct; correlations were not observed as well between the renal volume and the pulsatility indexes of the umbilical arteries, middle cerebral artery, and venous duct. Renal VI and VFI correlated negatively with the pulsatility index of the venous duct, and positively with the amniotic liquid index. There was no correlation betweem renal vascularization indexes and doppler findings in umbilical arteries and in middle cerebral artery, neither between pulsatility index of renal arteries, renal volume and renal FI and the amniotic liquid index. CONCLUSION: The pulsatility index of the venous duct was better predictive of alterations in renal vascularization index, suggesting that such alterations are more evident in IUGR fetuses with more severe hemodynamic impairments

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