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Pelo vigor do palhaçoDorneles, Juliana Leal 12 August 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-08-12 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo / This study deals with the clown s art inasmuch as art can reawaken something dead in the living. It also deals with the value that contemporary culture nourishes in laughter and humorism in the 21st century. To this purpose, we have developed our sign of art in clown with the help of Deleuze and Guattari s signs theory; through the observation of clown shows, scenes and comical happenings; as well as through the researcher s own experience of clown s language. Clown s humour happens in the rupture of expectations, in the fraudulent dismissal of plans of reference and routine plans, and in the courage to expose oneself to failure and disillusion. We arrived at the conclusion that the blind incorporation of the cult of humour as an oil for social interaction is a trap to the comic artist, but that the vigour or the art s sign and the provocation of the laughable is independent of the humouristic society.
Laughter needs the path of reference in order to break it. Living without a well structured reference plan is the contemporary illusion of the evolutionary men, who thinks that it is possible to substitute the living experience of the reference plan for the flexibility that takes nothing seriously. However, for the humourist, even this plan of flexibility is worth a joke when it becomes a reference plan. The effect of a clown s laughter is similar to the effect of small black rats that jump off dark alleyways in horror films, and the clown s art is perhaps something of an even more accidental order.
This study intends to make valuable what is vigourous in the clown as a sign of art and as such to contribute to the discussion around laughter and humour in contemporary society, as well as looking into its clinical, political and aesthetic implications. Alongside the thesis is a DVD that contains scenes of some of the cited clowns, which punctuate the type of reflection used in this thesis / Este trabalho trata da arte do palhaço naquilo em que a arte pode acordar algo de morto no vivo. Trata também do apreço que a cultura contemporânea nutre pelo riso e pelo humorismo no século XXI. Para isso, construímos nosso signo de arte no palhaço com a ajuda da teoria dos signos em Deleuze & Guattari, bem como da observação de espetáculos, cenas e acontecimentos cômicos de palhaços, além da própria experiência da pesquisadora com a linguagem. O humor do palhaço se faz na quebra com as expectativas, na trapaça aos planos de referência e aos planos habituais, e na coragem de se expor ao fracasso e à desilusão. Chegamos à conclusão de que a incorporação cega ao culto do humor de azeite social é uma armadilha para o artista cômico, mas que o vigor do signo de arte e provocação do risível é independente da sociedade humorística.
O riso precisa do caminho de referência, para poder quebrar. Viver sem o plano de referência é a ilusão contemporânea do homem evolutivo, que acha que é possível substituir a vivência do plano de referência pela flexibilidade que não leva nada a sério. Mas para o humorista, até este plano da flexibilidade é digno de piada quando ele se torna um plano de referência. O efeito de um riso de palhaço é tal qual o efeito dos ratos pretos que saltitam dos becos escuros nos filmes de terror, e sua arte é talvez de uma ordem quase acidental.
Este trabalho pretende assim fazer valer o que de vigor tem no palhaço como signo de arte e assim contribuir para as discussões sobre o riso e o humor no contemporâneo, bem como suas implicações clínicas, políticas e estéticas. Apresentamos junto com a tese um DVD com cenas de alguns palhaços citados, que marcam o tipo de reflexão que se confere na tese
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