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O vulcanismo ediacarano da porção oriental do Platô da Ramada, oeste do Escudo Sul-rio-grandense

Matté, Vinicius January 2016 (has links)
Rochas vulcânicas ediacaranas na Bacia do Camaquã estão relacionadas ao magmatismo pós-colisional da orogenia Brasiliana Pan-africana. Uma parte deste vulcanismo ocorre na porção oriental do Platô da Ramada, localizado na parte centrooeste do estado do Rio Grande do Sul e pertencente as formações Hilário e Acampamento Velho. A Formação Hilário é representada dominantemente por fluxos de lava e diques de composição andesítica shoshonítica, além de depósitos sedimentares vulcanogênicos. As rochas ácidas da Formação Acampamento Velho são dominantes na área compreendendo principalmente ignimbritos riolíticos, densamente soldados, além de diques, domos e fluxos de lava riolítica que ocorrem de maneira restrita, principalmente na parte superior da sequência. Rochas traquíticas ocorrem muito subordinadamente como pequenos corpos intrusivos e mostram evidências de mescla de magmas (mingling) com o magma riolítico. Basaltos do tipo a’a’ ocorrem de maneira restrita e intercalados com as rochas ácidas. O magmatismo da Formação Acampamento Velho tem características de séries alcalinas sódicas. Novas datações UPb em zircão nesta região indicam idades de cristalização entre 560 e 562 Ma. Modelagens petrogenéticas com elementos maiores e traço sugerem que as rochas mais diferenciadas evoluíram a partir dos líquidos menos evoluídos por processos de cristalização fracionada, com importante contribuição de assimilação crustal. As características químicas das rochas ácidas são semelhantes às de granitos do tipo-A, como as rochas granitoides da Suíte Intrusiva Saibro, que representam a fração plutônica da Formação Acampamento Velho. A grande quantidade de ignimbritos no Platô da Ramada, associada com outras características como a presença de diques anelares e dados geocronológicos, sugerem que este platô seja um remanescente de uma caldeira vulcânica. As rochas da Formação Acampamento Velho, juntamente com rochas contemporâneas e de mesmas características petrológicas, aflorantes em outras porções do Escudo Sul-rio-grandense, nos estados de Santa Catarina e Paraná e no Uruguai permitem supor que esta associação de rochas represente uma grande província ígnea félsica (SLIP). / Ediacaran volcanic rocks in the Camaquã Basin are related to the post-collisional magmatism of the Brasiliano Pan-Africano orogeny. A portion of this volcanism occurs in the oriental Ramada Plateau, located in the center part of the Rio Grande do Sul state and is correlated with Hilário and Acampamento Velho formations. The Hilário Formation is represented dominantly by lava flows and dikes of shoshonitic andesitic composition, besides volcanogenic sedimentary deposits. The acid rocks of the Acampamento Velho Formation are expressive in the area, mainly comprising rhyolitic ignimbrites, densely welded, besides dikes, domes, and rhyolitic lava flows that occur subordinately, especially at the top of the sequence. Trachytic rocks occur very subordinately as small intrusive bodies and show evidence of magma mingling with rhyolitic magma. Basalts of a’a’ type occur subordinately and intercalated with acidic rocks. The magmatism of the Acampamento Velho Formation has features of sodic alkaline series. New U-Pb zircon dating in this region indicates crystallization ages between 560 and 562 Ma. Petrogenetic modeling with major and trace elements suggests that the more differentiated rocks evolved from the less evolved liquids by fractional crystallization processes, with an important contribution by crustal assimilation. The chemical characteristics of acid rocks are similar to those of A-type granites, such as the Saibro intrusive suite granitoid rocks, which represent the plutonic fraction of the Acampamento Velho Formation. The large number of ignimbrites in the Ramada Plateau, associated with other features such as the presence of ring dikes and geochronological data, suggest that this plateau is a remnant of a volcanic caldera. The rocks of the Acampamento Velho Formation, together with contemporaneous rocks with the same petrological characteristics, appear in other portions of the Sul-rio-grandense Shield, in the states of Santa Catarina and Paraná, and in Uruguay, suggest that this rock association represents a silicic large igneous province (SLIP).
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O vulcanismo ediacarano da porção oriental do Platô da Ramada, oeste do Escudo Sul-rio-grandense

Matté, Vinicius January 2016 (has links)
Rochas vulcânicas ediacaranas na Bacia do Camaquã estão relacionadas ao magmatismo pós-colisional da orogenia Brasiliana Pan-africana. Uma parte deste vulcanismo ocorre na porção oriental do Platô da Ramada, localizado na parte centrooeste do estado do Rio Grande do Sul e pertencente as formações Hilário e Acampamento Velho. A Formação Hilário é representada dominantemente por fluxos de lava e diques de composição andesítica shoshonítica, além de depósitos sedimentares vulcanogênicos. As rochas ácidas da Formação Acampamento Velho são dominantes na área compreendendo principalmente ignimbritos riolíticos, densamente soldados, além de diques, domos e fluxos de lava riolítica que ocorrem de maneira restrita, principalmente na parte superior da sequência. Rochas traquíticas ocorrem muito subordinadamente como pequenos corpos intrusivos e mostram evidências de mescla de magmas (mingling) com o magma riolítico. Basaltos do tipo a’a’ ocorrem de maneira restrita e intercalados com as rochas ácidas. O magmatismo da Formação Acampamento Velho tem características de séries alcalinas sódicas. Novas datações UPb em zircão nesta região indicam idades de cristalização entre 560 e 562 Ma. Modelagens petrogenéticas com elementos maiores e traço sugerem que as rochas mais diferenciadas evoluíram a partir dos líquidos menos evoluídos por processos de cristalização fracionada, com importante contribuição de assimilação crustal. As características químicas das rochas ácidas são semelhantes às de granitos do tipo-A, como as rochas granitoides da Suíte Intrusiva Saibro, que representam a fração plutônica da Formação Acampamento Velho. A grande quantidade de ignimbritos no Platô da Ramada, associada com outras características como a presença de diques anelares e dados geocronológicos, sugerem que este platô seja um remanescente de uma caldeira vulcânica. As rochas da Formação Acampamento Velho, juntamente com rochas contemporâneas e de mesmas características petrológicas, aflorantes em outras porções do Escudo Sul-rio-grandense, nos estados de Santa Catarina e Paraná e no Uruguai permitem supor que esta associação de rochas represente uma grande província ígnea félsica (SLIP). / Ediacaran volcanic rocks in the Camaquã Basin are related to the post-collisional magmatism of the Brasiliano Pan-Africano orogeny. A portion of this volcanism occurs in the oriental Ramada Plateau, located in the center part of the Rio Grande do Sul state and is correlated with Hilário and Acampamento Velho formations. The Hilário Formation is represented dominantly by lava flows and dikes of shoshonitic andesitic composition, besides volcanogenic sedimentary deposits. The acid rocks of the Acampamento Velho Formation are expressive in the area, mainly comprising rhyolitic ignimbrites, densely welded, besides dikes, domes, and rhyolitic lava flows that occur subordinately, especially at the top of the sequence. Trachytic rocks occur very subordinately as small intrusive bodies and show evidence of magma mingling with rhyolitic magma. Basalts of a’a’ type occur subordinately and intercalated with acidic rocks. The magmatism of the Acampamento Velho Formation has features of sodic alkaline series. New U-Pb zircon dating in this region indicates crystallization ages between 560 and 562 Ma. Petrogenetic modeling with major and trace elements suggests that the more differentiated rocks evolved from the less evolved liquids by fractional crystallization processes, with an important contribution by crustal assimilation. The chemical characteristics of acid rocks are similar to those of A-type granites, such as the Saibro intrusive suite granitoid rocks, which represent the plutonic fraction of the Acampamento Velho Formation. The large number of ignimbrites in the Ramada Plateau, associated with other features such as the presence of ring dikes and geochronological data, suggest that this plateau is a remnant of a volcanic caldera. The rocks of the Acampamento Velho Formation, together with contemporaneous rocks with the same petrological characteristics, appear in other portions of the Sul-rio-grandense Shield, in the states of Santa Catarina and Paraná, and in Uruguay, suggest that this rock association represents a silicic large igneous province (SLIP).
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O vulcanismo ediacarano da porção oriental do Platô da Ramada, oeste do Escudo Sul-rio-grandense

Matté, Vinicius January 2016 (has links)
Rochas vulcânicas ediacaranas na Bacia do Camaquã estão relacionadas ao magmatismo pós-colisional da orogenia Brasiliana Pan-africana. Uma parte deste vulcanismo ocorre na porção oriental do Platô da Ramada, localizado na parte centrooeste do estado do Rio Grande do Sul e pertencente as formações Hilário e Acampamento Velho. A Formação Hilário é representada dominantemente por fluxos de lava e diques de composição andesítica shoshonítica, além de depósitos sedimentares vulcanogênicos. As rochas ácidas da Formação Acampamento Velho são dominantes na área compreendendo principalmente ignimbritos riolíticos, densamente soldados, além de diques, domos e fluxos de lava riolítica que ocorrem de maneira restrita, principalmente na parte superior da sequência. Rochas traquíticas ocorrem muito subordinadamente como pequenos corpos intrusivos e mostram evidências de mescla de magmas (mingling) com o magma riolítico. Basaltos do tipo a’a’ ocorrem de maneira restrita e intercalados com as rochas ácidas. O magmatismo da Formação Acampamento Velho tem características de séries alcalinas sódicas. Novas datações UPb em zircão nesta região indicam idades de cristalização entre 560 e 562 Ma. Modelagens petrogenéticas com elementos maiores e traço sugerem que as rochas mais diferenciadas evoluíram a partir dos líquidos menos evoluídos por processos de cristalização fracionada, com importante contribuição de assimilação crustal. As características químicas das rochas ácidas são semelhantes às de granitos do tipo-A, como as rochas granitoides da Suíte Intrusiva Saibro, que representam a fração plutônica da Formação Acampamento Velho. A grande quantidade de ignimbritos no Platô da Ramada, associada com outras características como a presença de diques anelares e dados geocronológicos, sugerem que este platô seja um remanescente de uma caldeira vulcânica. As rochas da Formação Acampamento Velho, juntamente com rochas contemporâneas e de mesmas características petrológicas, aflorantes em outras porções do Escudo Sul-rio-grandense, nos estados de Santa Catarina e Paraná e no Uruguai permitem supor que esta associação de rochas represente uma grande província ígnea félsica (SLIP). / Ediacaran volcanic rocks in the Camaquã Basin are related to the post-collisional magmatism of the Brasiliano Pan-Africano orogeny. A portion of this volcanism occurs in the oriental Ramada Plateau, located in the center part of the Rio Grande do Sul state and is correlated with Hilário and Acampamento Velho formations. The Hilário Formation is represented dominantly by lava flows and dikes of shoshonitic andesitic composition, besides volcanogenic sedimentary deposits. The acid rocks of the Acampamento Velho Formation are expressive in the area, mainly comprising rhyolitic ignimbrites, densely welded, besides dikes, domes, and rhyolitic lava flows that occur subordinately, especially at the top of the sequence. Trachytic rocks occur very subordinately as small intrusive bodies and show evidence of magma mingling with rhyolitic magma. Basalts of a’a’ type occur subordinately and intercalated with acidic rocks. The magmatism of the Acampamento Velho Formation has features of sodic alkaline series. New U-Pb zircon dating in this region indicates crystallization ages between 560 and 562 Ma. Petrogenetic modeling with major and trace elements suggests that the more differentiated rocks evolved from the less evolved liquids by fractional crystallization processes, with an important contribution by crustal assimilation. The chemical characteristics of acid rocks are similar to those of A-type granites, such as the Saibro intrusive suite granitoid rocks, which represent the plutonic fraction of the Acampamento Velho Formation. The large number of ignimbrites in the Ramada Plateau, associated with other features such as the presence of ring dikes and geochronological data, suggest that this plateau is a remnant of a volcanic caldera. The rocks of the Acampamento Velho Formation, together with contemporaneous rocks with the same petrological characteristics, appear in other portions of the Sul-rio-grandense Shield, in the states of Santa Catarina and Paraná, and in Uruguay, suggest that this rock association represents a silicic large igneous province (SLIP).
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Petrografia e química dos ignimbritos do Cerro Pululus e sua correlação com depósitos da Caldeira Vilama, Puna, Andes Centrais, NW da Argentina / Petrography and chemistry of the ignimbrites of Cerro Pululus and their correlation with deposits of the Vilma Caldera, Puna, Central Andes; northwest Argentina

Liza Angelica Polo 30 October 2008 (has links)
Entre 12 e 4Ma, intensas manifestações vulcânicas explosivas ocorrem associadas a formação de grandes caldeiras no platô dos Andes Centrais, lançando mais de 10.000 km3 de material piroclástico e constituindo o Complexo Vulcânico Altiplano Puna (CVAP). O Cerro Pululus, com aproximadamente 178 km2 e 550 m de altura, é uma colina em forma de escudo constituída por três unidades de fluxo ignimbrítico lançadas por um mesmo centro emissor durante os eventos do CVAP. No cume do cerro aflora um corpo intrusivo sub-vulcânico que elevou e deformou os depósitos piroclásticos na forma de um anticlinal. Pululus está localizado na borda sul da Caldeira Vilama, uma das maiores estruturas de colapso do CVAP, que teria sido responsável pela deposição de mais de 1.200 km3 de material piroclástico. O local de emissão dos ignimbritos de Pululus ainda é desconhecido e sua relação com os depósitos da Caldeira Vilama é considerada incerta. A alta concentração de cristais nos púmices evidencia que os depósitos do Cerro Pululus foram originados por um magma porfirítico, apresentando plagioclásio, biotita, quartzo, ferrossilita, enstatita, augita e hornblenda, como minerais principais. As unidades são de composição dacítica e pertencem à série cálcio-alcalina de alto-K, com características meta a peraluminosas e razões A/CNK variando entre 0,9 e 1,04. As feições texturais dos minerais (e.g. texturas de dissolução no plagioclásio) e os dados químicos obtidos (e.g. presença de dois tipos de púmices) evidenciam recorrentes injeções máficas na câmara magmática. A alta taxa de cristalinidade da fusão (50 a 68%) tornou desfavorável o processo de fracionamento e reduziu a ação de correntes de convecção na câmara, evitando a homogeneização do magma. A presença de bordas de reação nos anfibólios, somada a outras evidências observadas no afloramento, indicam que durante o início do evento eruptivo o magma ascendeu a uma velocidade consideravelmente baixa, permitindo a liberação de uma grande quantidade de voláteis e resultando numa erupção de caráter mais explosivo. Com a abertura do sistema e o abatimento da pressão dentro da câmara, ocorre a aceleração na cristalização do fundido, resultando no progressivo aumento de saturação de água em algumas porções da câmara e a conseqüente estabilização e cristalização de anfibólio antes da última erupção. A comparação entre os ignimbritos da Caldeira Vilama e Cerro Pululus é feita, neste trabalho, utilizando-se características deposicionais, petrográficas e químicas. Ambos são compostos por três unidades de fluxo que apresentam similaridades quanto à cor, grau de soldamento, relações estratigráficas, quantidade e tipos de púmices, quantidade e tipos de fragmentos líticos, assembléia mineralógica e composição química. Todos esses elementos, além da inexistência de qualquer conduto vulcânico no cerro, permitem estimar que os depósitos de Pululus representem uma extensão do Ignimbrito Vilama. / About 12 and 4Ma, ago intense explosive volcanic manifestations occurred associated to the formation of the large calderas in the Andean Central Volcanic Zone plateau, launching more than 10.000 km3 of ignimbrites and constituting the Altiplano-Puna Volcanic Complex (APVC). The Cerro Pululus, of about 178 km2 and 550 m high, is a shield-like hill constituted by three units of ignimbritic flows originated from same emission center during APVC\'s events. A sub-volcanic intrusive body, that elevated and deformed the pyroclastic deposits in the form of an anticline, crops out at the hill top. Pululus is located in the south ring of the Vilama caldera, one of the largest of the APVC\'s collapse structures, which would have been responsible for the deposition of more than 1.200 km3 of pyroclastic material. The emission center of Pululus ignimbrites is still unknown and its relationship with the deposits of the Vilama caldera is considered uncertain. The high crystal concentration in the pumices evidences that the deposits of Cerro Pululus were originated from a porphyritic magma, with plagioclase, biotite, quartz, ferrosilite, enstatite, augite and hornblend as main minerals. The units are of dacitic composition and belong to the high-K calc-alkaline series, with metaperaluminous characteristics and A/CNK reasons between 0.9 and 1.04. The textural features of the minerals (e.g. dissolution textures in plagioclase) and the obtained chemical data (e.g. presence of two types of pumices) evidence recurring mafic injections in the magmatic chamber. The high cristallinity rate by the melt (50 to 68%) turned unfavorable the fractionation process and reduced the convection currents action in the chamber, hindering the homogenization of the magma. The presence of reaction borders in amphibole, besides some evidences observed in the outcrops, indicate that during the beginning of the eruptive event the magma ascended of a considerably low speed, which allowed the liberation of a great quantity of volatiles and resulted in an eruption of more explosive character. With the opening of the system and the pressure surcease inside the chamber, an acceleration in the crystallization of the melt occurred, resulting in progressive water saturation increase in some portions of the chamber and consequent amphibole stabilization and crystallization before the last eruption. A comparison between ignimbrites of the Vilama caldera and Cerro Pululus is made, in this work, using depositional, petrographics and chemical characteristic. They are both composed by three flow units that present similarities regarding color, welding, stratigraphic relationships, quantity and types of pumices, quantity and types of lithic fragments, mineralogical assembly and chemical composition. All of these elements, besides the inexistence of any volcanic conduit on the hill, allow to correlate the Pululus ignimbrites directly with those of Vilama.
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O vulcanismo ácido neoproterozoico na região do Cerro Chato, extremo sul do Brasil

Noll Filho, Roberto Jacques January 2017 (has links)
A região do Cerro Chato, extremo sul do Rio Grande do Sul, é caracterizada por associações de rochas vulcânicas e subvulcânicas de composição ácida, cujo magmatismo tem sido relacionado às suítes graníticas tardias do Batólito Pelotas no Cinturão Dom Feliciano. Os vulcanitos da região agrupam-se em duas feições geomorfologicamente distintas e afetadas por falhas NW e NE: Cerro Chato e Cerro Partido. O Cerro Chato é caracterizado por depósitos piroclásticos e efusivos. Os primeiros são representados por ignimbritos que ocorrem em duas fácies principais: ignimbritos ricos em líticos e ignimbritos ricos em cristais, mal selecionados e constituídos por piroclastos tamanho lápili e uma matriz tufácea. A fácies rica em litoclastos é caracterizada por apresentar fragmentos conatos de riolitos e ignimbritos e, subordinadamente, acidentais. Fragmentos de cristais de K-feldspato e quartzo são comuns e a estrutura eutaxítica é incipiente. A fácies rica em cristais caracteriza-se pela abundância de cristaloclastos e fenocristais de feldspatos e quartzo. Apresentam estrutura eutaxítica e matriz constituída por vitroclastos tamanho cinza. Derrames riolíticos hemicristalinos representam os eventos efusivos, com textura porfirítica, estruturas de fluxo e esferulitos. O Cerro Partido é caracterizado por um corpo subvulcânico, alongado na direção NE-SW, com 8 km de comprimento por 0,7 km de largura aproximadamente. Constitui rochas com textura porfirítica, com fenocristais de quartzo e feldspatos, imersos em uma matriz equigranular fina. Geoquimicamente, são riolitos do tipo alta-sílica, correlacionáveis à série alcalina, próximo ao limite das séries subalcalinas, com um caráter metaluminoso/peraluminoso e teores elevados de álcalis, FeOt/FeOt+MgO e índice agpaítico. Os riolitos do Cerro Partido foram classificados como alto-Ti com elevados teores de CaO, P2O5, FeOt, MgO e K2O se comparados aos riolitos do Cerro Chato, baixo-Ti. O padrão mostrado pelos ETR é definido pelo leve enriquecimento de ETRL em relação à ETRP e uma forte anomalia negativa de Eu, típica de sistemas alcalinos metaluminosos e altamente diferenciados. As características químicas são semelhantes com as de magmatismo granítico do tipo A, relacionado a ambientes pós-colisionais. Dados litoquímicos indicam uma vinculação genética com rochas graníticas mais diferenciadas da Suíte Dom Feliciano, bem como os riolitos do Cerro Ana Dias, associadas ao magmatismo Neoproterozoico pós-colisional do Escudo Sul-Rio-Grandense. Dados geocronológicos U-Pb obtidos em zircões indicam uma idade de 561 ± 2 Ma para os riolitos do Cerro Partido, sugerindo uma contemporaneidade com os granitoides associados a suíte Dom Feliciano. Já os dados U-PB em zircão dos riolitos do Cerro Chato indicam uma idade de 630.4 ± 2.8 Ma. Estas idades são concordantes com as obtidas em clastos vulcânicos na base da formação Maricá, podendo assim haver uma possível relação entre os vulcanitos do Cerro Chato com o vulcanismo sin-sedimentar inicial da Bacia do Camaquã. / The Cerro Chato region is located in the southern portion of Rio Grande do Sul and is characterized by associations of acid volcanic and subvolcanic rocks, whose magmatism has been related to the later Pelotas Batholith suites from the Dom Feliciano Belt. The vulcanites of the region are affected by NW and NE faults and are grouped into two geomorphologically distinct features: Cerro Chato and Cerro Partido. Cerro Chato is represented by ignimbrites that occur in two main facies: lithic rich ignimbrites and crystal rich ignimbrites. They are poorly selected and consist of lapilli-sized pyroclasts in a tuffaceous matrix. The lithoclasts rich facies is characterized by cognate fragments of rhyolites and ignimbrites and, occasionally, accidental fragments. The crystal-rich ignimbrites are characterized by the abundance of crystal fragments and phenocrysts of K-feldspar and quartz. Both facies present eutaxitic structure and a matrix made up of ash-sized vitroclasts. Hemi-crystalline rhyolitic flows represent effusive events, with porphyritic texture, flow structures and spherulites. Cerro Partido is characterized by a subvolcanic body, elongated in the NE-SW direction, of approximately 8 km long by 0.7 km wide.. It consists of rocks with porphyritic/glomeroporphyritic texture, composed of quartz, K-feldspar and plagioclase phenocrysts, within a fine quartz-feldspathic equigranular matrix. Through geochemical data the rhyolitic volcanites were characterized as high-silica type rhyolites, correlated to the alkaline series, but close to the limit of the sub-alkaline series; they present metaluminous to peraluminous character and high contents of alkalis, FeOt / FeOt + MgO and agpaitic index. The Cerro Partido rhyolites were classified as high-Ti with higher CaO, P2O5, FeOt, MgO and K2O contents than the Cerro Chato low-Ti rhyolites. The rhyolites REE pattern is slightly enriched in LREE in relation to the HREE and has a strong negative Eu anomaly, typical of metaluminous and highly differentiated alkali systems. The chemical characteristics are similar to those of A type granitic magmatism, related to post-collisional environments. U-Pb geochronological dating indicates an age of 561 ± 2 Ma for the rhyolites of Cerro Partido, suggesting contemporaneity with the granitoids associated to the Dom Feliciano suite. The zircon U-Pb isotopes dating of the Cerro Chato rhyolites indicates an age of 630.4 ± 2.8 Ma. These ages are in agreement with those obtained in the volcanic clasts at the base of the Maricá formation, which may indicate a possible relationship between the volcanites of the Cerro Chato with the initial sin-sedimentary volcanism of the Camaquã Basin.
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Petrografia e química dos ignimbritos do Cerro Pululus e sua correlação com depósitos da Caldeira Vilama, Puna, Andes Centrais, NW da Argentina / Petrography and chemistry of the ignimbrites of Cerro Pululus and their correlation with deposits of the Vilma Caldera, Puna, Central Andes; northwest Argentina

Polo, Liza Angelica 30 October 2008 (has links)
Entre 12 e 4Ma, intensas manifestações vulcânicas explosivas ocorrem associadas a formação de grandes caldeiras no platô dos Andes Centrais, lançando mais de 10.000 km3 de material piroclástico e constituindo o Complexo Vulcânico Altiplano Puna (CVAP). O Cerro Pululus, com aproximadamente 178 km2 e 550 m de altura, é uma colina em forma de escudo constituída por três unidades de fluxo ignimbrítico lançadas por um mesmo centro emissor durante os eventos do CVAP. No cume do cerro aflora um corpo intrusivo sub-vulcânico que elevou e deformou os depósitos piroclásticos na forma de um anticlinal. Pululus está localizado na borda sul da Caldeira Vilama, uma das maiores estruturas de colapso do CVAP, que teria sido responsável pela deposição de mais de 1.200 km3 de material piroclástico. O local de emissão dos ignimbritos de Pululus ainda é desconhecido e sua relação com os depósitos da Caldeira Vilama é considerada incerta. A alta concentração de cristais nos púmices evidencia que os depósitos do Cerro Pululus foram originados por um magma porfirítico, apresentando plagioclásio, biotita, quartzo, ferrossilita, enstatita, augita e hornblenda, como minerais principais. As unidades são de composição dacítica e pertencem à série cálcio-alcalina de alto-K, com características meta a peraluminosas e razões A/CNK variando entre 0,9 e 1,04. As feições texturais dos minerais (e.g. texturas de dissolução no plagioclásio) e os dados químicos obtidos (e.g. presença de dois tipos de púmices) evidenciam recorrentes injeções máficas na câmara magmática. A alta taxa de cristalinidade da fusão (50 a 68%) tornou desfavorável o processo de fracionamento e reduziu a ação de correntes de convecção na câmara, evitando a homogeneização do magma. A presença de bordas de reação nos anfibólios, somada a outras evidências observadas no afloramento, indicam que durante o início do evento eruptivo o magma ascendeu a uma velocidade consideravelmente baixa, permitindo a liberação de uma grande quantidade de voláteis e resultando numa erupção de caráter mais explosivo. Com a abertura do sistema e o abatimento da pressão dentro da câmara, ocorre a aceleração na cristalização do fundido, resultando no progressivo aumento de saturação de água em algumas porções da câmara e a conseqüente estabilização e cristalização de anfibólio antes da última erupção. A comparação entre os ignimbritos da Caldeira Vilama e Cerro Pululus é feita, neste trabalho, utilizando-se características deposicionais, petrográficas e químicas. Ambos são compostos por três unidades de fluxo que apresentam similaridades quanto à cor, grau de soldamento, relações estratigráficas, quantidade e tipos de púmices, quantidade e tipos de fragmentos líticos, assembléia mineralógica e composição química. Todos esses elementos, além da inexistência de qualquer conduto vulcânico no cerro, permitem estimar que os depósitos de Pululus representem uma extensão do Ignimbrito Vilama. / About 12 and 4Ma, ago intense explosive volcanic manifestations occurred associated to the formation of the large calderas in the Andean Central Volcanic Zone plateau, launching more than 10.000 km3 of ignimbrites and constituting the Altiplano-Puna Volcanic Complex (APVC). The Cerro Pululus, of about 178 km2 and 550 m high, is a shield-like hill constituted by three units of ignimbritic flows originated from same emission center during APVC\'s events. A sub-volcanic intrusive body, that elevated and deformed the pyroclastic deposits in the form of an anticline, crops out at the hill top. Pululus is located in the south ring of the Vilama caldera, one of the largest of the APVC\'s collapse structures, which would have been responsible for the deposition of more than 1.200 km3 of pyroclastic material. The emission center of Pululus ignimbrites is still unknown and its relationship with the deposits of the Vilama caldera is considered uncertain. The high crystal concentration in the pumices evidences that the deposits of Cerro Pululus were originated from a porphyritic magma, with plagioclase, biotite, quartz, ferrosilite, enstatite, augite and hornblend as main minerals. The units are of dacitic composition and belong to the high-K calc-alkaline series, with metaperaluminous characteristics and A/CNK reasons between 0.9 and 1.04. The textural features of the minerals (e.g. dissolution textures in plagioclase) and the obtained chemical data (e.g. presence of two types of pumices) evidence recurring mafic injections in the magmatic chamber. The high cristallinity rate by the melt (50 to 68%) turned unfavorable the fractionation process and reduced the convection currents action in the chamber, hindering the homogenization of the magma. The presence of reaction borders in amphibole, besides some evidences observed in the outcrops, indicate that during the beginning of the eruptive event the magma ascended of a considerably low speed, which allowed the liberation of a great quantity of volatiles and resulted in an eruption of more explosive character. With the opening of the system and the pressure surcease inside the chamber, an acceleration in the crystallization of the melt occurred, resulting in progressive water saturation increase in some portions of the chamber and consequent amphibole stabilization and crystallization before the last eruption. A comparison between ignimbrites of the Vilama caldera and Cerro Pululus is made, in this work, using depositional, petrographics and chemical characteristic. They are both composed by three flow units that present similarities regarding color, welding, stratigraphic relationships, quantity and types of pumices, quantity and types of lithic fragments, mineralogical assembly and chemical composition. All of these elements, besides the inexistence of any volcanic conduit on the hill, allow to correlate the Pululus ignimbrites directly with those of Vilama.
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O vulcanismo ácido neoproterozoico na região do Cerro Chato, extremo sul do Brasil

Noll Filho, Roberto Jacques January 2017 (has links)
A região do Cerro Chato, extremo sul do Rio Grande do Sul, é caracterizada por associações de rochas vulcânicas e subvulcânicas de composição ácida, cujo magmatismo tem sido relacionado às suítes graníticas tardias do Batólito Pelotas no Cinturão Dom Feliciano. Os vulcanitos da região agrupam-se em duas feições geomorfologicamente distintas e afetadas por falhas NW e NE: Cerro Chato e Cerro Partido. O Cerro Chato é caracterizado por depósitos piroclásticos e efusivos. Os primeiros são representados por ignimbritos que ocorrem em duas fácies principais: ignimbritos ricos em líticos e ignimbritos ricos em cristais, mal selecionados e constituídos por piroclastos tamanho lápili e uma matriz tufácea. A fácies rica em litoclastos é caracterizada por apresentar fragmentos conatos de riolitos e ignimbritos e, subordinadamente, acidentais. Fragmentos de cristais de K-feldspato e quartzo são comuns e a estrutura eutaxítica é incipiente. A fácies rica em cristais caracteriza-se pela abundância de cristaloclastos e fenocristais de feldspatos e quartzo. Apresentam estrutura eutaxítica e matriz constituída por vitroclastos tamanho cinza. Derrames riolíticos hemicristalinos representam os eventos efusivos, com textura porfirítica, estruturas de fluxo e esferulitos. O Cerro Partido é caracterizado por um corpo subvulcânico, alongado na direção NE-SW, com 8 km de comprimento por 0,7 km de largura aproximadamente. Constitui rochas com textura porfirítica, com fenocristais de quartzo e feldspatos, imersos em uma matriz equigranular fina. Geoquimicamente, são riolitos do tipo alta-sílica, correlacionáveis à série alcalina, próximo ao limite das séries subalcalinas, com um caráter metaluminoso/peraluminoso e teores elevados de álcalis, FeOt/FeOt+MgO e índice agpaítico. Os riolitos do Cerro Partido foram classificados como alto-Ti com elevados teores de CaO, P2O5, FeOt, MgO e K2O se comparados aos riolitos do Cerro Chato, baixo-Ti. O padrão mostrado pelos ETR é definido pelo leve enriquecimento de ETRL em relação à ETRP e uma forte anomalia negativa de Eu, típica de sistemas alcalinos metaluminosos e altamente diferenciados. As características químicas são semelhantes com as de magmatismo granítico do tipo A, relacionado a ambientes pós-colisionais. Dados litoquímicos indicam uma vinculação genética com rochas graníticas mais diferenciadas da Suíte Dom Feliciano, bem como os riolitos do Cerro Ana Dias, associadas ao magmatismo Neoproterozoico pós-colisional do Escudo Sul-Rio-Grandense. Dados geocronológicos U-Pb obtidos em zircões indicam uma idade de 561 ± 2 Ma para os riolitos do Cerro Partido, sugerindo uma contemporaneidade com os granitoides associados a suíte Dom Feliciano. Já os dados U-PB em zircão dos riolitos do Cerro Chato indicam uma idade de 630.4 ± 2.8 Ma. Estas idades são concordantes com as obtidas em clastos vulcânicos na base da formação Maricá, podendo assim haver uma possível relação entre os vulcanitos do Cerro Chato com o vulcanismo sin-sedimentar inicial da Bacia do Camaquã. / The Cerro Chato region is located in the southern portion of Rio Grande do Sul and is characterized by associations of acid volcanic and subvolcanic rocks, whose magmatism has been related to the later Pelotas Batholith suites from the Dom Feliciano Belt. The vulcanites of the region are affected by NW and NE faults and are grouped into two geomorphologically distinct features: Cerro Chato and Cerro Partido. Cerro Chato is represented by ignimbrites that occur in two main facies: lithic rich ignimbrites and crystal rich ignimbrites. They are poorly selected and consist of lapilli-sized pyroclasts in a tuffaceous matrix. The lithoclasts rich facies is characterized by cognate fragments of rhyolites and ignimbrites and, occasionally, accidental fragments. The crystal-rich ignimbrites are characterized by the abundance of crystal fragments and phenocrysts of K-feldspar and quartz. Both facies present eutaxitic structure and a matrix made up of ash-sized vitroclasts. Hemi-crystalline rhyolitic flows represent effusive events, with porphyritic texture, flow structures and spherulites. Cerro Partido is characterized by a subvolcanic body, elongated in the NE-SW direction, of approximately 8 km long by 0.7 km wide.. It consists of rocks with porphyritic/glomeroporphyritic texture, composed of quartz, K-feldspar and plagioclase phenocrysts, within a fine quartz-feldspathic equigranular matrix. Through geochemical data the rhyolitic volcanites were characterized as high-silica type rhyolites, correlated to the alkaline series, but close to the limit of the sub-alkaline series; they present metaluminous to peraluminous character and high contents of alkalis, FeOt / FeOt + MgO and agpaitic index. The Cerro Partido rhyolites were classified as high-Ti with higher CaO, P2O5, FeOt, MgO and K2O contents than the Cerro Chato low-Ti rhyolites. The rhyolites REE pattern is slightly enriched in LREE in relation to the HREE and has a strong negative Eu anomaly, typical of metaluminous and highly differentiated alkali systems. The chemical characteristics are similar to those of A type granitic magmatism, related to post-collisional environments. U-Pb geochronological dating indicates an age of 561 ± 2 Ma for the rhyolites of Cerro Partido, suggesting contemporaneity with the granitoids associated to the Dom Feliciano suite. The zircon U-Pb isotopes dating of the Cerro Chato rhyolites indicates an age of 630.4 ± 2.8 Ma. These ages are in agreement with those obtained in the volcanic clasts at the base of the Maricá formation, which may indicate a possible relationship between the volcanites of the Cerro Chato with the initial sin-sedimentary volcanism of the Camaquã Basin.
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O vulcanismo ácido neoproterozoico na região do Cerro Chato, extremo sul do Brasil

Noll Filho, Roberto Jacques January 2017 (has links)
A região do Cerro Chato, extremo sul do Rio Grande do Sul, é caracterizada por associações de rochas vulcânicas e subvulcânicas de composição ácida, cujo magmatismo tem sido relacionado às suítes graníticas tardias do Batólito Pelotas no Cinturão Dom Feliciano. Os vulcanitos da região agrupam-se em duas feições geomorfologicamente distintas e afetadas por falhas NW e NE: Cerro Chato e Cerro Partido. O Cerro Chato é caracterizado por depósitos piroclásticos e efusivos. Os primeiros são representados por ignimbritos que ocorrem em duas fácies principais: ignimbritos ricos em líticos e ignimbritos ricos em cristais, mal selecionados e constituídos por piroclastos tamanho lápili e uma matriz tufácea. A fácies rica em litoclastos é caracterizada por apresentar fragmentos conatos de riolitos e ignimbritos e, subordinadamente, acidentais. Fragmentos de cristais de K-feldspato e quartzo são comuns e a estrutura eutaxítica é incipiente. A fácies rica em cristais caracteriza-se pela abundância de cristaloclastos e fenocristais de feldspatos e quartzo. Apresentam estrutura eutaxítica e matriz constituída por vitroclastos tamanho cinza. Derrames riolíticos hemicristalinos representam os eventos efusivos, com textura porfirítica, estruturas de fluxo e esferulitos. O Cerro Partido é caracterizado por um corpo subvulcânico, alongado na direção NE-SW, com 8 km de comprimento por 0,7 km de largura aproximadamente. Constitui rochas com textura porfirítica, com fenocristais de quartzo e feldspatos, imersos em uma matriz equigranular fina. Geoquimicamente, são riolitos do tipo alta-sílica, correlacionáveis à série alcalina, próximo ao limite das séries subalcalinas, com um caráter metaluminoso/peraluminoso e teores elevados de álcalis, FeOt/FeOt+MgO e índice agpaítico. Os riolitos do Cerro Partido foram classificados como alto-Ti com elevados teores de CaO, P2O5, FeOt, MgO e K2O se comparados aos riolitos do Cerro Chato, baixo-Ti. O padrão mostrado pelos ETR é definido pelo leve enriquecimento de ETRL em relação à ETRP e uma forte anomalia negativa de Eu, típica de sistemas alcalinos metaluminosos e altamente diferenciados. As características químicas são semelhantes com as de magmatismo granítico do tipo A, relacionado a ambientes pós-colisionais. Dados litoquímicos indicam uma vinculação genética com rochas graníticas mais diferenciadas da Suíte Dom Feliciano, bem como os riolitos do Cerro Ana Dias, associadas ao magmatismo Neoproterozoico pós-colisional do Escudo Sul-Rio-Grandense. Dados geocronológicos U-Pb obtidos em zircões indicam uma idade de 561 ± 2 Ma para os riolitos do Cerro Partido, sugerindo uma contemporaneidade com os granitoides associados a suíte Dom Feliciano. Já os dados U-PB em zircão dos riolitos do Cerro Chato indicam uma idade de 630.4 ± 2.8 Ma. Estas idades são concordantes com as obtidas em clastos vulcânicos na base da formação Maricá, podendo assim haver uma possível relação entre os vulcanitos do Cerro Chato com o vulcanismo sin-sedimentar inicial da Bacia do Camaquã. / The Cerro Chato region is located in the southern portion of Rio Grande do Sul and is characterized by associations of acid volcanic and subvolcanic rocks, whose magmatism has been related to the later Pelotas Batholith suites from the Dom Feliciano Belt. The vulcanites of the region are affected by NW and NE faults and are grouped into two geomorphologically distinct features: Cerro Chato and Cerro Partido. Cerro Chato is represented by ignimbrites that occur in two main facies: lithic rich ignimbrites and crystal rich ignimbrites. They are poorly selected and consist of lapilli-sized pyroclasts in a tuffaceous matrix. The lithoclasts rich facies is characterized by cognate fragments of rhyolites and ignimbrites and, occasionally, accidental fragments. The crystal-rich ignimbrites are characterized by the abundance of crystal fragments and phenocrysts of K-feldspar and quartz. Both facies present eutaxitic structure and a matrix made up of ash-sized vitroclasts. Hemi-crystalline rhyolitic flows represent effusive events, with porphyritic texture, flow structures and spherulites. Cerro Partido is characterized by a subvolcanic body, elongated in the NE-SW direction, of approximately 8 km long by 0.7 km wide.. It consists of rocks with porphyritic/glomeroporphyritic texture, composed of quartz, K-feldspar and plagioclase phenocrysts, within a fine quartz-feldspathic equigranular matrix. Through geochemical data the rhyolitic volcanites were characterized as high-silica type rhyolites, correlated to the alkaline series, but close to the limit of the sub-alkaline series; they present metaluminous to peraluminous character and high contents of alkalis, FeOt / FeOt + MgO and agpaitic index. The Cerro Partido rhyolites were classified as high-Ti with higher CaO, P2O5, FeOt, MgO and K2O contents than the Cerro Chato low-Ti rhyolites. The rhyolites REE pattern is slightly enriched in LREE in relation to the HREE and has a strong negative Eu anomaly, typical of metaluminous and highly differentiated alkali systems. The chemical characteristics are similar to those of A type granitic magmatism, related to post-collisional environments. U-Pb geochronological dating indicates an age of 561 ± 2 Ma for the rhyolites of Cerro Partido, suggesting contemporaneity with the granitoids associated to the Dom Feliciano suite. The zircon U-Pb isotopes dating of the Cerro Chato rhyolites indicates an age of 630.4 ± 2.8 Ma. These ages are in agreement with those obtained in the volcanic clasts at the base of the Maricá formation, which may indicate a possible relationship between the volcanites of the Cerro Chato with the initial sin-sedimentary volcanism of the Camaquã Basin.

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