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Dinâmica da cobertura florestal e ocorrência de incêndios florestais e suas implicações na gestão da Reserva Extrativista Chico Mendes.Mascarenhas, Flúvio de Sousa 27 June 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-06-27 / The Brazilian Amazon makes up 41% of the world's humid tropical forests and allows Brazil to be a
leader in forest issues. However, it also attracts worldwide attention, owing to the continued increase
in deforestation, biodiversity loss and ecosystem services. Protected areas have acted as barriers to
deforestation and forest degradation, however, this capacity becomes fragile when deforestation
agents manage to break the legal protection barrier of these protected areas. In this context, the
objective of this work was to understand the dynamics of deforestation and forest degradation in the
Chico Mendes Extractive Reserve (RECM), Acre, Brazil, and its implications for the management of
this conservation unit. The analysis was divided into two chapters: Chapter I - Dynamics of forest
fires in the Chico Mendes Extractive Reserve - Acre and Chapter II - Forest cover dynamics in the
Chico Mendes Extractive Reserve: an example of management challenges for conservation units in
the Amazon. In Chapter 1historical series of Landsat images from 1984 to 2015 was analyzed and
processed by the software Claslite with the application of the BSI equation (Burn Scar Index). An
area of 50,363 ha was identified as forest fire scars, an area equivalent to the total deforested area
according to Prodes in this conservation unit. The years of peak occurrence of forest fires were 2005
(80%) and 2010 (19%). Eleven polygons greater than 1,000 ha were identified, accounting for 52%
of the total burn scar area. The most affected forest types were open forests with bamboo (53%) and
alluvial forests (20%). The year 2005 became the milestone in the management of forest fires in the
State of Acre and, consequently, for RECM. In years of extreme drought, the forest changes from
being the barrier to becoming fuel for forest fires. In Chapter II, we analyzed the available historical
series of deforestation data, Prodes (1997 to 2014) and Hansen et al. (2000 to 2014), and the process
forest regeneration from 2000 to 2012, measured by Hansen et al. With historical data from Prodes,
RECM had 55,948 ha of deforestation by 2014, representing 6% of the RECM area. In an annual
analysis with data from Prodes and Hansen, there is a divergence between the years with the highest
deforestation rates, with Prodes in 2004 with 4,462 ha/year and Hansen et al. in 2005 with an area of
5,317 ha/year. Three seringals were identified as the most critical to control deforestation in RECM,
Nova Esperança (52% of its area deforested), Santa Fe (55% of its area deforested) and Rubicon (42%
of its area deforested). These seringals are close to the BR-317 road that connects other Brazilian
states to Peru through the Interoceanic road and are being pressured by the expansion of cattle ranches
around RECM. Forest regeneration extended to 2,796 ha, representing 10% of the total deforestation
by Hansen from 2000 to 2012. RECM has regenerating forests, with 43 of 46 seringals presenting
signs of natural regeneration. The analysis of deforestation using two independent methods increases
the reliability of deforestation information and assists decision making in controlling land use. This
work concludes that forest fires are now an additional threat to the integrity of RECM. In the process
of monitoring deforestation, there are still differences between data sets, but the comparison has
helped improve the process of monitoring and control, increasing the understanding of the forest
cover dynamics of forest cover by using public domain data and software. / A Amazônia brasileira compõe 41 % das florestas tropicais úmidas do mundo e permite ao Brasil ser
um país protagonista nas questões florestais. Entretanto, também atrai a atenção mundial, devido ao
continuo aumento do desmatamento, da perda de biodiversidade e de serviços ecossistêmicos. As
áreas protegidas têm agido como barreiras ao desmatamento e a degradação florestal, entretanto, esta
capacidade se torna frágil quando os agentes do desmatamento conseguem romper a barreira da
proteção legal destas áreas protegidas. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi compreender a
dinâmica do desmatamento e degradação florestal na Reserva Extrativista Chico Mendes (Resex),
Acre, Brasil, e suas implicações para a gestão desta unidade de conservação A análise foi dividia em
dois capítulos: Capítulo I - Dinâmica de incêndios florestais na Reserva Extrativista Chico Mendes –
Acre e Capítulo II - Dinâmica da cobertura florestal na Reserva Extrativista Chico Mendes: um
exemplo de desafio de gestão de unidades de conservação na Amazônia. No Capítulo I foi analisada
a série histórica de imagens Landsat de 1984 a 2015 e processada pelo software Claslite com a
aplicação da equação BSI (BurnScar Index). Foi identificada como cicatrizes de incêndios florestais
uma área de 50.363 ha, área equivalente ao total desflorestado segundo Prodes nesta unidade de
conservação. Os anos com maior ocorrência dos incêndios florestais foram 2005 (80%) e 2010 (19%).
Foram identificados 11 polígonos maiores que 1.000 ha, representando 52% do total da área de
cicatrizes. As fisionomias florestais mais afetadas foram florestas abertas com bambu (53%) e
florestas aluviais (20%). O ano de 2005 tornou-se o marco na gestão de incêndios florestais no Estado
do Acre e, consequentemente, para a Resex Chico Mendes. Em anos de seca extrema, a floresta deixa
de ser barreira e torna-se para combustível ao fogo. No Capítulo II, foi analisada a série histórica
disponível de dados de desmatamento, Prodes (1997 a 2014) e Hansen (2000 a 2014), assim o
processo de regeneração florestal de Hansen et al. de 2000 a 2012. Os dados históricos do Prodes
para a Resex Chico Mendes mostram 55.948 ha de desmatamento até 2014, representando 6% da área
da Resex. Em análise anual com dados de Prodes e Hansen et al., observa-se divergência entre os
anos com maior taxa de desmatamento, sendo para Prodes o ano de 2004 com 4.462 ha/ano e Hansen
em 2005 com uma área de 5.317 ha/ano. Foram identificados três seringais como os mais críticos
para controle do desmatamento na Resex, Nova Esperança (52% de sua área desmatada), Santa Fé
(55%de sua área desmatada) e Rubicon (42%de sua área desmatada). Estes seringais estão próximos
da rodovia BR-317 que conecta outros estados brasileiros ao Peru pela rodovia Interoceânica, sendo
pressionado pela expansão pecuária das fazendas do entorna da Resex. O ganho de floresta pela
regeneração foi de 2.796 ha, representando 10% do total de desmatamento por Hansen de 2000 a
2012. A Resex possui sistema dinâmico na recuperação da floresta das atividades antrópicas, com 43
seringais de 46, apresentando regeneração natural. A análise do desmatamento por dois métodos
independentes aumenta a confiabilidade nas informações do desmatamento e auxilia na tomada de
decisão em processos de fiscalização de comando e controle. Este trabalho conclui que há mais uma
ameaça à integridade da Resex Chico Mendes, os incêndios florestais e que o monitoramento do
desmatamento há divergências nos métodos usados, entretanto tem auxiliado ambos servem para
monitorar o controle com eficácia, permitindo a compreensão da dinâmica da cobertura florestal com
dados gratuitos e de domínio público.
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