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TRABALHO TEMPORÁRIO: BÓIAS-FRIAS NA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA NO MUNICÍPIO DE INHUMAS-GO.Oliveira, Anesino Cardoso de 01 April 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-04-01 / A presente dissertação de mestrado visa explicitar as condições de trabalho em que
se encontra os trabalhadores temporários bóias-frias na agroindústria canavieira no
município de Inhumas no interior de Goiás. Processo esse de expropriação/
exploração-dominação e exclusão de milhares de trabalhadores canavieiros
trabalhando por produção/metros, fato este também vivenciado pela família do autor,
que foram migrantes de Santa Maria da Vitória da Bahia para Goiás, que será
descrito ao longo dessa dissertação. Após revisões bibliográficas verifica-se que a
inserção da tecnologia no setor canavieiro no contexto da lógica capitalista, não tem
resultado em expressivas melhorias para os cortadores de cana, ao contrário,
constatou-se a elevação da exploração dos trabalhadores, necessária para o
aumento cada vez maior dos lucros. O resultado é o desemprego de grande número
de trabalhadores e, portanto, a crescente precariedade do trabalho, ausentes das
condições mínimas de vida, por ex., saúde, educação, segurança, habitação e
trabalho diário, expressando assim, fome, violência e rebaixamento dos salários.
Mesmo aqueles trabalhadores que conseguem permanecer no canavial restam-lhes
o trabalho precarizado, afetando diretamente suas perspectivas no que diz respeito à
melhoria na condição de vida, educação e forma de trabalho. O trabalhador
canavieiro, após uma longa e exaustiva jornada de trabalho diária, não mais
consegue encontrar condições físicas e mentais para freqüentar regularmente uma
sala de aula, aqueles poucos que, com muito esforço buscam o estudo, não
conseguem ir muito longe. O que se vê é contraditório na maioria das usinas,
desenvolvimento sim, mas à custa dos cortadores de cana migrantes do norte e
nordeste brasileiro que se encontram na Centroálcool, trabalhando por
produção/metros na extração do mais valor.
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