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Habilidades de comunicação intencional de bebês no primeiro ano de vida: um estudo a partir das percepções maternas / Intentional communication skills of babies in the first year of life: a study from the maternal perceptionsNunes, Laísy de Lima 24 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Childhood is characterized as the crucial period for the appearance of typical human skills and potentials, which allow the child to a gradual appropriation of culture and its artifacts. In this sense, when the adults interact with babies and attribute meaning to their actions, they favor the emergence of the ability of infant intentional communication. The literature in this topic indicates that the mothers perceptions about the communicative intentionality of the baby and its implications for the infant behavior may have important effects throughout the child's development. Thus, the objective of this dissertation was to know the maternal perceptions about the ability of intentional communication of infants in the first year of life, and more specifically propose an instrument capable of to detect those perceptions. The study included 40 mothers, being 20 mothers of 4 months babies and 20 mothers of 9 months babies. Maternal age ranged from 21 to 36 years, mean 29.23 (SD = 4.54). Twenty-four mothers were primiparous and 16 secundiparous. For data collection, were used a sociodemographic questionnaire, an Initial Interview about mothers' perceptions about the overall development of their children and a semi-structured interview, result from the semantic adaptation process of the Infant Intentionality Questionnaire. Initially, the information concerning sociodemographic questionnaire data were listed. The interviews were transcribed verbatim, and then made the floating read and the survey of the frequencies of the responses reported by the mothers in each age group studied. Besides frequency, were considered the similarities and contradictions of the mothers discourse, a qualitative content analysis being done. The results demonstrated that mothers with higher educational levels showed, in general, more elaborate answers and more information about the baby's development and dyadic relationship. Regarding the number of children, most secundiparous mothers reported that experiences with the first child contributed to the perception and actual practice of them with the baby. As regards the age of the baby, differences were found between the responses of the two groups of mothers, especially regarding maternal perceptions of babies intentional communication ability. Mothers of 9 months babies reported greater number of intentional communicative behaviors and showed more clear examples of such actions than mothers of 4 months babies. It is emphasized that these differences in maternal responses may be related to each specific period of child development and acquisitions that take place over social interactions. Moreover, the Maternal perception of intentional communication ability of baby interview, instrument proposed at the end of this paper, can contribute to actions of psychologists and scholars of language that aim at to capture the maternal perceptions of infant intentional communication ability and to analyze the language sociopragmatic domain. It is considered that the present study can aid the discussion of maternal perceptions and practices and the early identification of developmental disorders and deficits in communication and language, providing support to the practices of psychologists in the guidelines to parents, caregivers and/or educators. / A infância caracteriza-se como o período crucial para o surgimento das habilidades e potencialidades tipicamente humanas, que permitem à criança uma gradativa apropriação da cultura e de seus artefatos. Nesse sentido, os adultos, ao interagirem com os bebês e atribuírem significado às suas ações, favorecem a emergência da habilidade de comunicação intencional infantil. A literatura sobre esse tema refere que as percepções das mães acerca da intencionalidade comunicativa do bebê e suas implicações nos comportamentos deste podem ter efeitos importantes ao longo do desenvolvimento infantil. Diante disso, o objetivo desta dissertação foi conhecer as percepções maternas acerca da habilidade de comunicação intencional de bebês no primeiro ano de vida e, mais especificamente, propor um instrumento capaz de apreender essas percepções. Participaram do estudo 40 mães, sendo 20 mães de bebês de 4 meses e 20 mães de bebês de 9 meses. A idade das mães variou entre 21 e 36 anos, com média 29,23 (DP = 4,54). Vinte e quatro mães eram primíparas e 16 secundíparas. Para a coleta de dados, foram utilizados um questionário sociodemográfico, uma entrevista inicial acerca das percepções maternas sobre o desenvolvimento global dos seus filhos e uma entrevista semiestruturada resultante do processo de adaptação semântica do Infant Intentionality Questionnaire. Inicialmente, foram levantadas as informações referentes aos dados do questionário sociodemográfico. As entrevistas foram transcritas de forma literal; em seguida, foi realizada a leitura flutuante e o levantamento das frequências de respostas das mães de cada grupo de idade estudado. Além da frequência, foram consideradas as semelhanças e contradições dos discursos das mães, sendo feita uma análise qualitativa de conteúdo. Os resultados demonstraram que as mães com um nível educacional maior apresentaram, de maneira geral, respostas mais elaboradas e com maiores informações sobre o desenvolvimento do bebê e a relação diádica. Com relação ao número de filhos, a maioria das mães secundíparas relatou que as experiências com o primeiro filho contribuíram para a percepção e as práticas atuais delas com o bebê. No que se refere à idade do bebê, foram encontradas diferenças entre as respostas dos dois grupos de mães, principalmente no tocante às percepções maternas acerca da habilidade de comunicação intencional dos bebês. As mães de bebês de 9 meses relataram maior número de comportamentos comunicativos intencionais e apresentaram exemplos mais claros de tais ações do que as mães de bebês de 4 meses. Ressalta-se que essas diferenças nas respostas maternas podem estar relacionadas a cada período específico do desenvolvimento infantil e às aquisições que se dão ao longo das interações sociais. Ademais, a Entrevista sobre percepção materna acerca da habilidade de comunicação intencional do bebê, instrumento proposto ao final deste trabalho, pode contribuir para ações de estudiosos da linguagem e psicólogos que visem a captar as percepções maternas acerca da habilidade de comunicação intencional dos bebês e analisar o domínio sociopragmático da linguagem. Considera-se que o presente estudo pode auxiliar a discussão em torno das percepções e práticas maternas e a identificação precoce de transtornos e déficits do desenvolvimento na área da comunicação e da linguagem, fornecendo subsídios às práticas de psicólogos nas orientações aos pais, cuidadores e/ou educadores.
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