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Efeitos do método mãe-canguru sobre o desenvolvimento motor de bebês pré-termo extremos.Canotilho, Marta Martins 28 February 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-02-28 / The Kangaroo Mother Care (KMC) has been proposed as a new model of neonatal
intervention. This study aimed to contribute for the comprehension of the KMC as a
neonatal intervention to promote the motor development of extremely preterm babies. The
objectives of this study were (1) to compare the effects of the KMC in motor development
between extremely preterm babies and preterm babies of larger gestational ages, (2) to
characterize the motor development of extremely preterm babies submitted to the KMC,
comparatively of the preterm babies submitted to the traditional routine, (3) to analyze
possible relations between the motor development of extremely preterm babies and
components of the KMC, as contact skin-to-skin, maternal breast-feeding and the mothers
care of their babies until discharge. Participants were 12 at term babies and 66 preterm
babies, allocated in 3 groups: the control group 1 (GC1), subdivided in a group of 15
babies with less of 32 weeks of gestational age (GC1<32s) and another of 19 babies with
age gestational between 32 and 36 weeks (GC1≥32s), the kangaroo-mother group (GMC)
submitted to the KMC during the diurnal period, since the clinical stability up to hospital
discharge, subdivided in a group of 15 babies with less of 32 weeks of age gestational
(GMC<32s) and another of 17 babies with age gestational between 32 and 36 weeks
(GMC≥32s), and the group control 2 (GC2), with 12 babies at term. The motor
development was evaluated longitudinally with the Alberta Infant Motor Scale (AIMS),
monthly to the 6 months and afterwards to the 9, 12, 14 and 16 months of age (corrected
for the preterm baby). The babies of the GC1<32s presented motor development delay,
especially in the first semester of life. The babies of the GC1≥32s, GMC<32s, GMC≥32s
and GC2 did not present differences in the motor development. The KMC favored the
motor development of extremely preterm babies, matching their motor development to the
at term babies. The breastfeeding correlated positively with larger punctuations in the scale
AIMS in the extremely preterm babies to the 3 and 6 months of age. The mothers care of
their babies until discharge correlated positively with larger punctuations in the scale
AIMS in the extremely preterm babies to the 6 months of age. The variability of the
exposition to the skin-to-skin contact (between 74 and 255 hours) was not associated with
the variability of the punctuations in the scale AIMS, in the first year of life. The KMC is
a neonatal intervention model to promote the motor development of extremely preterm
babies during the first months of life and contributed to humanize the hospital care, to
capacitate the mothers in the care of their babies, and to promote the breastfeeding. / O Método Mãe-Canguru (MMC) tem sido proposto como um novo modelo de
intervenção neonatal. Este estudo buscou contribuir para a compreensão do MMC como
uma intervenção neonatal favorecedora do desenvolvimento motor de bebês pré-termo
extremos, tendo como objetivos (1) comparar os efeitos do MMC sobre o
desenvolvimento motor de bebês pré-termo extremos egressos de UTI-N com os de
bebês de maior idade gestacional, (2) caracterizar o desenvolvimento motor de bebês
pré-termo extremos submetidos ao MMC, comparativamente ao de bebês pré-termo
extremos submetidos à rotina tradicional, (3) analisar possíveis relações entre o
desenvolvimento motor de bebês pré-termo extremos e elementos do MMC, como
contato pele a pele, aleitamento materno e realização dos cuidados pelas mães.
Participaram 12 bebês nascidos a termo e 66 bebês pré-termo, alocados em 3 grupos: o
grupo controle 1 (GC1), de bebês pré-termo submetidos a rotina tradicional, subdividido
em um grupo de 15 bebês com menos de 32 semanas de idade gestacional (GC1<32s) e
um outro de 19 bebês com idade gestacional entre 32 e 36 semanas (GC1 ≥32s), o grupo
mãe-canguru (GMC) submetido ao MMC durante o período diurno, desde a estabilidade
clínica até a alta hospitalar, subdividido em um grupo de 15 bebês com menos de 32
semanas de idade gestacional (GMC<32s) e um outro de 17 bebês com idade
gestacional entre 32 e 36 semanas (GMC≥32s), e o grupo controle 2 (GC2), com 12
bebês a termo. O desenvolvimento motor foi avaliado longitudinalmente com a Alberta
Infant Motor Scale (AIMS), mensalmente até os 6 meses e depois aos 9, 12, 14 e 16
meses de idade (corrigida para os pré-termo). Os bebês do GC1<32s apresentaram
atraso no desenvolvimento motor, sobretudo no primeiro semestre de vida. Os bebês dos
grupos GC1≥32s, GMC<32s, GMC≥32s e GC2 não apresentaram diferenças entre si na
trajetória do desenvolvimento motor indicando que o MMC favoreceu o
desenvolvimento motor de bebês pré-termo extremos, sendo este similar ao dos bebês a
termo. O aleitamento materno correlacionou-se positivamente com maiores pontuações
na escala AIMS nos bebês pré-termo extremos aos 3 e 6 meses de idade, assim como a
realização dos cuidados pelas mães aos 6 meses de idade. A variabilidade da exposição
ao contato pele a pele (entre 74 e 255 horas) não foi associada com a variabilidade das
pontuações na escala AIMS, no primeiro ano de vida. O MMC pode ser considerado um
modelo de intervenção neonatal favorecedor do desenvolvimento motor em bebês prétermo
extremos durante os primeiros meses de vida, contribuindo também para a
humanização do cuidado neonatal, para a capacitação das mães nos cuidados com seus
bebês e para a promoção do aleitamento materno.
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