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A discussão sobre sustentabilidade e o desenvolvimento de competências gerenciais nas organizações: investigando de forma cooperativa atores, estruturas, discursos e açõesNovaes, Marcos Bidart Carneiro de 09 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-02-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Society and the individual are experiencing a moment of anxiety over risks linked to human action and climate change, from floods and famine to technology-based risks. It is in this context that concerns over economic, environmental and social sustainability emerge. Over a decade ago, a view known as the sustaincentric worldview arose. This is a dialectical synthesis which proposes to overcome the apparently irreconcilable points of view stemming from the "technocentric" and "ecocentric" worldviews. The former prescribes technological solutions for the abovementioned risks and the latter an immediate interruption of economic development as it is known today. This work s theme, the discussion about sustainability and the development of managerial competencies, is a reflection, on the organizational level, of these countless questions which clash with one another and complement one another. This is a work essentially about human and social management of organizations and the people who gather within them to work and cooperate. It is a work focused on managers reality, since they are being called to participate in a broad mentality shift, in which the interests of various stakeholders are taken into account, and not merely those of shareholders. On the theoretical level, this work is based on Giddens (1984, 2009) ideas about structure and action and Beck s (1992, 2007) concepts about risk society. It also draws on McKibben s (2007) and Söderbaum s (2000, 2008) ideas about new economic presuppositions, on Sandberg s (2000, 2007) interpretivist conceptions about competency development and on Engeström s (2001) expansive development. The objective of this research is to cooperatively investigate the development of managers competencies within an organization by introducing the sustainability discussion in this company environment. More specifically, it aims to analyze how the guiding idea of sustainability is understood and signified by corporate actors and how the discussion and practice of sustainability alters these meanings and sets competent actions in motion over time. The work also seeks to understand and problematize how the demands of various interest groups are negotiated during this process. Cooperative inquiry was used as the research methodology, following the works of Heron (1981, 1996), Reason (1994, 2003) and Moreno (1992, 1997). The research was conducted with a group of managers from the hospitality sector in Brazil. The results present a thick description of the paradoxes, limits and possibilities for advances in the reflections and actions of this group of managers, who committed themselves to a project for sustainability competency development within an interpretive and cooperative logic. In this process, face to face encounters, reflexive dialogues and exchange of best practices were the key point. The research trajectory allowed changes to occur in the way these organizational actors understood the meaning of their work and business, regarding sustainability, in the context allowed by the structure. On the level of reflexive and dialogic actions, however, implications for future changes and researches emerged, with this or other groups. / A sociedade e o indivíduo vivem um momento em que se temem riscos relacionados à ação do homem e às mudanças climáticas, desde inundações, grandes formes a riscos ligados a novas tecnologias. É neste contexto que emergem preocupações com a sustentabilidade econômica, ambiental e social. Há mais de uma década surge uma abordagem de sustentabilidade chamada de sustentocêntrica . Esta é uma síntese dialética que propõe a superação dos aparentemente irreconciliáveis pontos de vista fundamentados nas visões tecnocêntrica e ecocêntrica . A primeira pregando soluções tecnológicas para os riscos acima e a segunda uma imediata interrupção do desenvolvimento econômico como hoje é concebido. O tema deste trabalho, a discussão sobre a sustentabilidade e o desenvolvimento de competências gerenciais, é um reflexo no nível organizacional destas inúmeras questões que se chocam e complementam. Este é um trabalho em sua essência sobre a gestão humana e social das organizações e sobre as pessoas que nelas se reúnem para trabalhar e cooperar. É um trabalho focado na realidade de gestores, que são conclamados a participar de uma mudança de mentalidade ampla, na qual, não apenas interesses de acionistas são levados em consideração, mas de diferentes stakeholders. Este trabalho se embasa, no plano teórico, nas ideias sociológicas de Giddens (1984, 2009) sobre estrutura e ação, e de Beck (1992, 2007) sobre sociedade de risco. Recorre também às ideias de McKibben (2007) e Söderbaum (2000, 2008) sobre novos pressupostos econômicos, nas concepções interpretativistas sobre desenvolvimento de competências de Sandberg (2000, 2007) e do desenvolvimento expansivo de Engeström (2001). O objetivo da presente pesquisa é investigar de forma cooperativa o desenvolvimento de competências dos gestores em uma organização, ao se introduzir a discussão sobre sustentabilidade nesta mesma organização. Visa, mais especificamente, analisar como a ideia-força da sustentabilidade é compreendida e significada pelos atores corporativos e de que forma a discussão e prática em relação à sustentabilidade altera estes significados e desencadeia ações competentes, ao longo do tempo. O trabalho procura também compreender e problematizar como são negociadas as demandas dos diversos grupos de interesses durante este processo. Como metodologia de pesquisa recorreu-se à investigação-cooperativa, baseada nos trabalhos de Heron (1981, 1996), de Reason (1994, 2003) e de Moreno (1992, 1997). A pesquisa foi conduzida com um grupo de gestores do setor de Hotelaria no Brasil. Como resultados têm-se a descrição densa das contradições, paradoxos, limites e possibilidades de avanços nas reflexões e ações práticas deste grupo de gestores, que se comprometeram a participar de um processo de desenvolvimento de competências para a sustentabilidade numa lógica interpretativa e cooperativa. Neste processo, encontros vivenciais, diálogos reflexivos e trocas de melhores práticas foram pontos-chave. A trajetória da pesquisa permitiu mudanças significativas na forma como estes atores organizacionais passaram a compreender o significado do seu trabalho e dos negócios, em relação à sustentabilidade. O grupo obteve, sobretudo, avanços de ordem prática, envolvendo ações técnico-operacionais de curto e médio alcance, no contexto que a estrutura permitiu. No plano das ações reflexivas e dialógicas, no entanto, surgiram implicações para mudanças e pesquisas futuras, com este ou outros grupos.
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