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La Chiara Fama: tradução comentada de cartas selecionadas de Giuseppe Ungaretti para Leone Piccioni / La Chiara Fama: commented translation of selected letters from Giuseppe Ungaretti to Leone PiccioniFerreira, Laura Cristhina Fiore 04 December 2018 (has links)
Ao retornar à Itália em 1942, após alguns anos no Brasil lecionando na Universidade de São Paulo, Ungaretti foi nomeado professor de literatura na Universidade de Roma. Apesar de alguns percalços posteriores relativos a tal nomeação, Ungaretti permaneceu na universidade até se aposentar, e alguns de seus alunos, assim como ocorreu no Brasil, acabaram por formar vínculos mais fortes com o poeta. Um desses alunos foi Leone Piccioni, filho de Attilio Piccioni, um dos fundadores do partido Democrazia Cristiana e mais tarde ministro e senador. Em 1945 Leone Piccioni, vindo da Universidade de Florença e portando uma carta de apresentação de Giuseppe De Robertis, encontrou-se com Ungaretti, quando então discutiram os possíveis temas da tesi di laurea de Piccioni. Foi a partir de então que Ungaretti e Piccioni começaram a trocar cartas. Ambos moravam em Roma e, embora se encontrassem com bastante frequência e sempre conversassem pelo telefone, Ungaretti sentia necessidade de escrever para Piccioni após ter refletido a respeito de alguma discussão. A correspondência teve início em julho de 1946 e terminou em maio de 1969 tendo Ungaretti morrido em junho de 1970. Essas cartas foram publicadas em um volume na Itália, Lallegria è il mio elemento, em 2013, e nos mostram um Ungaretti mais preocupado com a construção da sua carreira e da sua vida profissional. A análise dessas cartas nos traz novos elementos da vida de Ungaretti que contribuem para uma compreensão mais aprofundada do poeta e de sua obra. Assim, o objetivo deste trabalho é selecionar, traduzir e contextualizar cartas constantes de tal volume, apresentando quatro aspectos da construção da sua persona pública e profissional que se sobressaíram dessa análise: a chiara fama (ou notório saber), a busca pelo Nobel, o poeta injustiçado e o poeta festejado. / After returning to Italy in 1942, having spent a few years in Brazil teaching at University of São Paulo, Ungaretti was appointed professor of literature at University of Rome. Despite some later obstacles related to such appointment, Ungaretti remained at the University until his retirement, and some of his students, as in Brazil, ended up by creating stronger bonds with the poet. One of these students was Leone Piccioni, son of Attilio Piccioni, one of the founders of the party Democrazia Cristiana, and later minister and senator. In 1945 Leone Piccioni, coming from University of Florence and having a letter of introduction from Giuseppe De Robertis, met Ungaretti to discuss possible subjects of Piccionis tesi di laurea. It was from then on that Ungaretti and Piccioni started to write each other. Both lived in Rome and, though they often met and always talked on the phone, Ungaretti felt the need of writing to Piccioni after having considered some discussion they had. The correspondence started in July 1946 and ended in May 1969, having Ungaretti died in June 1970. These letters were published in Italy in a book called Lallegria è il mio elemento, in 2013, and show us an Ungaretti that is more concerned with the development of his career and professional life. The analysis of these letters gives us new elements of Ungarettis life that contribute to a deeper understanding of the poet and his work. Thus, the purpose of this work is to select, translate and provide the context of letters included in such book, presenting four aspects of the construction of his public and professional persona that stood out in this analysis: chiara fama (widely recognized erudition), search for the Nobel prize, the wronged poet and the celebrated poet.
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