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Associação entre letramento em saúde e adesão ao tratamento medicamentosoMaragno, Carla Andreia Daros January 2009 (has links)
Objetivo: Desenvolver um questionário em português que avalie letramento em saúde e verificar a possível associação entre letramento em saúde e adesão à terapia medicamentosa. Métodos: Entrevistas foram realizadas enquanto os indivíduos esperavam seu atendimento em postos de saúde da cidade de Bagé, na região sul do Brasil. O letramento em saúde foi avaliado pelo Teste de Letramento em Saúde (TLS). O TLS foi desenvolvido baseando-se na tradução e adaptação do TOFHLA (Test of Functional Health Literacy in Adults) para a realidade brasileira, considerando-se aspectos de linguagem e culturais. A adesão à terapia medicamentosa foi avaliada pelo Morisky e as dificuldades para adesão foram avaliadas pelo BMQ (Brief Medication Questionnarie). Resultados: A consistência interna do TLS foi alta (0,789). Sua pontuação média foi de 87,4 ± 10,2 e mais de dois terços da população (73,7%) tinha no mínimo o ensino médio completo. Aproximadamente 87% dos participantes possuíam letramento em saúde adequado, 10,5% limitado e 2,6% inadequado. Houve diferença estatisticamente significativa entre as pontuações médias obtidas entre as diferentes faixas etárias e de escolaridade. Os indivíduos com baixo letramento em saúde apresentaram mais do que o dobro de probabilidades de encontrarem dificuldades para aderir ao tratamento medicamentoso quando comparados aos indivíduos com letramento em saúde adequado (RP=2,19; IC95%=1,30 – 3,67). Conclusão: O TLS demonstrou ser uma medida adequada de letramento em saúde para indivíduos com alto nível de escolaridade. Porém, necessita maiores avaliações entre aqueles com menor escolaridade. Através do TLS, o impacto do baixo letramento em saúde na população brasileira pode ser avaliado, bem como a identificação dos indivíduos que necessitam de instruções especiais Além disso, o baixo letramento em saúde demonstrou estar associado com maiores dificuldades para aderir ao tratamento medicamentoso. Portanto, intervenções que proponham melhorar a adesão, devem, antecipadamente, verificar o nível de letramento em saúde destes, para assim elaborar estratégias capazes de atingir o entendimento dos pacientes em cada grau de letramento. / Title: Association Between Health Literacy and Medical Treatment Adherence. Objective: To develop a test to evaluate health literacy in Brazilian Portuguese and assess the association between health literacy and adherence to medical therapy. Methods: Interviews were carried out while participants waited for consults in primary care facilities in Bagé, south Brazil. Health Literacy was evaluated through the Teste de Letramento em Saúde (TLS). The TLS was based on translation and adaptation of the Test of Functional Health Literacy in Adults (TOFHLA) to the Brazilian scenario, considering cultural and language aspects. Adherence to medical therapy was evaluated by Morisky and difficulties for adherence were evaluated through Brief Medication Questionnaire (BMQ). Results: Internal consistency was high (0.789). Average score was 87.4±10.2, and over two thirds of the population (73.7%) had finished high school. Approximately 87% of participants had adequate health literacy, 10.5% had marginal health literacy, and 2.6% had inadequate health literacy. There was a statistically significant difference in average scores between groups with different age and education. Individuals with low health literacy (LHL) presented over twice as much chance of finding difficulties in adhering to medical treatment than individuals with good health literacy (PR=2.19; 95%CI= 1.30 – 3.67). Conclusion: TLS provides a proper way of accessing health literacy in individuals with high education level. However, further evaluation is needed among those with lower education. Through TLS, the impact of low health literacy in the Brazilian population can be assessed and the identification of individuals who need special instruction.Moreover, low health literacy has proven to be associated with greater difficulties to adhere to drug treatment. Therefore, interventions that propose improve adherence, should in advance determine the level of literacy in of health, in order to develop strategies capable of understanding of patients in each degree of literacy.
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Associação entre letramento em saúde e adesão ao tratamento medicamentosoMaragno, Carla Andreia Daros January 2009 (has links)
Objetivo: Desenvolver um questionário em português que avalie letramento em saúde e verificar a possível associação entre letramento em saúde e adesão à terapia medicamentosa. Métodos: Entrevistas foram realizadas enquanto os indivíduos esperavam seu atendimento em postos de saúde da cidade de Bagé, na região sul do Brasil. O letramento em saúde foi avaliado pelo Teste de Letramento em Saúde (TLS). O TLS foi desenvolvido baseando-se na tradução e adaptação do TOFHLA (Test of Functional Health Literacy in Adults) para a realidade brasileira, considerando-se aspectos de linguagem e culturais. A adesão à terapia medicamentosa foi avaliada pelo Morisky e as dificuldades para adesão foram avaliadas pelo BMQ (Brief Medication Questionnarie). Resultados: A consistência interna do TLS foi alta (0,789). Sua pontuação média foi de 87,4 ± 10,2 e mais de dois terços da população (73,7%) tinha no mínimo o ensino médio completo. Aproximadamente 87% dos participantes possuíam letramento em saúde adequado, 10,5% limitado e 2,6% inadequado. Houve diferença estatisticamente significativa entre as pontuações médias obtidas entre as diferentes faixas etárias e de escolaridade. Os indivíduos com baixo letramento em saúde apresentaram mais do que o dobro de probabilidades de encontrarem dificuldades para aderir ao tratamento medicamentoso quando comparados aos indivíduos com letramento em saúde adequado (RP=2,19; IC95%=1,30 – 3,67). Conclusão: O TLS demonstrou ser uma medida adequada de letramento em saúde para indivíduos com alto nível de escolaridade. Porém, necessita maiores avaliações entre aqueles com menor escolaridade. Através do TLS, o impacto do baixo letramento em saúde na população brasileira pode ser avaliado, bem como a identificação dos indivíduos que necessitam de instruções especiais Além disso, o baixo letramento em saúde demonstrou estar associado com maiores dificuldades para aderir ao tratamento medicamentoso. Portanto, intervenções que proponham melhorar a adesão, devem, antecipadamente, verificar o nível de letramento em saúde destes, para assim elaborar estratégias capazes de atingir o entendimento dos pacientes em cada grau de letramento. / Title: Association Between Health Literacy and Medical Treatment Adherence. Objective: To develop a test to evaluate health literacy in Brazilian Portuguese and assess the association between health literacy and adherence to medical therapy. Methods: Interviews were carried out while participants waited for consults in primary care facilities in Bagé, south Brazil. Health Literacy was evaluated through the Teste de Letramento em Saúde (TLS). The TLS was based on translation and adaptation of the Test of Functional Health Literacy in Adults (TOFHLA) to the Brazilian scenario, considering cultural and language aspects. Adherence to medical therapy was evaluated by Morisky and difficulties for adherence were evaluated through Brief Medication Questionnaire (BMQ). Results: Internal consistency was high (0.789). Average score was 87.4±10.2, and over two thirds of the population (73.7%) had finished high school. Approximately 87% of participants had adequate health literacy, 10.5% had marginal health literacy, and 2.6% had inadequate health literacy. There was a statistically significant difference in average scores between groups with different age and education. Individuals with low health literacy (LHL) presented over twice as much chance of finding difficulties in adhering to medical treatment than individuals with good health literacy (PR=2.19; 95%CI= 1.30 – 3.67). Conclusion: TLS provides a proper way of accessing health literacy in individuals with high education level. However, further evaluation is needed among those with lower education. Through TLS, the impact of low health literacy in the Brazilian population can be assessed and the identification of individuals who need special instruction.Moreover, low health literacy has proven to be associated with greater difficulties to adhere to drug treatment. Therefore, interventions that propose improve adherence, should in advance determine the level of literacy in of health, in order to develop strategies capable of understanding of patients in each degree of literacy.
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Associação entre letramento em saúde e adesão ao tratamento medicamentosoMaragno, Carla Andreia Daros January 2009 (has links)
Objetivo: Desenvolver um questionário em português que avalie letramento em saúde e verificar a possível associação entre letramento em saúde e adesão à terapia medicamentosa. Métodos: Entrevistas foram realizadas enquanto os indivíduos esperavam seu atendimento em postos de saúde da cidade de Bagé, na região sul do Brasil. O letramento em saúde foi avaliado pelo Teste de Letramento em Saúde (TLS). O TLS foi desenvolvido baseando-se na tradução e adaptação do TOFHLA (Test of Functional Health Literacy in Adults) para a realidade brasileira, considerando-se aspectos de linguagem e culturais. A adesão à terapia medicamentosa foi avaliada pelo Morisky e as dificuldades para adesão foram avaliadas pelo BMQ (Brief Medication Questionnarie). Resultados: A consistência interna do TLS foi alta (0,789). Sua pontuação média foi de 87,4 ± 10,2 e mais de dois terços da população (73,7%) tinha no mínimo o ensino médio completo. Aproximadamente 87% dos participantes possuíam letramento em saúde adequado, 10,5% limitado e 2,6% inadequado. Houve diferença estatisticamente significativa entre as pontuações médias obtidas entre as diferentes faixas etárias e de escolaridade. Os indivíduos com baixo letramento em saúde apresentaram mais do que o dobro de probabilidades de encontrarem dificuldades para aderir ao tratamento medicamentoso quando comparados aos indivíduos com letramento em saúde adequado (RP=2,19; IC95%=1,30 – 3,67). Conclusão: O TLS demonstrou ser uma medida adequada de letramento em saúde para indivíduos com alto nível de escolaridade. Porém, necessita maiores avaliações entre aqueles com menor escolaridade. Através do TLS, o impacto do baixo letramento em saúde na população brasileira pode ser avaliado, bem como a identificação dos indivíduos que necessitam de instruções especiais Além disso, o baixo letramento em saúde demonstrou estar associado com maiores dificuldades para aderir ao tratamento medicamentoso. Portanto, intervenções que proponham melhorar a adesão, devem, antecipadamente, verificar o nível de letramento em saúde destes, para assim elaborar estratégias capazes de atingir o entendimento dos pacientes em cada grau de letramento. / Title: Association Between Health Literacy and Medical Treatment Adherence. Objective: To develop a test to evaluate health literacy in Brazilian Portuguese and assess the association between health literacy and adherence to medical therapy. Methods: Interviews were carried out while participants waited for consults in primary care facilities in Bagé, south Brazil. Health Literacy was evaluated through the Teste de Letramento em Saúde (TLS). The TLS was based on translation and adaptation of the Test of Functional Health Literacy in Adults (TOFHLA) to the Brazilian scenario, considering cultural and language aspects. Adherence to medical therapy was evaluated by Morisky and difficulties for adherence were evaluated through Brief Medication Questionnaire (BMQ). Results: Internal consistency was high (0.789). Average score was 87.4±10.2, and over two thirds of the population (73.7%) had finished high school. Approximately 87% of participants had adequate health literacy, 10.5% had marginal health literacy, and 2.6% had inadequate health literacy. There was a statistically significant difference in average scores between groups with different age and education. Individuals with low health literacy (LHL) presented over twice as much chance of finding difficulties in adhering to medical treatment than individuals with good health literacy (PR=2.19; 95%CI= 1.30 – 3.67). Conclusion: TLS provides a proper way of accessing health literacy in individuals with high education level. However, further evaluation is needed among those with lower education. Through TLS, the impact of low health literacy in the Brazilian population can be assessed and the identification of individuals who need special instruction.Moreover, low health literacy has proven to be associated with greater difficulties to adhere to drug treatment. Therefore, interventions that propose improve adherence, should in advance determine the level of literacy in of health, in order to develop strategies capable of understanding of patients in each degree of literacy.
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Validação do teste de avaliação do letramento em saúde (TALES), um questionário brasileiro de avaliação de letramento em saúdeSantos, Luanda Thais Mendonça 18 April 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-04-18 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Letramento em Saúde (LS) é a capacidade de o paciente ler, obter e processar informações básicas sobre sua saúde a fim de tomar decisões pertinentes sobre autocuidado e se empoderar de sua condição clínica. Para tanto, precisa apresentar bons níveis de LS, uma vez que baixos níveis estão associados a desfechos clínicos negativos. Nesse intuito, avaliar LS torna-se essencial, portanto o objetivo deste trabalho foi criar e validar o primeiro instrumento brasileiro de avaliação de Letramento em Saúde – TALES – Teste de Avaliação de Letramento em Saúde. Para tanto, utilizou-se uma amostra composta de 1400 indivíduos, entre pacientes do SUS, alunos da Educação de Jovens e Adultos e de graduação. Foi elaborada uma Cartilha, contendo informações sobre Doença Renal Crônica utilizando técnicas linguísticas de facilitação de leitura. Após, foi confeccionado um banco de itens de 63 itens, englobando questões de habilidades numéricas e de compreensão de leitura, distribuídos em três níveis de letramento, baseados na Matriz de Referência do Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF). Os itens foram aleatorizados, formando seis versões de instrumento, cada uma contendo 21 itens. Na calibração, cada versão foi respondida por 200 indivíduos, totalizando 400 respostas para cada item e 1200 respondentes. Utilizou-se, para avaliação de construto e dimensionalidade, a Análise Fatorial Confirmatória e, para as propriedades psicométricas dos itens, o modelo de Rasch de um parâmetro. As estimativas foram obtidas pelo Método de Máxima Verossimilhança Perfilada para se obter estimativas não enviesadas sob condições de falta de dados completamente ao acaso. Obtida a versão ótima, ou seja, aquela que apresentou as melhores propriedades psicométricas, foram confrontados os escores obtidos por essa versão com o Padrão Ouro, no caso, o INAF (Indicador de Alfabetismo Funcional). Nesta etapa, chamada validação de critério, foram aplicadas a versão final do TALES e o INAF em 200 pacientes. Os valores do Alpha de Cronbach e índices KMO foram sempre superiores a 0,85, evidenciando uma boa consistência interna e adequação da amostra para todas as versões. A Análise Fatorial Exploratória e a Análise Fatorial Confirmatória corroboraram a unidimensionalidade do instrumento. Foi ajustado um modelo de Rasch, de um parâmetro, indicando haver predominância de coeficientes de dificuldades negativos, ou seja, itens de baixa dificuldade. A correlação entre o percentual do INAF e o escore do TALES foi moderada (r=0,72). Contudo, ao correlacionarmos o escore do TALES com a proficiência do INAF, percebe-se uma forte correlação se avaliarmos indivíduos com ensino Fundamental Incompleto (r=0,79) e baixa renda (r=0,77), respectivamente. O TALES se mostrou um bom instrumento de rastreio para baixo LS, identificando, com eficácia, pacientes com risco potencial a desfechos clínicos negativos. / Health Literacy (HL) is the ability of the patient to read, obtain and process basic
information about their health in order to make pertinent decisions about self-care and to
empower themselves with their clinical condition. To do so, it must present good HL levels,
since low levels are associated with negative clinical outcomes. In order to evaluate HL, it
is essential that the aim of this work was to create and validate the first Brazilian
Evaluation Instrument for Health Literacy - TALES - Health Assessment Test. Composed
of 1400 individuals, among patients from the Brazilian Public Health System, students of
Youth and Adult Education and graduation. A Primer was prepared, containing information
about Chronic Kidney Disease using linguistic techniques of reading facilitation.
Afterwards, a database of 63 items was elaborated, encompassing questions of numerical
skills and reading comprehension distributed in three levels of literacy, based on the
Reference Matrix of the National Indicator of Functional Literacy (INAF). The items were
randomized, forming six instrument versions, each one containing 21 items. In the
calibration, each version was answered by 200 individuals, totaling 400 answers for each
item and 1200 respondents. We used, for construct and dimensionality evaluation, the
Factorial Confirmatory Analysis and, for the psychometric properties of the items, the
Rasch model of a parameter. Estimates were obtained by the Maximum Profile Likelihood
Method to obtain unbiased estimates under conditions of completely random data loss.
Once the optimal version, that is, the one with the best psychometric properties, the scores
obtained by this version were compared with the Gold Standard, in this case, the INAF. In
this stage, called criterion validation, the final version of TALES and INAF were applied in
200 patients. Cronbach's Alpha values and KMO indexes were always higher than 0.85,
showing good internal consistency and suitability of the sample for all versions. Exploratory
Factor Analysis and Confirmatory Factor Analysis corroborated the one-dimensionality of
the instrument. A Rasch model of a parameter was adjusted, indicating that there are
predominance of coefficients of negative difficulties, that is, items of low difficulty. The
correlation between the INAF percentage and the TALES score was moderate (r = 0.72).
However, when correlating the TALES score with the INAF proficiency, a strong correlation
was observed if we evaluated individuals with incomplete elementary education (r = 0.79)
and low income (r = 0.77), respectively. TALES proved to be a good HL screening tool,
effectively identifying patients at potential risk for negative clinical outcomes.
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