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A Plataforma Carbonática Araras no sudoeste do Cráton Amazônico, Mato Grosso: estratigrafia, contexto paleoambiental e correlação com os eventos glaciais do Neoproterozóico / not available

Nogueira, Afonso Cesar Rodrigues 05 June 2003 (has links)
Os últimos 200 Ma do Neoproterozóico (~720 a 544 Ma) concentram as mais pronunciadas mudanças climáticas e evolucionárias da história da Terra. Estes eventos estão registrados no Grupo Araras, constituído pelas formações Mirassol d\'Oeste (dolomitos), Guia (calcários), Serra do Quilombo (dolomitos e brechas) e Nobres (dolomitos e arenitos), aflorante no sudoeste do Cráton Amazônico e Faixa Paraguai Norte. Estas rochas sobrepõem diamictitos da Formação Puga, correlatos às glaciações de baixa-latitude do Varanger/Marinoan, inseridas no modelo de snowball Earth. Foram identificadas na Formação Puga e Grupo Araras 28 fácies sedimentares agrupadas em oito associações, representativas de depósitos glaciais marinhos e de plataforma carbonática profunda a rasa. A base do grupo constitui a capa carbonática Puga, caracterizada por dolomitos e calcários com feições anômalas (estruturas em tubo e tipo tepee, laminação plana fenestral, crostas e leques de cristais de pseudomorfos de aragonita) e assinatura isotópica negativa de C, depositada em águas profundas e supersaturadas em CaC\'O IND.3\'. Deformação plástica na base da capa carbonática e no topo dos diamictitos formada por eventos sísmicos induzidos pelo rebound pós-glacial, indica rápida transição de condições climáticas glaciais para as de efeito estufa. Os depósitos de plataforma carbonática estão organizados em megaciclos, ciclos métricos e sucessões de eventos, agrupados em três sequências deposicionais. A primeira representa a seqüência da capa carbonática que engloba os eventos anômalos de sedimentação do Neoproterozóico. As demais são de alta freqüência e estão organizadas em uma seqüência composta de menor ordem. As variações dos valores isotópicos de C, O e Sr coadunam com os eventos deposicionais e de exposição subaérea interpretados para as seqüências, e são similares às de outras sucessões neoproterozóicas, permitindo estimar a idade da glaciação Puga em torno de ~575-570 Ma. A precipitação da capa carbonática foi sucedida pela deposição de lamas calcárias e terrígenas de plataforma profunda. O subseqüente retorno das condições anômalas de supersaturação em CaC\'O IND.3\' foi acompanhado por eventos de sismicidade indicados pela abundante precipitação de esparito dolomítico em brechas, falhas e estruturas molar tooth. A plataforma foi assolada posteriormente por tempestades e tsunamis gerando brechas e falhas associados a estratificação cruzada hummocky. Extensas planícies de maré de clima árido representam a última deposição da plataforma Araras precedendo o episódio de pronunciada queda do nível do mar. Na transgressão subseqüente, vales incisos foram preenchidos por sedimentos terrígenos flúvio-estuarinos da Formação Raizama, em resposta ao soerguimento das áreas-fonte à sudeste da área, induzido pela colisão dos blocos Amazônia e São Francisco em ~530 Ma. A caracterização estratigráfica detalhada das seqüências carbonáticas do Grupo Araras, ao longo do Cráton Amazônico e Faixa Paraguai, estabeleceu a base para a correlação desses depósitos com outras capas carbonáticas neoproterozóicas, estendendo assim o registro destes eventos anômalos para a Plataforma Sul-Americana. / The end of the Neoproterozoic (~720 to 544 Ma) encompasses global climatic and biological changes with no parallel in Earth history. These events are recorded in the Araras Group (Mato Grosso, Brazil), along its four units: the Mirassol d´Oeste Formation (dolomites), the Guia Formation (limestones), the Serra do Quilombo Formation (dolomites and breccia) and the Nobres Formation (dolomites and sandstones). This succession overlies the Puga diamictites correlated to the low-latitute glaciation of Varanger/Marinoan, inserted in the snowball Earth model. Eight facies associations, which incorporate twenty-eight sedimentary facies were recognized in the Puga and Araras units, including glacio-marine and deep to shallow carbonate shelf environments. The base of the Araras Group corresponds to the Puga cap carbonate. It is composed of dolostones and limestones with negative excursions of õ13C and anomalous sedimentary structures (tube and tepee like structures, planar lamination with fenestral porosity, crust and aragonite-pseudmorphs crystal fans) deposited in CaCo3 oversatured deep water. The rapid transition from icehouse to greenhouse conditions is attested by plastic deformation along the contact between the cap carbonate and the diamictite as a response to seismic activity induced by the glacial rebound. The carbonate succession is arraged in there depositional sequences, composed of megacycles, meter-scale cycles and events deposits. The first sequence is the cap carbonate sequence, the anomalous sedimentation which uniquitously overlic the Neoproterozoic glacial successions. The other sequences are of high frequency and constitute a composite sequence of lower order. Comparison of the stratigraphic and isotopic record of the Araras Group with that of other Neoproterozoic successions indicate a Varanger/Marinoan age of ~575-570Ma for the Puga glaciation. The cap carbonate sequence is covered by deep shelf mudstones and shales. Following these deposits, the ocean experiences another episode of CaCO3 oversaturation contemporaneously to recurrent seismicity as indicated by sparry dolomite precipitation along breccias, faults and molar tooth structures. The basin was then hit by storms and tsunamis developing hummocky cross-stratification associated to breccia and faults. The last deposition event of Araras shelf refers to the installation of extensive arid tidal flats preceding the episode of pronounced sea level fall. In the subsequent transgression, incised valleys was filled by fluvial-estuarine terrigenous deposits of Raizama Formation, in response to the strong uplift to the SE of the area, induced by the collision of the Amazon and São Francisco blocks at around ~530 Ma. The detailed stratigraphic of depositional sequences of the Araras Group, along the Amazon Craton and the Paraguay Belt, established the basis for a correlation of these deposits with other Neoproterozoic cap carbonates, thus extending the record of these anomalous events to the South American Platform.
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A Plataforma Carbonática Araras no sudoeste do Cráton Amazônico, Mato Grosso: estratigrafia, contexto paleoambiental e correlação com os eventos glaciais do Neoproterozóico / not available

Afonso Cesar Rodrigues Nogueira 05 June 2003 (has links)
Os últimos 200 Ma do Neoproterozóico (~720 a 544 Ma) concentram as mais pronunciadas mudanças climáticas e evolucionárias da história da Terra. Estes eventos estão registrados no Grupo Araras, constituído pelas formações Mirassol d\'Oeste (dolomitos), Guia (calcários), Serra do Quilombo (dolomitos e brechas) e Nobres (dolomitos e arenitos), aflorante no sudoeste do Cráton Amazônico e Faixa Paraguai Norte. Estas rochas sobrepõem diamictitos da Formação Puga, correlatos às glaciações de baixa-latitude do Varanger/Marinoan, inseridas no modelo de snowball Earth. Foram identificadas na Formação Puga e Grupo Araras 28 fácies sedimentares agrupadas em oito associações, representativas de depósitos glaciais marinhos e de plataforma carbonática profunda a rasa. A base do grupo constitui a capa carbonática Puga, caracterizada por dolomitos e calcários com feições anômalas (estruturas em tubo e tipo tepee, laminação plana fenestral, crostas e leques de cristais de pseudomorfos de aragonita) e assinatura isotópica negativa de C, depositada em águas profundas e supersaturadas em CaC\'O IND.3\'. Deformação plástica na base da capa carbonática e no topo dos diamictitos formada por eventos sísmicos induzidos pelo rebound pós-glacial, indica rápida transição de condições climáticas glaciais para as de efeito estufa. Os depósitos de plataforma carbonática estão organizados em megaciclos, ciclos métricos e sucessões de eventos, agrupados em três sequências deposicionais. A primeira representa a seqüência da capa carbonática que engloba os eventos anômalos de sedimentação do Neoproterozóico. As demais são de alta freqüência e estão organizadas em uma seqüência composta de menor ordem. As variações dos valores isotópicos de C, O e Sr coadunam com os eventos deposicionais e de exposição subaérea interpretados para as seqüências, e são similares às de outras sucessões neoproterozóicas, permitindo estimar a idade da glaciação Puga em torno de ~575-570 Ma. A precipitação da capa carbonática foi sucedida pela deposição de lamas calcárias e terrígenas de plataforma profunda. O subseqüente retorno das condições anômalas de supersaturação em CaC\'O IND.3\' foi acompanhado por eventos de sismicidade indicados pela abundante precipitação de esparito dolomítico em brechas, falhas e estruturas molar tooth. A plataforma foi assolada posteriormente por tempestades e tsunamis gerando brechas e falhas associados a estratificação cruzada hummocky. Extensas planícies de maré de clima árido representam a última deposição da plataforma Araras precedendo o episódio de pronunciada queda do nível do mar. Na transgressão subseqüente, vales incisos foram preenchidos por sedimentos terrígenos flúvio-estuarinos da Formação Raizama, em resposta ao soerguimento das áreas-fonte à sudeste da área, induzido pela colisão dos blocos Amazônia e São Francisco em ~530 Ma. A caracterização estratigráfica detalhada das seqüências carbonáticas do Grupo Araras, ao longo do Cráton Amazônico e Faixa Paraguai, estabeleceu a base para a correlação desses depósitos com outras capas carbonáticas neoproterozóicas, estendendo assim o registro destes eventos anômalos para a Plataforma Sul-Americana. / The end of the Neoproterozoic (~720 to 544 Ma) encompasses global climatic and biological changes with no parallel in Earth history. These events are recorded in the Araras Group (Mato Grosso, Brazil), along its four units: the Mirassol d´Oeste Formation (dolomites), the Guia Formation (limestones), the Serra do Quilombo Formation (dolomites and breccia) and the Nobres Formation (dolomites and sandstones). This succession overlies the Puga diamictites correlated to the low-latitute glaciation of Varanger/Marinoan, inserted in the snowball Earth model. Eight facies associations, which incorporate twenty-eight sedimentary facies were recognized in the Puga and Araras units, including glacio-marine and deep to shallow carbonate shelf environments. The base of the Araras Group corresponds to the Puga cap carbonate. It is composed of dolostones and limestones with negative excursions of õ13C and anomalous sedimentary structures (tube and tepee like structures, planar lamination with fenestral porosity, crust and aragonite-pseudmorphs crystal fans) deposited in CaCo3 oversatured deep water. The rapid transition from icehouse to greenhouse conditions is attested by plastic deformation along the contact between the cap carbonate and the diamictite as a response to seismic activity induced by the glacial rebound. The carbonate succession is arraged in there depositional sequences, composed of megacycles, meter-scale cycles and events deposits. The first sequence is the cap carbonate sequence, the anomalous sedimentation which uniquitously overlic the Neoproterozoic glacial successions. The other sequences are of high frequency and constitute a composite sequence of lower order. Comparison of the stratigraphic and isotopic record of the Araras Group with that of other Neoproterozoic successions indicate a Varanger/Marinoan age of ~575-570Ma for the Puga glaciation. The cap carbonate sequence is covered by deep shelf mudstones and shales. Following these deposits, the ocean experiences another episode of CaCO3 oversaturation contemporaneously to recurrent seismicity as indicated by sparry dolomite precipitation along breccias, faults and molar tooth structures. The basin was then hit by storms and tsunamis developing hummocky cross-stratification associated to breccia and faults. The last deposition event of Araras shelf refers to the installation of extensive arid tidal flats preceding the episode of pronounced sea level fall. In the subsequent transgression, incised valleys was filled by fluvial-estuarine terrigenous deposits of Raizama Formation, in response to the strong uplift to the SE of the area, induced by the collision of the Amazon and São Francisco blocks at around ~530 Ma. The detailed stratigraphic of depositional sequences of the Araras Group, along the Amazon Craton and the Paraguay Belt, established the basis for a correlation of these deposits with other Neoproterozoic cap carbonates, thus extending the record of these anomalous events to the South American Platform.
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Evolução petrogenética e metalogenética da mina de ouro do Pari e arredores, NE do quadrilátero ferrífero - MG / Not available.

Abreu, Gustavo Correa de 21 March 2005 (has links)
A mina do Pari é a principal de várias mineralizações e depósitos de ouro menores, que ocorrem na quadrícula Florália (1:25.000), na região NE do Quadrilátero Ferrífero, hospedadas em rochas metassedimentares, clásticas, químicas e vulcanoclásticas, metavulcânicas máficas e em veleiros de quartzo e quartzo-carbonáticos do Grupo Nova Lima, que é a unidade litoestratigráfica média vulcano-sedimentar máfica e química, do greenstone belt arqueano Rio das Velhas (definido como supergrupo homônimo). As mineralizações de ouro principais da mina do Pari e arredores, Pari Norte, Patrimônio, Gambá e Bahú, foram estudadas no campo, com mapeamento de semidetalhe (escalas 1:25.000 até 1:10.000) e perfilagens detalhadas, com levantamentos de subsolo e sondagens (apenas mina do Pari), incluindo ainda estudos comparativos da mina São Bento e arredores, e das áreas Quebra Osso, Tanque Preto, Serra do Seara, Cambotas e Gongo Soco. Os estudos laboratoriais mineralógico-petrográficos e calcográficos, litogeoquímicos multielementares (FRX, ICP-MS, fire assay-AAS) e dequímica mineral (microssonda eletrônica) visaram caracterizar as associações litológicas regionais e das mineralizações de ouro (minérios, rochas encaixantes imediatas e rochas hospedeiras) para elucidar os diferentes fatores petro-metalogenéticos controladores das mineralizações e sua variação no curso da evolução geológica regional policíclica por orogêneses superimpostas arqueanas até neoproterozóicas/eopaleozoicas. Os resultados foram confrontados com a literatura de outras mineralizações de ouro do Sgr. Rio das Velhas na região do Quadrilátero Ferrífero inclusive de inclusões fluidas, isótopos estáveis e geocronológicos, e com modelos metalogenéticos de mineralizações de ouro em greenstone belts arqueanos. Entre os resultados principais destacam-se: os minérios de ouro predominantes da mina do Pari e das mineralizações maiores em sua continuação (Pari Norte, Patrimônio, Gambá), sendo BIF tipo Algoma vulcanogênicos, de fácies mista predominando sulfeto (arsenopirita, pirrotita); a origem singenética sedimentar-exalativa da mineralização, proximal em relação a centros submarinhos de vulcanismo básico toleiítico de zona de crescimento de fundo oceânico; as transformações polimetamórficas arqueanas até neoproterozóicas dos minérios, sob condições P-T máximas transicionais da fácies xisto verde superior para anfibolito durante o metamorfismo regional principal paleoproterozóico superior, final do Ciclo Minas/Espinhaço (Transamazônco); que este metamorfismo de grau médio não depauperou, pelo contrário, enobreceu os minérios de ouro, tanto texturalmente quanto aumentando os teores de Au (fineness) da liga natural do metal; que processos epigenéticos de zonas de cisalhamento e outros intrínsecos ao modelo \"orogenic gold\" não contribuíram de forma notável à metalogênese da mina do Pari e das principais mineralizações associadas (exceto Bahú); e, por fim, que as reservas potencias de ouro destes depósitos, com base em cálculos estimativos conservadores, totalizam cerca de 44 t de Au. Os estudos comparativos e da literatura indicaram que outras mineralizações e jazidas de ouro no Gr. Nova Lima, também podem ter tido origens sinsedimentares-exalativas, por exemplo, a mina São Bento, de ambiente sedimentar clástico fino (xistos grafitosos) e químico (BIF tipo Algoma de fácies sulfeto) distal de qualquer foco vulcânico, e as minas Morro Velho e Faria, entre outras. Também cabe destacar que o conceito de terrenos greenstone belt metamórficos de grau médio e alto arqueanos não terem potencialidade de ouro, precisa ser revisado, tanto a luz dos resultados de Pari, quanto de outras ocorrências mundiais, que hospedam inclusive jazidas de ouro de classe mundial. / Pari mine is the major one of several smaller gold mineralizations and deposits which occur in the Florália quadrangle (1:25.000). NE Quadrilátero Ferrífero, hosted in clastic, chemical and volcanoclastic metasediments and mafic metavolcanic rocks (amphibolites), as well as in quartz and quartz-carbonate veins of the Nova Lima Group - middle stratigraphical unit of mafic and chemical volcanosedimentary rocks of the Archaean Rio das Velhas greenstone belt (defined as the homonymous supergroup). The gold mineralizations of the Pari mine and surroundings, Pari Norte. Patrimônio, Gambá and Bahú, were studied with geological mapping (scales 1 :25.000 to 1:10.000) and detailed profiling, with underground mining geology and diamond drilling (Pari mine only), including also comparative studies of São Bento mine and surroundings, as well as of the Quebra Osso, Tanque Preto, Sena do Seara, Cambotas and Gongo Soco areas. Mineralogical, petrographical, ore-microscopy, geochemical (FRX, ICP-MS, fire-assay-AAS) and mineral chemistry (microprobe) laboratory studies were carried out in order to characterize the regional lithological associations and those of the gold mineralizations (ores, immediate wall and host rocks) in order to elucidate the different petro-metallogenetical factors which controlled the mineralizations and their variation in the course of the polycyclic regional geological evolution through Archaean to Neoproterozoic/Eopaleozoic superimposed orogeneses. Results were confronted with literature on other gold mineralizations, mainly of the Rio das Velhas greenstone belt in the Quadrilátero Ferrífero region, including fluid inclusion, stable isotopes and geochronological studies, and with metallogenetical models of gold mineralizations in Archaean greenstone belts. Among the results, the following stand out: the main gold ores of the Pari mine and the other larger-sized mineralizations in the continuation of the Nova Lima Group (Pari Norte, Patrimônio, Gambá) proved to be volcanogenic Algoma type BIF of mixed facies, yet with sulphide predominance (arsenopyrite, pyrrhotite); the syngenetic sedimentary-exhalative origin of the Pari mineralization, proximal to a submarine spreading center of tholeiitic volcanism; the Archaean to Neoproterozoic polymetamorphic transformations of the gold ores at maximum P-T conditions transitional from upper greenschist to amphibolite facies during the main regional metemorphism of Upper Peleoproterozoic age, at the end of the Mina/Espinhaço Transamazonian) Cycle; that this medium-grade metamorphism did not impoverish the ore, quite on the contrary, it ennobled the ore, texturally as well as in augmenting the Au-content (fineness) of the natural Au-Ag gold alloy; that epigenetic shear-zone related processes and others, which are intrinsic to the \"orogenic gold\" concept, did not notably act in the metallogenesis of the Pari mine, nor of the other associated gold mineralizations (except Bahú); and, last not least, that the potential gold ressources of these deposits, based on conservative estimative calculations, total about 44 t Au. The comparative studies and literature indicate that other gold deposits in the Nova Lima Group may also have had synsedimentary-exhalative origins, for instance, the São Bento mine mineralization, of a fine clastic (graphitic schists) and chemical (sulphide facies Algoma type BIF) sedimentary environment, distal to any active volcanic center, as well as the Morro Velho and Faria mines, among others. lt must also be pointed out that the concept that medium and high grade metamorphic greenstone terrains do not own gold potential has to be reviewed in the light of the results of Pari, as well as of other Archean terrains worldwide which host even world class gold deposits.
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O Complexo metamórfico Bonfim setentrional (Quadrilátero Ferrífero, MG) : litoestratigrafia e evolução geológica de um segmento de crosta continental do arqueano / not available

Carneiro, Maurício Antonio 23 November 1992 (has links)
O Complexo Metamórfico Bonfim é um segmento de crosta continental situado a Oeste da Serra da moeda e a sul da Serra dos Três Irmãos, no Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais. A partir do mapeamento geológico realizado na porção setentrional deste complexo (escala 1:25.000), constatou-se a presença de uma grande variedade de rochas de natureza predominante metamórfica e subordinadamente ígnea. Em continuidade, a realização de estudos petrográficos (241 seções delgadas), geoquímicos em rocha total (67 análises envolvendo elementos maiores, menores, traços e terras raras) e geocronológicos (52 determinações radiométricas em minerais e rochas, pelos métodos U/Pb, Rb/Sr e K/Ar), permitiu agrupar os litotipos mapeados em oito unidades litoestratigráficas. Tais unidades são aqui informalmente designadas de Gnaisses Alberto Flores, Anfíbolitos Paraopeba, Gnaisses Souza Noschese, Tonalitos Samambaia, Anfibolitos Candeias, Granitos Brumadinho, Metadiabásios Conceição de Itaguá e Diabásios Santa Cruz. A evolução geológica deste complexo tem início no Arqueano Médio (3,2 Ga) e foi constatada através da herança isotópica U/PB nos zircões dos Gnaisses Alberto Flores, por meio de uma discórdia envolvendo um núcleo (com 2920 Ma) e o seu sobrecrescimento (com 2772 \'+ OU -\' 6 Ma). Entretanto, esta evolução está particularmente relacionada ao Arqueano Superior, quando foram gerados os Gnaisses Alberto Flores (com idade U/Pb mínima de 2920 Ma) e, principalmente, no decorrer de um grande evento tectôno-termal de fácies anfibolito, de 2,78 Ga atrás, aqui designado informalmente de Rio das Velhas. No decorrer deste evento, a crosta continental preexistente no âmbito do Complexo Metamórfico Bonfim Setentrional (e.g.Gnaisses Alberto Flores, Anfibolitos Paraopeba e Gnaisses Souza Noschese) foi invadida por um magmatismo cálcio alcalino (Tonalitos Samambais) e, provavelmente, por um outro magmatismo de características químicas compatíveis com magmas andesíticos e/ou tholeíticos ( Anfíbolitos Candeias). Nesta mesma época, teve lugar também um vulcanismo ácido, mas que é encontrado particularmente nos domínios do Supergrupo Rio das Velhas. Este cenário geológico é sugestivo de um ambiente tectônico semelhante às margens continentais ativas. Encerrando a evolução geológica do Arqueano Superior tem lugar um outro magmatismo félsico, que foi responsável pela geração dos Granitos Brumadinho há 2703 +24/-20 Ma atrás. Estas rochas truncam a foliação milonítica NS dos Gnaisses Alberto Flores e constituem um importante marco litoestratigráfico da evolução geológica do Complexo Metamórfico Bonfim Setentrional. No decorrer do Proterozóico este complexo foi retomado tectonicamente e invadido por dois novos magmatismos básicos. Esta retomada tectônica ocorreu sob condições de fácies xisto verde essencialmente. Por causa disto, os seus sistemas isotópicos K/Ar e/ou, principalmente, Rb/Sr estão acusando rejuvenescimentos parciais e ou incompletos. Assim sendo, as suas idades aparentes K/Ar e/ou errocrônicas Rb/Sr distribuem-se do Proterozóico Inferior ao Proterozóico Superior. Os dois magmatismos básicos, por sua vez, estão representados pelos Metadiabásios Conceição de Itaguá. Com idades aparentes K/Ar (em hornblenda primária) de 1,0 Ga, e pelos Diabásios Santa Cruz, de idade desconhecida mas correlacionáveis a outros magmatismos do Proterozóico Superior no âmbito do Quadrilátero Ferrífero. De acordo com estes resultados o Complexo Metamórfico Bonfim Setentrional constitue o limite oriental da Província Arqueana Divinópolis com o Cinturão Mineiro, de idade Transamazônica. Nos setores marginais desta província, a exemplo da região estudada, os sistemas isotópicos Rb/Sr e K/Ar foram rejuvenescidos a partir do Arqueano. / The Bonfim Metamorphic Complex (BMC) constitutes a segment of continental crust which is limited eastwards and northwards by the Serra da Moeda and Serra dos Três Irmãos, respectively, in Quadrilátero Ferrífero (QF), state of Minas Gerais, Within the northern portion of the BMC, eight lithostratigraphic units (most of them metamorphosed ones) were identified through by means of geological mapping on 1:25,000 scale. All of the above units were also characterized on the basis of petrographical studies (241 thin sections), whole rock geochemistry (67 major, minor, trace and REE analyses), and U/Pb, Rb/Sr and K/Ar geochronology (52 mineral and whole rock data). These units were informally named: Alberto Flores Gneisses, Paraopeba Amphibolites, Souza Noschese Gneisses, Samambaia Tonalites, Candeias Amphibolites, Brumadinho Granites, Conceição de Itaguá metadiabases and Santa Cruz Diabases. Geological evolution of the northern BMC started at c. 3,28 Ga ago, as suggested from one inherited U/Pb zircon component age encountered in the Alberto Flores Gneiss, of trondhjemitic composition. However, the BMC is mostly related to Late Archean during which the above gneiss originated, at 2.92 Ga ago (evidenced from its U/Pb zircon core age). One overgrowth from this zircon yielded and age of 2,772 \'+ OU -\' 6 M.a. Based on the geological inferences, both the Paraopeba Amphibolites and Souza Noschese Gneiss also developed, during such a period of time (2,92 - 2,77 Ga). Further on, the continental crust was intruded by the calc-alkaline Samambaia Tonalites, as evidenced from U/Pb zircon and titanites ages of 2,780 +3/-2 Ma. Also related to this epoch is the 2,772 \'+ OU -\' 6 Ma acid volcanism which is found in the Rio das Velhas Supergroup, in QF. Contemporaneously, andesitic and/or tholeiitic magmatism took place (Candeias Amphibolites), as suggested by their geological association with Samambaia Tonalites. The overall described evolutionary setting is consistent with the occurrence a major 2,78 Ga tectono-thermal amphibolite facies event in the investigated area, here informally named Rio das Velhas. The above geological evolution of BMC together with the geochemical and radiometric data are consistent with a model of active continental margins, during the Late Archean time. This Archean evolution finished by instrusion of the Brumadinho Granites, at 2703 +24/-20 Ma ago (U/Pb zircon age). These granites are here considered as a key-marker for the Late Archean geological evolution of the area, because they truncate the NS shear foliation which is recorded in the Alberto Flores Gneisses. During the Proterozoic, the northern BMC was intruded by two distinct basic magmatism. The basic rocks are represented by Conceição de Itaguá Metadiabases ( K/Ar hornblende ages around 1,0 Ga), and the Santa Cruz Diabases. The latter (not dated) are here tentatively correlated with basic dikes of Late Proterozoic age (c. 0,6 Ga; U/PB age), in QF region. The investigated area was also reactivated, during the Proterozoic, under greenschist metamorphic conditions. Because of this metamorphic overprinting both the isotopic K/Ar and /or RB/Sr rock-systems of the northern BMC yielded uncomplete resenting. Consequently, the investigated rocks exhibited scatteres apparent K/Ar mineral ages and/or Rb/Sr ages, in the range 2,1 - 1,0 Ga. Finally, on paleogeographical basis, the geochronological scenario of the northern BMC may correspond to the eastern sector of the Divinópolis Archean Province in relation to the adjacent Transamazônico Mineiro Belt eastwards, at southern São Francisco Craton. As prior mentioned specially within this marginal sector of the Divinópolis province (i.e. northern BMC) the isotopic Rb/Sr rocks-systems and K/Ar minerals have been resetted due to low-grade metamorphism, since the Late Archean.
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Evolução paleogeográfica do Grupo Maricá, Neoproterozóico pré-600 Ma do Rio Grande do Sul / Not available.

Pelosi, Ana Paula de Meireles Reis 28 February 2005 (has links)
O Grupo Maricá corresponde à primeira unidade de cobertura do Rio Grande do Sul isenta de metamorfismo regional. Seus depósitos ocorrem por toda a borda ocidental de sua bacia -Bacia do Camaquã- estando no geral em contato por falha e, localmente, por discordância litológica com as unidades do Terreno Rio Vacacaí. De acordo com dados geocronológicos deste terreno pode-se inferir que a idade do Grupo Maricá é inferior a 620Ma-idade mínima do embasamento - e anterior a 600Ma - idade máxima de unidades posteriores. O objetivo da presente Tese de Doutoramento foi o estudo da evolução paleogeográfica desta sucessão basal da Bacia do Camaquã através do mapeamento 1:100.000 de todas suas áreas de ocorrência no Rio Grande do Sul, da descrição de suas assembléias litofaciológicas, da interpretação de seus sistemas e seqüências deposicionais, além do reconhecimento de suas áreas fontes através de análises de proveniência, paleocorrentes e estudos geocronológicos das principais áreas fontes. O mapeamento geológico do Grupo Maricá permitiu a separação de três unidades litoestratigráficas: (i) Formação Passo da Promessa, (ii) Formação São Rafael e (iii) Formação Arroio América. Estas formações foram reconhecidas em todas as áreas de ocorrência do Grupo Maricá e representam o desenvolvimento de duas seqüências deposicionais (Seqüência Maricá Inferior e Seqüência Maricá Superior), que possivelmente representam dois ciclos de elevação e rebaixamento do nível do relativo do mar. A Formação Passo da Promessa compreende depósitos de arenitos e arenitos conglomeráticos com estratificação cruzada acanalada, localmente contendo níveis de conglomerados, interpretados como formados por um sistema de planície fluvial de canais entrelaçados (Associação de Fácies Passo da Promessa). Estes depósitos fluviais apresentam um elevado grau de maturidade textural de sua carga clástica e paleocorrentes que apontam um transporte sedimentar predominantemente de S para N. As fácies encontradas na Formação São Rafael foram reunidas em três associações que representam distintos sub-ambientes de uma plataforma marinha. A Associação de Fácies Passo do Salsinho compreende depósitos de ritmitos arenosos tabulares, interpretados como formados por correntes de turbidez em ambientes de costa afora. A Associação de Fácies Lavras do Sul caracteriza-se por ritmitos arenosos e heterolíticos interpretados como formados em ambientes de face litorânea, devido à presença de diversas estruturas sugestivas da atuação de ondas normais e, até mesmo, de tempestade. A Associação de Fácies Três Estradas, que diferentemente das demais associações, ocorre de forma muito restrita, é composta por depósitos de ritmitos arenosos e pelíticos interpretados como formados em ambientes de águas rasas (antepraia), com alguns indícios de atuação de correntes de maré. A unidade de topo, Formação Arroio América, quase que essencialmente formada por arenitos, arenitos conglomeráticos e conglomerados, com exceção de dois níveis de ritmitos arenosos e pelíticos, é interpretada como formada por um sistema de planície fluvial de canais entrelaçados. As paleocorrentes apontam sentido de transporte para NE e NW. Seus fragmentos, assim como na unidade basal, também são caracterizados por apresentarem um elevado grau de maturidade textural. Os estudos de proveniência, paleocorrentes, petrográficos e geocronológicos dos fragmentos da fração calhau revelaram que as principais áreas fontes do Grupo Maricá eram compostas por álcalis feldspato granitos, tonalitos e milonitos graníticos com idades do Arqueano e Paleoproterozóico, além de uma contribuição pouco significativa de quartzo de veio, quartzitos e rochas vulcânicas ácidas e intermediárias. De acordo com estes dados, e com as paleocorrentes que vêm de sul, acredita-se que o Cráton Rio de La Plata e, possivelmente, o embasamento do Cinturão Dom Feliciano no Uruguai foram as entidades tectônicas que serviram de fonte para os depósitos aluviais desta unidade. As características litofaciológicas, o padrão de empilhamento dos sistemas deposicionais, a maturidade textural e a área fonte cratônica revelaram que a Bacia do Camaquã, durante o desenvolvimento do Grupo Maricá, era ampla e se desenvolveu em uma ambiente tectonicamente estável, sem evidência de atividade orogênica contemporânea. Estes elementos reafirmam a independência tectônica desta bacia frente às atividades tectônicas relacionadas à Orogenia Brasiliana na região. Conseqüentemente, permitem interpretara a Bacia do Camaquã durante a deposição do Grupo Maricá como uma bacia intracratônica. / The Maricá group contains the first unmetamorphosed sedimentary successions of Rio Grande do Sul state. These deposits are exposed in western margins of Camaquã basin, where a basal contact with Rio Vacacaí terrane is characterized by faults, in some areas by a lithological unconformity. According to geochronological data of basements units and intrusive plutonic and sub-volcanic bodies, the Maricá group was developed between 620 and 600Ma. The aim of this work is to propose a paleogeographical evolution of Maricá group. Five methods of paleogeographical reconstruction were done: (i) geological mapping (1:100.000 scale), (ii) description of lithofacies assemblies, (iii) interpretation of deposicional systems and sequences, (iv) provenance and paleocurrents analyses and (v) geochronological analyses of cobble and pebble to discover the ages of source areas. The Maricá group was divided in three lithostratigraphic units: (i) Passo da Promessa formation, (ii) São Rafael formation and (iii) Arroio América formation. These units were mapped in all exposed areas of Maricá group and were grouped into two sequences (Lower Maricá Sequence and Upper Maricá Sequence). The basal unit (Passo da Promessa formation) comprises sandstones and conglomeratic sandstones with trough cross-stratifications; massive conglomerates and conglomerates with cross-stratifications are in minor proportion. These deposits were interpreted as a large braided fluvial plain, characterized by high textural maturity. Paleocurrents show that the transport was towards the North during the evolution of this unit. Lithofacies of intermediate unit (São Rafael formation) were grouped into three facies associations that were developed in a marine epicontinental platform. Passo do Salsinho Facies Association consists of monotonous tabular sandstones and rhythmites formed by turbidite currents in a offshore environment. Lavras do Sul Facies Association is composed of rhythmites and sandstones with lenticular bedding, wavy bedding, hummocky cross-stratification and others structures that indicate deposition in shoreface environments. Três Estradas Facies Association is restrict, cropping out only in Passo do Salsinho and Três Estradas regions. This association comprises sandstones, siltstones and mudstones, which yours deposits are characterized by several structures (lenticular bedding, wavy bedding, herring-bone cross-stratifications etc.) showing deposition in foreshore environments. Arroio America formation includes sandstones and conglomeratic sandstones with trough cross-stratifications, in minor proportion conglomerates and rhythmites, which are grouped into Arroio América Facies Association. This facies association indicates deposition in a braided fluvial plain system. Paleocurrents show that the transport was towards the Northwest and Northeast during the evolution of this unit. These deposits are characterized by high textural maturity, which yours fragments are rounded, well rounded and well sorted. Paleocurrents and provenance analyses show that source areas of Maricá group were composed of granites rocks (alkalis feldspar granite and granite with garnet) and tonalities; quartzite, quartz vein and volcanic rocks are in minor proportion. According to geochronological analyses of cobble samples, these source areas were developed in Archean and Paleoproterozoic ages. The provenance and paleocurrents analyses suggest that Rio de La Plata Craton and some Archean and Paleoproterozoic basement units of Dom Feliciano Belt in Uruguay were the most important source area and the Rio Vacacaí terrane was the basement unit of the Camaquã basin during the Maricá group evolution. The facies associations, the depositional systems successions, the high textural maturity and the cratonic source areas shows that Maricá group was developed in a wide steady basin, probably in an intracratonic environment. There are no evidences of tectonics events during the Maricá group deposition. These elements prove that the Camaquã basin was not related to the Brasiliano Orogeny.
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O Complexo metamórfico Bonfim setentrional (Quadrilátero Ferrífero, MG) : litoestratigrafia e evolução geológica de um segmento de crosta continental do arqueano / not available

Maurício Antonio Carneiro 23 November 1992 (has links)
O Complexo Metamórfico Bonfim é um segmento de crosta continental situado a Oeste da Serra da moeda e a sul da Serra dos Três Irmãos, no Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais. A partir do mapeamento geológico realizado na porção setentrional deste complexo (escala 1:25.000), constatou-se a presença de uma grande variedade de rochas de natureza predominante metamórfica e subordinadamente ígnea. Em continuidade, a realização de estudos petrográficos (241 seções delgadas), geoquímicos em rocha total (67 análises envolvendo elementos maiores, menores, traços e terras raras) e geocronológicos (52 determinações radiométricas em minerais e rochas, pelos métodos U/Pb, Rb/Sr e K/Ar), permitiu agrupar os litotipos mapeados em oito unidades litoestratigráficas. Tais unidades são aqui informalmente designadas de Gnaisses Alberto Flores, Anfíbolitos Paraopeba, Gnaisses Souza Noschese, Tonalitos Samambaia, Anfibolitos Candeias, Granitos Brumadinho, Metadiabásios Conceição de Itaguá e Diabásios Santa Cruz. A evolução geológica deste complexo tem início no Arqueano Médio (3,2 Ga) e foi constatada através da herança isotópica U/PB nos zircões dos Gnaisses Alberto Flores, por meio de uma discórdia envolvendo um núcleo (com 2920 Ma) e o seu sobrecrescimento (com 2772 \'+ OU -\' 6 Ma). Entretanto, esta evolução está particularmente relacionada ao Arqueano Superior, quando foram gerados os Gnaisses Alberto Flores (com idade U/Pb mínima de 2920 Ma) e, principalmente, no decorrer de um grande evento tectôno-termal de fácies anfibolito, de 2,78 Ga atrás, aqui designado informalmente de Rio das Velhas. No decorrer deste evento, a crosta continental preexistente no âmbito do Complexo Metamórfico Bonfim Setentrional (e.g.Gnaisses Alberto Flores, Anfibolitos Paraopeba e Gnaisses Souza Noschese) foi invadida por um magmatismo cálcio alcalino (Tonalitos Samambais) e, provavelmente, por um outro magmatismo de características químicas compatíveis com magmas andesíticos e/ou tholeíticos ( Anfíbolitos Candeias). Nesta mesma época, teve lugar também um vulcanismo ácido, mas que é encontrado particularmente nos domínios do Supergrupo Rio das Velhas. Este cenário geológico é sugestivo de um ambiente tectônico semelhante às margens continentais ativas. Encerrando a evolução geológica do Arqueano Superior tem lugar um outro magmatismo félsico, que foi responsável pela geração dos Granitos Brumadinho há 2703 +24/-20 Ma atrás. Estas rochas truncam a foliação milonítica NS dos Gnaisses Alberto Flores e constituem um importante marco litoestratigráfico da evolução geológica do Complexo Metamórfico Bonfim Setentrional. No decorrer do Proterozóico este complexo foi retomado tectonicamente e invadido por dois novos magmatismos básicos. Esta retomada tectônica ocorreu sob condições de fácies xisto verde essencialmente. Por causa disto, os seus sistemas isotópicos K/Ar e/ou, principalmente, Rb/Sr estão acusando rejuvenescimentos parciais e ou incompletos. Assim sendo, as suas idades aparentes K/Ar e/ou errocrônicas Rb/Sr distribuem-se do Proterozóico Inferior ao Proterozóico Superior. Os dois magmatismos básicos, por sua vez, estão representados pelos Metadiabásios Conceição de Itaguá. Com idades aparentes K/Ar (em hornblenda primária) de 1,0 Ga, e pelos Diabásios Santa Cruz, de idade desconhecida mas correlacionáveis a outros magmatismos do Proterozóico Superior no âmbito do Quadrilátero Ferrífero. De acordo com estes resultados o Complexo Metamórfico Bonfim Setentrional constitue o limite oriental da Província Arqueana Divinópolis com o Cinturão Mineiro, de idade Transamazônica. Nos setores marginais desta província, a exemplo da região estudada, os sistemas isotópicos Rb/Sr e K/Ar foram rejuvenescidos a partir do Arqueano. / The Bonfim Metamorphic Complex (BMC) constitutes a segment of continental crust which is limited eastwards and northwards by the Serra da Moeda and Serra dos Três Irmãos, respectively, in Quadrilátero Ferrífero (QF), state of Minas Gerais, Within the northern portion of the BMC, eight lithostratigraphic units (most of them metamorphosed ones) were identified through by means of geological mapping on 1:25,000 scale. All of the above units were also characterized on the basis of petrographical studies (241 thin sections), whole rock geochemistry (67 major, minor, trace and REE analyses), and U/Pb, Rb/Sr and K/Ar geochronology (52 mineral and whole rock data). These units were informally named: Alberto Flores Gneisses, Paraopeba Amphibolites, Souza Noschese Gneisses, Samambaia Tonalites, Candeias Amphibolites, Brumadinho Granites, Conceição de Itaguá metadiabases and Santa Cruz Diabases. Geological evolution of the northern BMC started at c. 3,28 Ga ago, as suggested from one inherited U/Pb zircon component age encountered in the Alberto Flores Gneiss, of trondhjemitic composition. However, the BMC is mostly related to Late Archean during which the above gneiss originated, at 2.92 Ga ago (evidenced from its U/Pb zircon core age). One overgrowth from this zircon yielded and age of 2,772 \'+ OU -\' 6 M.a. Based on the geological inferences, both the Paraopeba Amphibolites and Souza Noschese Gneiss also developed, during such a period of time (2,92 - 2,77 Ga). Further on, the continental crust was intruded by the calc-alkaline Samambaia Tonalites, as evidenced from U/Pb zircon and titanites ages of 2,780 +3/-2 Ma. Also related to this epoch is the 2,772 \'+ OU -\' 6 Ma acid volcanism which is found in the Rio das Velhas Supergroup, in QF. Contemporaneously, andesitic and/or tholeiitic magmatism took place (Candeias Amphibolites), as suggested by their geological association with Samambaia Tonalites. The overall described evolutionary setting is consistent with the occurrence a major 2,78 Ga tectono-thermal amphibolite facies event in the investigated area, here informally named Rio das Velhas. The above geological evolution of BMC together with the geochemical and radiometric data are consistent with a model of active continental margins, during the Late Archean time. This Archean evolution finished by instrusion of the Brumadinho Granites, at 2703 +24/-20 Ma ago (U/Pb zircon age). These granites are here considered as a key-marker for the Late Archean geological evolution of the area, because they truncate the NS shear foliation which is recorded in the Alberto Flores Gneisses. During the Proterozoic, the northern BMC was intruded by two distinct basic magmatism. The basic rocks are represented by Conceição de Itaguá Metadiabases ( K/Ar hornblende ages around 1,0 Ga), and the Santa Cruz Diabases. The latter (not dated) are here tentatively correlated with basic dikes of Late Proterozoic age (c. 0,6 Ga; U/PB age), in QF region. The investigated area was also reactivated, during the Proterozoic, under greenschist metamorphic conditions. Because of this metamorphic overprinting both the isotopic K/Ar and /or RB/Sr rock-systems of the northern BMC yielded uncomplete resenting. Consequently, the investigated rocks exhibited scatteres apparent K/Ar mineral ages and/or Rb/Sr ages, in the range 2,1 - 1,0 Ga. Finally, on paleogeographical basis, the geochronological scenario of the northern BMC may correspond to the eastern sector of the Divinópolis Archean Province in relation to the adjacent Transamazônico Mineiro Belt eastwards, at southern São Francisco Craton. As prior mentioned specially within this marginal sector of the Divinópolis province (i.e. northern BMC) the isotopic Rb/Sr rocks-systems and K/Ar minerals have been resetted due to low-grade metamorphism, since the Late Archean.
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Evolução petrogenética e metalogenética da mina de ouro do Pari e arredores, NE do quadrilátero ferrífero - MG / Not available.

Gustavo Correa de Abreu 21 March 2005 (has links)
A mina do Pari é a principal de várias mineralizações e depósitos de ouro menores, que ocorrem na quadrícula Florália (1:25.000), na região NE do Quadrilátero Ferrífero, hospedadas em rochas metassedimentares, clásticas, químicas e vulcanoclásticas, metavulcânicas máficas e em veleiros de quartzo e quartzo-carbonáticos do Grupo Nova Lima, que é a unidade litoestratigráfica média vulcano-sedimentar máfica e química, do greenstone belt arqueano Rio das Velhas (definido como supergrupo homônimo). As mineralizações de ouro principais da mina do Pari e arredores, Pari Norte, Patrimônio, Gambá e Bahú, foram estudadas no campo, com mapeamento de semidetalhe (escalas 1:25.000 até 1:10.000) e perfilagens detalhadas, com levantamentos de subsolo e sondagens (apenas mina do Pari), incluindo ainda estudos comparativos da mina São Bento e arredores, e das áreas Quebra Osso, Tanque Preto, Serra do Seara, Cambotas e Gongo Soco. Os estudos laboratoriais mineralógico-petrográficos e calcográficos, litogeoquímicos multielementares (FRX, ICP-MS, fire assay-AAS) e dequímica mineral (microssonda eletrônica) visaram caracterizar as associações litológicas regionais e das mineralizações de ouro (minérios, rochas encaixantes imediatas e rochas hospedeiras) para elucidar os diferentes fatores petro-metalogenéticos controladores das mineralizações e sua variação no curso da evolução geológica regional policíclica por orogêneses superimpostas arqueanas até neoproterozóicas/eopaleozoicas. Os resultados foram confrontados com a literatura de outras mineralizações de ouro do Sgr. Rio das Velhas na região do Quadrilátero Ferrífero inclusive de inclusões fluidas, isótopos estáveis e geocronológicos, e com modelos metalogenéticos de mineralizações de ouro em greenstone belts arqueanos. Entre os resultados principais destacam-se: os minérios de ouro predominantes da mina do Pari e das mineralizações maiores em sua continuação (Pari Norte, Patrimônio, Gambá), sendo BIF tipo Algoma vulcanogênicos, de fácies mista predominando sulfeto (arsenopirita, pirrotita); a origem singenética sedimentar-exalativa da mineralização, proximal em relação a centros submarinhos de vulcanismo básico toleiítico de zona de crescimento de fundo oceânico; as transformações polimetamórficas arqueanas até neoproterozóicas dos minérios, sob condições P-T máximas transicionais da fácies xisto verde superior para anfibolito durante o metamorfismo regional principal paleoproterozóico superior, final do Ciclo Minas/Espinhaço (Transamazônco); que este metamorfismo de grau médio não depauperou, pelo contrário, enobreceu os minérios de ouro, tanto texturalmente quanto aumentando os teores de Au (fineness) da liga natural do metal; que processos epigenéticos de zonas de cisalhamento e outros intrínsecos ao modelo \"orogenic gold\" não contribuíram de forma notável à metalogênese da mina do Pari e das principais mineralizações associadas (exceto Bahú); e, por fim, que as reservas potencias de ouro destes depósitos, com base em cálculos estimativos conservadores, totalizam cerca de 44 t de Au. Os estudos comparativos e da literatura indicaram que outras mineralizações e jazidas de ouro no Gr. Nova Lima, também podem ter tido origens sinsedimentares-exalativas, por exemplo, a mina São Bento, de ambiente sedimentar clástico fino (xistos grafitosos) e químico (BIF tipo Algoma de fácies sulfeto) distal de qualquer foco vulcânico, e as minas Morro Velho e Faria, entre outras. Também cabe destacar que o conceito de terrenos greenstone belt metamórficos de grau médio e alto arqueanos não terem potencialidade de ouro, precisa ser revisado, tanto a luz dos resultados de Pari, quanto de outras ocorrências mundiais, que hospedam inclusive jazidas de ouro de classe mundial. / Pari mine is the major one of several smaller gold mineralizations and deposits which occur in the Florália quadrangle (1:25.000). NE Quadrilátero Ferrífero, hosted in clastic, chemical and volcanoclastic metasediments and mafic metavolcanic rocks (amphibolites), as well as in quartz and quartz-carbonate veins of the Nova Lima Group - middle stratigraphical unit of mafic and chemical volcanosedimentary rocks of the Archaean Rio das Velhas greenstone belt (defined as the homonymous supergroup). The gold mineralizations of the Pari mine and surroundings, Pari Norte. Patrimônio, Gambá and Bahú, were studied with geological mapping (scales 1 :25.000 to 1:10.000) and detailed profiling, with underground mining geology and diamond drilling (Pari mine only), including also comparative studies of São Bento mine and surroundings, as well as of the Quebra Osso, Tanque Preto, Sena do Seara, Cambotas and Gongo Soco areas. Mineralogical, petrographical, ore-microscopy, geochemical (FRX, ICP-MS, fire-assay-AAS) and mineral chemistry (microprobe) laboratory studies were carried out in order to characterize the regional lithological associations and those of the gold mineralizations (ores, immediate wall and host rocks) in order to elucidate the different petro-metallogenetical factors which controlled the mineralizations and their variation in the course of the polycyclic regional geological evolution through Archaean to Neoproterozoic/Eopaleozoic superimposed orogeneses. Results were confronted with literature on other gold mineralizations, mainly of the Rio das Velhas greenstone belt in the Quadrilátero Ferrífero region, including fluid inclusion, stable isotopes and geochronological studies, and with metallogenetical models of gold mineralizations in Archaean greenstone belts. Among the results, the following stand out: the main gold ores of the Pari mine and the other larger-sized mineralizations in the continuation of the Nova Lima Group (Pari Norte, Patrimônio, Gambá) proved to be volcanogenic Algoma type BIF of mixed facies, yet with sulphide predominance (arsenopyrite, pyrrhotite); the syngenetic sedimentary-exhalative origin of the Pari mineralization, proximal to a submarine spreading center of tholeiitic volcanism; the Archaean to Neoproterozoic polymetamorphic transformations of the gold ores at maximum P-T conditions transitional from upper greenschist to amphibolite facies during the main regional metemorphism of Upper Peleoproterozoic age, at the end of the Mina/Espinhaço Transamazonian) Cycle; that this medium-grade metamorphism did not impoverish the ore, quite on the contrary, it ennobled the ore, texturally as well as in augmenting the Au-content (fineness) of the natural Au-Ag gold alloy; that epigenetic shear-zone related processes and others, which are intrinsic to the \"orogenic gold\" concept, did not notably act in the metallogenesis of the Pari mine, nor of the other associated gold mineralizations (except Bahú); and, last not least, that the potential gold ressources of these deposits, based on conservative estimative calculations, total about 44 t Au. The comparative studies and literature indicate that other gold deposits in the Nova Lima Group may also have had synsedimentary-exhalative origins, for instance, the São Bento mine mineralization, of a fine clastic (graphitic schists) and chemical (sulphide facies Algoma type BIF) sedimentary environment, distal to any active volcanic center, as well as the Morro Velho and Faria mines, among others. lt must also be pointed out that the concept that medium and high grade metamorphic greenstone terrains do not own gold potential has to be reviewed in the light of the results of Pari, as well as of other Archean terrains worldwide which host even world class gold deposits.
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Estudo cronobioestratigráfico da formação Vila Maria : litoestratigrafia e paleontologia do limite ordoviciano-siluriano da Bacia do Paraná, estados de Goiás e de Mato Grosso, Brasil central

Adôrno, Rodrigo Rodrigues 06 November 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2014. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2015-04-30T17:07:23Z No. of bitstreams: 1 2014_RodrigoRodriguesAdorno.pdf: 7848755 bytes, checksum: d0d70b4a4558109dcfedf8a343f77905 (MD5) / Approved for entry into archive by Ruthléa Nascimento(ruthleanascimento@bce.unb.br) on 2015-04-30T18:39:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_RodrigoRodriguesAdorno.pdf: 7848755 bytes, checksum: d0d70b4a4558109dcfedf8a343f77905 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-30T18:39:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_RodrigoRodriguesAdorno.pdf: 7848755 bytes, checksum: d0d70b4a4558109dcfedf8a343f77905 (MD5) / O Grupo Rio Ivaí é constituído por três Formações: Alto Garças, Iapó e Vila Maria. Os principais afloramentos deste grupo, no norte da bacia do Paraná, estão localizados em uma estreita faixa com direção aproximadamente leste-oeste. Esta faixa, na borda norte da bacia do Paraná, se estende a aproximadamente 150km, onde se localizam os quatro importantes afloramentos da Formação Vila Maria, estudados no presente trabalho: seção-tipo, seção-tipo suplementar, seção da Fazenda Três Barras e seção do Bairro COHAB. Na porção superior da Formação Iapó e na base da Formação Vila Maria, na localidade dos afloramentos da seção-tipo e seção do Bairro COHAB, foram identificadas ocorrências de braquiópodes bentônicos epifaunal Orbiculoidea? sp. e infaunal Dignomia? sp. Nos folhelhos basais da seção-tipo suplementar da Formação Vila Maria há ocorrências de moldes internos e externos de três espécies de Ostracoda: Satiellina jamairiensis Vannier 1986; Conchoprimitia circularis n. sp., e Gen. 1 et sp. 1. Adicionalmente a esta comunidade bentônica de Ostracoda, foram identificadas ocorrências de Brachiopoda Orbiculoidea? sp., Bivalvia Nuculites? sp. e Gastropoda Bucanella? sp., bem como incertae sedis. A porção intermediária da Formação Vila Maria nesta localidade é composta por pelitos micáceos, a ocorrência fossilífera é restrita à Orbiculoidea? sp e palinomorfos. Na porção superior, francamente arenosa, há ocorrência da icnoespécie Arthrophycus alleghaniensis (Hall, 1852). Com base nas espécies de Ostracoda, a porção inferior pelítica da Formação Vila Maria foi reposicionada no Ordoviciano mais superior. Com base nas ocorrências da espécie de palinomorfo Laevolancis divellomedia Burgess & Richardson, 1991 na porção intermediária da Formação Vila Maria, referida em trabalhos cronoestratigráficos prévios, e no posicionamento das ocorrências de Arthrophycus alleghaniensis na porção arenosa superior no presente trabalho, pode-se considerar estes intervalos como sendo Landoveriano (Siluriano inferior). Assim sendo, com base no posicionamento destas ocorrências fossilíferas nos distintos intervalos litoestratigráficos, pode-se indicar que a base da Formação Vila Maria pertence ao Ordoviciano mais superior e as porções intermediária e superior ao Siluriano inferior (Landoveriano). Adicionalmente ao estudo cronobioestratigráfico da Formação Vila Maria, são atualizadas as informações cartográficas para os principais afloramentos na região estudada. _____________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Rio Ivaí Group consists of three formations: Alto Garças, Iapó and Vila Maria. The main outcrops of this group in northern Paraná basin. These outcrops are located in a narrow belt with roughly east-west direction. This belt in the northern border of the Paraná basin, extends approximately 150km, where are located the four major outcrops of the Vila Maria Formation, studied in this work: Type-section, supplementary type-section, Três Barras Farm section and Neighborhood COHAB section. At the top of Iapó Formation and the base of the Vila Maria Formation occurrences of benthic Brachiopoda, epiphaunal Orbiculoidea? sp. and inphaunal Dignomia? sp. from outcrops of the type-section and Neighborhood COHAB section. In the basal shales of the supplemental type-section of the Vila Maria Formation occurrences of internal and external molds of three species of Ostracoda are described: Satiellina jamairiensis Vannier 1986; Conchoprimitia circularis n. sp., and Gen. 1 et sp. 1. In addition to this community of benthic Ostracoda, occurrences of Brachiopoda Orbiculoidea? sp., Bivalvia Nuculites? sp. and Gastropoda Bucanella? sp. were described as well as Incertae Sedis. The intermediate portion of the Vila Maria Formation, consists of fossiliferous and micaceous siltstone. In this interval, the fossiliferous occurrence is restricted to Orbiculoidea? sp and palynomorphs. The upper portion is sandy frankly, with occurrence of ichnospecies Arthrophycus alleghaniensis (Hall, 1852). Based on the species of Ostracoda, the pelitic basal portion of the Vila Maria Formation was repositioned in the uppermost Ordovician. Based on the occurrence of palynomorph species Laevolancis divellomedia Burgess & Richardson, 1991 in the middle portion of the Vila Maria Formation mentioned in previous chronostratigraphics works, as well as, the occurrences Arthrophycus alleghaniensis in the superior sandy portion herein presented, it is possible to consider these intervals as Llandovery (lower Silurian). Thus, the positioning of these occurrences indicates that the fossil assemblage of the lower portion of Vila Maria Formation belongs to uppermost Ordovician and the intermediate and upper portions to lower Silurian (Llandovery). In addition to this chronobiostratigraphic study of Vila Maria Formation, it was update cartographic information for all major outcrops in the study area.
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Evolução paleogeográfica do Grupo Maricá, Neoproterozóico pré-600 Ma do Rio Grande do Sul / Not available.

Ana Paula de Meireles Reis Pelosi 28 February 2005 (has links)
O Grupo Maricá corresponde à primeira unidade de cobertura do Rio Grande do Sul isenta de metamorfismo regional. Seus depósitos ocorrem por toda a borda ocidental de sua bacia -Bacia do Camaquã- estando no geral em contato por falha e, localmente, por discordância litológica com as unidades do Terreno Rio Vacacaí. De acordo com dados geocronológicos deste terreno pode-se inferir que a idade do Grupo Maricá é inferior a 620Ma-idade mínima do embasamento - e anterior a 600Ma - idade máxima de unidades posteriores. O objetivo da presente Tese de Doutoramento foi o estudo da evolução paleogeográfica desta sucessão basal da Bacia do Camaquã através do mapeamento 1:100.000 de todas suas áreas de ocorrência no Rio Grande do Sul, da descrição de suas assembléias litofaciológicas, da interpretação de seus sistemas e seqüências deposicionais, além do reconhecimento de suas áreas fontes através de análises de proveniência, paleocorrentes e estudos geocronológicos das principais áreas fontes. O mapeamento geológico do Grupo Maricá permitiu a separação de três unidades litoestratigráficas: (i) Formação Passo da Promessa, (ii) Formação São Rafael e (iii) Formação Arroio América. Estas formações foram reconhecidas em todas as áreas de ocorrência do Grupo Maricá e representam o desenvolvimento de duas seqüências deposicionais (Seqüência Maricá Inferior e Seqüência Maricá Superior), que possivelmente representam dois ciclos de elevação e rebaixamento do nível do relativo do mar. A Formação Passo da Promessa compreende depósitos de arenitos e arenitos conglomeráticos com estratificação cruzada acanalada, localmente contendo níveis de conglomerados, interpretados como formados por um sistema de planície fluvial de canais entrelaçados (Associação de Fácies Passo da Promessa). Estes depósitos fluviais apresentam um elevado grau de maturidade textural de sua carga clástica e paleocorrentes que apontam um transporte sedimentar predominantemente de S para N. As fácies encontradas na Formação São Rafael foram reunidas em três associações que representam distintos sub-ambientes de uma plataforma marinha. A Associação de Fácies Passo do Salsinho compreende depósitos de ritmitos arenosos tabulares, interpretados como formados por correntes de turbidez em ambientes de costa afora. A Associação de Fácies Lavras do Sul caracteriza-se por ritmitos arenosos e heterolíticos interpretados como formados em ambientes de face litorânea, devido à presença de diversas estruturas sugestivas da atuação de ondas normais e, até mesmo, de tempestade. A Associação de Fácies Três Estradas, que diferentemente das demais associações, ocorre de forma muito restrita, é composta por depósitos de ritmitos arenosos e pelíticos interpretados como formados em ambientes de águas rasas (antepraia), com alguns indícios de atuação de correntes de maré. A unidade de topo, Formação Arroio América, quase que essencialmente formada por arenitos, arenitos conglomeráticos e conglomerados, com exceção de dois níveis de ritmitos arenosos e pelíticos, é interpretada como formada por um sistema de planície fluvial de canais entrelaçados. As paleocorrentes apontam sentido de transporte para NE e NW. Seus fragmentos, assim como na unidade basal, também são caracterizados por apresentarem um elevado grau de maturidade textural. Os estudos de proveniência, paleocorrentes, petrográficos e geocronológicos dos fragmentos da fração calhau revelaram que as principais áreas fontes do Grupo Maricá eram compostas por álcalis feldspato granitos, tonalitos e milonitos graníticos com idades do Arqueano e Paleoproterozóico, além de uma contribuição pouco significativa de quartzo de veio, quartzitos e rochas vulcânicas ácidas e intermediárias. De acordo com estes dados, e com as paleocorrentes que vêm de sul, acredita-se que o Cráton Rio de La Plata e, possivelmente, o embasamento do Cinturão Dom Feliciano no Uruguai foram as entidades tectônicas que serviram de fonte para os depósitos aluviais desta unidade. As características litofaciológicas, o padrão de empilhamento dos sistemas deposicionais, a maturidade textural e a área fonte cratônica revelaram que a Bacia do Camaquã, durante o desenvolvimento do Grupo Maricá, era ampla e se desenvolveu em uma ambiente tectonicamente estável, sem evidência de atividade orogênica contemporânea. Estes elementos reafirmam a independência tectônica desta bacia frente às atividades tectônicas relacionadas à Orogenia Brasiliana na região. Conseqüentemente, permitem interpretara a Bacia do Camaquã durante a deposição do Grupo Maricá como uma bacia intracratônica. / The Maricá group contains the first unmetamorphosed sedimentary successions of Rio Grande do Sul state. These deposits are exposed in western margins of Camaquã basin, where a basal contact with Rio Vacacaí terrane is characterized by faults, in some areas by a lithological unconformity. According to geochronological data of basements units and intrusive plutonic and sub-volcanic bodies, the Maricá group was developed between 620 and 600Ma. The aim of this work is to propose a paleogeographical evolution of Maricá group. Five methods of paleogeographical reconstruction were done: (i) geological mapping (1:100.000 scale), (ii) description of lithofacies assemblies, (iii) interpretation of deposicional systems and sequences, (iv) provenance and paleocurrents analyses and (v) geochronological analyses of cobble and pebble to discover the ages of source areas. The Maricá group was divided in three lithostratigraphic units: (i) Passo da Promessa formation, (ii) São Rafael formation and (iii) Arroio América formation. These units were mapped in all exposed areas of Maricá group and were grouped into two sequences (Lower Maricá Sequence and Upper Maricá Sequence). The basal unit (Passo da Promessa formation) comprises sandstones and conglomeratic sandstones with trough cross-stratifications; massive conglomerates and conglomerates with cross-stratifications are in minor proportion. These deposits were interpreted as a large braided fluvial plain, characterized by high textural maturity. Paleocurrents show that the transport was towards the North during the evolution of this unit. Lithofacies of intermediate unit (São Rafael formation) were grouped into three facies associations that were developed in a marine epicontinental platform. Passo do Salsinho Facies Association consists of monotonous tabular sandstones and rhythmites formed by turbidite currents in a offshore environment. Lavras do Sul Facies Association is composed of rhythmites and sandstones with lenticular bedding, wavy bedding, hummocky cross-stratification and others structures that indicate deposition in shoreface environments. Três Estradas Facies Association is restrict, cropping out only in Passo do Salsinho and Três Estradas regions. This association comprises sandstones, siltstones and mudstones, which yours deposits are characterized by several structures (lenticular bedding, wavy bedding, herring-bone cross-stratifications etc.) showing deposition in foreshore environments. Arroio America formation includes sandstones and conglomeratic sandstones with trough cross-stratifications, in minor proportion conglomerates and rhythmites, which are grouped into Arroio América Facies Association. This facies association indicates deposition in a braided fluvial plain system. Paleocurrents show that the transport was towards the Northwest and Northeast during the evolution of this unit. These deposits are characterized by high textural maturity, which yours fragments are rounded, well rounded and well sorted. Paleocurrents and provenance analyses show that source areas of Maricá group were composed of granites rocks (alkalis feldspar granite and granite with garnet) and tonalities; quartzite, quartz vein and volcanic rocks are in minor proportion. According to geochronological analyses of cobble samples, these source areas were developed in Archean and Paleoproterozoic ages. The provenance and paleocurrents analyses suggest that Rio de La Plata Craton and some Archean and Paleoproterozoic basement units of Dom Feliciano Belt in Uruguay were the most important source area and the Rio Vacacaí terrane was the basement unit of the Camaquã basin during the Maricá group evolution. The facies associations, the depositional systems successions, the high textural maturity and the cratonic source areas shows that Maricá group was developed in a wide steady basin, probably in an intracratonic environment. There are no evidences of tectonics events during the Maricá group deposition. These elements prove that the Camaquã basin was not related to the Brasiliano Orogeny.
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Estrutura, litoestratigrafia e metamorfismo do Grupo Carrancas na frente orogênica da Faixa Brasília Meridional

Coutinho, Leandro 06 June 2012 (has links)
O Grupo Carrancas, neoproterozóico, é composto por uma pilha metassedimentar alóctone, com aproximadamente 400m de espessura, de quartzitos (metapsamitos) e xistos grafitosos (metapelitos), divididos em três formações: Fm. São Tomé das Letras, base da seqüência, composta por muscovita quartzitos, muscovita-quartzo xistos e subordinadamente muscovita xistos, ambos com muscovitas esverdeadas; Fm. Campestre, intermediária, caracterizada por uma intercalação de xistos grafitosos ± porfiroblásticos (Grt-St-Ky-Cld) e níveis expressivos de muscovita quartzitos com mica branca; Fm. Chapada das Perdizes, equivalente a Formação São Tomé das Letras, porém disposta no topo da sequência. A unidade do biotita xisto (metawacke), sempre com estrutura milonítica presente, se encontra tectonicamente sobre o Grupo Carrancas, dispondo-se no núcleo das estruturas sinformais D3, e sendo, portanto, uma unidade metassedimentar também alóctone.Os metassedimentos, assim como parte da infraestrutura gnáissica alóctone, estão estruturados em nappes sin-S2 com transporte tectônico para leste e sudeste, paralelo aos mullions e rods B2. Esse transporte, relacionado aos eventos contínuos progressivos D1 e D2, ocorreu a partir de zonas de cisalhamento ductil de baixo ângulo, sob regime de deformação não-coaxial, responsável pela geração de dobras isoclinais e intensa recristalização plano axial que constituí a foliação principal regional S2. O evento deformacional D3, produto da progressão da deformação em níveis crustais mais rasos, possuí caráter rúptil-ductil, onde foram geradas dobras assimétricas em diversas escalas, com espessamento de charneira, no geral homoaxiais a D2 (B2//B3). Também foram geradas em D3, importantes zonas de cisalhamento com movimentação lateral destral, como a Zona de Cisalhamento de Três Corações, de direção NE-SW e zonas de cisalhamento dispostas no norte da Serra da Estância. Nas proximidades dessas zonas de cisalhamento, a foliação se torna sub-vertical e as dobras D3 apertadas, ocorrendo transposição para S3 (S2//S3). Os dobramentos D4, com direção NE-SW e N-S, eixos com caimento para SW e S, e vergêntes para NW, foram responsáveis pela configuração da geometria em \"Z\" da Nappe Carrancas, redobrando e crenulando os elementos estruturais anteriormente formados. O metamorfismo registrado nos xistos grafitosos, aumenta de modo geral de NW para SE, com paragêneses que variam de Grt+Chl+Cld a Grt+Ky+St+Cld na Serra da Estância, Pombeiro e Galinheiro, evidenciando condições de fácie xisto verde na transição para o fácie anfibolito, considerando pressões intermediárias. Já para sul da Serra de Carrancas, a paragênese predominante é de Grt+St+Ky, típica da fácie anfibolito na zona da cianita. Contrastando com o Grupo Carrancas, a unidade do biotita xisto se encontra sempre em fácie xisto verde, marcada pela paragênese de Grt+Chl+Bt. / The Carrancas Group, Neoproterozoic, is composed by an allochthonous sedimentary pile, about 400m thick of quartzite (metapsamites) and graphitic schists (metapelites),divided into three formations: São Tomé das Letras Formation, the base of the sequence, composed of muscovite quartzite, quartz-muscovite schist and subordinate muscovite schists, both with greenish muscovites; Campestre Formation, intermediate, characterized by an intercalation of graphitic schists ± porfiroblastics (Grt-St-Cld-Ky) and significant levels of muscovite quartzites with white mica; Chapada das Perdizes Formation, equivalent to São Tomé das Letras Formation, but arranged on top of the sequence. The biotite schist, always with mylonitic structure present, is tectonically localized above of Carrancas Group, in the core of D3 sinformals structures, and is therefore also a sedimentary allochthonous unit. The metasediments, as part of the allochthonous gneiss infrastructure, are structured in sin-S2 nappes, with tectonic transport to the east and southeast, parallel to the mullions and rods B2. This transport, related to continuous and progressive events D1 and D2, occurred from ductile shear zones of low angle, under the regime of non-coaxial deformation, responsible for the generation of isoclinals folds and intense recrystallization axial plane that constitutes the main S2 regional foliation. The D3 deformational event, a product of progressive deformation in shallow crustal levels, possess character brittle-ductile, which were generated by asymmetric folds in several scales, with thickening of the hinge, usually homoaxials to D2 (B2 / / B3). Major shear zones with dextral lateral movement, such as the Três Corações Shear Zone, NE-SW direction and shear zones arranged in the northern Serra da Estância, were also generated in D3. Near these shear zone, the foliation becomes sub-vertical and D3 bends tight, occurring transposition to S3 (S2 / / S3). The D4 folds with NE-SW and N-S axis with trim to SW and NW vergence, were responsible for setting up the \"Z\" geometry of Carrancas Nappe, redoubling and crinkling structural elements previously formed. The metamorphism recorded in the graphitic schists, generally increases from NW to SE, which vary with paragenesis Grt + Chl + Cld the Grt + Ky + St + Cld at Serra da Estância, Galinheiro and Pombeiro, showing conditions of the greenschist facie transition to the amphibolite facie, considering intermediate pressures. As for the southern Serra das Carrancas, the predominant paragenesis of Grt + St + Ky, typical of amphibolite facie in the kyanite zone. In contrast to the Carrancas Group, a unit of biotite schist is always in greenschist facie, marked by the paragenesis of Grt + Chl + Bt.

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