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Música das Formas: a melopoética no romance Avalovara, de Osman LinsGuimarães de Almeida Neto, Arnoldo 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabalho debruça-se sobre o veio ainda pouco explorado, no campo da análise
intersemiótica, das relações possíveis entre duas artes ditas temporais na clássica definição
de Lessing: a literatura e a música. Embora mais próximas, neste aspecto, do que as ditas artes
irmãs , mas rivais a literatura e a pintura , verifica-se que as abordagens comparativas
do texto e da imagem superam amplamente os estudos comparativos do texto e da música no
universo da crítica literária contemporânea. Esta dissertação pretende, portanto, contribuir
para diminuir essa lacuna, e ao mesmo tempo iluminar aspectos ainda obscuros sobre a gênese
de um romance exemplarmente intersemiótico e experimental: o Avalovara, do escritor
pernambucano Osman da Costa Lins. A partir das pesquisas de Steven Paul Scher, revistas
pela professora Solange Ribeiro de Oliveira sobre a Melopoética disciplina que pretende
investigar a mútua iluminação entre a musicologia e os estudos literários , procuramos
analisar as possíveis homologias entre o discurso literário e o musical ao longo da narrativa
osmaniana, considerando três aspectos principais: 1. a citação, no romance osmaniano, de
peças como a Sonata em fá menor K 462, para cravo, de Domenico Scarlatti, compositor
italiano do século XVIII; e a Cantata Catulli Carmina, de Carl Orff, compositor alemão do
século XX, que dialoga com os textos do antigo poeta romano Catulo (84-54 A.C.) no
processo de construção de uma metáfora musical para o romance: o relógio; 2. a criação de
um personagem músico, o tecladista e horologista Julius Heckethorn, supostamente baseado
na biografia real do compositor serialista alemão Anton Webern, em consonância com o
personagem compositor Adrian Leverkühn, do Doutor Fausto, de Thomas Mann, baseado no
compositor Schoenberg, criador do método serial na música; e 3. a utilização de uma mesma
metáfora visual-literária o Quadrado Sator, criado a partir de um palíndromo na
organização estrutural do romance Avalovara, de Osman Lins, e numa composição de Anton
Webern, o Concerto para nove instrumentos Op. 24; a fim de discutir como esses autores de
distintas artes temporais buscaram, cada um no seu meio mas com recursos similares,
repensar a noção do tempo tradicionalmente atrelada à definição desses dois gêneros artísticos
a literatura e a música buscando, ambos, resgatar a noção de espacialidade em suas obras
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Música das Formas: a melopoética no romance Avalovara, de Osman LinsGuimarães de Almeida Neto, Arnoldo 31 January 2008 (has links)
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intersemiótica, das relações possíveis entre duas artes ditas temporais na clássica definição
de Lessing: a literatura e a música. Embora mais próximas, neste aspecto, do que as ditas artes
irmãs , mas rivais a literatura e a pintura , verifica-se que as abordagens comparativas
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para diminuir essa lacuna, e ao mesmo tempo iluminar aspectos ainda obscuros sobre a gênese
de um romance exemplarmente intersemiótico e experimental: o Avalovara, do escritor
pernambucano Osman da Costa Lins. A partir das pesquisas de Steven Paul Scher, revistas
pela professora Solange Ribeiro de Oliveira sobre a Melopoética disciplina que pretende
investigar a mútua iluminação entre a musicologia e os estudos literários , procuramos
analisar as possíveis homologias entre o discurso literário e o musical ao longo da narrativa
osmaniana, considerando três aspectos principais: 1. a citação, no romance osmaniano, de
peças como a Sonata em fá menor K 462, para cravo, de Domenico Scarlatti, compositor
italiano do século XVIII; e a Cantata Catulli Carmina, de Carl Orff, compositor alemão do
século XX, que dialoga com os textos do antigo poeta romano Catulo (84-54 A.C.) no
processo de construção de uma metáfora musical para o romance: o relógio; 2. a criação de
um personagem músico, o tecladista e horologista Julius Heckethorn, supostamente baseado
na biografia real do compositor serialista alemão Anton Webern, em consonância com o
personagem compositor Adrian Leverkühn, do Doutor Fausto, de Thomas Mann, baseado no
compositor Schoenberg, criador do método serial na música; e 3. a utilização de uma mesma
metáfora visual-literária o Quadrado Sator, criado a partir de um palíndromo na
organização estrutural do romance Avalovara, de Osman Lins, e numa composição de Anton
Webern, o Concerto para nove instrumentos Op. 24; a fim de discutir como esses autores de
distintas artes temporais buscaram, cada um no seu meio mas com recursos similares,
repensar a noção do tempo tradicionalmente atrelada à definição desses dois gêneros artísticos
a literatura e a música buscando, ambos, resgatar a noção de espacialidade em suas obras
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