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Aflatoxicose em bovinos / Aflatoxicosis in cattlePierezan, Felipe 18 February 2013 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / In the first part of the thesis, the spontaneous occurrence of an outbreak of chronic
aflatoxicosis is reported in dairy calves. Forty 4-month-old male Holstein calves of approximately
100kg were fed a ration constituted by alfalfa hay, broken corn and milk substitute. Six calves (15%)
died after presenting a disease characterized by general unthriftiness, diarrhea, rough hair coats,
abdominal pain, prolapsed rectum and grinding of teeth. The clinical course, was 2-3 days; however
many calves in this lot that did not die, remained underdeveloped. Three calves were necropsied.
Necropsy findings included firm, light tan livers and marked hydrothorax, ascites and edema of the
mesentery, mesocolon and of the mucosal folds of the abomasum. Main histopathological changes
were restricted to the liver and consisted of fibrosis, moderate megalocytosis, biliary duct hyperplasia
and venoocclusive disease. The analysis by thin layer chromatography of the corn fed to calves
revealed 5,136 ppb of aflatoxin B1. A diagnosis of aflatoxicosis was made based on the characteristic
clinical signs and pathology, on the absence of Senecio spp. in the food and on the presence of high
levels of aflatoxin in the corn fed to the calves. In the second part of the thesis, two experiments were
performed in order to determine the toxic effects of varying doses of aflatoxins in calves. Clinical,
productive and pathologic aspects of affected calves were considered. In the first experiment, nine 2-4-
month old calves Holstein Friesian calves were fed, for two months, daily amounts corresponding to
1.5% of their body weight of a ration containing 500±100 ppb of aflatoxins. Three calves were used as
controls. In the second experiment, three 4-5-month old Holstein Friesian calves, were orally fed daily
small parcels of a concentrate of aflatoxins diluted in 500 ml of water corresponding to 1,250, 2,500 e
5,000 ppb of B1 aflatoxin (AFB1). A male calf was used as control. During all the experimental period
of the first experiment, the weight gain of the calves receiving AFB1 was equivalent to that of the
control group and no differences were observed between treated and control calves when the values of
serum activity of aspartate transaminase (AST), serum albumin (SA), total serum protein (TP), and
PVC, determined weekly, were compared. A significant difference in the serum activities of alkaline
phosphatase (AP) and gamma glutamyl transferase when the serum sampled on the 63th day of the
experiment was considered. During the whole experimental period and up to three weeks after the
final of the experiment, no clinical signs or histopathological changes associated with the consumption
of aflatoxins were observed in any of the calves of the first experiment. In the second experiment,
clinical signs observed in three treated calves included loss of appetite, decrease in weight gain, and
loss of weight Jaundice, intermittent diarrhea, tenesmus and apathy were only observed in the calf
receiving 5,000 ppb of AFB1. Increased activity of AF and GGT were observed in all the calves of the
treated group. No changes were observed regarding PCV, TP, total bilirubin, direct bilirubin and in the
serum activity of AST in any of the calves of the second experiment. Histopathological changes in
intoxicated calves included bile duct proliferation, cytoplasmic vacuolar hepatocelular degeneration
consistent with hepatocelular deposit of lipids, periportal to bridging fibrosis, megalocytosis,
subendothelial edema and fibrosis in terminal hepatic veins. Necropsy findings in the euthanatized calf
which receive de largest doses of AFB1 included slight enlargement of the liver which was firm and
diffusely light-yellow, mild ascites, and edema of the mesentery and of abomasal folds. / Na primeira parte dessa tese, relatamos a ocorrência de um surto de aflatoxicose crônica
bezerros de raça leiteira. Quarenta bezerros holandeses, machos, de quatro meses de idade e
aproximadamente 100 kg eram alimentados com feno de alfafa, milho quebrado e substituto de leite.
Seis bezerros (15%) morreram após apresentar uma doença caracterizada por mau desenvolvimento
geral, diarreia, pelagem áspera, dor abdominal, tenesmo, prolapso de reto e bruxismo. A duração do
curso clínico foi de 2-3 dias; muitos terneiros desse lote que não morreram permaneceram pouco
desenvolvidos. Os achados de necropsia de três bezerros incluíam fígado firme e castanho-claro,
marcados hidrotórax e ascite, e edema do mesentério, mesocólon e das dobras da mucosa do abomaso.
Os principais achados histopatológicos estavam restritos ao fígado e consistiam de fibrose, moderada
megalocitose, hiperplasia de ductos biliares e lesão veno-oclusiva. A análise do milho do alimento dos
bezerros por cromatografia de camada delgada revelou 5.136 ppb de aflatoxina B1 (AFB1). O
diagnóstico de aflatoxicose foi feito baseado nos sinais clínicos e patologia característicos, na ausência
de Senecio spp. na alimentação dos terneiros e na presença de altos níveis de aflatoxina no milho da
alimentação dos bezerros. Na segunda parte da tese, dois experimentos foram realizados para
determinar os efeitos tóxicos de diferentes doses de aflatoxinas em bezerros, considerando-se aspectos
clínicos, produtivos e patológicos. No primeiro, nove bezerros, Holandês, com 2-4 meses de idade,
receberam ração contendo 500±100 ppb de aflatoxina, na quantidade equivalente a 1,5% do peso
vivo/dia, durante dois meses. Três bezerros foram usados como controle. No segundo experimento,
três bezerros, Holandês, com 4-5 meses de idade, receberam, por via oral, pequenas porções diárias de
um concentrado de aflatoxinas, diluídas em 500 ml de água, correspondendo a doses de 1.250, 2.500 e
5.000 ppb de AFB1. Um bezerro foi usado como controle. No primeiro experimento, o ganho de peso
dos bezerros recebendo AFB1 foi equivalente ao do grupo controle durante todo período experimental
e não foram observadas alterações na atividade sérica da enzima aspartato transaminase (AST), da
albumina sérica (AS), da proteína total (PT) e no hematócrito, quando comparados os resultados
semanais do grupo tratamento e controle. Diferenças significativas nas atividades séricas das enzimas
fosfatase alcalina (FA) e gama glutamil transferase (GGT) ocorreram na coleta do 63º dia do
experimento. Não foram observados sinais clínicos e alterações histopatológicas de aflatoxicose em
qualquer dos bezerros do grupo tratamento desse experimento. No segundo experimento, sinais
clínicos observados nos bezerros intoxicados incluíram perda de apetite, diminuição do ganho de peso
e emagrecimento. Icterícia, diarreia intermitente, tenesmo e apatia severa, foram observadas apenas
em um bezerro (5.000 ppb de AFB1). Níveis alterados da atividade sérica de FA e GGT foram
observados em todos os bezerros do grupo tratamento. Não foram observadas variações no
hematócrito e na atividade sérica de AST, nem nos níveis séricos de PT, bilirrubina total e bilirrubina
direta em qualquer dos bezerros desse experimento. Alterações histopatológicas nos bezerros
intoxicados incluíram proliferação de ductos biliares, degeneração citoplasmática vacuolar consistente
com acumulação hepatocelular de lipídios, fibrose periportal, ou em ponte, megalocitose, fibrose
subendotelial das veias hepáticas terminais e edema. Achados de necropsia do bezerro recebendo a
maior dose de AFB1 incluíram fígado levemente aumentado de tamanho, difusamente amarelo-claro e
firme, discreta ascite, edema de mesentério e submucosa do abomaso.
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