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Produção secundária e aspectos reprodutivos de copépodes pelágicos ao largo de Ubatuba (SP, Brasil) / Secondary production and reproductive aspects of pelagic copepods off Ubatuba (São Paulo, Brazil)Melo Júnior, Mauro de 30 October 2009 (has links)
O presente estudo avalia como a estrutura e a produção da comunidade de copépodes pelágicos da plataforma interna ao largo de Ubatuba (SP, Brasil) responderam às variações ambientais durante o período de julho de 2005 a junho de 2008. Durante estes três anos, a produção secundária dos copépodes foi estudada por meio da aplicação de modelos empíricos de crescimento e de estimativas de crescimento peso-específico obtidas através de experimentos de produção de ovos. Aspectos reprodutivos de 16 espécies de copépodes (9 calanóides, 3 ciclopóides e 4 harpacticóides) foram analisados neste período, através de experimentos de incubação e de métodos indiretos de obtenção de taxas de produção e viabilidade dos ovos. A comunidade de copépodes esteve representada por 70 espécies e foi caracterizada por altos valores de riqueza, diversidade e eqüitabilidade. Os copépodes apresentaram grande variabilidade nos valores médios de densidade (4726 ± 3711 ind. m-3) e de biomassa (7,42 ± 5,64 mg C m-3) e foram dominados por espécies de pequeno porte (< 1000 µm), destacando-se as fêmeas adultas de Oncaea waldemari e os copepoditos imaturos de paracalanídeos e clausocalanídeos. Quando comparada com outros ambientes tropicais e subtropicais, a região estudada apresentou valores elevados de densidade e biomassa. Da mesma maneira, a produção secundária média apresentou variabilidade temporal elevada (1,13 ± 1,11 mg C m-3 dia-1), com uma importante contribuição dos copepoditos imaturos de espécies dispersoras de ovos. No geral, os valores médios registrados foram considerados altos quando comparado com outros ambientes tropicais e subtropicais, embora a razão Produção/Biomassa média tenha sido similar às registradas nestes locais. A intrusão periódica da ACAS parece ter sido a principal responsável pelas alterações observadas na estrutura e produção da comunidade. A maioria dos meses não influenciados pela ACAS apresentou valores de densidade, biomassa e produção inferiores às respectivas médias. Entretanto, os resultados observados sugerem que as flutuações da comunidade de copépodes podem responder não apenas à intrusão da ACAS, mas também a uma complexa conjunção de fatores, incluindo as próprias relações inter e intra-específicas. Com relação à reprodução, as espécies dispersoras de ovos apresentaram taxas médias de produção de ovos similares às obtidas em outras regiões tropicais e subtropicais, enquanto que as retentoras apresentaram valores levemente inferiores. Entretanto, foram registrados picos ocasionais de produção destas últimas espécies, sugerindo que estes copépodes possuem estratégias que compensam os meses de baixa produtividade. A reprodução de algumas espécies analisadas parece ser associada a fatores intra-específicos, tais como o tamanho dos ovos e a razão entre machos e fêmeas. Além disso, as espécies dispersoras analisadas são provavelmente influenciadas pela temperatura e pelo alimento. A relação entre os tamanhos e pesos de fêmeas e ovos de 32 espécies de copépodes pelágicos mostrou que a variabilidade interespecífica observada nessas proporções é similar à tendência observada para espécies de altas latitudes. Comparando as taxas de produção estimadas a partir das equações empíricas com as obtidas experimentalmente, observa-se diferenças expressivas nas estimativas de produção secundária, o que sugere a influência de outras variáveis além daquelas consideradas pelos modelos. / The present study evaluates how the pelagic copepod community structure and production from the inner shelf off Ubatuba (SP, Brazil) responded to environmental variability from July 2005 to June 2008. During these three years copepod secondary production was studied by the application of growth empirical models and weight-specific growth estimates obtained through egg production experiments. Reproductive aspects of 17 copepod species (10 calanoid, 3 cyclopoid and 4 harpacticoid) were analyzed through incubation experiments and indirect methods to obtain production and egg hatching success rates. Copepod community was represented by 70 species and was characterized by high values of richness, diversity and evenness. Copepods had great variability in mean abundance values (4,726 ± 3,711 ind. m-3) and biomass (7.42 ± 5.64 mg C m-3) and were dominated by small size species (< 1,000 µm), especially Oncaea waldemari adult females and immature copepodites of paracalanids and clausocalanids. When compared to other tropical and subtropical environments, the copepod community in the study area had high average abundance and biomass. Mean secondary production rates had high temporal variability (1.13 ± 1.11 mg C m-3 day-1), with an important contribution from immature copepodites of broadcast spawner species. Production values were also high but mean Production/Biomass ratios were similar when compared to other tropical and subtropical environments. The periodic SACW (South Atlantic Central Water) intrusions seem to be the main responsible for the variability in community structure and production. Most months non-influenced by SACW had abundance, biomass and production values lower than the annual average. However, copepod community fluctuations may not have responded only to SACW intrusions, but also to inter- and intra-specific relations. Broadcast spawner species had mean egg production rates similar to the ones obtained in other tropical and subtropical regions, while sac spawners showed slightly lower values. Nevertheless, occasional production peaks were recorded for the latter, suggesting that these copepods have reproductive strategies to compensate for low productivity periods. Some species reproduction traits seem to be related to intra-specific factors, such as egg size and the male/female ratio. Besides, broadcast spawners were probably influenced by temperature and food. The relationship between female and egg size and weight from 32 pelagic copepod species showed that inter-specific variability observed in these proportions was similar to those observed for high-latitude species. When reproduction rates estimated from empirical equations with those obtained experimentally are compared, expressive differences in secondary production estimates emerge, which suggests the influence of other variables in addition to those accounted for by empirical models.
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Produção secundária e aspectos reprodutivos de copépodes pelágicos ao largo de Ubatuba (SP, Brasil) / Secondary production and reproductive aspects of pelagic copepods off Ubatuba (São Paulo, Brazil)Mauro de Melo Júnior 30 October 2009 (has links)
O presente estudo avalia como a estrutura e a produção da comunidade de copépodes pelágicos da plataforma interna ao largo de Ubatuba (SP, Brasil) responderam às variações ambientais durante o período de julho de 2005 a junho de 2008. Durante estes três anos, a produção secundária dos copépodes foi estudada por meio da aplicação de modelos empíricos de crescimento e de estimativas de crescimento peso-específico obtidas através de experimentos de produção de ovos. Aspectos reprodutivos de 16 espécies de copépodes (9 calanóides, 3 ciclopóides e 4 harpacticóides) foram analisados neste período, através de experimentos de incubação e de métodos indiretos de obtenção de taxas de produção e viabilidade dos ovos. A comunidade de copépodes esteve representada por 70 espécies e foi caracterizada por altos valores de riqueza, diversidade e eqüitabilidade. Os copépodes apresentaram grande variabilidade nos valores médios de densidade (4726 ± 3711 ind. m-3) e de biomassa (7,42 ± 5,64 mg C m-3) e foram dominados por espécies de pequeno porte (< 1000 µm), destacando-se as fêmeas adultas de Oncaea waldemari e os copepoditos imaturos de paracalanídeos e clausocalanídeos. Quando comparada com outros ambientes tropicais e subtropicais, a região estudada apresentou valores elevados de densidade e biomassa. Da mesma maneira, a produção secundária média apresentou variabilidade temporal elevada (1,13 ± 1,11 mg C m-3 dia-1), com uma importante contribuição dos copepoditos imaturos de espécies dispersoras de ovos. No geral, os valores médios registrados foram considerados altos quando comparado com outros ambientes tropicais e subtropicais, embora a razão Produção/Biomassa média tenha sido similar às registradas nestes locais. A intrusão periódica da ACAS parece ter sido a principal responsável pelas alterações observadas na estrutura e produção da comunidade. A maioria dos meses não influenciados pela ACAS apresentou valores de densidade, biomassa e produção inferiores às respectivas médias. Entretanto, os resultados observados sugerem que as flutuações da comunidade de copépodes podem responder não apenas à intrusão da ACAS, mas também a uma complexa conjunção de fatores, incluindo as próprias relações inter e intra-específicas. Com relação à reprodução, as espécies dispersoras de ovos apresentaram taxas médias de produção de ovos similares às obtidas em outras regiões tropicais e subtropicais, enquanto que as retentoras apresentaram valores levemente inferiores. Entretanto, foram registrados picos ocasionais de produção destas últimas espécies, sugerindo que estes copépodes possuem estratégias que compensam os meses de baixa produtividade. A reprodução de algumas espécies analisadas parece ser associada a fatores intra-específicos, tais como o tamanho dos ovos e a razão entre machos e fêmeas. Além disso, as espécies dispersoras analisadas são provavelmente influenciadas pela temperatura e pelo alimento. A relação entre os tamanhos e pesos de fêmeas e ovos de 32 espécies de copépodes pelágicos mostrou que a variabilidade interespecífica observada nessas proporções é similar à tendência observada para espécies de altas latitudes. Comparando as taxas de produção estimadas a partir das equações empíricas com as obtidas experimentalmente, observa-se diferenças expressivas nas estimativas de produção secundária, o que sugere a influência de outras variáveis além daquelas consideradas pelos modelos. / The present study evaluates how the pelagic copepod community structure and production from the inner shelf off Ubatuba (SP, Brazil) responded to environmental variability from July 2005 to June 2008. During these three years copepod secondary production was studied by the application of growth empirical models and weight-specific growth estimates obtained through egg production experiments. Reproductive aspects of 17 copepod species (10 calanoid, 3 cyclopoid and 4 harpacticoid) were analyzed through incubation experiments and indirect methods to obtain production and egg hatching success rates. Copepod community was represented by 70 species and was characterized by high values of richness, diversity and evenness. Copepods had great variability in mean abundance values (4,726 ± 3,711 ind. m-3) and biomass (7.42 ± 5.64 mg C m-3) and were dominated by small size species (< 1,000 µm), especially Oncaea waldemari adult females and immature copepodites of paracalanids and clausocalanids. When compared to other tropical and subtropical environments, the copepod community in the study area had high average abundance and biomass. Mean secondary production rates had high temporal variability (1.13 ± 1.11 mg C m-3 day-1), with an important contribution from immature copepodites of broadcast spawner species. Production values were also high but mean Production/Biomass ratios were similar when compared to other tropical and subtropical environments. The periodic SACW (South Atlantic Central Water) intrusions seem to be the main responsible for the variability in community structure and production. Most months non-influenced by SACW had abundance, biomass and production values lower than the annual average. However, copepod community fluctuations may not have responded only to SACW intrusions, but also to inter- and intra-specific relations. Broadcast spawner species had mean egg production rates similar to the ones obtained in other tropical and subtropical regions, while sac spawners showed slightly lower values. Nevertheless, occasional production peaks were recorded for the latter, suggesting that these copepods have reproductive strategies to compensate for low productivity periods. Some species reproduction traits seem to be related to intra-specific factors, such as egg size and the male/female ratio. Besides, broadcast spawners were probably influenced by temperature and food. The relationship between female and egg size and weight from 32 pelagic copepod species showed that inter-specific variability observed in these proportions was similar to those observed for high-latitude species. When reproduction rates estimated from empirical equations with those obtained experimentally are compared, expressive differences in secondary production estimates emerge, which suggests the influence of other variables in addition to those accounted for by empirical models.
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