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Florestas tropicais sazonalmente secas: estudo da ocupação das áreas através de espécies representativas

Kortz, Alessandra Rocha 15 May 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:26:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 KORTZ_Alessandra_2012.pdf: 9274749 bytes, checksum: d0ff255829e7affe4ffbd746dcdef364 (MD5) Previous issue date: 2012-05-15 / Financiadora de Estudos e Projetos / Durante o Pleistoceno, os neotrópicos passaram por fases de flutuações climáticas, e muitos estudos sugerem que havia condições mais frias e mais secas do que as atuais em algumas regiões, e que houve expansão e/ou retração na distribuição das formações vegetais. Entretanto, a maior parte do debate sobre as mudanças na vegetação durante o Quaternário teve foco nas florestas úmidas e pouca atenção tem sido dada ao papel das mudanças climáticas no Pleistoceno na diversificação de espécies da América do Sul tropical, com enfoque nas áreas secas. As florestas tropicais sazonalmente secas (SDTFs, na sigla em inglês) apresentam um alto nível de endemismo e permanecem pobremente caracterizadas em termos biogeográficos, sendo um dos ecossistemas mais ameaçados. Os dados de ocorrência atual de espécies do gênero Aspidosperma (Apocynaceae), que possuem espécies representativas do dossel em formações de SDTFs, foram utilizados para a produção de modelos de distribuição potencial, em cenários climáticos atual e do último máximo glacial (LGM) para verificar a existência de áreas potenciais historicamente estáveis. Os modelos de distribuição gerados indicaram padrões de distribuição peculiares para as espécies, relacionados a condições climáticas e ambientais específicas em formações de SDTFs, o que aponta que essas formações devem ser tratadas como heterogêneas. De maneira geral, as áreas potenciais foram maiores e mais contínuas, relacionando diferentes populações das espécies para os cenários climáticos do pleistoceno quando comparadas às atuais. As espécies foram confirmadas como representativas de formações de SDTFs, em dois padrões gerais: um mais associado à caatinga e ao carrasco no nordeste do Brasil e outro localizado preferencialmente na porção sudeste, em formações de floresta estacional semidecidual. As áreas historicamente estáveis mostraram particularidades para cada espécie que, analisadas em conjunto, apresentaram notável semelhança com essas áreas estáveis de SDTFs apontadas recentemente na literatura, ainda que tenha sido utilizada uma metodologia diferente. Essas áreas também foram de modo geral coincidentes com localidades onde há registros de condições semiáridas no LGM.

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