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MESSIANISMO CANELA: ENTRE O INDIGENISMO DE ESTADO E AS ESTRATÉGIAS DO DESENVOLVIMENTO / CANELA MESSIANIC: BETWEEN THE INDIGENISM OF STATE AND STRATEGIES OF DEVELOPMENTOliveira, Adalberto Luiz Rizzo de 21 December 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-12-21 / This paper discusses the relations among indigenism, development and socioreligous movements
among the Ramkokamekra-Canela, group classified in the linguistic family Jê-Timbira and
located in the south of Barra do Corda City, current Fernando Falcão. Initially, I analyse the
process of territorialization of the Capiekran, Sakamekran, and others Timbira groups, from
whom the current Ramkokamekra-Canela emerged, and their insertion in the pastoral situation,
by the actions of the expansionist front and of colonial administration in the Maranhão in 19th
century, as well as the dynamics of this situation, under the action of the tutor power made by
SPI, during the first half of the 20th century. I consider the regional transformations of the
economy and of the official indigenism in the following decades, under the auspices of the
development and the performance of researchers in the implementation of communitarian
projects, as background of new socioreligious movements among the Ramkokamekra. I describe
four socioreligious movements occurrences in the years of 1963, 1980, 1984 and 1999, which are
analyzed considering the respective intersociety contexts and elements of timbira cosmology,
especially the myth of Aukhê, had as the founding myth of the contact between these groups.
Therefore, the Canela messianic movements can be considered as ways of resistance to the
domination and a search of equalization in the intersociety relations. / O trabalho versa sobre as relações entre indigenismo, desenvolvimento e movimentos sócioreligiosos
entre os Ramkokamekra-Canela, grupo classificado na família lingüística Jê-Timbira e
localizado ao sul do Município de Barra do Corda, atual Fernando Falcão. Inicialmente, abordo o
processo de territorialização dos Capiekran, Sakamekran e de outros grupos timbira, do qual
emergiram os atuais Ramkokamekra-Canela, e sua inserção na situação pastoril, pela ação das
frentes expansionistas e da administração colonial no Maranhão no século XIX, bem como a
dinâmica dessa situação, sob a ação do poder tutelar exercido pelo SPI, durante a primeira
metade do século XX. Considero as transformações econômicas regionais e do indigenismo
oficial nas décadas seguintes, sob a égide do desenvolvimento e a atuação de pesquisadores na
implementação de projetos comunitários, como desencadeadores de novos movimentos sócioreligiosos
entre os Ramkokamekra. Descrevo quatro movimentos sócio-religiosos ocorridos nos
anos de 1963, 1980, 1984 e 1999, os quais são analisados em função dos respectivos contextos
intersocietários e de elementos da cosmologia timbira, especialmente o mito de Aukhê, tido como
o mito fundador do contato entre esses grupos. Nesse sentido, os movimentos messiânicos Canela
podem ser considerados como modos de resistência à dominação e de busca de equiparação nas
relações intersocietárias.
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