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Nível de escolaridade e transtorno depressivo: Uma análise para diferentes categorias profissionais no Brasil / Education level and depressive desorder: An analysis for different professional categories in BrazilSilva Junior, Vicente Peixoto da 23 June 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-06-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A prevalência de transtorno depressivo tornou-se um problema de saúde pública, constituindo uma das principais causas de incapacidade no mundo. Diante disso, pesquisas sobre a incidência de transtorno depressivo têm sido amplamente realizadas por economistas, com destaque para o efeito da educação sobre a incidência da doença. Considerando efeitos diretos e indiretos, a literatura em geral tem demostrado que a educação é um fator de proteção ao adoecimento mental, reduzindo a incidência de transtorno depressivo. No entanto, nenhum trabalho considerou na análise a ocupação do indivíduo, que também é um importante determinante do estado de saúde físico e mental. Assim, embora a literatura mostre que a educação beneficia a saúde mental, inibindo a incidência da doença, ao incluir na análise a ocupação do indivíduo, este efeito pode ser alterado. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo preencher essa lacuna investigando a associação entre o nível de escolaridade e a incidência de transtorno depressivo no Brasil considerando a categoria ocupacional do indivíduo. Para isso, foram utilizados microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio de seu suplemento especial de saúde. Além disso, foram estimados modelos Probit separadamente para homens, mulheres e por categoria ocupacional. Assim, os resultados revelaram que o efeito da educação sobre a incidência de transtorno depressivo não foi o mesmo para todos os indivíduos. Para os homens inseridos na categoria ocupacional Profissionais das ciências e das artes, possuir de 1 a 4 anos de estudo reduziu a probabilidade de ser acometido por transtorno depressivo em aproximadamente 1 ponto percentual. Em relação aos homens inseridos na categoria ocupacional Trabalhadores da produção de bens e serviços e de reparação e manutenção, possuir de 1 a 4 anos de estudo, 5 a 8 anos de estudo, 9 a 11 anos de estudo e 15 ou mais anos de estudo, reduziu a probabilidade de ser acometido pela doença respectivamente em 0,6; 0,5; 0,6 e 0,9 pontos percentuais aproximadamente, em relação aos indivíduos com menos de 1 ano de estudo. Em relação às mulheres, esse efeito foi constatado para as integrantes da categoria ocupacional Técnicos de nível médio. Para estes indivíduos, possuir de 12 a 14 anos de estudo reduziu a probabilidade de incidência da doença em aproximadamente 2 pontos percentuais. Esses resultados são interessantes e revelam que políticas públicas educacionais, como programas de financiamentos de estudos, podem ser utilizadas para contenção à incidência de transtorno depressivo para os indivíduos inseridos nas referidas categorias ocupacionais. Por outro lado, para os indivíduos inseridos na categoria ocupacional Trabalhadores agrícolas, a educação aumentou a incidência da doença em ambos os gêneros. Assim, os resultados revelaram que possuir de 1 a 4 anos de estudo aumentou a probabilidade de ser acometido pela doença em 0,7 pontos percentuais nos homens e em 5 pontos percentuais nas mulheres. Adicionalmente, possuir de 5 a 8 anos de estudo aumentou essa probabilidade em 1 ponto percentual nos homens e em 5 pontos percentuais nas mulheres. Considerando as mulheres inseridas na categoria ocupacional Trabalhadores da produção de bens e serviços e de reparação e manutenção, o efeito da educação sobre a incidência de transtorno depressivo foi semelhante. Os resultados revelaram que possuir 15 ou mais anos de estudo aumentou a probabilidade de ser acometida pela doença em aproximadamente 9 pontos percentuais em relação às mulheres com menos de 1 ano de estudo. / The prevalence of depressive disorder has become a public health problem, and one of the main cause of disability worldwide. Therefore, research on the incidence of depressive disorder have been widely held by economists, especially the effect of education on the incidence of the disease. Considering direct and indirect effects, the literature in general has shown that education is a protective factor for mental illness, reducing the incidence of depressive disorder. However, no work considered in analyzing the individual's occupation, which is also an important determinant of physical and mental health status. Thus, although the literature shows that education benefits mental health by inhibiting the incidence of the disease, to include in the analysis the individual's occupation, this effect can be changed. In this sense, the present study aims to fill this gap by investigating the association between level of education and the incidence of depressive disorder in Brazil considering the occupational category of the individual. For this, were used microdata from the Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2008, conducted by the Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), through its special supplement health. Moreover, it was estimated Probit separately for men, women and occupational category. Thus, the results showed that the effect of education on the incidence of depressive disorder was not the same for all individuals. For men entered the occupational category Professionals of sciences and arts, having from 1 to 4 years of study reduced the probability of being affected by depressive disorder in approximately 1 percentage point. For men entered the occupational category Workers producing goods and services and repair and maintenance, having from 1 to 4 years of study, 5 to 8 years of study, 9 to 11 years of study and 15 or more years of study reduced the likelihood of being afflicted by the disease, respectively 0.6; 0.5; 0.6 and 0.9 percentage points approximately in relation to individuals with less than 1 year of study. For women, this effect was observed for members of occupational category Mid-level technicians. For these individuals, have 12 to 14 years of study reduced the probability of incidence of the disease by approximately 2 percentage points. These results are interesting and show that public educational policies, such as studies funding programs, can be used to contain the incidence of depressive disorder for individuals inserted in these occupational categories. On the other hand, for individuals inserted in the occupational category of Agricultural workers, education increased the incidence of the disease in both genders. Thus, the results revealed that having from 1 to 4 years of study increased the likelihood of being affected by the disease by 0.7 percentage points for men and by 5 percentage points in women. Additionally, having from 5 to 8 years of schooling increased this probability by 1 percentage point in men and by 5 percentage points in women. Considering women inserted in the occupational category Workers producing goods and services and repair and maintenance, the effect of education on the incidence of depressive disorder was similar. The results showed that to have 15 or more years of education increased the likelihood of being affected by the disease by about 9 percentage points compared to women with less than year of study.
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