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Efeito do hormônio sintético 17α-etinilestradiol no invertebrado aquático Daphnia magna (Crustacea, Cladocera) / The effect of the synthetic hormone 17α-ethinyl estradiol on the aquatic invertebrate Daphnia magna (Crustacea, Cladocera)Miguel, Mariana 12 February 2016 (has links)
Muitas substâncias descartadas no meio ambiente não são totalmente degradadas, podendo assim persistir no ambiente. Diversos compostos são continuamente introduzidos no ambiente podendo afetar a biota e inclusive o homem. Os fármacos são alguns desses compostos que depois de descartados podem chegar nos corpos de águas naturais, e dentre eles merecem especial atenção os hormônios sintéticos utilizados em larga escala por mulheres em todo o mundo, na forma de contraceptivos orais. O hormônio sintético 17α-etinilestradiol é um micropoluente no ambiente aquático, que pode causar distúrbios na reprodução de diversos organismos atuando como um desregulador endócrino. O presente estudo teve como objetivo principal analisar o efeito do hormônio sintético 17α-etinilestradiol sobre o cladócero Daphnia magna, por meio de testes ecotoxicológicos. Testes de toxicidade crônica foram realizados em duas gerações consecutivas deste microcrustáceo (F0 e F1). Para os testes utilizaram-se neonatas com menos de 24 horas de idade, 6 concentrações do hormônio e dois controles. Foram estabelecidas 10 réplicas com 1 indivíduo por réplica. O ensaio foi realizado em incubadora com temperatura de 25 ± 1°C e fotoperíodo de 12h claro:12h escuro, com duração de 11 (F0) e 13 dias (F1), com término coincidindo com o nascimento das neonatas da terceira ninhada no controle. Os resultados evidenciaram que a exposição ao hormônio diminuiu a fecundidade de Daphnia magna nas quatro maiores concentrações de etinilestradiol na F0 e na concentração de 1000 μg L-1 da F1, revelando maior resistência ao contaminante na segunda geração. Na maior concentração do composto, o tempo para a produção das duas primeiras ninhadas foi maior na geração F1, quando comparada ao controle. Na concentração de 250 μg L-1 verificou-se a ocorrência de um indivíduo intersexo, apresentando tanto características de macho como de fêmea. Os resultados deste estudo evidenciaram que o 17α-etinilestradiol afeta a reprodução de Daphnia magna, e que também pode afetar a reprodução de diferentes invertebrados aquáticos, o que, a longo prazo pode causar danos às populações e comunidades aquáticas, diminuindo as populações e podendo até extingui-las eventualmente. / Many substances are discarded in the environment and not completely degraded, thus persisting in the environment. Some of these are continuously introduced in the environment, affecting the biota, including man. Pharmaceutical drugs are some of these compounds that after discarded can occur in natural water bodies and among them the synthetic hormones deserve special attention for being used in large scale by women world widely, as oral contraceptives. The synthetic hormone 17α-ethinyl estradiol is therefore a micropoluent in the aquatic environment, i. e. found in low concentrations that can cause deleterious effects in the reproduction of many organisms, acting as an endocrine disruptor. The present study had as main objective to analyze the effect of the synthetic estrogen 17α-ethinyl estradiol on the cladoceran Daphnia magna, by carrying out ecotoxicological tests. Chronic toxicity tests were performed on two consecutive generations of this microcrustacean (F0 and F1). In order to perform the tests, neonates aged less than 24 hours, 6 hormones concentrations and two types of controls were used. Ten replicates were established with one individual each. The test was performed in a growth chamber at the constant temperature of 25 ± 1°C and 12 h light:12 h dark photoperiod, had the duration of 11 and 13 days for the F1 and F0 generations, respectively, coinciding with the birth of the third brood in the control. The results evidenced that the exposition to the hormone decreased D. magna fecundity in the four highest of ethinyl estradiol in F0, and in the concentration 1000 μg L-1 for the F1, indicating resistance increase in the second generation. In the highest concentration of this compound the time for the production of the first two broods were higher in the F1 generation as compared with the controls. In the hormone concentration of 250 μg L-1 the occurrence of an intersex individual was verified, simultaneously presenting characteristics of male and female. The results of this study evidenced the 17α-ethinyl estradiol affect the reproduction of Daphnia magna, and can affect the reproduction of other aquatic invertebrates that at long term can cause damages to aquatic populations and communities by diminishing populations and eventually leading them to the extinction.
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Efeito do hormônio sintético 17α-etinilestradiol no invertebrado aquático Daphnia magna (Crustacea, Cladocera) / The effect of the synthetic hormone 17α-ethinyl estradiol on the aquatic invertebrate Daphnia magna (Crustacea, Cladocera)Mariana Miguel 12 February 2016 (has links)
Muitas substâncias descartadas no meio ambiente não são totalmente degradadas, podendo assim persistir no ambiente. Diversos compostos são continuamente introduzidos no ambiente podendo afetar a biota e inclusive o homem. Os fármacos são alguns desses compostos que depois de descartados podem chegar nos corpos de águas naturais, e dentre eles merecem especial atenção os hormônios sintéticos utilizados em larga escala por mulheres em todo o mundo, na forma de contraceptivos orais. O hormônio sintético 17α-etinilestradiol é um micropoluente no ambiente aquático, que pode causar distúrbios na reprodução de diversos organismos atuando como um desregulador endócrino. O presente estudo teve como objetivo principal analisar o efeito do hormônio sintético 17α-etinilestradiol sobre o cladócero Daphnia magna, por meio de testes ecotoxicológicos. Testes de toxicidade crônica foram realizados em duas gerações consecutivas deste microcrustáceo (F0 e F1). Para os testes utilizaram-se neonatas com menos de 24 horas de idade, 6 concentrações do hormônio e dois controles. Foram estabelecidas 10 réplicas com 1 indivíduo por réplica. O ensaio foi realizado em incubadora com temperatura de 25 ± 1°C e fotoperíodo de 12h claro:12h escuro, com duração de 11 (F0) e 13 dias (F1), com término coincidindo com o nascimento das neonatas da terceira ninhada no controle. Os resultados evidenciaram que a exposição ao hormônio diminuiu a fecundidade de Daphnia magna nas quatro maiores concentrações de etinilestradiol na F0 e na concentração de 1000 μg L-1 da F1, revelando maior resistência ao contaminante na segunda geração. Na maior concentração do composto, o tempo para a produção das duas primeiras ninhadas foi maior na geração F1, quando comparada ao controle. Na concentração de 250 μg L-1 verificou-se a ocorrência de um indivíduo intersexo, apresentando tanto características de macho como de fêmea. Os resultados deste estudo evidenciaram que o 17α-etinilestradiol afeta a reprodução de Daphnia magna, e que também pode afetar a reprodução de diferentes invertebrados aquáticos, o que, a longo prazo pode causar danos às populações e comunidades aquáticas, diminuindo as populações e podendo até extingui-las eventualmente. / Many substances are discarded in the environment and not completely degraded, thus persisting in the environment. Some of these are continuously introduced in the environment, affecting the biota, including man. Pharmaceutical drugs are some of these compounds that after discarded can occur in natural water bodies and among them the synthetic hormones deserve special attention for being used in large scale by women world widely, as oral contraceptives. The synthetic hormone 17α-ethinyl estradiol is therefore a micropoluent in the aquatic environment, i. e. found in low concentrations that can cause deleterious effects in the reproduction of many organisms, acting as an endocrine disruptor. The present study had as main objective to analyze the effect of the synthetic estrogen 17α-ethinyl estradiol on the cladoceran Daphnia magna, by carrying out ecotoxicological tests. Chronic toxicity tests were performed on two consecutive generations of this microcrustacean (F0 and F1). In order to perform the tests, neonates aged less than 24 hours, 6 hormones concentrations and two types of controls were used. Ten replicates were established with one individual each. The test was performed in a growth chamber at the constant temperature of 25 ± 1°C and 12 h light:12 h dark photoperiod, had the duration of 11 and 13 days for the F1 and F0 generations, respectively, coinciding with the birth of the third brood in the control. The results evidenced that the exposition to the hormone decreased D. magna fecundity in the four highest of ethinyl estradiol in F0, and in the concentration 1000 μg L-1 for the F1, indicating resistance increase in the second generation. In the highest concentration of this compound the time for the production of the first two broods were higher in the F1 generation as compared with the controls. In the hormone concentration of 250 μg L-1 the occurrence of an intersex individual was verified, simultaneously presenting characteristics of male and female. The results of this study evidenced the 17α-ethinyl estradiol affect the reproduction of Daphnia magna, and can affect the reproduction of other aquatic invertebrates that at long term can cause damages to aquatic populations and communities by diminishing populations and eventually leading them to the extinction.
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Nutrigenômica: Efeito de dietas contendo ácido linolênico na expresão gênica de receptores nucleares relacionados ao metabolismo lipídico / Nutrigenomics: Effect of linolenic acid containing diets on gene expression of nuclear receptors related to lipid metabolismJacometo, Carolina Bespalhok 27 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-02-27 / Dietary polyunsaturated fatty acids (PUFAs) are negative regulators of hepatic lipogenesis and their effects are at transcriptional levels. The essential fatty acids omega-3 and omega-6, consumed during pregnancy can benefit maternal and offspring health. The nuclear receptor peroxisome proliferator-activated receptor α (PPARα), when activated by PUFAs enhances lipolytic genes. Liver X receptor α (LXRα) and sterol regulatory element binding protein 1c (SREBP-1c) are nuclear receptors that enhance lipogenic genes, and are repressed by PUFAs. The present study aimed to investigate the effects of diets, rich in omega-3 or omega-6, consumed throughout three generations, on biochemical parameters and the expression level of some genes related to lipid metabolism. For this study we used adult Wistar/UFPel rats, composing the founding generation, females that received diet with flaxseed oil (OM group, n=18) or soybean oil (CTL group, n=18) during pregnancy. At F1 weaning, 48 females offspring were selected and allocated in three groups, females from OM group, that continued receiving diet with flaxseed oil (OM/OM group, n=16), females from OM group, that started to receive diet with soybean oil (OM/CTL group, n=16) and females from CTL group, that continued receiving diet with soybean oil (CTL/CTL group, n=16). At F2 weaning, 16 females offspring of each group were selected and continued receiving the same diets (OM/OM/OM group, OM/CTL/CTL group and CTL/CTL/CTL group). The females were evaluated in the pre-partum (19±1 days of pregnancy) and at postpartum period (21 days after parturition). The dietary fatty acid profile did not affect the diet daily intake and the pregnancy rate (P>0.05), however, dams that received the diet rich in omega-3 had heaviest offspring (P=0.01). Diets with higher omega-3 level decreased triglycerides serum levels, and maintained constant the non-esterified fatty acids (NEFA) levels (P=0.04), while the animals fed with high proportion of omega-6 had fluctuant NEFA levels, and an outstanding increase in the postpartum period of F2 generation (P=0.02). PPARα, RXRα, LXRα and SREBP-1c had been regulated by the diets throughout generations. In the pre-partum moment of F2 generation, the animals fed with high omega-3 had a lower expression of LXRα (P=0.01) indicating its effectiveness on inhibiting lipogenic action. Our results indicate that the PUFAs effect on the control of lipolysis and lipogenesis is cumulative throughout generations and the omega-3 exerts a better control. / Dietas contendo ácidos graxos poli-insaturados (AGPIs) exercem controle negativo sobre a lipogênese hepática e seus efeitos são observados ao nível transcricional. Os ácidos graxos essenciais ômega-3 e ômega-6, quando consumidos durante a gestação podem beneficiar a saúde materna e da prole. O receptor nuclear peroxisome proliferator-activated receptor α (PPARα), quando ativado pelos AGPIs favorecem a atividade de genes lipolíticos. O liver X receptor α (LXRα) e sterol regulatory element binding protein 1c (SREBP-1c) são receptors nucleares que ativam genes lipogênicos, e são reprimidos pelos AGPIs. O presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos de dietas, ricas em ômega-3 ou ômega-6, consumidas ao longo de três gerações, sobre parâmetros bioquímicos e o nível de expressão de alguns genes relacionados ao metabolismo lipídico. Para este estudo foram utilizados ratas adultas, da linhagem Wistar/UFPel, compondo a geração fundadora, fêmeas que receberam ração com óleo de linhaça (Grupo OM, n=18) ou óleo de soja (Grupo CTL, n=18) durante toda a gestação. No desmame da F1 foram selecionadas 48 progênies fêmeas, então divididas em três grupos, fêmeas oriundas do Grupo OM, que continuaram a receber dieta com óleo de linhaça (Grupo OM/OM, n=16), fêmeas oriundas do Grupo OM, que passaram a receber dieta com óleo de soja (Grupo OM/CTL, n=16) e fêmeas oriundas do Grupo CTL, que continuaram a receber dieta com óleo de soja (Grupo CTL/CTL, n=16). No desmame da F2 foram selecionadas 16 progênies fêmeas de cada grupo que seguiram recebendo o mesmo tratamento (Grupo OM/OM/OM; Grupo OM/CTL/CTL e Grupo CTL/CTL/CTL). As fêmeas foram avaliadas no período pré parto (19±1 dias de gestação) e no pós-parto (21 dias após o parto). O perfil de ácidos graxo da dieta não afetou o consumo de ração e nem a taxa de prenhez (P>0,05), porém as fêmeas alimentadas com dieta rica em ômega-3 tiveram filhotes mais pesados (P=0,01). A dieta com alto nível de ômega-3 diminuiu os níveis séricos de triglicerídeos (P=0,04), e mantiveram constante os níveis de ácidos graxos não-esterificados (AGNEs), enquanto animais alimentados com uma proporção maior de ômega-6 tiveram níveis flutuantes de AGNEs, e um notável aumento no perído pós-parto da geração F2 (P=0,02). PPARα, RXRα, LXRα and SREBP-1c foram regulados pelas dietas ao longo das gerações. No período pré-parto da geração F2, os animais alimentação com alto ômega-3 apresentaram uma menor expressão de LXRα (P<0,001), indicando sua efetividade em inibir a ação lipogênica. Nossos resultados indicam que os efeitos dos AGPIs no controle da lipólise e lipogênese é cumulativo ao longo das gerações e o ômega-3 exerce um controle mais efetivo.
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